VAI TE CATAR (2)
SÃO PAULO (hoje é Liberta!) – Oscar Piastri foi o vencedor da Sprint do Catar agora pela manhã. Uma provinha mequetrefe que teve como cereja do bolo a primeira posição entregue nos metros finais por Lando Norris, que liderou 18 das 19 voltas. A McLaren não pediu. O inglês fez por conta, para devolver a gentileza do Brasil – quando ainda lutava pelo título e qualquer ponto importava. Lá, Piastri trocou de posição com Norris. “Estava pensando nisso desde Interlagos. Não estou aqui para ganhar Sprints. A equipe nem queria, mas resolvi fazer.”
E fez, e está tudo bem. Para a equipe, importante era fazer uma dobradinha, o que acabou acontecendo. Com a Ferrari em quarto e quinto, o time papaia aumentou sua diferença na briga pela taça de Construtores para 30: 623 x 593.
Norris, que ontem fizera a pole para a Sprint, largou bem, pulou na frente, e Piastri deu o bote rapidinho sobre George Russell para ficar em segundo. Dos ponteiros, Max Verstappen foi o pior, caindo de sexto para nono. Liam Lawson foi um desastre, de décimo para 17º.
Na quarta volta, sem asa móvel, Piastri teve de cortar um dobrado para segurar a Mercedes de Russell, fechando a porta na cara do inglês com alguma veemência. George, claro, reclamou: “Vejam bem, amigos. Com o uso do dispositivo conhecido como DRS, pude aproximar-me de meu adversário oriundo de terras australianas e logrei êxito ao iniciar a manobra. Outrossim, no momento de concluí-la o rude colega…”, e foi aí que Toto Wolff pediu para desligarem o rádio.
Na nona volta Norris percebeu que o companheiro estava em apuros e tirou um pouco o pé para permitir que Oscar pudesse abrir a asa para se defender de Russell. Carlos Sainz também vinha perto em quarto, com Lewis Hamilton em quinto.
O melhor momento da corrida foi a ultrapassagem de Charles Leclerc sobre Hamilton na 13ª volta. Com asa aberta, o monegasco assumiu o quinto lugar em cima de seu futuro companheiro de equipe. Lewis jogou duro, mas limpo. Foi daquelas ultrapassagens milimétricas, negociadas com precisão.
Norris voltou a ajudar Piastri trazendo o parceiro para perto para abrir a bendita asa móvel, porque sem ela Russell acabaria ganhando sua posição. E foi assim até o fim da corridinha, com os quatro primeiros muito próximos, mas sem conseguir ultrapassar.
Norris saiu da frente de Piastri poucos metros antes da linha de chegada e o australiano venceu uma Sprint pela segunda vez – a outra foi lá mesmo, no Catar, no ano passado. Russell, Sainz, Leclerc, Hamilton, Nico Hülkenberg e Verstappen foram os oito primeiros colocados, que marcaram pontos. Oscar não parecia muito feliz com o presente do companheiro e disse apenas que “foi um bom trabalho de equipe”. Zak Brown, o chefe, foi até o meio da pista para aplaudir seus pupilos e tirar uma foto com eles.
E foram todos jantar e se preparar para a classificação da corrida principal, que começa às 15h. O GP do Catar, amanhã, tem largada prevista para as 13h de Brasília.
Surpreendente essa postura do Norris, acho que ele nem mesmo dá atenção aos críticos que o acusam de ser “bonzinho demais” e que o amaldiçoam com “uma carreira sem títulos na F1” por ser o gentleman que é. Eu sou dos que acreditam que ele só será campeão em uma temporada que tiver o melhor carro disparado e o Verstappen estiver fora do grid.
Mas que foi arriscado Norris ceder a posição, foi, ele e Piastri poderiam perfeitamente terem sido ultrapassados por Russell. Não foram porque a pista catari é travada, nem com DRS as ultrapassagens saem com mais facilidade. Agora, pelo menos, Norris pode se sentir quite com Piastri, ainda que no primeiro caso, fosse dever do australiano de ceder a posição a Norris, já que o britânico ainda tinha chances de ser campeão. Mas vamos ver se essa “camaradagem” continuará no ano que vem.
É justamente por concordar que era dever do Piastri em ceder a posição em razão da disputa do título que eu acho a atitude do Norris totalmente descabida, surpreendendo até a equipe. Ele tem mais velocidade que o Piastri, mas sei não…
Sei lá se estou sendo muito rigoroso com o rapaz, mas acho que o gesto do Norris ao contrário de trazer benefícios – aparentemente o Piastri cag.ou para isso – só demonstra q ele é “bonzinho” demais para quem deseja ser campeão. Ele ajudar no vácuo está ok, pensando no resultado da equipe, porém deixar o Piastri passar no final pensando q pagou “a divida” e q isso será levado em conta no futuro é de uma tremenda ingenuidade. E sem juízo de valor, ingenuidade não é um boa característica para se conquistar um campeonato.
Ainda bem que o Lobo foi educado com o Russel, quase um Lord inglês, só mandou desligarem o rádio.
Não achei legal a manobra final. Essas coisas não fazem bem ao esporte…
E o Lando Nóia deu a impressão de que não está interessado em conquistar o vice. Abriu mão de mais um ponto que pode fazer falta.
Penso que Norris foi esperto em se colocar numa posição de opção para quitar o favor de Piastri rodadas atrás, e ainda deixa o recado que lidera a equipe rumo ao título de construtores ($$$).
Mas o lance mais interessante dessa corrida sem sal e sem tempero, foi a pré-batalha entre Hamilton e Leclerc, às vésperas de se encontrarem na garagem, um não quis ceder espaço para o outro e mostrar que jogarão duro, mas na bola. Lado a lado, sem jogar ninguém pra fora, bela disputa.
Tomara que o GP seja um pouco melhor.
Foram 19 voltas e 2 ultrapassagens importantes e mais nada.
Esse circuito só faz sentido financeiramente e não sei para quem.
Como corrida de carros é uma bosta.
Muito ruim.
FG, o Khaby Lame não é um atleta qatari, mas um tiktoker senegalês. E conversando com meus amigos, ficou a impressão de um racismo descarado da transmissão e do Sérgio Maurício — negro, alto, no Quatar, entregando prêmio da F1 –> atleta olimpico…
Isso que ele já entregou outros prêmios de pole position em outras corridas em anos anteriores…
Vou arrumar já! Fiei-me no que disse o imbecil.
tomar que isso não ocorra mais