POBRES LOS QUE NO LO SIENTEN

MONTEVIDÉU (chega de chivito) – É intervalo da preliminar e em volta do campo o patrocinador e promotor do torneio de verão faz desfilar um pobre diabo vestido de filhote de urso polar, daquelas coisas que jamais compreenderemos, visto que o patrocinador é de origem mexicana, fabrica pães de forma, bisnaguinhas e talvez biscoitos, e que se saiba não há ursos polares a não ser nos pólos, na verdade só em um deles, e o México é bem distante de qualquer um dos pólos, portanto parece algo pouco sensato um panificador mexicano apelar para a figura de um urso polar meio afeminado para vender seus produtos.

Mas vá lá, o que nos interessa neste caso particular é menos o urso, o pólo e as bisnagas e mais a singeleza da cena, o urso de pé, segurando-se do jeito que dava para não tombar miseravelmente no gramado a cada guinada do motorista que conduzia um buggy vermelho provavelmente fabricado no país vizinho, de fibra de vidro e motor de fusca. Um buggy vermelho. Nada de sedãs japoneses, esportivos alemães ou SUVs coreanas. Um buggy vermelho e um urso polar, era o que tínhamos para hoje. Dali a pouco, logo depois da preliminar, a dupla buggy-urso voltaria a percorrer o gramado antes que começasse o maior clássico de futebol do planeta. Em campo, oito títulos da Libertadores, seis mundiais de clubes, 91 taças uruguaias. Não há clássico maior, é indiscutível. São 507 jogos com o de hoje (terminou de madrugada), 181 vitórias carboneras (incluindo aquelas dos tempos em que o Peñarol ainda era CURCC, o clube de críquete da companhia inglesa de linhas de trem, de 1891 a 1913), 164 dos criollos do Nacional e 162 empates.

Talvez por isso o Centenário estivesse cheio, apesar do pouco interesse que poderia despertar um torneio de verão oferecido pela padaria multinacional do urso polar. É porque, como escreveram os periodistas das folhas vendidas de Artigas a Treinta y Tres, quase todos saídos das rotativas de Canelones e Montevidéu, nunca é apenas mais um jogo. É o Clássico, ou El Clásico, no original, e o artigo não deixa muitas dúvidas sobre o que pensam os charruas deste jogo.

Chega-se ao Centenário atravessando um pequeno parque que leva às entradas das tribunas que, no Clásico, são divididas igualmente entre tricolores e carboneros. Nosso ingresso era para a Colombes, embora a vendedora na lotérica (onde se compra ingresso sem fila, atropelo ou qualquer outro aborrecimento) houvesse sugerido uma certa Tribuna América, longe dos barras. Mas somos, por assim dizer, ratos de arquibancada, avessos a qualquer compartimento num estádio que disponha de assentos estofados para plateia teatral. Queríamos ficar do lado da gente aurinegra, mas as entradas estavam esgotadas para o setor e acabamos nos dirigindo à hinchada alba. Que fique a Tribuna América para os turistas.

A entrada é rápida, os policiais escolhem um ou outro torcedor para revistar, sobe-se por uma escada escura de paredes pichadas, desviando de tambores e bandeiras estendidas pelos degraus. O público é muito jovem e há muitas meninas, todas lindas, como são as uruguaias, algumas com suas cuias de chimarrão e térmicas debaixo do braço, e é do grande carajo apontar na saída do túnel e dar de cara com o gramado judiado do palco da primeira decisão de Copa, em 1930, Monumento del Futbol Mundial, como informa o pequeno letreiro pintado sobre uma faixa de cimento azul celeste ao longo da mureta da arquibancada que fica de frente para o obelisco, sei lá se aquilo é um obelisco, aquela torre, enfim, que funciona como marco arquitetônico deste patrimônio da humanidade.

Não há cobertura de policarbonato fotossensível, estruturas de aço escovado, tirantes, arcos pintados de branco, camarotes com vidro fumê, escadas rolantes, teto retrátil. Há um fosso (com água) atrás de cada um dos gols, onde não me espantaria a presença de crocodilos ou piranhas amestradas, uma mesinha amarela de plástico acompanhada de uma cadeira branca igualmente plástica para o representante do jogo, rastros de ferrugem que descem dos postes metálicos que sustentam o alambrado e os reservas acomodam-se em bancos que felizmente não são feitos pela Recaro, e ficam encostados na mureta das tribunas centrais, protegidos por uma cobertura acrílica meio trincada aqui, embaçada ali, fosca acolá.

Há uma preliminar, como já mencionado quando da descrição da evolução da dupla buggy-urso polar, e quando ela termina, vitória do time de camisas verdes nos pênaltis, apontam nos túneis carboneros e tricolores, aqueles primeiro, estes logo depois, então o que se vê é isso aqui. (E depois isso, e mais isso, isso e isso.) É um amistoso, e os meninos não acreditam no que está acontecendo diante de seus olhinhos. Dispostos a apoiar o Peñarol antes que comprássemos os ingressos, tornam-se tricolores imediatamente. Eles nos acolheram muito bem, justificou o mais velho na volta ao hotel, e fui incapaz de discordar dele, ainda mais após o uso de “acolher”, que me pareceu muito pertinente e adequado à situação. O mais novo, já bastante rouco, passou boa parte do caminho pelas calçadas da madrugada de Montevidéu, já que táxi estava difícil, tentando traduzir alguns gritos de guerra, nos quais incluiu até a improvável expressão “fumamos um panetone”. Mas eu já havia notado no estádio que ele, assim como o irmão, desatou a cantar todos os cantos por semelhança fonética, algo que essas crianças pegam rapidamente, identificando uma palavra aqui e outra ali, sendo hijo de puta algo de compreensão universal, assim como la madre que los parió, e sendo assim misturaram-se à multidão num ambiente que lhes é muito familiar: de pé o tempo todo, sentados no intervalo para descansar, descascando impropérios aos rivais o tempo todo sem temer os palavrões e as expressões que fariam corar Lúcifer no quinto dos infernos — assim como as lindas meninas uruguaias, e devo dizer: não há nada mais sensual no mundo do que meninas num estádio de futebol mandando a outra torcida à puta que a pariu; em espanhol, isso fica ainda mais gracioso.

O jogo de fundo começou perto das onze da noite, terminou depois da uma da manhã, já que foi igualmente decidido nos penais, e deixou impresso nas retinas dos meninos e em seus pequenos aparelhos decorados com uma maçã mordida imagens que jamais escaparão de suas memórias ainda repletas de espaço disponível — quando esse espaço escassear, sempre haverá uma maçã mordida, algo que minha geração não teve, não essa maçã, pelo menos. Viram um futebol que jamais puderam testemunhar em São Paulo, lá onde extirparam a alma da arquibancada quando acabaram com a festa de cores, bandeiras, fogos, papéis picados, faixas, extirpando assim, igualmente, a alma do futebol, e é por isso, por conta dessa higienização ridícula e dessa tentativa patética de transformar estádios em arenas, porra, que merda é arena?, que o futebol brasileiro virou essa coisa infestada de gente babaca metida a importante, very importante pessoas, e que, se houver um deus ludopédico e justo ele for, tomara que nunca mais ganhe picas — exceção feita, evidentemente, à Portuguesa, que é outro papo.

Deixamos o Centenário assim que o herói da noite, o goleiro Fabián Carini, bateu o dele, marcou, foi para o gol e catou o outro, levando o Peñarol para a decisão do torneio patrocinado pelo urso polar de buggy, decisão que nem sei quando será e não importa, porque mal Carini tinha levantado para comemorar, a barra tricolor já se erguia para cantar na derrota, aquele canto do “fumamos um panetone”, expressão realmente muito pouco provável, mas foi o que entendemos na hora, e saímos pisando em copos descartáveis, garrafas plásticas, bitucas de cigarro, rojões estourados, papel picado molhado, para ganhar o parque iluminado pela lua, a madrugada, o caminho da casa provisória. A pé, até encontrar um táxi, que no fim sempre aparece.

Pobres los que no lo sienten, estava escrito numa das 114 faixas estendidas do lado de lá — eu contei mais ou menos, não sou tão louco assim, podiam ser 120 ou 110 as mensagens carboneras, e outras tantas estavam do lado de cá, na Colombes, mas essa aí me chamou a atenção.

Pobres los que no lo sienten.

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Adriano L. Gomes Jr.
Adriano L. Gomes Jr.
12 anos atrás

“En secreto nos gusta eso de ser chicos; es una especia de revancha frente a tanto bobo grande que se hace nombrar en los diarios”. Carlos Maggi

Paulo Tutui
Paulo Tutui
12 anos atrás

futebol na sua essência. incrivel esse clássico, vamo carbonero

Diogo
Diogo
12 anos atrás

Flávio,

Concordo que a aura de um lugar desses é indescritível. Só discordo de você nessa sua jornada contra a modernização. Os novos estádios são necessários e tem que acontecer mesmo. Tenho certeza que quando a Arena do Corinthians estiver pronta, o clima lá vai ser ainda mais “bando de loucos” do que hoje é no Pacaembu, que adotamos como casa, mas que é uma casa “alugada”. Estes estádios foram novos um dia, assim como as arenas o serão agora. O que faz o clima que vc descreveu é a torcida. Como acontece com o Borussia, com o Fenerbaçe, com o Liverpool. Como acontece com o meu Corinthians, com o Galo, com o Inter ou até mesmo com o Atlético-PR e sua moderna Arena. Pergunte a qq torcedor o que é jogar lá contra a torcida do Atlético e aquela caveira =)

André Ximenes
André Ximenes
12 anos atrás

Sensacional mesmo…
Saudades do Uruguai….
Espero que vc e os Gominhos tenham visitado o “museo” que fico no próprio estádio e é aberto durante o dia.
Estive lá no começo de 2010 e, pra variar, fui muito bem recebido por um senhor que trabalha neste “museo”. Ele falava do descrédito que tinha pela Celeste na Copa da África e afirmava que o Brasil era um grande favorito.
Bem, ao final da Copa, fiquei mais Feliz pelo resultado deles do que pelo nosso….
Só para complementar, acho a Copa América um campeonato desprezível. Mas como torci para o Uruguay naquele jogo contra a Argentina…
Ótima cerveja, lindas garotas… volverei a Uruguay brevemente…
Parabéns pelo artigo…

Rodrigo Romão
12 anos atrás

Flavio, a vista é mais impressionante quando o estádio está vazio. E é aberto a visitações… Fui recepcionado por um senhor de seus 60 anos de idade e um vira-lata que lhe acompanhava. 50 pesos depois, eu e o meu irmão entrávamos no estádio mais bonito que já vi na vida.

É “mal-cuidado”, mas puta merda, que aura esse lugar tem.

Não dá vontade de ir embora do Uruguai.

Peixe Virtual
12 anos atrás

Esse texto me lembrou os Ba-Vis na velha Fonte Nova quando era adolescente nos anos 90. a Fonte fervia, a festa era linda, e não tinha violência,hoje em dia é tudo ruim a começar do preço e transtorno de comprar os ingressos. tirar papel pra cobrar escanteio? que saudades do futebol de verdade.

mario aquino
mario aquino
12 anos atrás

Os seus alunos da FAAP devem sentir orgulho do mestre, eu sei disso porquê o meu filho estudou na FEI e teve um cara destes que fez pelo meu filho o que você pode fazer pelos seus alunos, no caso do meu filho foi o Bock, então parabéns pelo tesão de escrever.

Caio
Caio
12 anos atrás

No Brasil isso nunca funcionaria, com arena ou sem. Não existe alma futebolera aqui.

Na Holanda temos arenas à vera e a torcida do Feyenoord (ajax também, mas não menciono XD) é melhor que qualquer torcida brasileira.

Na Alemanha, arenas são só o que existem, mas a torcida do Borussia tem a MAIOR MÉDIA DE PÚBLICO DO MUNDO. Sem contar outras que também dão show.

Nem menciono turcos, gregos e sérvios. É covardia.

Brasileiro não torce, aqui só há 4 torcidas dignas disso (não menciono pela polêmica, mas é uma em cada um dos 4 maiores estados) , e mesmo essas são MEDIANAS. O resto então, é lixo. Com arena ou sem, com bandeira ou sem, com papel picado ou sem.

De Bage
De Bage
12 anos atrás

Flavio já faz alguns anos que descobrimos os jogos no Centenário. Com Bage distante apenas 500 km de Montevideo, passou a ser uma grande opção para quem aprecia não só o futebol mas tbm a paixão do torcedor. Saimos de madrugada, almoço no Mercado, jogo, mais um assado no jantar, pernoite e retorno pela manhã para trabalhar à tarde.
Impagável ver um Uruguai x Brasil (fomos a 03 jogos) ou acompanhar o Imortal Tricolor em clássicos com o nossos anfitriões uruguaios. Não importa qual.
Felizmente o futebol uriguaiao parece estar voltando a ser respeitado, pq suas torcidas merecem este alento.
Ingressos baratos comprados sem atropelo, ceva vendida na copa, arquibancada de cimento, até as “cadeiras” abaixo da Tribuna America são de cimento (1930 !!!!), simples, antigo, sem luxo mas honesto. Este é o Centenário.

Manoel
12 anos atrás

Flávio, queria deixar pra você um vídeo, que vai no link abaixo. Sou brasileiro, não tenho nenhuma raiz no Uruguai, mas aos 10 anos de idade escolhi o Nacional como meu time. Fui bastante bem recebido no meio da torcida em alguns ambientes de internet – da mesma forma que você e seus filhos foram bem recebidos na tribuna Colombes.

Em setembro/outubro de 2010 fui ao país, me registrei como sócio do Nacional, pago minha anuidade mesmo sem poder usufruir das vantagens (ingressos mais baratos e um catatau de descontos que vão desde convênios médicos a hotéis e restaurantes) e procuro viver esta paixão de forma saudável, às vezes com uma ou outra loucura (como gritar gol do Nacional no meio da torcida do Cruzeiro – mas com muito respeito e sem provocar ninguém em volta hehehehe). E, muitas vezes, também escrevo crônicas a respeito. Talvez eu vá ao Rio ver o jogo contra o Vasco.

No dia 3 de outubro de 2010 fui homenageado pelo Nacional no meio do campo, antes de começar um jogo. Recebi o aplauso da torcida (e tive a péssima ideia de retribuir isso com beijos) e ganhei de presente uma camisa. Este é o vídeo que mando a seguir. Grande abraço!

http://www.youtube.com/watch?v=2HptiRpk-1Q

Danilo A.
Danilo A.
Reply to  Manoel
12 anos atrás

Inacreditável. Lindo demais.

alessandro faria
alessandro faria
Reply to  Manoel
12 anos atrás

chorei. parabéns . um dia quem sabe um clube do brasil vai ter esse tipo de sensibilidade.

Felipe Foresti
Felipe Foresti
12 anos atrás

Fizeste um texto digno de Galeano!

Carlos Tavares
12 anos atrás

Vivo procurando por esses ‘resquícios’ de um tempo bom que por aqui teima em desaparecer. Fico feliz que no Uruguai, logo ali, parece que teimam em manter vivo o que dá tanta alegria.

Sei que não é seu aniversário, mas está de Parabéns!

Rafael
Rafael
12 anos atrás

Ole ole ole leole ole ola!

http://www.youtube.com/watch?v=beNKsQQpt7E

Benjamin
Benjamin
12 anos atrás

Uruguai deve ficar agradecido. Um espirito sensível e educado, pode perceber detalhes que o mesmo uruguaio ignora e mediante um belo texto, consegue manter memoria de valores coletivos. Boa Flavio, muito obrigado.

felipe
felipe
12 anos atrás

Acho que a ferrari não vem com algo bom esse ano de novo não, falta que o schumacher e brawn fazem.

Enrique
Enrique
12 anos atrás

Felices !! los que lo sienten.
Grande !! el que lo escribe .
Gratos !! los que lo leen .
Viva!! el Fútbol.

Marcio
Marcio
12 anos atrás

Parabéns pelo texto, mas deixo uma pergunta, não seria a falta de civilidade e racionalidade a causa desta tal “higienização” de estádios no Brasil? Do pouco que sei sobre futebol, se houvesse um jogo deste no Brasil com times de grande rivalidade, provavelmente teríamos vários problemas entre torcidas, destruição, etc.

Jason Vôngoli
Jason Vôngoli
12 anos atrás

Pena que o teus guris não tiveram a chance de ver um Fla-Flu no Maracanã. Iam enlouquecer quando dessem de cara com as arquibancadas, mesmo antes de o jogo começar!

Thiago
Thiago
12 anos atrás

Gomes, melhor pai q jornalista de F1….

Parabéns pelo texto!

Eduardo Britto
Eduardo Britto
12 anos atrás

Exatamente ontem à noite, na Cultura, rolou uma soberba entrevista com Eduardo Galeano, escritor, poeta e sobretudo sábio uruguaio. Ele disse que, não por ter nascido em Montevideu, mas por ela ser uma cidade onde ainda se pode “respirar e caminhar”, ele a elegeu como sua cidade. Deu água na boca em mim e na Adriana, de ir conhecer. Você recomenda?

De Bage
De Bage
Reply to  Eduardo Britto
12 anos atrás

Eduardo
Grande passeio, vc pode sair nas ruas centrais e apreciar belos prédios em “restauro”. Uma boa caminhada até o Mercado para saborear um assado acompanhado de um bom vinho tinto ou de uma excelente cerveja Ziletal, Patricia ou Pilsen.
Passear na Rambla, 18 de julho, Parque Centenário, Possitos, Parque Rodo……………………..etc
Parece que no ultimos tres anos a situação do Uruguai vem melhorando e começam a recuoerar o tempo perdido.
Se puderem estiquem a PUNTA, que não parece muito com o Uruguai, mas é um lugar fantástico para conhecer. abçs

Cleber
Cleber
12 anos atrás

Caramba, que massa !!!!!

Em maio assistí Boca 1 X 0 N.O.B. na Bombonera, com a hinchada “La 12”, coisa mais linda do mundo, NADA SE IGUALA !!!! Além disso fui muito bem tratado, esse negócio de ódio aos uruguaios e argentinos é coisa do Galvão Bueno, e a recíproca não é verdadeira, fui tratado com muito respeito e até “gratidão”, tipo assim, “nossa, um brasileiro torcendo aqui para o Boca…”

A torcida deles é demais, nenhuma do Brasil chega nos pés… Deu vontade agora de ir ver um jogo em Montevidéu !!

walter
walter
12 anos atrás

ano passado levei minha esposa para assistir Penharol e Internacional (eu, gremista, secando). Ver a inchada fazendo festa a noite toda é sensacional e emocionante. Nenhum estádio brasileiro chega aos pés do Centenário, verdadeira jóia da humanidade. Dica : visite o hipódromo de Maronas, todo restaurado é uma linda viagem no tempo

Eduardo - SP
Eduardo - SP
12 anos atrás

Sensacional, Flávio. Estive no Centenário em 2009 acompanhando Nacional x Palmeiras, pelas quartas da Libertadores. Já estava felicíssimo em torcer pelo meu time em terras estrangeiras. Mas qual não foi a minha surpresa ao assistir esse show da torcida uruguaia. Emocionante. Com direito a levar uma bronca, no dia seguinte, de uma torcedora do Penarol, dona de uma banca de jornais, ao me identificar como palmeirense. Oras, como eu deixei o Nacional ganhar?

Diogo
Diogo
12 anos atrás

Cada vez mais penso que moro no país errado…

joao
joao
12 anos atrás

Dom Flavito
Negão……!!!!!!!!!! ?????????

Fiz todo mundo ler isso !!!!!!!!…………….incluindo alguns vestibulandos……….que também sentiram.
Fanzaço,viu ?
Peixoto

Oliveira
Oliveira
12 anos atrás

Grande texto, grande reflexão! Meus parabéns!

BullittKowalski
BullittKowalski
12 anos atrás

Uruguai: Tem a população do Espírito Santo, PIB do Ceará mas tem o melhor futebol da américa latina.

José Morelli
José Morelli
12 anos atrás

Não querendo ser sincero mas já sendo….maldito off-season do automobilismo mundial ein rsrs…..nada contra futebol uruguaio mas….acho que a Copinha São Paulo dá mais assunto.

Márcio Vilarinho Amaral
Márcio Vilarinho Amaral
12 anos atrás

Flávio, já comentei no seu canal no Youtube (apareço como Jakkaboy). Ficaria feliz se não existissem nenhuma dessas merdas chamadas Arenas. Quer fazer um estádio moderno, faça; mas um ESTÁDIO, não uma Arena. Um lugar onde você possar soltar fogos, batucar à vontade, que o cara tenha que tirar os pedaços de papel higiênico pra poder bater escanteio…

Janine Inocente
Janine Inocente
12 anos atrás

Parafasiando Mauro cezar Pereira “ódio eterno ao futebol moderno”. Parabéns pelo belíssimo texto e por ter oroporcionado aos gominhos esse momento inesquecível!

Eduardo Britto
Eduardo Britto
Reply to  Janine Inocente
12 anos atrás

Menos, amigos! Quando a bola rola, se trata de 11 contra 11, como é há 150 anos. Nem sempre ganha o melhor. Injustiça? Creio que não. De década em década surge um time que faz história e dá orgulho ao esporte, ou surge um craque que aspira a gênio. O resto são querelas que precisam encher as manchetes todos os dias. Querem ir mais fundo do que isso? Vão por sua conta e risco.

Luiz Claudio
Luiz Claudio
12 anos atrás

Ano passado agendei uma viagem para ver o clássico pelo apertura. Seria no começo de novembro. Faltando um mês para a viagem, com tudo comprado, a federação adiantou o jogo em uma semana me quebrando na programação. Mesmo assim fui a Montevideo (cidade linda) e vi Nacinal x Danubio no Centenário (estádio lindo). Trocaria o estádio que estão construindo no local onde antes ficava o Maracanã pelo quase centenário Centenário.

Gabriel
Gabriel
12 anos atrás

Sensacional Flávio!! Me lembrou os tempos em que eu ia ao velho Maraca(que infelizmente vai ficar só na lembrança) com o meu pai, tio e primos. Sou muito fã do Uruguai e do povo de lá. Se tiver por Montevideo ainda, vale a pena dar um pulo numa fortaleza que fica no bairro do Cerro e que tem uma vista bem bacana da cidade. Outro lugar incrível é Cabo Polonio, no litoral do país. Abraços.

Lúcio de Castro
Lúcio de Castro
12 anos atrás

Flavinho,

de arrepiar! Só um texto assim pra atrasar minha praia neste fim de férias! Saudade dos estádios “sem higienização”, dos desdentados na arquiba e não dos estádios dos VIPs. De arrepiar! Os Gominhos jamais esquecerão! Ficou só devendo a vinda ao Rio nas férias pra tirar um 10! Abs e até breve,
Lúcio

Fabio
Fabio
12 anos atrás

Pô Flavio Mais uma espetacular narrativa parabens mesmo..já que na F1 e futebol brasileiro não tem muito o que falar…..

JCDias
JCDias
12 anos atrás

E deu Peñarol! Dá-lhe. Sou fã desta equipe desde que o Jair, Príncipe Jajá, fez aquele gol da Libertadores contra o Flamengo do Zico lá em 1982, em pleno Maracanã. Vibrei muito. Como era um garoto bronqueado com o Nacional de Rodolfo Rodrigues, que fechou o gol e tirou a primeira Libertadores do Inter em 1980, e como Jair (ex-Inter) era um dos meus ídolos de infância, a identificação foi rápida.

Ferdinandes
Ferdinandes
Reply to  JCDias
12 anos atrás

É… me lembro de que, quando comecei a gostar de futebol, meu maior ídolo era o tal Fernando Moreno com a camisa preta e amarela.

Flávio Diniz Santos
Flávio Diniz Santos
12 anos atrás

Futebol em estado bruto fera!!!!

maurício morais
12 anos atrás

Fumamos um panetone ” é ótimo, kkkk. Belo texto, pra variar.

JT
JT
12 anos atrás

Estive neste estádio em 1997, caminhei por este parque e me hospedei num hotel 1/4 de estrela na avenida central, perto do centro histórico e mercado do porto. O elevador era exposto para o fosso, protegido apenas por grades sanfonadas. No armário de madeira havia a inscrição “Manoela & Juan 1969”.

O Uruguai é o melhor país do mundo. Tenho certeza que esbarrei com o Sean Connery nas calçadas do centro de Montevidéu. Ele olhou para mim e disse com o olhar:

“Legal, você me reconheceu. Valeu por me deixar curtir a cidade sem ser notado.”

A coisa mais salgada que comi na vida foi um calzone uruguaio, que me fez sair de madrugada para procurar um lugar que vendesse Coca-Cola. Cada gole descia como o elixir da longa vida.

Que inveja da molecada que vai pela primeira vez ao Uruguai…

Gerson
Gerson
12 anos atrás

Cacete, esse texto quase me faz gostar de futebol.

Flávio Palhano - Vitória ES
Flávio Palhano - Vitória ES
12 anos atrás

muito bom o texto xará… escreve muito bem Flavinho. Valeu abraço… o Uruguai, seu futebol e sua gente são demais mesmo!

victor freire
12 anos atrás

é por essas e outras que eu digo que o uruguai ainda vai ser a salvação da américa latina.

Roberto Lacombe
Roberto Lacombe
12 anos atrás

Fantástico relato do Flávio Gomes, me senti no Centenário.
Que o FG é um ótimo jornalista já sabíamos, certamente é um bom pai, os ‘gominhos’ nunca vão esquecer esta viagem!

Elaine
Elaine
12 anos atrás

Assisti esse jogo pela internet e, mesmo não sendo um primor, assisti até o final. Sonho em ir ao Centenário em um clássico também, mas não penderia para os lados dos Tricos. Minha simpatia pelo Manya é tão grande que é quase amor!

Rafael Guimarães
12 anos atrás

Grande texto, Flávio. Lembrei de quando era criança e o Mineirão ainda era de cimento e de gente de verdade. É difícil encontrar esse tipo de coisa no Brasil hoje.
Parabéns pela oportunidade que deu aos “gominhos”. 99% dessas crianças mimadas de hoje em dia não fazem ideia de como isso é bom.

Abraço

jbchaves
jbchaves
12 anos atrás

Felices los que lo sienten… Parabéns!

Dyonisio Pierotti Jr.
12 anos atrás

Urso Polar só o do Polo Norte.