LONG WAY HOME (2)
SÃO PAULO (ah, a vida…) – Tudo começou com este despretensioso post de 30 de dezembro, quando a gente não tem nada para escrever e escreve qualquer coisa — ninguém vai ler blog no último dia útil do ano: alguém me mandou um link com fotos de Twingo e lembrei do meu, que comprei no distante, mui distante, ano de 1994.
Vinte anos atrás. Duas décadas.
No post, dei a placa do meu, que lembrava de cabeça. Três dias depois, um blogueiro me mandou um e-mail. “Trabalho em tal lugar e tenho acesso a alguns dados de carros. Achei o seu Clio”, me escreveu o blogueiro que vamos chamar de “Dolglas” (inventei agora, ninguém se chama “Dolglas”), porque não sei se pode levantar dado de carro por aí apenas pela placa.
Pois “Dolglas” me mandou a ficha completa do carro, não sem antes levar uma dura: “Não era Clio, era Twingo!”. Tinha tudo lá, inclusive o nome e o endereço da proprietária. O carrinho, meu Twingo, ainda existia. E estava em São Paulo.
Isso foi no dia 2 de janeiro. Comecei a procurar alguma forma de encontrar a dona. Hoje, o Facebook é o primeiro a ser consultado. Mas o nome dela era razoavelmente comum e vieram várias. Não tinha como sair perguntando a todas se elas tinham um Twingo. Achei melhor apelar para um estilo “old fashion”. Escrevi uma carta. Afinal, tinha um endereço. E, com ele, aproveitei para dar uma olhada naquele treco do Google que tem fotos de todas as ruas da Terra, de Vênus e de Marte. Achei a casa, vi uma garagem fechada. Bom sinal. Ele não dormia na rua, se ainda estivesse com essa proprietária.
Coloquei a carta no correio. Me apresentei, contei que tinha sido o primeiro dono do carrinho, disse que ele tinha um certo valor sentimental e, com todo respeito, falei que compraria de volta se ela quisesse vender.
No dia 20, recebi um e-mail. Simpaticíssimo, da dona do “Goiabinha”, como ela chama o Twingo. Não sei se ela quer ser identificada, então vou chamá-la apenas de “Sol”. Gosto de “Sol”. “Sol” me contou que comprou o carro em outubro de 1997 por 7.900 reais. Eu me lembro de tê-lo vendido por 7 mil mais ou menos em julho daquele ano. Ela era, portanto, a segunda dona do Twingo. E sim, o carro estava com ela e ela tinha interesse em vendê-lo.
Contou suas aventuras com o Twingo, que cerca de um ano e meio atrás foi atingido na traseira por um ciclista maluco que amassou a tampa do porta-malas e quebrou o vidro. Depois desse incidente, “Sol” encostou o “Goiabinha”. Estava sem grana e sem disposição para arrumá-lo mais uma vez — alguns anos antes, um tonto com um Citroën (claro…) bateu nele dentro de um posto de gasolina. Quando recebeu minha carta, estava prestes a tomar uma decisão drástica: mandar o coitadinho para um ferro-velho. Tinha desistido dele, depois de muitas idas e vindas. No e-mail, mandou o telefone. Liguei na hora.
“Sol” é uma querida, uma gatona falante e simpática, e parecia não acreditar no que estava acontecendo. “Esse carro parece ter vida própria. Toda vez que ia me desfazer dele, por alguma razão, ele fazia alguma coisa para ficar comigo. Não queria ir embora. Agora que eu ia vender para o ferro-velho apareceu você.” Perguntei quanto ela queria pelo Twingo. “Ele está com documentos atrasados, alguns débitos, e se você pagar tudo ele é seu. Eu te dou.” E olha que ele correu riscos gravíssimos. “Minha sobrinha chegou até a escrever para o Luciano Huck”, disse, e na hora fiquei arrepiado só de pensar nas merdas que aqueles caras seriam capazes de fazer com ele.
Hoje reencontrei meu Twingo. Tirando o vidro quebrado e a tampa do porta-malas amassado, está zerado. Interior inteiro, limpinho, conservado. Carro de mulher. Cuidado com carinho nesses 17 anos desde que eu o vendi.
Anos atrás, tinha cruzado com ele na avenida Ibirapuera. Eu num sentido, “Sol” no outro. Fiquei desesperado, tentei ir atrás. Não consegui, não tinha retorno, foi uma enorme frustração. Hoje tinha um endereço e um mapinha. Saí da TV, peguei a lambreta e cruzei a cidade até suas franjas. Fui recebido com um sorriso e um café. E muitas histórias. Quando “Sol” falou que ia pegar a chave para dar uma olhada no interior, eu disse que não precisava. Tirei a reserva, que guardei por 20 anos. “Não é possível que você tem a chave!”, ela disse. “É sim.” E abri a porta, e sentei naquele mesmo banco, e abri o mais largo sorriso que alguém que reencontra um amigo pode abrir.
“Sol” tem o manual do Twingo e as guias de IPVA preenchidas por mim quando não existia internet para pagar as coisas pelo computador. No manual, a data de entrega: 26 de abril de 1994. Terça-feira da semana do GP de San Marino. Quando meu Twingo foi entregue, eu não pude retirá-lo na CAOA da Ibirapuera. Estava a caminho do aeroporto para cobrir a corrida que mudou a vida de tanta gente, a minha inclusive. Depois de tudo que aconteceu em Imola, voltei já demitido pelo jornal via Madri. Numa quarta-feira de sol na Espanha, três dias depois da corrida, fui a uma revenda Renault e comprei acessórios originais para meu Twingo: vidros elétricos, caixinhas de som, um toca-fitas Grundig com botões verdes e até um porta-luvas emborrachado, na verdade uma pequena bolsa colorida que encaixava direitinho no porta-trecos diante do banco do carona. Pequenas bossas de um carro espertíssimo que já fazia muito sucesso na Europa.
Fui conhecer meu Twingo no aeroporto, quando minha mulher foi me buscar. Claro que depois de tudo que tinha acontecido em Imola, um carro novo deixara de ter importância. Nele entrei pela primeira vez sem nenhuma emoção especial. Com o passar do tempo, apenas, nos tornamos amigos. Sim, sou amigo dos meus carros.
Foram apenas três anos com ele. Hoje, quando o vi, fiquei emocionado e feliz. “Sol” também. Ela tinha jogado uma água no carrinho, que estava empoeirado. Ontem, quando combinamos o horário da visita, ela me disse: “Vou descer lá e dizer para ele que seu pai virá buscá-lo. Ele vai gostar”. Sim, a “Sol” também fala com seu “Goiabinha”. Faz todo sentido.
O Twingo está de pé, completamente de pé. Precisa de uma maçaneta interna nova, do controle do espelhinho do lado direito, de um vidro traseiro e uma tampa de porta-malas e de novas rodas. Uma lanterna traseira também. Uma boa lavagem, um polimento, pintura do para-choque (recuperar a textura original dessas peças plásticas é difícil, mas pintando de cinza fosco fica ótimo), uma revisão mecânica e pronto.
Vou quitar os débitos até o fim da semana e daqui a uns dez dias vou lá buscá-lo de vez. Prometi para “Sol” que em um ou dois meses estará pronto. Para que no dia 26 de abril, quando ele completar 20 anos, a gente possa comemorar dando umas bandas pela cidade.
Valeu, “Sol”. Valeu, “Goiabinha”. Bem-vindo de volta.
Vc tem lugar se quiser participar de nossos encontros mensais do TWINGO CLUBE DE SÃO PAULO, todo terceiro domingo do mês. Abraço!
Texto emocionante!!!
Eu que comprei um Twingo 94 a um ano compreendo o seu sentimento, amo esse carrinho,
Parabéns
também me emocionei por aqui. tive um fusca 1983, branco, comprado usado, que passou 14 anos comigo, vendi em 2001.o fusca me viu casar, transportou minha filhota. a vida financeira melhorou, vendi pro meu irmão, comprei carro maior, com ar, mais confortável. mas sempre que reencontrava meu fusca eu fazia questão de entrar e matar a saudade. um amigo por 14 anos, honesto, peças baratas. infelizmente, quando o fusca estava de posse do meu irmão, foi roubado e nunca mais o vi. se não fosse isso, teria recomprado e tratado como xodó. se o reencontrasse, restauraria e deixaria igualzinho. já pensei em comprar outro e deixar igual, mas não é a mesma coisa. aquele carro é único pra mim.
e quanto a você, Sol (Solange), pelo próprio apelido vê-se que se trata de uma pessoa iluminada, especial. parabéns pela postura legal que teve. podia pegar pesado no preço, mas foi nota 1000. Ainda bem que existem pessoas como você.
Vida longa ao goiabinha.
Abraço pra você, Flávio, e obrigado por mais um “causo” muito legal.
estava procurando a tag long way home(2) não estava achando mesmo qd cliquei na tag long way home…creio q esteja sem tag
abraço
Mt TOP esse seu texto Flávio!! fiquei super emocionado lendo!! Tenho um santna 87 q era do meu avo está conosco desde 0km cuido dele com o maior carinho do mundo!!
flavio gomes seu velho lobo matreiro… usando de seus olhos azuis e dos cabelos dourados pra seduzir uma senhorinha e rapar o carro dela,, agnaldo silva ha tempos ja mostrava isso nas novelas das 8….
A ” senhorinha ” não permitiria tamanha ludibriação caro Sr.Lincoln Falcão ,toda negociação sobre o destino do Goiabinha foi feito de comum acordo ,portanto seu comentário maldoso não procede .
Abraço
Sol ( ” a senhorinha ” )
Prazer em conhecê-la, Sol, personagem nessa história tão curiosa…
Sol, parabéns pelo bom gosto de ter um Twingo, estamos no TWINGO CLUBE DE SÃO PAULO. a disposição. Tudo de bom!
Nossa… Parabéns Flávio!! Excelente o texto!!
É muito bom encontrar textos bem escritos e com vida, como esse!
Vc manda muito bem meu caro!!
Continue assim!
Acompanho sites e blogs sobre automobilismo e vc se destaca muito pela qualidade do seu trabalho.
Abraços,
Olavo
Flávio, boa noite. Aproveitando o momento do reencontro com o bom e (nada velho) Twingo, segue um link do “Autoblog” que trata da exposição do novo Renault Twingo com tração traseira (se entendi bem). Achei legal dividir essa com você. Grande abraço e quando vier a BH, me avise.
http://www.autoblog.com/2014/02/13/next-renault-twingo-ready-swiss-debut/
Ops! O Tozelli já havia anunciado! De qualquer forma, visite este blog que de vez em quando, traz alguns assuntos interessantes sobre carros e o mercado. Abraços.
Excelente história… Vou ver se consigo encontrar os antigos carros do meu pai e do meu avô… Que sabe… heheh
Flávio, aproveitando, acabou de sair imagens oficiais do novo Twingo que a Renault vai lançar! Particularmente eu gostei, ainda mais pelo fato do motor ser na traseira! Estilo ficou praticamente o mesmo. O que achou?
http://carplace.virgula.uol.com.br/reanault-twingo-e-peugeot-108/
Flavio, vai manter o nome do “goiabinha”??? ou vai rebatizar o bichinho?
Hum…boa pergunta ! Rs…
Sol, parabéns pelo bom gosto de ter um Twingo, estamos no TWINGO CLUBE DE SÃO PAULO. a disposição. Tudo de bom!
Emocionante. Parabéns pelo reencontro.
;-)
Sol, parabéns pelo bom gosto de ter um Twingo, estamos no TWINGO CLUBE DE SÃO PAULO. a disposição. Tudo de bom!
Flavio, muito legal a historia, parabens. Mas uma duvida:
Vc disse que conseguiu os dados da proprietaria apenas pela placa. O mais provavel é que o “Dolglas” usou dados da empresa onde trabalha, possivelmente o detran, uma financeira, etc, para conseguir isso, o que provavelmente é ilegal. Vc mesmo admite que “não sei se pode levantar dado de carro por aí apenas pela placa”.
Você não acha que, nesse caso, cometeu um erro em aceitar as informações? (embora, infelizmente, nesse caso tudo deu certo). Pergunto isso pq lembro de um tempo atrás, vc ter feito um post sobre alguém que ligou para você com uma série de informações provavelmente tiradas de um cadastro, provavelmente para lhe vender algo. E vc fez criticas duras a quem vendia/comprava cadastros.
Eu em geral fico puto quando me ligam com informações que não deveriam ter, me faz desconfiar (tenho certeza) que qualquer hacker ou bandido pode saber sobre nossa vida nos minimos detalhes.
De qualquer forma, ainda bem que dessa vez deu certo.
Não senhor. Nada de ilegal. Eu tinha o Renavam dele também, e com Renavam existem sites que dão essas informações para que as pessoas não comprem carros roubados etc. Meu amigo secreto apenas sabia o caminho das pedras. E o que aconteceu comigo foi bem diferente, era um caso de propaganda política de uma vereadora.
ok, obrigado pelo esclarecimento. Não tinha entendido que também tinha o RENAVAM e que isso era possivel (voce dá a entender no post que tambem nao sabia). Otimo saber que tomou esse cuidado, parabens.
Ando critico com pessoas (em geral, nao exatamente voce) que pregam contra corrupção mas cometem seus proprios deslizes em beneficio proprio.
Escuta, onde tem corrupção aí? Tá louco? E mesmo se eu tivesse um meio pouco ortodoxo de conseguir os dados do meu carro, iria investigar. Sou repórter. E isso não faria mal a ninguém, não causaria nenhum transtorno, não prejudicaria ninguém. Deixa de onda.
Super bacana este reencontro, mas confesso que gostei mesmo foi de saber que a cidade tem franjas :-)
Adorei esta expressão, é perfeita :-)
Oi Flavio Gomes,
Que história legal e emocionante, essa Sol é muito gente boa, ela poderia ter lhe enfiado a faca para te vender o carro, mas ao contrário de deu um presente,que os próximo 20 anos com o Goiabinha sejam ótimos.
Abraço
Luiz Bandeira
Olá Luiz Bandeira , obrigada pelo ” gente boa ” …sem modéstia nenhuma garanto que sou mesmo rsss…Quanto a venda do Twingo ,sim vc tem razão ,mas como eu escrevi no primeiro e-mail resposta á carta recebida do FG : -” Tudo seria mais simples se tratasse da negociação de um carro qualquer ,mas era o Goiabinha e suas histórias” .Aqui entrou mais o coração que a razão … eu não posso fazer por ele o que o FG pode que é restaurá-lo , colocar a documentação em dia e continuar cuidando por longos anos com carinho , então nada mais justo que deixá-lo partir seguindo seu destino ao primeiro dono .Eu jamais levaria ele para um ferro velho ( isso eu disse para o FG pois não o conhecia ainda e fiquei desconfiada com a carta ,podia ser um maluco qualquer né? Rs ,queria ver se o interesse dele era REAL e pelo desespero que ele ficou pude avaliar rss)
Tem coisas na vida que se tornam maior do que o dinheiro e essa é uma delas pra mim .
Um abraço !
Sol :-)
Nao tem como negar…todas as personagens desta história sao fantasticas…mas Sol…vc irradiou simpátia e personalidade…parabens…
LInda e comovente história………Parabéns Flávio! Vida longa ao goiabinha!!!!
Com certeza será vida longa mesmo ! Ele é duro na queda ! Rs
Abraço
Sol :-)
É, eu entendo o que vc sente. Tive um Fiesta 96 CLX 1.4, minha mãe foi segunda dona, passou pra mim e rodei bastante com ele, até os famigerados 150 mil kms que dizem ser a vida útil do motor Zetec (valente por sinal). Era quebrado e me faltava dinheiro pra dar a devida manutenção nele e quando começou a melhor a parte financeira, uma chuva de verão inundou a rua onde trabalho e fez o coitadinho boiar (e nem moro em SP, moro no PR)… Nisso, a seguradora declarou ele como PT e assim foi-se embora meu parceiro. Achei que teria um destino terrível, como tornar-se uma vítima de leilão pra dono de ferro velho canibaliza-lo. Porém, vendo o renavam outro dia, vi que continua ativo e rodando em Guarapuava. Só não tenho as informações de endereço e tudo mais como seu blogueiro te passou.
Minha esposa é contra pelo tanto de verba que seria necessário para comprá-lo e o deixar como era em seus dias de glória, mas eu assim como vc entendo o valor e a amizade que se constrói com um carro.
Perfeito !
;-)
Me emocionei…
Junte-se a nós !
Abraço
Sol ;-)
Vc é um maluco ! E é por isso que sou seu fã ! Porque vc é um maluco como eu, que gosta de carros, que fala com carros, que coloca nome em carros, que prefere os carros do que certas pessoas.
Tuda a sua felicidade ficou explícita nas fotos, cara de criança que ganhou um brinquedo ou que achou o brinquedo predileto que estava perdido.
Tenho uma história parecida com o meu carro, um Renault Laguna 99, o Jean Pierre, a diferença é que ele sempre esteve por perto. Hoje estou com ele e não vendo nem a pau.
Se pudesse compraria de volta alguns carros que tive, mas você me deu uma boa ideia, preciso achar um Del Rey Ghia 89, que foi o último carro do meu pai.
E vê se para de fazer marmanjo chorar durante o expediente !
Renault Laguna é o meu sonho de consumo. Principalmente aquela versão perua motor 3.0 V6. Aqui em Santo André tem um Laguna o dono também não vende nem a pau.
Legal Marcos André ! Tomara que encontre seu Del Rey ,meu pai teve um desses também !
Que mais malucos ( como eu também! ) continuem conversando com seus carros , talvez se eu não tivesse feito isso como Goiabinha ele nem tivesse insistido em ficar comigo por longos 17 anos … como eu falei pro FG ,ele é um carro estranho que parece ter vida própria , decide sozinho rss… muitas vezes me perguntei :-Quem é mesmo dono de quem ? rsss Parece maluquice , mas devido a tantos acontecimentos em torno dele nem era pra ele existir mais e olha só que final feliz !!!
Um abraço
Sol :-)
Flavio,
Vamos achar uma vaga especial para o Goiabinha
Nem o vi, mas já gosto dele !!!
Rapaz, estão todos esquecidos aí… Mas agora estou licenciando tudo, com o fim da Controlar. Aí eles vão voltar a rodar!
Graças a Deus acabou a farra dessa maldita Controlar! Bando de safados…
Eles devem estar deprimidos ali parados por tento tempo sem ver a luz do sol hahahaha
Eu vou querer dar uma volta na Kombi e no GT !
Oba Marcelo ! Já contei pro Goiabinha e por isso ele também já gosta de você ! E eu também ! Vaga especial e carinho é tudo que ele precisa e merece ! Cuida dele tá ?
Abraço
Sol :-)
Parabéns Sr. Flávio. O carro ainda tá alinhadinho…
Claro que tá !!!
Claro que estou !!! (Goiabinha ) rsss
Abraço !
Sol :-)
Parabéns Flavio, lindíssima história!
Me fez lembrar do meu primeiro carro, que infelizmente não terei como reencontrá-lo pois o perdi numa batida lateral causando-lhe perda total!
Me deu uma saudade dele agora…
Reinaldo , o Goiabinha esta entre nós por insistência , resistência, teimosia e o carinho que sempre tive por ele .. a batida lateral que Goiabinha tomou do FDP do Citroen acabou com a lateral ( quem sabe um dia o FG mostra ak as fotos que tenho ) , abalou a coluna … todos os diagnósticos eram de PT ,mas eu não desisti e continuei com ele , não tinha seguro e o cara não me pagou nem com processo ..Um belo dia depois de longos meses conheci alguém que tinha na oficina uma máquina Cyborg ( nem imaginava existir algo assim,tipo Transformes) que esticou ele de novo , dali foi trocar a porta e fazer os restante dos reparos que deixou ele inteiro de novo ;-)
Que pena que não conseguiu recuperar o seu !
Abraço
Sol ;-)
Faltou a resposta para a pergunta: por que o vendeu após três anos?
Bela estória!
Seguramente não é todo dia que algo assim ocorre.
E se o Luciano Huck aparecer para dar um trato no “Goiabinha”? Vai botá-lo para correr? :)
PS. Neste último sábado, aconteceu comigo um desses “reencontros”: uma música que há muito tempo eu não ouvia (uns vinte e cinco anos). Na época nunca consegui saber o título ou de que banda era (não havia muitas das facilidades de hoje), mas lembrava do ritmo, do riff de guitarra e alguma coisa do que o cantor cantava (eu mal havia começado a aprender inglês). Por causa de outra canção, fui visitar a página da banda na Wikipedia e vi alguns dos sucessos dos caras. Abri o “VocêTubo” para ver os clipes e então tive a grande surpresa quando essa música começou. É aquela sensação que te faz soltar um “Não acredito!” onde quer que você esteja. Procurei tanto sem encontrar e num dia “à toa” acabo conseguindo.
Já pensou se eu recebo a visita do Luciano Hulk em casa antes de entregar o carro para o FG ??? rssss …Daí já vou achar que o Goiabinha tem mesmo poderes paranormais ! rs
Qto ao lance da música já aconteceu comigo também …na minha adolescência meados dos anos 80) vi na extinta MTV um clip e nunca mais esqueci só que nunca achava a música e nem sabia quem cantava …muitos anos se passaram até que um dia comprei um MP3 com todas as músicas do Robert Plant que eu adoro e lá estava a dita cuja ! ” BIG LOG ” nem acreditei rsss … coisas da vida ! rs
Abraço !
Sol ;-)
FG vamos ccomeçar pelo começo, se bem que acho que n existe outra maneira de começar, aproveita a vinda do Goiabinha aparecer agora, quem sabe não é a deixa para relançar o limite já que vc esta de casa nova, indiana gomes na Fox seria legal, 2014 – 1998 = 16 anos desde que vi.pela primeira vez o limite, você era mais bonito FG eu tinhá um chevete sl a alcool, no inverno ele só parava de falhar quando faltava meia quadra para chegar no meu trabalho, To começando achar que os carros do século passado tinham mais personalidade.
Existem carros que nasceram para ficar em boas mãos. É o caso do Goiabinha.
Parabéns pela (re)compra do Twingo. É um carrinho bem bacana. Faça (de novo) bom proveito!
e pingue umas fotos da restauração dele aqui no blog!
Porra FG, quase chorei aqui! E confesso que fiquei com uma baita inveja. Sempre fui fã do Twingo e já pensei várias vezes em fazer uma loucura e comprar um!
Parabéns!
Sensacional história. Vida longa aos dois!
Caramba, caiu uma coisinha aqui no meu olho. Não estou chorando…
Quem gosta de carros e ouve histórias como essa, com certeza fica emocionado. Muitas felicidades para você e o Goiabinha.
Cara, de alguma forma, esse seu texto mexeu comigo. Esse meu comentário vai até ser bobo, mas eu tenho que fazê-lo.
Anos atrás, eu vagueando pela internet, encontrei um texto seu, um antigo texto em que você relatava sua saga naquele triste fim de semana, em Ímola. Foi o primeiro texto que me fascinou pelos seus escritos. Ali fiquei curioso, pois no desenrolar da história, há um trecho em que relata ter passado numa concessionária Renault para comprar uma porção de acessórios para “seu carro novo que ainda nem tinha visto”, logo antes de voltar para o Brasil e “esquecer Senna, a Fórmula 1 e a Folha”. Fiquei tentando imaginar, a cada vez que reli esse texto (sim, tenho ele salvo no meu PC até hoje) que Renault seria esse. Agora, para grande surpresa, abro seu blog hoje descompromissadamente (vim parar aqui por acidente), vou lendo o post e, à medida que avanço, lentamente aquele velho texto me veio voltando à mente e.. EI! ENTÃO ESSE É O RENAULT QUE ELE ESTAVA FALANDO! COMO ASSIM?!? É O MESMO CARRO!
Cara, emoção imediata. Que história! Imagino quantas recordações deve guardar!
Ler esta história hoje me deu uma alegria como se o carro fosse meu mesmo. Quem é apaixonado por carro sabe que sensação é essa.
Meus parabéns; aproveite muito e cuide do velho amigo reencontrado!
Só eu li o comentário do Vinicius e fui procurar o texto do Gomes (que eu cansei de ler no GP, na época do iG) e achei num site que tinha dado Ctrl + C > Ctrl + V no texto?
Histórias, nossas histórias… A gente tem tantas que esquece de contar a maioria delas, porque acha que ninguém quer saber. Mas não sei o porquê das histórias do Flavio sempre me chamarem a atenção. Pelo lado bom das coisas, é bom que se diga.
Genial Flavio, “Goiabinha” de volta pra casa.
E ao Vinicius, boa lembrança! Nem lembrava mais do texto, que foi o cartão de visitas do Flavio pra mim.
E vida longa ao “Goiabinha”!
Cacilda Flavio que história. Quem me dera poder achar a caravam que foi do meu saudoso coroa.
Que história! Nostálgica. Quando era mais novo eu morei numa casa que ainda penso em voltar a morar nela, em tê-la de volta (ok, na verdade era do meu pai). mas nunca pensei em ter de volta um carro, seja meu ou dos meus pais. Incrível a história toda, até conseguir! Parabéns!
ai ai… estou em lua de mel com meu novo carro, meu primeiro renault.. e eh quase o melhor carro que tive (logo depois de um passat alemão)…
me apaixonei pelos carros da renault depois que minha esposa comprou um clio…
ja tive carros de todas as marcas e segmentos possiveis, mas digo que nao há marca mais apaixonante por aqui…
parabens FG
Muito boa a sua história. Tenho saudades do meu primeiro carro, me identifiquei com a sua história.
eita Flaveta,CAOA és tenso lembro q a Renault rompeu contrato e em breve a Hyundai fara o mesmo que o diga o Lentoster ou lesmoster ou Pilantra vulgo elantra
Linda história, e com final feliz para todo mundo: FG feliz por reencontrar o carro, Goiabinha por reencontrar o pai e Sol, por saber que Goiabinha terá vida longa.
Mas, desculpe a intimidade, há um clima de paixão nesta história. Seria um verdadeiro conto de fadas.
Um abraço.
PS: alguém sabe onde pesquisar a vida de um carro pela placa?
Sensacional!
História fantástica, bonita e emocionante! Coisa de quem gosta de carros e de carros que gostam de pessoas, porque não?
Parabéns aos três!
Mais um conto antológico de Flavio Gomes.
Esse já é um clássico.
Acreditam que me deu um seríssimo nó na garganta?….. Devo estar ficando meio ridículo mesmo.
Putz!! Pensei que só eu tava assim!!
Esse filho da mãe conseguiu me emocionar com esse texto!!
Gomes, ele ainda está com os acessórios originais que vc trouxe da Espanha?
Sim.
;) Variant II !
Me emocionei com a história, sou um molengão mesmo… Parabéns pela reaproximação, essas coisas não tem preço.
Até hoje a Renault não fez um carro legal como esse!
Era o sonho de consumo do meu pai.
Ele era diferente de tudo: design, painel digital, motor legal, pequeno pra quem vê e grande pra quem anda (fox?), interior modular e as cores externas e internas (estofamento).
Parabéns!
Eu ainda lembro da placa (amarela) do primeiro carro do meu pai. Um Fusca. Quem souber como procurar, me dê um alô. A Placa é ED-7159.
Me emocionei, adoraria encontrar o Fuscão Verde 1973 do papai e compra-lo de volta!
Parabéns aos dois !
vai continuar a ser Goiabinha? rs..
Um carro de volta… e uma nova amizade?
Ao menos uma estória leve no meio de tanta merda que se lê no noticiário. Gostei!
Verdade cara! Tá mesmo faltando um pouco mais de leveza no noticiário. É tanta desgraça que deprime até urubu…
Puta história! Arrepiei… Fiquei aqui imaginand o como seria encontrar a Caravan 4.100 do meu pai (1974) ou o GTS dos,meus vinte anos…
Não existe Caravan 74, a 1ª é a 75.
Flávio, este é um dos melhores posts que já li aqui no seu blog. Emocionante. Parabéns, e seja feliz com o “Goiabinha” de volta a sua família. Afinal, pelo cuidado que você tem com seus carros, você é, sem dúvida, o tipo de pessoa que o considera assim, como um membro da família.
Linda e emocionante história FG!
Não só o seu amigo retornou para casa, mas também, conheceste a Sol, uma pessoa que deve ser, no mínimo, muito “gente boa”!
Rapaz, que história! Ou estória, como dizem os mais antigos. Muito legal. Se você, Gomes, não tivesse postado as fotos, essas aí em cima, acharia que era uma baita lorota. Parece mesmo a história de um pai que reencontra o filho, perdido pelo mundo, sem eira nem beira. Mas lembro de um estória sua com o seu velho-novo-recém-achado-Twingo: você escreveu certa feita que o teria vendido, lá nos anos 90, depois de não ter conseguido subir uma ladeira com o ar condicionado ligado de tão fraco que era o motor. Lembro também que pensei: “Como esse Flavio é cag..do. Imagina, vender o carro por uma coisinha dessas…” hehehe. Enfim, o “goiabinha” retorna à casa. Parabéns, Gomes. Mas pelo que vi das fotos, manda já dar um espelhada ou um polimento nessa pintura. Está mais para rosa do que para vermelho, de tão castigada que está.