Blogueiros que fazem (ou fizeram, ou ambos)

SÃO PAULO (doce é a vida acelerando) – Já deu para notar que entre a blogaiada mais assídua não tem só gente que gosta de corrida. Tem gente que fez corrida, que escreveu parte da história brasileira nas pistas. Por isso, quem correu de qualquer coisa, mande fotos. Como essa do Jovino, de Brasília.

Que, evidentemente, já está convocado para contar a história do retrato. E pode começar respondendo como é que é correr de jeans e moleton!

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Roberto-Cerro Largo-
Roberto-Cerro Largo-
17 anos atrás

Achei 10 a estória do Jovino e seu Dodge. Isto sim é automobilismo….

Edgar SC
Edgar SC
17 anos atrás

Nossa… Digno de livro… hehehehe

jovino
jovino
17 anos atrás

Bom pessoal, desculpe pela demora na resposta, pois para variar, o meu micro de casa deu pau e só agora pela manhã, aqui no Ministério, posso responder a vocês.
Gostaria de agradecer as palavras tão gentis de todos e realmente foi uma época muito boa na minha vida.
Laurence, os carros da Hot Dodge praticamente não se mexiam muito. Os amortecedores eram os originais re-trabalhados ou os Rogério, que eram muito bons fabricados por alguém do Rio de Janeiro. Motor, mexia-se na taxa de compressão com o comando Scandeli – não sei se o nome correto e este – com os carburadores, geralmente os originais DFV de corpo duplo a álcool trabalhados, alguns chegaram a usar outro tipo de carburação, mas não deu certo. Os pneus, no começo, eram os radiais de rua, mas a gente lixava eles até dar mais aderência, e depois, passaram para o Slics e também, mais no final, começaram aliviar peso cortando latas, aliviando onde dava. Como vocês vêem, não tinha muito segredo.
Cláudio, eu participei da categoria de 81 até 84 e esta foto foi uma das últimas corridas que fiz. Depois vendi o carro e a categoria durou mais uns 2 ou 3 anos, pois começaram a mexer demais, encareceu e os carros foram diminuindo até desaparecer.
Veloz, acho que com suas palavras retratam muito bem o que a gente sentia naquela época, pois não existiam este profissionalismo levado ao extremo onde os pilotos se odeiam, e transformam corridas em verdadeiros Strikes, existiam amizade entre os pilotos e até fazíamos churrasco regado a muita cerveja depois das provas.
A pista aqui em Brasília é ótima até hoje, o traçado, a pista em si, perfeita, com apenas uma pequena ondulação na reta dos boxes e nunca foi recapada, só tem uma tal de bruxa que todos naquela época e até hoje não conseguem descer de pé embaixo. Tem que ser macho mesmo.

Joaquim, recebi seu e-mail com a foto de uma prova aqui em Brasília no final da década de 60. Com certeza eu estava lá nas ruas assistindo a prova.
Já que você me pediu uma história, vou contar uma rápida.
Quando comprei este carro, ele era toda azul e branco, tipo cores da seleção Argentina e, logicamente não gostei.
Numa bela tarde de sábado, quando acabou ou treinos, peguei o meu Dodjão mais um outro piloto amigo e fomos para casa dirigindo os mesmos, pois existia um acordo verbal entre a FADF e o detran para podermos circular pelas ruas nos dias de treino e provas.
Descemos pela asa norte, os dois carros juntos e paramos num farol. Apareceram mais dois Dodjões de outros colegas e alguém começou a acelerar e a adrenalina subiu, todos juntos pisaram fundo até o sinal abrir e sair descendo a avenida num cacete só. Um carro da polícia Militar viu o acontecido e foi no outro dia para a porta da entrada do autódromo prender os envolvidos. Um dos Dodges foi detido e o piloto passou a informação para os outros que os carros de cores tal, estariam a espera para serem apreendidos. Eu tinha investido tudo o que tinha para aquela prova e queria participar. Eram mais ou menos 7h30 da manhã e a prova começaria lá pelas 10h30. Levamos o carro para a oficina, isolamos o pára-brisa e todos os vidros, lanternas traseiras e mandamos tinta, e o carro saiu do azul Argentina para este marrom, que posteriormente, fizemos uma pintura mais descente, que está na foto. Peguei o carro quase em cima da hora, passei pela entrada do autódromo onde estavam as polícias militares, dei um Tchauzinho e entrei numa boa para a prova. Acho que até hoje eles estão procurando o tal Dodge com as cores da Seleção Argentina. Obs. Pintei de marrom, pois era a única cor que não tinha em nenhum Dodge.

Abraços.

Jovino

Caique
Caique
17 anos atrás

Jovino,

Fala a verdade: Dá uma saudade danada quando a gente vê o que tentou num passado recente né? O Dojão era bonito.

Lawrence Jorge RS
Lawrence Jorge RS
17 anos atrás

Concordo totalmente com as solicitações abaixo!!!!
Especificações do Dodge, mais detalhes da corrida…
Categoria, quantos carros na pista…
FG, Brandão e Caique, deêm uma ajuda para o Jovino… Ele ficou tímido!!! Coluna Retrovisor com foto fica ainda melhor!!!
Já disse aqui e repito q sou fã dos grandes dodges…
Abraços

joaquim
joaquim
17 anos atrás

Boa, Jovino, essa história está digna de aparecer na coluna Retrovisor. Conta mais, que a gente quer saber. Abs, campeão!!

VELOZ-HP
VELOZ-HP
17 anos atrás

Grande Jovino, parabéns campeão.
Você é dos nossos, não importa a caranga e menos ainda a colocação final, o que vale é o espírito e a paixão.
Além disso sua caranga é bem legal e sexto lugar não é nada despresivel não.
Pilotar um Dojão em Brasília com aquelas curvas de alta e boas retas deve ter sido um barato delicioso, fora o circúito externo, páu puro.
Esse é o verdadeiro automobilismo, que une amigos de verdade, parentes distantes e uma aura de paixão que poucas coisas no mundo conseguem formar.
Só quem viveu esses momentos sabe do que estou falando, e você certamente é um deles.

Claudio Ceregatti
Claudio Ceregatti
17 anos atrás

Faltam mais coisas…
Ano, quem participou, o resto da história do post aí de baixo do Sala e da zona de Ribeirão…

Askjao
Askjao
17 anos atrás

Imagina se hoje em dia, alguem correria sem macacão… nem em sonho… hahahahaha… muito boa a história, jovino… agora falta apenas o detalhe da máquina!

Alexandre Reis
Alexandre Reis
17 anos atrás

Jovino estamos a espera, e principalmente dos detalhes do carro.

jovino
jovino
17 anos atrás

Gomes,

Naquela época da Hot Dodge a coisa não era tão profissional assim e no dia da prova cheguei bem cedo como fazem todos os pilotos e estacionei o meu carro dentro da área dos boxes e comecei a bater papo com os colegas pilotos enquanto os mecânicos dava os últimos acertos no carro. Pouco antes do diretor da prova chamar os carros para alinhamento a minha irmã apareceu no autódromo e me pediu o meu carro emprestado, pois ela tinha que ir com urgência a Goiânia resolver alguma coisa e emprestei numa boa. Acontece que o meu macacão e as sapatilhas estavam no porta-malas do carro e eles foram juntamente com ela. Procurei o macacão por todo canto, em carros de amigos, no meu box e nada até que caiu a ficha e me lembrei que tinha ficado no porta-malas do carro. Usei a minha própria calça jeans e o tênis que usava no momento, alguém improvisou a blusa de moleton, colaram um plástico no canto superior esquerdo da blusa com o meu tipo sanguíneo e alinhei assim mesmo e cheguei em 6º. Como eu era feliz e não sabia.

Abraço.

Jovino

Askjao
Askjao
17 anos atrás

E de conga nos pés… hahahaha… Diz ae Jovino.. conta pra gente o que tá rolando no foto? Abraço!

Zé Maria(Itapeva SP)
Zé Maria(Itapeva SP)
17 anos atrás

Eu pagaria prá ver uma foto aqui do Charles Marzanasco Filho fazendo dobradinha com seu pai na década de 70.De passatão.Na volta de uma corrida em Brasília eu e o Charles(filho) levamos o Maurício Sala prá sua estréia na zona de Ribeirão Preto.ehehe.