Álbum (sobre rodas) de família

SÃO PAULO (vou chamá-la para mexer no meu carro!) – O Matuza-mor Roberto Brandão mandou um álbum literal de fotos motorizadas de sua família que tem até Rolls Royce (gente coisa é outra fina, como se diz…). Aos poucos, vamos colocando aqui. A primeira é essa aí embaixo.

Brandão foi generoso nas imagens, mas econômico nas legendas. Mas o que importa é o instantâneo. E os carrinhos, claro!


A Vemag promovia cursos de pilotagem e direção para as esposas de seus diretores. Minha
mãe está encostada na porta, a terceira, da esquerda para direita. Chique ela, não?

Sem dúvida, chiquérrima, diria eu. E pelo que sei, esses cursos incluíam noções de mecânica, também. Sra. Brandão será, portanto, convocada oportunamente para cuidar do #96!

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Conde
Conde
17 anos atrás

Grande Brandão .
O homem tem mais história que o Monteiro Lobato !
Concordo com o Renato de Portugal :
Família é a base de tudo , mesmo .
Que sorte a nossa compartilhar destas fotos e das lembranças dos amigos .

Roberto Brandão
Roberto Brandão
17 anos atrás

Joaquim, matar-lhe? Jamais!
Era o tempo em que meu irmão mais velho (aquele que conversou com o Sidney), o Chico e toda a turma do O Cangaço (clube destes desocupados, cuja sede ficava no porão da minha casa) passaram por uma fase “religiosa”, indo à missa, aos domingos, na Igreja de São Domingos, em Perdizes (ou Pacaembú?) apenas para ver e tentar conversar com aquela maravilhosa morena de olhos verdes, que se chamava Eleonora. Ninguém conseguiu nada, a não ser o Chico, que foi convencido a entrar para a Opus-Dei e esta é uma das razões pelas quais ele detesta religião.
Ah, a Rita, também foi composta em casa, com o violão de minha irmã.
Minha mãe, após acabar com aquela bagunça em casa, pois os meninos estavam reprovando nas escolas, tempos depois, achou todos os rascunhos e mandou devolver ao dono, que já era famoso.

joaquim
joaquim
17 anos atrás

Sei que o Brandão vai me matar, mas não resisto: sabiam que a música “Morena dos Olhos D’Agua”. de Chico Buarque – musa Eleonora Mendes Caldeira – foi composta na casa do Brandão?

Edgar SC
Edgar SC
17 anos atrás

Não me contive…
A decente Srªa última da esquerda para direita está muito pensativa, nem olhou pra camera… fiquei aqui imaginando o que ela estaria pensando…

Romeu
Romeu
17 anos atrás

Brandão, infelizmente hoje as fabricas não cuidam nem do pós venda decentemente, o que deveria ser a prioridade maxima, imagine se preocupar com promoções do tipo que a Vemag fez nos bons tempos.
Isso é mais uma coisa que quem viu, viu, quem viveu, viveu…
Esquece…
E agora se vire…Queremos a Sra. Brandão no ultimo farnel de 2006.

Roberto Brandão
Roberto Brandão
17 anos atrás

Aliás, este tipo de promoção, das fábricas,. poderia voltar a acontecer, promovendo-se um fim de semana com test-drive, direção defensiva, um pouco de mecânica etc.
Desta forma, as fábricas fidelizariam mais seus clientes e atrairiam para a decisão de compra, as personagens que verdadeiramente mandam nas famílias : as mulheres.

Roberto Brandão
Roberto Brandão
17 anos atrás

Agradeço as gentis palavras de todos.
Um dia antes do próximo Farnel será o aniversário dela. Vou tentar arrastá-la novamente para lá.
O Roberto Nasser está correto. Era a Baby Pacheco Jordão mais a esposa do Presidente da Vemag, que era Pacheco Fernandes e o resto não sei mais.

roberto nasser
roberto nasser
17 anos atrás

já gostei deste brandão. restaurou uma iniciativa – que acredito pioneira – da vemag.
salvo engano, e a sra brandão pode aclarar isto, a encarregada da escola, como manifestação de relações públicas, era da, baby pacheco jordão.
paulo emílio sales gomes ? meu professor de cinema na universidade de brasília. paciente com a mediocridade que o cercava, ensinou-me algumas coisas. uma delas, marca minha vida: diversão é coisa séria.
obrigado brandão

Renato de Portugal
Renato de Portugal
17 anos atrás

Corrigindo: essa Srª

Renato de Portugal
Renato de Portugal
17 anos atrás

Para mim esta rª deveria ser eleita a musa do Big do Gomes

Renato de Portugal
Renato de Portugal
17 anos atrás

Exemplo disso que falo é a estúpida morte do preparador de motores e não só, Manolo. Absurdo. a merd… que se tornou o mundo em que vivemos. E o pior é que é um fenômeno mundial. Pra mim a grande praga da sociedade atual: a viol~encia, o pouco valor que a vida ganhou.
Isso foi o principal motivo de eu ter vindo morara na Europa, mas infelizmente a praga está em todo o lado. Por aqui ainda vive-se um pouco mais como antigamente, mas tem aumentado maisd ou menos 25% em cada 2 anos o número de crimes com violência física.
Continuem os posts das fotos antigas. Delicioso. E viva a Srª Brandão

Renato de Portugal
Renato de Portugal
17 anos atrás

Senhores.
Desde a primeira vez que li um comentário de Roberto Brandão, o achei um gentelman. Agora está aí a razão. Sempre falo que tudo vem de casa, da maneira como se foi criado e a noite quando me deito, o que mais agradeço, falando sózinho, não sei com qem, é justamente a vida maravilhosa que enquanto vivi com meus pais, a base que eles me deram prara que eu me tornasse um ser humano minimamente educado.
Admiro também a postura de Flávio Gomes prara com seus filhos. Bases reais. è assim que se faz um homem, no sentido mais amplo da palavra.
Por isso gosto deste tópico das fotografias de família, pois assim os mais jovens blogueiros aprendem um pouco mais a dar valor a esses valores, pequenos gestos de uma mãe ou pai mas que são vitais.
Quando o Gomes põe esses posts sobre violência , sempre lembro-me sempre dessas fotos de família que são o oposto da porcaria que virou o mundo em que se vivo. Cada vez pior

VELOZ-HP
VELOZ-HP
17 anos atrás

Agora vai, Flávio.
Com a mama Brandão cuidando da Deka o tempo irá a 1:33:01 e progressivamente baixará mais.

Tohmé
Tohmé
17 anos atrás

A Sra. Brandão, a mais elegante das elegantes, bem que poderia comandar o #96 na próxima etapa.
Com certeza, tivesse ela ao volante, não iria rodar de forma estranha, nem culpar o pobre Alfredo…(hi, hi).
Parabéns Brandão, bela foto.

Claudio Ceregatti
Claudio Ceregatti
17 anos atrás

Bela frase, Brandão:
“Quando se sabe muito, ouve-se mais, para aprender melhor”
Esse é o cara.

Roberto Brandão
Roberto Brandão
17 anos atrás

A legenda foi econômica, pois as histórias desta mulher incomum dariam um livro fantástico. Se ela deixasse eu escrevê-lo…
Bom, aqui vai mais uma :
ao mesmo tempo em que posava de madame, ela era a mais avançada e moderna para época. Usava jeans e tênis (calças Lee trazidas dos EUA e tênis daqui mesmo), sendo a primeira mãe, de todos os meus amigos e conhecidos a se vestir assim.
Também já frequentava as tímidas passeatas e os grupos intelectuais que se opunham ao poder militar. Era comum ver em minha casa Lígia Fagundes Telles, Sérgio Buarque de Hollanda (vizinho), cujo filho montara um clube com meu irmão, no porão de nossa casa, Paulo Emílio Salles Gomes e tantos outros.
Amigos de meu pai chamavam a nossa casa de clube da esquerda ou aparelho comunista, pela farta literatura, especialmente francesa, polítoco-social da época que tínhamos. A maioria de nossos livros foram terminantemente proibidos e censurados por aqui, especialmente após o AI-5.
Meu pai, calmo e liberal como sempre, participava das conversas com muita ponderação, apesar de ser um descrente com a esquerda e um ferrenho defensor do capitalismo americano.
Crescer num ambiente democrático e culto como este foi um presente divino para mim. Todas as correntes conviviam em conversas elevadas e desapaixonadas, apenas interessantes. Quando se sabe muito, ouve-se mais, para aprender melhor.
As posições éticas e morais de meu pai, no entanto, sobrepunham suas crenças políticas. Ajudou refugiados da ditadura, era contra o AI-5 (afinal era um jurista), por entender que nem Cesar, nem Hitler ousaram rasgar a Constituição, como aqui foi feito.
Ainda tenho muito a prender e crescer para ser como meus pais…

Clezio Soares da Fon
Clezio Soares da Fon
17 anos atrás

É Joaquim, a elegância da década de 60 era sensacional, muito finesse e educação, coisa rara hoje em dia. Lembro de uma tarde, que meu pai me levou para conhecer o viaduto do chá, e em frente ao Mappin parou um Aero Willis lindo e desceram 3 senhoras elegantérrimas que provavelmente iriam fazer suas compras e tomariam chá. E nós estávamos indo para a praça Clovis tomar o onibus para a vila Talarico que naquela época já andava lotado, e como haviam pessoas educadas, fizeram o obséquio de nos deixarem
ir sentados , pois eu só tinha 5 anos e estava sendo quase esmagado no meio das pernas do meu pai. Dentro do onibus ficava imaginando como seria gostoso estar naquele carro e indo comprar brinquedos no Mappin.Apartir deste episódio, comecei a colecionar as propagandas do Aero Willis que saiam nas Seleções Reader’s Digest como referência de luxo e conforto. Foi um bom tempo e um bom sonho.

Speed Arosi
Speed Arosi
17 anos atrás

Caro FG:
Estão querendo colocar a Tartaruga Gomes com simbolo e agora convidar a Sra Brandão para acelerar o #96.
Acho que vc vai ter que trocar de carro e começar a acelerar.
PS: mas não me venha de Lada

Roberto Brandão
Roberto Brandão
17 anos atrás

FG mais uma vez mostrou-se ser o jornalista bem informado.
Foi esquecimento meu, pelo qual tive de ouvir um pito de minha mãe, que este curso também ensinava mecânica, sim. Com a turma da fábrica, para que as madames não fossem enganadas nas oficinas e, eventualmente, pudessem fazer pequenos reparos nos automóveis.
A parte de pilotagem era ministrada pelos pilotos oficiais de fábrica, como Bird, Marinho, Dal Pont, etc
Mas, como disse o Ceregatti, gostava de acelerar, sendo personagem conhecida na cidade.
Era comum fazer o percurso Pacaembú – Alto de Pinheiros (para quem conhece Sampa, pode imaginar, em menos de 7 minutos, para nos levar às aulas…

Claudio Ceregatti
Claudio Ceregatti
17 anos atrás

FG e Brandão:
Nosso amigo elegantemente não citou outra particularidade de sua mãe, que tivemos o prazer de conhecer no Farnel de Aniversário:
Sabia que essa senhora sempre acelerou muito? E que até hoje (ou até pouco tempo atrás) dirigia com aquelas luvas leves de pilotagem?
Portanto cuidado, FG…
Pode ser que ela entenda a sua frase “cuidar do #96” no sentido literal e saia acelerando mais do que o senhor…
Acho difícil, mas possível…

joaquim
joaquim
17 anos atrás

Elegantes senhoras em tailleurs e blusas ban-lon, colares de pérolas (sete voltas?), sapatos de salto anabelle. O discreto charme paulistano no inicio dos 60. Bela foto!!