Asas – II
SÃO PAULO (inesquecível) – O Electra II já foi tema de um post aqui, décadas atrás. Mas sempre é tempo, ainda mais em tempos tão conturbados nos céus.
O vídeo enviado pelo Thiago Sabino é do dia da despedida do Electra, matéria do “Jornal Nacional”. Bom texto, elegante, sem babaquice.
Como sempre digo, jornalismo bom é jornalismo sóbrio, aquele em que o repórter não aparece mais que a notícia.
Uma boa sexta-feira a todos.
Tive o prazer de fazer a minha primeira viagem de avião aos 6 anos em um .
Belissimo video……
O Cmte Lott se emocionou ai. E teve sua vida ligada à ponte-aerea. Tanto no fim do Electra, quanto no fim de sua carreira como piloto. Depois, quando foi promovido ao B737, numa aproximação noturna pra pista 20 do santos-dumont, chegou alto demais, colocou o nariz do Boeing pra baixo, o co-piloto alertou-o a respeito da condição, sugeriu a arremetida, no que o Lott disse ( isso tudo gravado no CVR) que o comandante ali era ele, e que iria pousar o avião. Realmente, pousou o Boeing, mas parou-o nas pedras da cabeceira 02. Ali encerrou-se a sua carreira de piloto, sendo que depois, teve até reportagem no fantastico, com ele pedindo desculpas.
Enfim, mas nada disso tira o brilho dessa maquina fantastica, que eu gostaria MUITO de ter pilotado. Como diriam uns amigos da Varig: Quem beijou, beijou. Quem não beijou não beija mais.
Valeu Flavio!
Era uma delícia voar num Electra. Saudades.
Que avião. perdi a conta de qtas vezes voei nele. A mais exuberante foi em um único dia 2 idas e duas voltas para fechar um negócio. Até o checador estranhou “o senhor não foi no primeiro voo?” – “fui, voltei e estou indo novamente” e a noite volto pra Sampa…lembro dessa reportagem. Sentava na primeira ou na última fila. Gostava de sentir os “buracos” do asfalto aéreo…rsrsr Putz…mais gente vai confirmar o que já sei faz tempo, que sou maluco…
E o serviço de bordo daquela época? A noite serviam até whisky.
Cerega,
Os quatro propulsores turboélice Allison levavam o Electra a cruzar a 650 Km/h e num teto de serviço de 8.650 metros. Não era tão baixo ou lento assim. Abs.
Os Electra II foram os aviões da minha vida. A trabalho quase sempre, eram sempre os momentos de prazer do dia, na ida logo no primeiro vôo da ponte aérea, e na volta no início da noite, muitas e muitas vezes.
Tenho centenas de fotos de todo o litoral, de Sampa até o Rio.
Voava baixo, era lento e ultra-confortável.
Sempre que me recordo dessa fase de minha vida profissional, os melhores momentos são a bordo dos Electra da Varig.
Delícia das delícias.
Jason,
Já falamos disso aqui antes, mas só relembrando: os Electra ainda sobrevivem na sua versão militar, o Orion P-3, avião de eleição quando o assunto é resgate, observação meteorológica ou vigilância aérea. Em 2001, só a Marinha americana mantinha cerca de 250 unidades desse modelo em operação, sendo constantemente atualizados. Vida longa aos Electra!!
Este vídeo dá saudades. Nos remete a um tempo em que não havia tanta competitividade. A vida era um pouco mais solta, menos compromissada (apesar da ditadura).
Nós temos mania de “humanizar” certas coisas que fizeram, ou fazem, parte de nossa vida. O Electra, carros, motos, etc.
Conversamos com eles. Quando quebram, perguntamos: “o que foi” “o que aconteceu?” “Não faça isso comigo”.
Quando “andam” bem, dizemos: “Legal, obrigado pelo passeio”.”Vou te dar um banho e te guardar na garagem”. E por aí vai.
Veja a reação com comandante Lott. Muita emoção.
Pobres Electra… Logo seriam levados para a África. Em menos de dez anos, foram todos derrubados por mau uso ou canibalizados. Teve um que virou avião bombeiro na Canadá e… pegou fogo junto com o hangar!
Pelo menos ficou um no Musal, infelizmente preso num hangar até a eternidade.
Por falar nisso, tem uma excelente matéria do Giafranco Beting na última Flap sobre a história da ponte aérea. Vale a pena conferir.