Pergunta aos Matuzas
SÃO PAULO (cazzo, tenho rádio hoje!) – Voando, perguntinha que faz o Torquato Neto Filho, que será prontamente respondida pela matuzaiada do blog: o que era, afinal, a Escuderia Bandeirantes de Chico Landi? Poderia ser considerada a primeira equipe brasileira de Fórmula 1?
Respondam vocês, estou atrasado.
Como sempre digo, estas histórias é que fazem o melhor deste blog.
Isto sem falar nos Ladas, é claro (que sempre me fazem dar risadas…).
Rob walker correu até com Surtees.
E eu vou tendo uma aula…
Show!!
Claro que é valido levantar a bandeira, foi equipe sim .
Só para citar como exemplo a equipe de Rob Walker,a mais famosa entre as não fabricantes de chassi, correu com Cooper,Lotus ,Brabham e até venceu GP.
Bom, dá para ver que a história da Escuderia Bandeirantes é mesmo confusa, já que temos muitas versoes diferentes daqui. Joaquim, achei interessante a história que a equipe foi fundada pelo Cantoni. Tens certeza? Pode mesmo ser, mas lembro de ter visto uma foto do A6GCM (acho que era, pelo menos), posterior a 52, com uma grilha nova na qual implementaram o logotipo do ACB. E, sobre as equipes de F-2, vale lembrar que os Mundiais de 52 e 53 foram, na verdade, de Fórmula 2 (A FIA mudou a regra ao final de 51 para acabar com o passeio da Alfa e deu dois anos para as equipes se virarem). Assim, mesmo a Ferrari 500 do bicampeao Ascari era de F-2. Só em 54 o Mundial voltou a ser disputado por carros de F-1 propriamente.
Acho legal a gente juntar aqui as histórias para jogar mais luz neste passado fascinante e pouco conhecido. Alguém tem mais dados e/ou fotos, documentos sobre a origem da Escuderia Bandeirantes?
Valeu!
Em 1951, Chico Landi se inscreveu com uma Ferrari 375F1/50 particular para o Grande Premio da Itália. Ele se inscreveu usando o próprio nome como escuderia, mas a estrutura era diminuta. Em 1952, com parceria de outros investidores, Landi adquire três Maserati A6GCM e monta uma estrutura melhorzinha e se inscreve com o nome de Escuderia Bandeirantes. E equipe corre nos GPs da França, Holanda, Italia, Grã Bretanha em 1952 e no GP da Suiça de 1953. Os pilotos foram Landi, Gino Bianco, Jan Flinterman, Eitel Cantoni e Philippe Étancelin. A equipe tambem participou de provas de Formula 2 e extra-campeonatos. Depois do fim da escuderia, Landi depois correu mais algumas provas pela equipe oficial da Maserati.
FG,
Não confundamos as coisas: a Escuderia Bandeirantes foi fundada pelo uruguaio Eitiel Cantoni com o objetivo de disputar o Campeonato Mundial de F-1 de 1952, utilizando uma joint venture entre pilotos brasileiros (Gino Bianco e Chico Landi), uruguaios e argentinos. Como na temporada de 1952 não havia bólidos de F-1 suficientes para encher os grids foram permitidas as participações de carros da F-2. A Escuderia Bandeirantes usou Maseratis privadas de F-2 que nem de longe puderam fazer frente às equipes oficiais de fábrica, o que não permitiu resultados razoáveis à dupla brasuca. A Escuderia não durou nem um ano, sendo desativada ao final da temporada. Nada a ver com equipe de F-1 e que tais…
A Escuderia Bandeirantes foi a segunda equipe, foi registrada como brasileira e usava as cores nacionais, como era a regra da época. A primeira, usando uma Ferrari, foi a Escuderia Francisco Landi, que correu um só GP, em Monza – 1951, também nas cores nacionais. Todos esses carros foram usados em corridas na América do Sul, mas não se sabe que fim levaram.
Tudo isso já foi discutido no GPTotal.
O mérito dos Fittipaldi foi na verdade construir o primeiro carro de Fórmula 1 no Brasil, segundo o Panda (ou o Edu) eles nunca disseram ser a primeira equipe, e sim ter construído o primeiro carro. Até porque o barão que ajudou o Fangio na primeira equipe.
Poderia sim. A Escuderia Bandeirantes utilizou basicamente Maseratis A6GCM comprados pelo Automóvel Clube do Brasil e, de alguma forma, contou com apoio tb dos ACs dos países vizinhos, já que além de Landi e Gino Bianco, correram tb na equipe o uruguai Heitel Cantoni e o argentino Roberto Gonzalez. O carro era gringo, mas era normal na época as equipes privadas usarem carros manufaturados por outros.