Galpão de sonhos
SÃO PAULO (irei) – A Audi é uma das montadoras que mais se preocupam com seu passado. Menos aqui. No Brasil, os caras que trabalhavam na Audi mal sabiam do parentesco das quatro argolas com os DKW, por exemplo. E os que sabiam queriam esconder a ligação dos novos-ricos que compravam seus carros.
Não é à toa que deu errado.
Mas na Alemanha eles cuidam, e muito, de sua história. E há anos criaram a Audi Tradition, uma empresa encarregada apenas de procurar, achar, restaurar e, se preciso, construir carros que escreveram a trajetória da marca. Incluindo, claro, DKWs, Horchs e Wanderers.
Em Ingolstadt, a Audi Tradition tem um enorme galpão onde ficam cerca de 300 carros, além de dezenas de motos e motonetas. Carros de todos os tipos, desde a década de 10, até os últimos lançamentos.
O acervo é dinâmico. A oficina restaura carros descobertos em fazendas no interior da Alemanha e cuida dos que estão inteiros, como os incríveis quattro de rali, ou os protótipos de Le Mans. Quando prontos, rodam o mundo em eventos de carros antigos, ou de competição. E parte do acervo fica exposta no Audi Mobile Museum, ali mesmo ao lado da fábrica. Acervo que muda a toda hora, também.
Leiam este artigo e, no final, vejam a galeria com 233 fotos feita pelo pessoal do Fourtitude, um fórum da turma que curte as quatro argolas.
Seria pretensão demais imaginar o #96 nesse acervo um dia? Não sei. Sei ter um punhado de carros com tal DNA na minha coleçãozinha é uma satisfação e tanto. E quanto ao #96 um dia ir parar em Ingolstadt, bem… Tudo que posso dizer é que há gestões nesse sentido. Sonhar não paga imposto, mesmo…
Abaixo, duas imagens do galpão. De chorar.
Tenho uma moto DKW 180cc , 1932 é o ano dela, sera que eles tem peças para me ajudar ? queria remontar ela .
Na Alemanha isso é normal. Praticamente todas as grandes montadoras (Audi, Porsche, BMW, Mercedes, VW) possuem um departamente especializado na manutenção dos carros antigos. Possuem estoque de peças, literatura, informações, etc. Já aqui no Brasil, se vc ligar para a VW e pedir o código da cor vermelho cereja do fusca 69, eles vão te perguntar “que diabos é fusca?”.
FG, é uma pena que meus conterrâneos não puseram os nomes dos carros nas fotos.
Cara, os R8 que estrearam em LeMans, fechado e aberto, não fizeram grandes coisas mas são os mais bonitos da vitoriosa família…
Assistia ao DTM narrado pelo Edgard com os primeiros Audi V8, BMW M3, Merça 190, Opel Omega com motor de Vette e tinha até um Mustang GT…
Agora, esse galpão é surreal… O Audi Quattro original (longo) acho mais bonito que o S1… A montagem do motorzinho do Auto Union… A QUANTIDADE de peças de reposição… Eles tem até o Audi 100 que ganhou o IMSA nos EUA!!! O Edgard narrava essas também.
ãnh ????? Midio o que ???? “Num tô intendendu “…..
Flávio, se prepara…. essa Alice está ctrlC ctrlV, em todos os blogs com esse comentário sobre a mídia…. vai ter que apagar muuuito…
Quando será que os jornalistas éticos se unirão contra essa manipulação dos donos das empresas midiáticas? Não é possível que só hajam restado três ou quatro. Do jeito que estamos não há possibilidade de a maioria escolher entre uma ou outra versão dos fatos já que, claramente, há, em cada fato narrado, uma opinião que se mostra como a verdadeira a respeito deste ou daquele assunto. Esta é a hora e a vez dos jornalistas de caráter escreverem que neste momento histórico, não venderam e não venderão suas almas.
pra completar acho que o puma dkw que esta nesta colecao era de um colecionador famoso aqui de bh
era amarelo e e do modelo que o parachoque e incorporado na fibra
jose carlos
sete lagoas
Essa idéia do Jason seria muito legal e com certeza ia render uma história e tanto ! além da viagem em si, com um Déca de Lisboa a Ingolstadt ainda teria a oportunidade de conhecer o acervo da Audi tradicion “in-loco” é pouco ou quer mais ?
O 67 acho perfeito, pois é um modelo meio renegado, muitos não gostam do “face-lift” que foi feito nele, não sei dizer se foi trabalho 100% brasileiro, mas arrisco a dizer que sim, eu pessoalmente acho que ficou muito bom e se um dia comprar um DKW este seria um 67 bege areia.
abs
não da para comparar.
aqui nem os fabricantes conhecem seus carros. vejam, por exemplo , o “acervo “( nem sei se tem ainda ) da G M no brasil que tem varios carros descaracterizados
ainda vivemos em um lixo cultural automotivo.
no caso da audi,acho que poucos,aqui no Brasil, sabem o que quer dizer A.U. D. I.
só tenho a agradecer este blog que me proporciona bons conhecimentos no seguimento.
Dia desses levei meu Belcar para conferir o alinhamento. Lá, na oficina, estava um Audi A4, cujo dono veio conversar comigo, perguntar sobre o DKW, disse que o sogro dele tinha tido um, falou de umas viagens que fizeram a Santos, etc. etc.
Quando disse a ele que meu carro era “avô” do carro dele, fez aquela cara de incrédulo, torceu o nariz, vi que não ficou muito satisfeito com a “notícia”. Contei a história toda, das quatro argolas, da Audi, Horch, Wanderer e DKW, mas a partir daí ele foi se desinteressando, e o papo foi acabando. Não adiantou nem mostrar para ele alguns pontos/peças do DKW em que aparecem as quatro argolas.
Flávio, meu kompadre kamarada, acredito que o melhor lugar para o descanso da Deka nervosa quando ela se aposentar seria o Museu da Ulbra sob os auspícios de São Paulo Trevisan que até lá, já estará cononizado como nosso santo protetor da memória automobilística do Brasil.
Não esvazie mais nosso país de coisas boas. Mantenha-a por aqui.
Vamos levar um 67 pra eles? Só no Brasil teve aquela frente… Tenho certeza de que os caras curtiriam.
Tem que ser rodando. Despachamos pra Lisboa ou Gênova e vamos até Ingolstadt. Depois vira matéria. Topas?
96 lá? Flavio, na horizontal. Afinal, além do Two, aqui fica a memória.! Ou fica a realidade!
Olha só os caras… Auto Union, Porsche, Wolks e DKW!! nada fraco de parentesco!! mas a Audi descambou a fazer uns carros de supermercado sem fim e pensar que as DECAS 2T eram carros de vanguarda pra época.
Seu post suplantou realidades. Tivemos 3 HERÓIS na F1. Émerson continua vivo no Marketing, Piquet 24 Horas no ar, e Senna na Fatalidade. 4 Argolas, e a invasão dos sem lá, que mataram um fotógrafo,ao lado da fábrica da VW. A Audi nem aí para os consumidores, a memória cai no Financeiro.
Me desculpe, Flávio. Você viajou na maionese. Você esqueceu em que país você está. Querer comparar a Alemanha com isso que se tornou este país?
Você está brincando! Não vou me estender, para não te encher porque você sabe o que eu estou falando…
De qualquer forma, belo relato e fico tão indignado como você. Num país onde a indignação é zero, é bastante louvável a sua percepção.
existe neste museu um puma dkw que nao apareceu no rol das fotos
pra epoca este carro era topo como um automovel comercial com linhas e uma mecanica razoavel
por que sera que este carro nao aparece nas fotos?????
jose carlols
sete lagoas
a algumas horas de adquirir um puma dkw
A Mercedes faz a mesma coisa. Eles tem não só um museu, mas um centro de tratamento e restauração de carros antigos, o Classic Center.
Para eles, não existe propaganda melhor do que ter os carros da marca, de todas as épocas rodando conservadinhos e cuidadinhos, pelo tempo que for preciso.
Estão certíssimos. Aprende Brasil.
Não culpo o pessoal da Audi. Eles tem que vender, e a grande maioria dos brasileiros é ignorante e não iria encarar bem o parentesco.
Há também, na marca-mãe(VOLKSWAGEN),em Wolfsburg,um centro temático, no qual há o museu VW,assim como o xodó do mesmo,que é o prédio aonde ficam estacionados os carros recem-fabricados,aonde os donos retiram-os da fábrica
detalhe: os elevedares que pinçam os carros dos andares sem necessidade de manobrista, é um show a parte!!!!!
Caramba!!!! Aquele Audi Quattro é coisa de maluco, principalmente aquele preto. Se fosse lançado hoje, acho que faria sucesso tanto quanto fez à época. Demais!!!!!
E a Audi local não é nem um pouco inteligente, ou finge desconhecer que muitos que tem poder de compra pra manter coleções de auto antigos, entre eles os DKW, tem grana pra adquirir seus modelos e conhecimento da hist[ória da marca, os novos ricos não
Nossa ! Audi R8C, não rendeu muito em Le Mans ’99, mas é lindo demais, obra de Tony Southgate
Se não me engano, teve uma época na década de 90 que o edgar de mello filho narrava corridas, de vídeo tape, mas mesmo assim era legal, pela corrida e a narração.
Numa delas ele falou muito deste museu, das iniciativas, parece que até colocaram umas mensagens. Aquilo ficou registrado.
Agora uma coisa eu estou com o Flávio: em 91, fiquei umas semanas em Curitiba, e as conversas com gente do meio, e que tinham contato com a turma da fábrica eram desoladoras. Ano passado, ouvi em off os novos planos da marca para o Brasil, e, claro, ridículos. Ridiculamente tava na cara que eram pessoas que pensavam como V W e não tinham o DNA Audi, mas possivelmente marqueteiros, vendedores de carro e imagem.
Tinha começado tão bem aqui, na época da Senna Import e a revista Audi, agora sou obrigado a concordar com o Gomes que graças a cúpula da empresa ficou ainda mais marca de novo rico babaca, jogador de futebol ou scort girl. Era o que eles queriam mudar, mas sua visão da coisa os faz dar tiros no pé de novo.
Parece que a experiência da Dakota, vizinha deles em Pinhais, não serviu para abrir os olhos e reavaliar conceitos.
Pelo menos a matriz mantém a lucidez e sobriedade.
A propósito: em que ponto anda o Museu GM aqui no Brasil?
Trabalhei na Audi durante 6 anos e nunca tive um colega para conversar de DKW ou qualquer outro produto que não fosse de 1994 para cá.O mais comico foi mostrar o meu Audi 100 de 1980 para alguns deles! Parecia que os caras estavam vendo um fantasma.Os negocios no Brasil parecem coisa de marreteiro,começam do nada,vai de qualquer jeito vendendo um produto da moda e morrem a mingua por falta de estrutura e tradição.Tradição é o que mais falta nesta terra!
Que espetáculo hein?
Feliz é o país que preserva sua memória. Em qualquer terreno diga-se; não só no automobilismo.
Igualzinho que aqui……putz!!!…
Realmente impressionante. Esses caras da Audi realmente não brincam em serviço, não é a toa que onde entram para competir ganham.
Sem contar inovação… quem um dia imaginava um carro Diesel ganhar Le Mans duas vezes seguidas, sem contar que o R10 com certeza anda mais que o R8
Será que estão precisando de Porteiro lá ? rsrs
Galpãozinho chato….
Realmente impressionante!
So quero saber uma coisa, se eu der na chave, eles pegam?
Este exemplar , lembra DKW-F9(exemplar vermelho)-é incrível… Rico o pais que preserva sua cultura ;sua memória…
O que os alemãs faziam antes da II Guerra e fazem após , mostra a capacidade intelectual de um povo magnífico.
Tenho orgulho de ser bisneto de alemãs que colonizaram a minha cidade, Petrópolis , no RJ.