Perto dele, Raikkonen…
SÃO PAULO (vade retro) – Hoje participei, como todas as terças, do programa “De Pé Embaixo”, da Rádio Lance. Outro programinha de rádio bem legal, se vocês ainda não conhecem. Lá pelas tantas, na Sessão Nostalgia, lembramos de Chris Amon, o maior azarado da história da F-1.
Tudo dava errado com ele. Saía de uma equipe para outra melhor, a anterior melhorava e desandava a ganhar corridas, e a nova… nada. Quebrava toda hora, batia quando não podia, era o rei da infelicidade. Ganhou apenas um GP. E justo um que não contava pontos para o Mundial!
Mas resolvi escrever sobre ele só porque no meio do programa veio à tona uma frase que considero das melhores já ditas em todos os tempos por qualquer pessoa sobre qualquer assunto. Foi de Mario Andretti, sobre o colega desafortunado: “Se Chris fosse coveiro, as pessoas iam parar de morrer”.
Conheço uns caras assim…
em tempo, pois “herrar é umano”: a dupla da Tyrrell em 77 era Peterson e Depailler; Scheckter havia mudado para a recém criada Wolf Racing, onde aliás viria a vencer em sua corrida de estréia, Argentina, após superar nas últimas voltas um esgotado Pace, vítima da sauna que era o Brabham-Alfa BT 45, do calor inclemente daquele dia em Baires e da falta de preparo físico para suportar aquela situação extrema.tks
só complementando, sem o intuito de ser mais esperto que os outros: o Tyrrel de 6 rodas era o modelo P 34, que andou em 76(Scheckter e Depailler e 77 (S. e Peterson), inclusive fazendo 1.2 em Anderstorp em 76. as rodas dianteiras eram 10 polegadas, se não me engano, mas o problema permanecia nas imensas rodas traseiras, que produziam um arrasto tremendo, sem falar no problema de freios ou pneus do trem dianteiro, devido ao pequeno diâmetro do conjunto roda/pneu; a March tentou uma solução diferente, o projeto 2 4 0, onde as 6 rodas (4 traseiras) eram de diâmetros idênticos, inclusive o Alex Ribeiro chegou a andar com ele. por fim , a FIA acabou proibindo qualquer coisa com mais que 4 rodas!
Complementando: Os pneus Traseiros foram devidamente diminuidos de 1980 pra os nossos dias, porisso a impressão de que as rodas da frente são pequenas. Em 1978 se podia usar pneus tala 27 atrás.
As rodas de hoje têm o mesmo diâmetro das daquela época: 13 Polegadas, o que mudou foram os pneus.
Hum, se for pela aerodinâmica seria compreensível. Reduz a área frontal tb. Mas acho que rodas menores reduzem a capacidade de viragem do carro, e outra, acho que os freios que usam hoje em dia não caberiam nestas rodinhas!
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Foi ato falho, corrigido está.
Jorge Abujamra
O pequeno diâmetro das rodas dianteiras eram por causa da aerodinâmica. Veja que o spoiler é grande, para tentar desviar o fluxo de ar das rodas.
Procure ver uma foto dos Tyrrel 004 (acho que é essa a designação), mais conhecido como Tyrrel de 6 rodas. As 4 rodas dianteiras eram mínimas. Acredito que algum regulamento as tenha proibido, assim como hoje as rodas têm que ser grandes.
como eram lindos os carros. os capacetes tambem eram bem melhores
O pneu traseiro ser mais largo é compreensívelm mas porque o raio da roda dianteira era tão menor nessa época?
azarado sou eu que nunca pilotei uma maquina assim.
Ontem mesmo no “Limite”, passou uma corrida só de carros da década de 70, realizada no Porto em Portugual. Deu dó daquele Copersucar que o piloto bateu na chicane e detonou a roda traseira.
Só por ter pilotado um carro desses já não é tão azarado assim. Devia ter algum milionário maluco que patrocinasse uma corrida com réplicas desses carros hoje em dia.
Caíque, essa corrida mesmo!!!!
É verdade foi a Lotus do Emerson
que lançou a pedra….
Abs.
Muito legal essa foto porque dá pra ver os detalhes do carro.
Valeu
que carro lindo..! As molas aparentes são d+ !!!
Essa foto para ficar melhor tinha que estar acompahada do ronco dos 12 canecos…
Enfarta Caíque…
Eu tambem tenho um amigo “Chris Amon”.
Ele era dono de um circo, comprou um anão que era a maior atração.
O anão cresceu!
B. Head,
Esta foto é de Clermond-Ferrand 1972, quando um pneu furado APÓS os BOXES, tirou a vitória da MATRA e do Amon, porque a pista tinha naquela época 8 Km de extensão. Mesmo com esse azar o cara deu a volta no circuito entrou nos boxes, trocou pneu, voltou em 6º e terminou no Pódio em 3º. Sobre o Helmut Marko, foi a Lotus do Emerson que arremessou a pedra que o cegou de um olho.
Uma coisa é o piloto ser azarado, outra,é ele não ter capacidade e sempre culpar os outros.(carro,equipe,engenheiro etc) ou ter
sorte de estar em equipes de ponta
e nunca ganhar nada,só didim,como
Ruinzinho pé de freio e Felipe embassa
Eai Flávio, blz?
Na semana retrasada escrevi sobre Chris Amon no meu blog.
O post era bem parecido com o seu, e também fiz a comparação com o Raikonnen…
Mas é isso aí, legal vc escrever sobre ele também, afinal sue blog recebe muito mais visitas que o meu, e o que interessa é passar o conhecimento a frente.
Falow
Oi Flavio! A frase que você mencionou é do Mario Andretti, e não do Jackie… de qualquer forma, vale muito a lembrança do Amon, um cara rapidíssimo, mas com a sorte realmente inacreditável…
Pois é, para pessoas como ele foi criada a Lei de Murphy…
…E a corrida de Clermond-Ferrand, em que o Helmut Marko levou uma pedrada no olho e ficou cego, o C. Amon vou baixo, arregaçou tudo…………mas num ganhou !!!!
Que coisinha mais magnífica.
Azarados somos nós em não ter vivido, e nem ter pilotado uma barata dessas.
O caíque que vai curtir essa foto….
O Boesel é do time. Depois daquela na CART (Brahma)…
Vitórias de Chris Amon :
1965 –
Protótipos:
St. Jovite, Quebec e Silverstone – McLaren M-1 B
Fórmula 2 –
Solitude – Lola T-60
1966 –
Mundial de Marcas –
24 Horas de Le Mans – Ford Mk II – com Bruce McLaren
1967 –
Mundial de Marcas –
24 Horas de Daytona e 1000 Km de Monza – Ferrari 330 P-4 – com Lorenzo Bandini
1968 –
Copa da Tasmânia –
Pukekohe e Levin – Ferrari 246 T
1969 –
Copa da Tasmânia –
Pukekohe, Levin, Lakeside e Sandown Park – Ferrari 246 T
1970 –
Fórmula 1 –
International Trophy – Silverstone (Extracampeonato) – March 701
1971 –
Fórmula 1 –
GP da Argentina (Extracampeonato) – Matra MS-120
1973 –
Campeonato Europeu de Carros de Turismo –
6 Horas de Nurburgring – BMW 3.0 CSL
1975 –
Copa da Tasmânia –
Teretonga – Talon MR-1
Ricardo Cunha
Se houvesse um arquivo de áudio linkado na foto, seria bom ouvir o ronco desse motor, sem dúvida uma sinfonia para os ouvidos de quem ama automobilismo.
com um carro destes nao precisa nem ganhar, só de olhar já basta…..V12
….azarado, mas andava prá c………..!!!
Amon venceu o GP da Argentina de 71, não válido para o Mundial e, curiosamente, teve sorte na prova já que Emerson com o Lotus 72 (Gold Leaf) quebrou um spoiler dianteiro facilatando as coisas para o neozelandês. Wilsinho andou na corrida com o 49C que depois veio para Interlagos e bateu o recorde do circuito com o Emerson. O Amon na F1 só tinha sorte quando não valia nada…
PQP.
Que foto linda,que carro lindo.Obrigado.
Era o famoso efeito SADIM tocar ouro e …. Grande piloto, vencedor de Le Mans com GT 40 em 66 com Bruce McLaren Amon era o próprio Edie Sortudo dos quadrinhos do Hagar, inclusive na Matra liderou um GP da França em Clermont Ferrand (Charade) 72 e teve um pneu furado com a vitória nas mãos. Quem sabe a Matra não desistiu da F1 por conta disso hehehe. Aliás nesse GP que Helmut Marko levou uma pedrada no olho e parou de correr. A pista que era um show e ficou conhecida como o “pequeno nurburgring” saiu do circuito no ano seguinte e não voltou. E dá-lhe circuitos “mickey mouse”
Bom, pelo menos é verdade que ele teve a sorte de pilotar este carro que é… espetacular, muito bonito mesmo. Muito diferente da F1 dos penduricalhos de hoje…