F2 made in Brasil
SÃO PAULO (cara de carro) – Foto enviada pelo Mestre Joaquim Lopes (anda cheio de mestres, isso aqui…). Um Brabham modificado pelo Ricardo Divila para Wilsinho correr de F-2 em 1972. É isso mesmo, Mestre? Conte mais…
Perfil
Jornalista, dublê de piloto, escritor e professor de Jornalismo. Por atuar em jornais, revistas, rádio, TV e internet, se encaixa no perfil do que se convencionou chamar de multimídia. “Um multimídia de araque”, diz ele. “Porque no fundo eu faço a mesma coisa em todo lugar: falo e escrevo.”
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Mais uma vez agradeço a generosidade de Mestre Joaquim.
Aliás, resta muito pouco ou quase nada a falar depois de um post do Mestre. O Divila fez ainda outras modificações neste carro, unindo o bico com as laterais (passando sobre a suspensão), laterais que foram estendidas.
Tem uma foto do carro – ainda sem
a união bico/laterais – na capa do livro do Jan Balder. Li em algum lugar que Eclestone não gostava do Ingles, razão pela qual as intervenções do Divila limitaram-se
ao Brabham F2 do Wilsinho, e não
ao Brabham F1 – lembrem-se que nesta época WF fazia sua primeira
temporada pela Brabham, dirigindo uma série inacreditável de cadeiras
elétricas. Abraços, Fred
Acho que os mestres se esqueceram do Fitti-Fusca com dois motores acoplados feito em 69, pois o chassi e suspensão foram projetados por ele.
Esse F2 com o Wilsinho deu o maior trabalho para Peterso e Schenken numa prova em Interlagos no antigo traçado. O que curvava era brincadeira!
Ótimo, o Rodrigo Turco Mattar mandou na mosca. Que bom para cada Ping tem um Pong, né?
Essa foto saiu na 4Rodas.
Como alguém já disse, era tempo em que os caras da F1 andavam na F2, mas não contavam pontos: Emerson andou, Peterson andou, Hill, Hailwood e outros melhores ou piores, mas sempre de modo a dar muita competitividade.
Esqueci de dar o crédito. Essas fotos me foram enviadas pelo Ricardo Cunha para atender um pedido do amigo blogueiro Fred.
Isso aí…
Esse chassi era um Brabham BT38, chassi #25, bem modificado pelo Divila, carro esse que deu motivação (e aprendizado) à dupla dinâmica para disparar o processo do F-Um brasileiro. Wilsinhio tinha estreado no campeonato com um chassi Brabham emprestado – #15 – e quando recebeu o seu partiu para as modificações. Hoje este carro encontra-se na Suécia e seu feliz proprietário chama-se Johan Krondhal.
Ao Divila e Ary Leber credita-se o primeiro carro brasileiro de corrida projetado inteiramente por engenheiros mecãnicos, o Fitti Alfa ou F4. Já o Snob’s apenas participaram da construção como aprendizes, pois o carro estava sendo feito por Anesio Hernandez e Francisco Piacciuto.
O Mestre, Primeiro e Único, é o Joaquim.
Tenho dito!
Sempre ouvi falar que o Divilla nem engenheiro formado era qdo fez o Copersucar. Alguém sabe se isso é verdade, ou se ele chegou a se formar?
Esse capacete do Wilsinho é idêntico à uma lata de óleo Liza !!!
Essa modificação deu tanto resultado que a equipe Rondel Motul, de um certo Ron Dennis, veio para o Brasil com três dos quatro Brabham BT38 que inscreveu para o torneio de F-2 vencido pelo Emerson, com essa configuração na parte dianteira. Salvo engano, só o carro do Bob Wollek mantinha a dianteira convencional do projeto.
O Ricardo Divilla (nunca acerto a grafia correta do sobrenome do “Inglês”…) é daqueles que tem gasolina de alta octanagem nos neurônios. Engenheiro dos mais competentes e pessoa da mais fina estirpe – e também da mais fina silhueta -, ele sempre veio com idéias novas em tudo o que pôs as mãos. O FD 01 é a prova mais concreta desta afirmação. O Opala cupe do Pedro VIctor de Lamare – com motor recuado e look digno dos grandes carros de turismo alemães – é outra jóia do seu CV. Concordo que os Fitti Brothers não fizeram justiça ao seu talento, mas eles corriam contra o tempo e não se acertaram na contratação do Gordon Murray porque pediram um carro prá ontem e o sul-africano não aceitou essa condição: queria um prazo bem maior para fazer seu primeiro Fittipaldi de F1, algo que ficou no sonho.
Voltando ao inglês: está mais do que na hora de um mutirão internético para resgatar imagens de todos os carros brasileiros que foram criados ou modificados pelo Divilla: Snobs Corvair, AC VW do Wilsinho Fittipaldi, o prótótipo do sucessor do Fitti Porsche (saiu uma foto de página inteira na Quatro Rodas dos bons tempos), o Opalãoo do PV e, de quebra os carros de F2 e F3 que ele preparou para o Wilsinho na Europa.
O grande Divilla participou de varios projetos anteriores ao Corpesucar.
Um deles muito famoso: O protótipo Snob’s Corvair do Eduardo Celidonio.
Foi o grande injustiçado junto com os irmãos Fittipaldi, na história do primeiro F-1 brasileiro.
Divilla colhe o hoje no Japão (Nissan) os louros de tudo que plantou com muito trabalho e scarificio.
Viva Ricardo Divilla!
Eu não tinha idéia de que já em 72 o Divila estava envolvido nas corridas. A primeira vez que ouvi falar dele foi no projeto do Fiti F1. Vem de longe o relacionamento dele com o Wilsinho portanto … Grande Divila, frequentemente esquecido por aqui.
Lembro bem desta Brabham. É do tempo em que a turma da F1 também corria de F2 pelas mesmas escuderias.
Reparem na diferente posição dos espelhos retrovisores devido a entrada de ar do motor
Foto muito boa. É sempre bom ver esses posts contando histórias.
Valeu
bela foto!!