Para os registros
SÃO PAULO (e reclamam…) – Só para não deixar passar em branco, afinal aqui falamos de carros, li no “Jornal da Tarde” que o mês de agosto foi o melhor da história do país para a indústria automobilística. Foram vendidas nada menos que 217.324 unidades, o que dá uma média de 7.010 carros vendidos por dia, ou 292 por hora, se todas as concessionárias funcionassem na base de 24/24.
Palio (22.357), Gol (19.975) e Mille (13.498) formam o pódio do mês. No acumulado do ano, Gol (152.460), Palio (142.057) e Mille (82.600) estão nas três primeiras posições.
O primeiro GM na lista de agosto é o Celta, com 12.382 carros vendidos. O primeiro Ford é o Fiesta, com 6.269.
Interpretem como quiserem. Eu apenas digo que, diante de números tão favoráveis, considero uma vergonha essas montadoras não investirem um tostão em automobilismo esportivo.
Como se arranjar uns 30 desses milhares de carros para uma categoria multimarcas fosse o maior bicho de 7 cabeças.
Vem o setor de marketing e diz: mas não vai aparecer na Globo…
Tenho pena que automobilismo desportivo, para si e para a maioria dos seus blogueiros, tenha que ser praticado em exclusividade em autódromos!
No Campeonato Brasileiro de Ralis de Velocidade as montadoras estão investindo e sabem quem é o promotor?, pois é, é uma tal de CBA …
Concordo com o Gomes, as fabricas aqui ganham uma baba em relação ao que produzem/vendem comparado aos similares europeus e americanos (e estes melhores equipados!!!!!), tá aqui http://noticias.uol.com.br/carros/ultnot/2007/09/07/ult634u2644.jhtm.
A matéria começa assim: Mesmo sem taxas, carros no Brasil custam mais que na Europa e EUA. E termina assim: Foram procuradas para falar sobre o assunto Renault, Volkswagen, Citroën, Fiat, Honda e General Motors. Nenhuma quis se pronunciar.
Um fabricante vende o carro pelo máximo preço que o mercado pagar. E não se enganem, o preço é diretamente proporcional aos conteúdos que o carro tiver. Se todos os carros tiverem Air Bag, ABS, EBD, vamos ter um Uno por R$50 mil. É isso que querem?
No Brasil existem carros sem estes itens porque para milhares de pessoas isto é o que podem pagar. Se um consumidor comprar um Uno “pé de boi” por R$22 mil, é melhor que comprar um Chevette 79 sem as menores condições de segurança e poluindo mais que uma frota de 200 carros novos.
E mais: dizer que o carro nacional é caro é uma imbecilidade. Há dois anos era o mais barato do mundo. Agora, pela variação cambial, não é tão “barato” em relação aos preços europeus/americanos. Não creio que seja esta a melhor forma de comparar.
Automobilismo: as montadoras só vão investir onde tiver retorno de imagem ou financeiro. Já que financeiro nunca será, somente com um grande retorno de imagem haverá investimento. (exemplo claro: FIAT investe nos campeonatos de Rally porque quer o retorno de imagem de “durabilidade/robustez”.
Abraço.
Temos que concordar com as palavras do FG e do restante dos que aqui postaram : carros plásticos, sem alma, sem futuro, NUNCA SERÃO CONSIDERADOS CLÁSSICOS, rendem muito para as multis (que somente investem na produção e massificação), são vendidos em 84 suaves prestações mensais (o sujeito compra carro, mas paga aluguel e não tem casa para morar), entopem as estradas de maus motoristas, maus motociclistas (vcs se esquecem deles hehehe), não investem no esporte (salvo a Renault que se arrependeu da besteira e depois colocou o dinheiro de volta). Pobres trópicos.
Além do preço exorbitante, mesmo descontando os impostos – saiu uma reportagem sobre isso, não lembro aonde -, ainda é triste saber que assim que as vendas diminuírem, vai começar a choradeira das montadoras e lá vai o governo socorrer. Coisa boa ter um negócio que jamais dá prejuízo.
Gomes,
Pior do que a falta de investimento no automobilismo nacional, é saber que essas montadoras despejam por ano mais de 2.000.000 de carros em nossas ruas e estradas desestruturadas para absorver esse contingente.
O resultado é o caos que vivemos nas grandes e médias cidades do país.
Outro resultado são os crescentes números de acidentes em nossas estradas, tudo isso aliado à imprudência, imperícia e negligência de nossos pilotos (ops, motoristas, condutores).
E também tem outro aspecto: Exceção ao Gol (por sua história e não pelo modelo atual), na grande maioria esses carros são feios, sem graça nenhuma, sem alma. Fazem mal aos nossos olhos.
Bons tempos aqueles, quando nas ruas e estradas era comum encontrarmos carros com história, com alma e coração, lindos, imponentes, graciosos.
Esqueceram tudo isso.
Onde será que esconderam a criatividade dos designers?
A parte a questão do automobilismo esportivo, me dá uma certa angústia ver essa quantidade de automóveis sendo produzidos e despejados (os que não são exportados) nas nossas vias de trânsito, e a inversamente porporcional preocupação do Estado em conservar, melhorar e aumentar a infra-estrutura viária necessária para suportar esse aumento da frota. Sem contar também os milhares de motoristas que são habilitados a cada mês, sem a mínima condição de conduzir um veículo automotor. E a crônica falta de educação, que tem por um dos seus palcos favoridos aquele espaço entre o banco do motorista e o volante de um automóvel.
Quando fui lendo as postagens, fui tendo a mesma idéia do Reginaldo….
vamos sonhar, afinal não custa nada
-Chassis tubulares, num estilo Formula Chevrolet, ou F-Ford e a produção dos chassis a cargo de oficinas escolhidas pela montadora
-Motores 1.0 e 1.6 (podendo ser preparados)
-Regulagem de asas
-Regulagem de suspensão
-Orçamento MÁXIMO por equipe
-Corridas DE RUA!!!!
É utópico imaginar isso, mas ainda bem que sobrevivem-se núcleos de independência da CBA, tais como aquela formulinha legal que tem lá no Ceará senão me engano, a força do automobilismo no sul, entre outros movimentos espasmódicos.
Acho que sou idealista demais…
Sobre os números, só uma observação:
Se desconsiderarmos os nossos impostos, os modelos brasileiros são em média 20% mais caros que os europeus.
O negocio é futebol! Automobilismo não faz parte da cultura popular,serve apenas para quem tem grana brincar no fim de semana.Alem disso quem aguenta sustentar a cartolagem? Só no futebol.
Pra que investir se ja existe a “fantastica multi-bolha” Stock Car corrida de bate-bate…
O automobilismo regional (Rio, SP, Sul, Brasilia, etc. etc.) só dá o VW gol bolinha, E os Fiats Palio e Uno. Categorias com motor 1.6 e pouca preparação de custo barato para quem quer iniciar no automobilismo é uma ótima escola. As montadoras podiam aumentar mais estas vendas trabalhando “usando” o automobilismo como ferramenta de MKT direto e vendas.
Pra quem vive estas categorias vê bons pilotos e disputasseria ótimo um pouco de investimento por parte das montadoras.
O Thiago disse tudo abaixo.
A grande vergonha, fora os nulos investimentos em automobilismo, é chamarem de carro um Gol de $26 mil pilas que, em breve, nem banco do carona terá como ítem de série.
Fora os “esportivos”, chamados assim pelos cintos vermelhos, as faixas GT e os tapetes de “aço”.
Que vergonha, depois me chamam de saudosista…
pra que enterrar dinheiro em corridas ? a quem isso beneficiaria ? Pilotos mimados filhinhos de papai, ou à mídia que adora se fazer de vítima e criticar a falta de iniciativa dos outros, mas nunca a dela.
O Povo está kagando pra automobilismo pessoal. acordem!
Eu sou gerente de marketing de uma loja de carros aqui de Campinas, e para comprovar o que a mídia está dizendo, vendemos em agosto mais de 25% que julho e se comparado a agosto de 2006, mais de 80%.
Resumindo, o mercado de carros está cada vez mais aquecido e ainda promete muito……
E da mesma forma como o FG citou no final, tb fico muito triste em não ver parte desse imenso lucro sendo investido no automobilismo “nacional”
Já pensaram? uns 30 carrinhos de 1 litro, de todas as montadoras, totalmente de fabrica, podendo mexer pouquissimo, ou quase nada na mecanica e alivio geral de peso, tirando todos os frus frus , e pondo a moçada pra rodar?
Corridas de 45 minutos, com regras simples , daquelas que, se pisar na bola, cartão vermelho sem apelação?, por aí.
Será que com bom marketing não seria possível? Por algum lugar tem que começar né? Pelo menos, as montadoras teriam mais alguns argumentos para continuar vendendo E para elas, sairia quase de graça…
Concordo plenamente, olha a falta que faz uma Formula Ford, ou Formula Chevrolet, como categorias de formula de base…
Vendendo tudo isso, pra que investir em corridas?
Chamar esses mais vendidos de carro, é ser otimista. Onde se tem como itens “de série” volante com acabamento de espuma, cinto de segurança de 3 pontos, retrovisores no lado direito e esquerdo…
… custam a bagatela de 13 mil dólares!
Nos EUA compra um Civic por 15 mil dólares com Air-Bag Duplo e lateral, ABS!
Carro esportivo aqui tem 127cv, roda grafite, frisos cromados, lanterna fumê…
Se nem carros esportivos de verdade nós temos, imagina automobilismo esportivo!
Raphael,
concordo em parte contigo. A Fiat investiu pesado na antiga F Uno, com o lendário Greco nas preparações e hoje no Rally, mas e as outras marcas?
Na Stock Car, não sei dizer se a GM banca alguma coi$a lá.
É muito pouco dentro deste universo de tantas marcas, vendas, marketing, royalties enviados às matrizes deficitárias e lucros pornográficos com os carnezinhos dos financiamentos a perder de vista.
Investir na memória do automobilismo então, dá vontade de chorar. A última iniciativa que lembro foi o apoio a restauração do Fittipaldi F1, graças as autopeças. E uma e outra iniciativa isolada.
Porém, como postei ontem na notícia da corrida de marcas no ES, se as montadoras não se manifestam, que a Anfavea explique
POR QUE ELES VENDEM AQUI E INVESTEM NA TC 2000?
Se é falta de confiança na organização da CBA, que eles passem o microfone para os outros se explicarem.
Ou então enviem o atestado de otários para nós, e continuem bancando o divertimento dos hermanos, enquanto ficamos aqui as moscas.
Vai querer me enganar que lá vende mais que aqui?
Mesmo que o Gomes não goste, vale a ressalva a F Truck, onde as fábricas investem e apoiam.
Muito pouco, dá até vergonha.
Muito oportuna sua observação mas há um aspecto lógico nisso tudo. As empresas não investem porque estão rindo à toa com as vendas, o mercado está aquecido já faz um bom tempo. Mas eu arrisco um palpite baseado no que eu faria se fosse uma montadora: com essa politicagem da baixo nível dirigindo as federações e a CBA acéfala seria jogar dinheiro fora. Existe também o efeito Rede Globo “apoiando” uma categoria rica em recursos e pobre em esportividade, que não se interessa em transmitir outras modalidades. Não temos autódromos decentes para o público.
Parece contraditório falar assim quando vc observa que com muito trabalho sério e honestidade se faz um automobilismo de primeira na Formula Truck, com grids cheios, lutas acirradas, espetáculo garantido, envolvimento real e profissional de montadoras e fornecedores, bons pilotos e arquibancadas repletas.
É um mistério…………!
Não temos mais uma categoria de formula como a extinta F3 Sul Americana porque ? A Formula Renault estava indo muito bem, o que houve ? Até o Kart está indo morro abaixo, o que falta neste país é seriedade em todos os níveis, infelizmente só temos notícias ruins, pena….!
Engano seu FG.
A Fiat investe uma boa grana na Ted Racing Rally e por esse motivo o Palio é deca campeão brasileiro de Rally de velocidade. Esse ano a Chevrolet resolveu entrar na briga com o Celta, para concorrer com o Palio!
Tiro no pé: Aonde vão andar todos esses carros? Abraço.
Concordo plenamente! Deveria exitir categorias no mínimo de stock com cada carro. Fórmula Fiat (aí haveriam categorias de Uno, Pálio e Stilo) e nas demais montadoras a msm coisa… E aí… Poderiam unir todas e criar uma categoria de monopostos. Nem seria tanta grana assim. Só o suficiente pra ter umas 4 categorias bacanas. Seria ótimo. òtimO!
Concordo contigo, Flávio Gomes, O BRASIL DEVERIA INVESTIR NO AUTOMOBILISMO BRASILEIRO A COMEÇAR DO KART ATÉ AS REFORMAS DOS AUTÓDROMOS.
Falou e disse : e a p.o.r.r.a do Bras. de Marcas capengando…com casualmente estes carros da ‘liderança’ no ranking.
(Ok,ok…vamos levar em consideração os chassis, o family line…sei que a maioria são 1000cc!)
Vou desconectar e trabalhar off line! No final de 70, Interlagos lotado, Marcas investindo, ingressos cobrados. A indústria vendia milhares de carros. Hoje, suplantam produções e colocam na rua. A Anfavea no site, nunca colocou a realidade mercadológica do Brasil. Ao menos a relação das plantas de 70 em relação à globalização de hj. Quanto mais fácil o crédito financeiro,, mais Magazines e Holdingns financeiras deixaram de vender bens, vendendo sómente o capital. A Fiat possui uma gama de concessionários para atender esta clientela? Vou trampar!
A isto se chama ganância…pra que investir em automobilismo e gastar dinheiro com isso, se sem precisar dele, minhas vendas continuam a aumentar?
Pior que não investir em automobilismo esportivo é vender carros cada vez menos equipados, a preços cada vez mais exorbitantes.
Exemplo? Um apenas: Em 2002 comprava-se um Picasso Exclusive a 39.990,00. Hoje o mesmíssimo carro custa 73.000,00…
Êita, país de %!@$&@#mesmo!
Abs.
Concordo….essas vendas a base das “apenas 172 prestações fixas, começando no carnaval de….” realmente impulsionaram a venda desses carrinhos de corpo delgado e alma de plástico, proporcionando a muitos maus motoristas a oportunidade de atrapalhar um pouco mais o já terrível tráfego que assola as grandes cidades (desse mal não morro ao menos), e estas, carecem de planejamento viário.
E quanto ao automobilismo??? nada…nos anos 80 era muito diferente o panorama.