Ladaland (quinta)

SÃO PAULO (tudo se ajeita) – Recebo telex de famoso blogueiro que, depois de passar por difícil situação, conseguiu levantar, sacodir a poeira e dar a volta por cima.

Kamarada Gomes, foram difíceis os últimos meses. Depois que nosso veículo foi tragado por uma trincheira que, descobrimos, havia sido aberta pelos nazistas na Segunda Guerra, passamos por muitas dificuldades até que pudéssemos nos recuperar financeiramente. Felizmente conseguimos, graças à labuta intensa na lavoura de repolhos na Lituânia, para onde voltamos e vivemos por anos a fio. Como se sabe, os repolhos tiveram altíssima alta nas bolsas de commodities e por isso pudemos comprar algumas terras e agora nos dedicamos àquilo que sempre sonhamos: o cultivo de lã. Estamos fornecendo matéria prima para casaquinhos e gorros que estão sendo distribuídos gratuitamente no Quênia e no Congo, países que passam por invernos terríveis e rigorosos. Aquele carro que despencou na cratera foi recuperado e continuamos com ele até hoje, como mostra a foto. Se alguém precisar de cachecóis, é só avisar. Abraços, Leandro Alfonsov & noiva.

Bom, vai começar o verão, quem sabe no ano que vem? Tenho certeza que são ótimos, os cachecóis.

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Al Johay
Al Johay
16 anos atrás

FG,

Vi isso hoje (16/10), pra nao ficar fora de proposito fui procurar o ultimo ladaland, tao distante. Mas segue combustivel, veja só o que os kamaradas da extinta URSS andam fazendo por lá!!!!

http://www.youtube.com/watch?v=qRBGr39uJBo

JOSE RODRIGO TONON
JOSE RODRIGO TONON
16 anos atrás

como eu faço pra mandar uma foto. Aqui em SJRio Preto tem um Lada Laika pendurado em cima de um Bar, faz parte da fachada.?

Satoru Gonzales Naka
Satoru Gonzales Naka
16 anos atrás

Ao que tudo indica o tempo passa de modo diferente no leste.

VELOZ-HP
VELOZ-HP
16 anos atrás

Bem amigos da Rede Gomes, boa noite.
Coincidentemente hoje, almoçando com amigos, perguntei ao mais velho deles se ele se lembrava de uma capa da Veja nos anos 70 onde aparecia apenas a cifra 11%. Ele respondeu que mal se lembrava do que tinha feito no domingo… Mas eu sim. Era a cifra de crescimento do Brasil, expliquei. “Mas 11% sobre o quê ?”, perguntei a todos. É uma boa pergunda, creio. Não sei como, e talvez ninguém tenha escrito sobre o assunto, mas houve ao menos uma certa ascensão (escrevi certo ? consultei o dicionário, finalmente.) social no Brasil. Gente que nos anos 50 nem sequer era ouvida e cheirada, que não comparecia aos nossos pontos de encontro ou restaurantes, começou a ter dinheiro, um certo poder. Olhava para esses tipos e os achava estranhíssimos para mim, paulista da banda européia da cidade.
E da onde vinham eles ? De lugares como esse da foto do nosso conhecido agente komunista-champanhe-feliz e satisfeito por viver confortavelmente livre, leve e solto no Ocidente próspero, profícuo e capitalista-civilizado.
Ao mesmo tempo, a miséria se agravou em alguns setores. A miséria migrou, em verdade vos digo, do campo para a cidade. São Paulo, homogênea, branca, italianada, com sírios-libaneses no Centro textil, espanhois nos ferros-velhos da periferia e os portugueses nas padarias, se tornou uma cidade escura, ruidosa e de linguajar e modos de vida incompreencíveis nas suas bordas.
Sempre houve essa migração do interior para os centros. Mas os migrantes procuravam ao máximo se adaptar às maneiras, sotaque, etc., metropolitanos. Nos anos 70 e 80 isso acabou. Brandiram orgulhosamente suas origens. Artistas “pop” deleitam ao infinito os feitos com seus números estilizados de páus-de-arara. Cronistas medíocres da época começaram a louvaminhar (dicionário, de novo) esse retrocesso, ou aceitação de inferioridade, declarando que a recusa da influência européia era uma forma de autonomia cultural. Vomitei profusamente após lêr esse lixo. Quase todos nessa mesma época se deixaram fascinar por essa volta às raízes, digamos. Ou, pelo menos, é o que afetavam sentir. Como eu dizia antes e digo hoje, essa história de raízes se deve procurar no Jardim Botânico.
Quando chegam a São Paulo parecem os bolcheviques que se sentem como um cachorro a quem abriram o canil e largaram solto nas ruas, ilimitadas até onde os olhos enxergavam.
Seja como for, o Brasil cresceu na ditadura mais do que em toda a história pregressa e posterior. Custos houve, mas maná só há na Bíblia, que, em passagens, lembra as histórias da carochinha.
Mas por que essa foto comunista me fez lembrar de tudo isso, e o que me fez lembrar a capa da Veja no almoço ?
Uma reunião gigante que tivemos com a diretoria da Alcoa Alumínio, Camargo Correa e Hatch Consultoria e Engenharia. Nela nos foi mostrada e explicada a situação energética do Brasil. Como estamos ? Bem pior do que vossas vãs filosofias e hipócritas notícias da imprensa comprada & vendida podem imaginar. Se o consumo crescer um pouco apenas, bem menos da metade dos 11% dos anos 70, o Brasil literalmente apagará. Não há energia elétrica para mover o crescimento de nada, nem do consumo de lâmpadas. Além de tudo, nossa infra-estrutura é pífia. Temos portos ridículos, linhas férreas que são uma piada, linhas aéreas e aeroportos que são uma tragédia e um sistema tributário mais burro que um asno com paralisia cerebral.
Por conta disso, 3 mega investimentos da Alcoa foram cancelados para o Brasil e transferidos para Tailândia, Jamaica e Quênia. Que tal, brasileiros e brasileiras ? Toda a futura riqueza social e econômica que adviria dessas operações no Brasil, serão agora dadas aos outros. Por puro, ou imundo, parasitismo, vagabundi.smo e crimilogismo político-brasileiro. A Rússia de ontem é o Brasil de daqui a pouco.
Então, movido por sentimentos pastoris que essa bucólica foto promove, somados aos sentimentos biliares que meus intestinos expectram pela classe política brasileira, partirei daqui a pouco para meu chalé nas colinas de Brotas, onde amarei minha mulher aos sons da natureza, e iluminados pelas chamas da lareira e paixão.
Estaremos então nos habituando ao apagão, mas embalados pela paixão e felizes de te.são, koisa impossível de se ter no Turkomenistão, no Afeganistão, ou naquela senhora da vida que paríu os filhos no mundo do kão.
Até segunda feira, neste mesmo kanal.
A luta kontinua, a luta kontinua….

1GT
1GT
16 anos atrás

Dada a quantidade e profusão de veículos da frota de Leandrov, pergunto:
Teria ele usado do seu status de ex-agente da KGB para furar a fila de proletários sonhadores desejosos de ter seu valioso Lada?

Carlos A. Coelho
Carlos A. Coelho
16 anos atrás

Flavio, em razão das espiadelas no Youtube originadas pelos posts do Lada, acabei achando essa(s) loucura(s):

http://www.youtube.com/watch?v=TtU-w9f420o&mode=related&search=

http://www.youtube.com/watch?v=oEGKkUGECxU&mode=related&search=

Divirta-se (ou não…)

Abs.

Carlos

1V3N
1V3N
16 anos atrás

Na foto vê-se o Lada recuperado, Leandrov Afonsov em pé e sua noiva canadiana deitada à frente!!!

1V3N
1V3N
16 anos atrás

E na foto além do Lada recuperado, Lendrov Afonsov e sua noiva canadiana!

Zuquim
Zuquim
16 anos atrás

Lá pelos lados dos Montes Urais não deve haver internet. Talvez seja por isso que o Veloz não tem respondido os posts do Gomes. O coitado tá usando telegramas fonados, telex, latinhas de massa de tomate com cordão,etc.
Parece ser um valioso indício de veracidade do tour do VHP pelas bandas do leste.

burgão
burgão
16 anos atrás

ontém, comprei um ladinha 92….vamos ver…

anonimo
anonimo
16 anos atrás

essas ovelhinhas me lembram a
descoberta da minha puberdade
onde eu e cabritinhas ,eguinhas,
porquinhas faziamos sweet love.
bons tempos aqueles .

José Luiz
José Luiz
16 anos atrás

Mary had a little lamb

HM
HM
16 anos atrás

gostei da foto, gostei do carrinho vermelho comunista e das ovelinhas…

reginaldo Nat Rock
reginaldo Nat Rock
16 anos atrás

O diabo é que nem a cor é a mesma…Foi trocada na recuperação da bagaça….Por cortesia você poderia informar ao Leandrov que, no Caribe também faz um frio dos infernos e provavelmente, por lá, ele terá grandes vendas em moeda forte. Já pensou nisso? Os compradores poderiam desfilar pelas praias, devidamente agasalhados. Só recomende não passar por uma determinada ilha, onde ele terá prejuízo certo. Sua plantação de lã, será confiscada em prol da causa…

Tuta
Tuta
16 anos atrás

Eu sacodo,
tu sacodas,
ele sacoda.
Nós sacodamos,
vós sacodais
eles sacodam.

marcos vale
marcos vale
16 anos atrás

só quero ver quando acabar estoque de fotos de ladas vermelhos do FG.

Rodm
Rodm
16 anos atrás

Como visto, a excelente estrutura deste veículo produzido pela fantástica indústria soviética resistiu a um simples buraco.

Deveriam fazer uma estátua para Leandrov Alfonsov na frente da fábrica tamanha a quantidade de carros tidos.

Alan Bandeira Preta!
Alan Bandeira Preta!
16 anos atrás

Só pode ser real essas histórias!
Não dá pra tem tanta criatividade assim! uahauhauahua
Parabéns FG!

marcos
marcos
16 anos atrás

Olá Maigo e verdade aqui em Santos temos mutos ladas , porem estão um pouco corroídos devido o sal, meu pai me disse que esta História é verdadeira, que o pesoal da capital vinha ate santos com ladas e não sonseguiam voltar pq eles não subiam as serras, e vendiam aqui por valores irisórios.

Willians
Willians
16 anos atrás

De tanto ver Ladas, estou até pensando em comprar um como investimento. Quem sabe um Lada bem velhinho (existem Ladas novos?). Vou restaurá-lo e, quem sabe, o FG não resolva comprá-lo de mim por um valor considerável. O problema será encontrar algum Lada disponível para venda. Um amigo meu me disse que existem muitos Ladas em Santos: é que o pessoal de Sampa ia de Lada para a praia, mas o carro não conseguia subir a serra de volta e ele era abandonado na cidade. Eh, eh, eh,…