Bus Stop
SÃO PAULO (preciosa) – Lembram daquele ônibus sobre uma carreta, fotografado na estrada por um blogueiro? Pois é. Nos comentários alguém já havia dito, mas fica o reforço. A belezura pertence à Mercedes-Benz. E nunca foi colocado em uso. É apenas para exposições, me explica o blogueiro-vemagueiro-fumacento Décio Fissore.
Segue mais uma foto dele. É lindo de morrer. Parabéns à Mercedes-Benz, que o preserva.
Vou começar a reparar, mas sinceramente nunca vi nenhum deles.
A lei deveria obrigar que TODOS os onibus urbanos tivessem motor traseiro e que fossem obrigatoriamente automáticos, inclusive os micro, vans e taxis. Existe uma significativa porcentagem de motoristas de onibus que adquirem a inflamação crônica do nervo ciático, doença incapacitante. Isso ocorria mais na época da dupla pega, mas ainda ocorre. A CET tem esses estudos, não sei porque não divulga. Taxistas também adquirem essa doença, mas em menor gráu.
É concessão de serviço público, portanto o estado pode exigir o que quiser de maneira razoável em relação aos veículos e condições de trabalho. Não faz porque não quer ou obedece a interesses dos empresários.
Victor, São Paulo é a cidade com o maior número de ônibus do nível que eu citei. São modelos O-500M, O-500 U, 17.240 OT, 17.260 EOT, K-270, O-500MA, O-500UA, O-400UPA, OH-1621LE e K-310A. Todos esses modelos tem motor traseiro, suspensão a ar, alguns com câmbio automático e freios a disco, sistema de rebaixamento lateral da suspensão para facilitar o acesso do passageiros, motor eletrônico e piso baixo.
Sou soteropolitano, mas estou em São Paulo trabalhando, e fico admirado pela quantidade de veículos desse tipo rodando na cidade.
Sei disso McLaren, mas onde estão esses ônibus maravilhosos? Pode ser nas estradas, mas nas ruas de sampa só tem caminhão adaptado torturando seus motoristas e passageiros. Uma vergonha.
Victor, no caso dos ônibus com motor dianteiro eu concordo com vc. Mas não podemos esquecer que temos hoje chassis com motor traseiro também, com suspensão a ar, piso baixo, câmbio automático, motor eletrônico, dentre outras inovações tecnológicas que na época desse monobloco não existiam.
Rogério, o monobloco O-400 UP teve vida curta, pq logo em seguida a MB interrompeu a produção de monoblocos no Brasil. Inclusive há fotos em sites especializados de um monobloco O-400 UPA(articulado), mas nunca o vi rodando em empresa nenhuma.
As plataformas O-400 UP e UPA venderam bem mais que os monoblocos desses modelos, por terem uma vida mais longa no mercado.
Com relação a esse O-371 de faróis redondos que vc citou, foram os O-371 UL, que foi uma versão mais barata do O-371 UP.
Esse O-371 UL, tinha 12 metros de comprimento total, motor OM-366LA de 204 cv e 65 mkgf de torque, suspensão traseira metálica e dianteira a ar.
O O-371 UL foi criado a pedidos do empresariado de BH, que queriam uma versão mais barata do O-371 UP, solicitado pela prefeitura de BH.
Era muito gostoso viajar nesses ônibus, rangiam bem menos que os com chassi separado.
É, Paulo, essa numeração da Santo Estevam (34###) não é do meu tempo, hehehehe… eu já peguei aquela do “saia-blusa”, 07###… e você lembrou bem, tinha mesmo uma linha da Tupi, a Americanópolis-Praça Ituzaingó… eu sempre os via por ali na praça, quando ia na casa de minha avó na Rua São Bernardo, esquina com a Azevedo Soares… outra empresa que até hoje está firme e cuidando bem de seus ônibus, a Tupi… e para ver como as coisas mudaram, essa linha foi tão alterada que hoje é a 473T (Pq. São Jorge-Metrô Paraíso)…
E McLaren, realmente de monoblocos o último da Mercedes-Benz no Brasil foi o O-400, mas deles eu só me lembro de ver rodoviários, nunca vi urbano. Por isso que disse que o último monobloco urbano era o O-371, inclusive aquela versão mais moderninha, com faróis dianteiros arredondados (não os tradicionais quadradinhos)… mas como você citou o UP (U de urbano, como o R de rodoviário), vou ver então se acho esse urbano da série O-400… valeu pela dica…
A maioria aqui gosta de carros antigos, mas temos que reconhecer que os carros modernos são mais confortáveis e eficientes, pecam no estilo e no romantismo.
No caso dos ônibus é o contrário, os antigos eram melhores mesmo e esse aí é um caso.
Embora não fosse dos mais potentes, coisa fácil de se resolver, os monoblocos dão de 45 a zero nos ônibus urbanos atuais, na sua maioria caminhões adaptados.
A suspensão do monobloco era muito superior aos feixes de mola com eixos de carroça dos ônibus atuais. Fora o motor traseiro que não vibrava e não cozinhava o motorista.
No caso dos ônibus caminhamos para trás.
Apesar de confortável e silencioso, estes monoblocos eram pouco potentes comparando-os com Scania, FNM, Magirus-Deutz e Volvo da época.
O motor era o OM-352 de 120 cv.
O Pelé também tem uma Mercedes, não lembro o modelo, que foi restaurada pela Mercedes e devolvida a ele.
Rogério, os últimos monoblocos fabricados pela Mercedes aqui no Brasil, foram os O-400 UP, R, RS, RSL e RSD.
Rogério, obrigado pelos comentários. Realmente, a Santo Estevam fazia uma manutenção impecável, haja visto ter muitos “velhinhos” na frota, como aqueles CAIO bem antigos, motorzão na frente e a alavanca de câmbio pra trás. Eu morava na rua Tuiuti, e bem em frente de casa tinha um ponto, e por ali acho que passavam quase todas as linhas dela: Vila Gomes Cardim, Vila Industrial (esta linha usava os ônibus da Caio). A pintura dela era verde-escuro e amarelo creme, tinha a águia e me parece que era a única que escrevia “Super B” nos monoblocos. Acabei ficando “amigo” de muitos motoristas, inclusive ganhava até algumas caronas grátis. Os números de seus ônibus eram 34xxx. Eu realmente não conheço os modelos dos ônibus, mas posso te afirmar com toda certeza que os números 34039 até 34060 eram esses que eu me referi (a frente igual a da foto, mas com a traseira arredondada). Não sei como algum maluco consegue guardar essas coisas na memória, mas lembro bem de algumas outras séries. Os CAIO iam de 34091 em diante, os monobloco mais modernos foram o 34110 em diante. Acho que morar em frente um ponto de ônibus faz isso…
Não sabia desse triste fim da empresa, saí de SP há 20 anos e com a mudança do transporte coletivo fiquei sem saber mais nada. Mas eu fiz isso agora, entra no google e escreve “Empresa de Onibus Santo Estevam”. Tem algumas coisas lá. E curiosamente nesse lugar em que eu morava, era próximo do ponto final da linha da Tupi (Transportes Urbanos Piratininga), que vinha lá de Americanópolis, quase na divisa de Diadema. Nessa linha só usavam CAIO. Os monobloco da Tupi ficavam só na linha Aeroporto-Perdizes. Obrigado pelo comentário!
Puxa, Paulo, agora você resgatou uma ótima lembrança… saudades muitas da Santo Estevam, que quando garoto bem miudinho, início dos anos 80, eu sempre via circulando pelos lados da Vila Formosa, Tatuapé, Vila Carrão e adjacências… alguns anos depois, meados da referida década, eles assumiram algumas linhas no meu Jd. Imperador de guerra, com a falência da Viação Carrão. Não cheguei a ver esses 0-321 que citaste, mas lembro dos impecáveis 0-362 e 0-364 nos quais eu andava, motoristas cuidadosos, manutenção de primeira… lembro dos primeiros O-371 que compraram e que ajudaram a me tornar fã desse que foi o último monobloco urbano da MB. Pena que ela cresceu demais, abarcou coisa demais e, depois, veio um picareta explorador do transporte público, comprou-a de seu lendário dono português e destruiu de vez uma bela empresa, falindo-a e fazendo trocar o nome diversas vezes para fugir das cobranças judiciais e trabalhistas… um triste fim para uma empresa bacana, com seu símbolo a mostrar uma ave com as asas abertas a flutuar e que guardo nos melhores lugares de minha memória…
Empresa de Onibus Santo Estevam – garagem fica na rua Francisco Marengo, no Tatuapé (não lembro o número). No final da década de 70 era uma das pouquíssimas empresas de ônibus paulistanas que ainda rodavam com esse modelo (embora este seja o modelo rodoviário, o urbano tinha janelas retangulares e a traseira mais arredondada). A outra era a Viação Campo Belo, que ia pras bandas do Brooklin e Santo Amaro. Quem sabe ainda tem um descansando lá na garagem?
Voces estão lembrados desses onibus na linha Penha Lapa em São Paulo, Viação Leste Oeste, eram os super B, o monobloco ecumenico da propaganda da Mercedes, que tinha um bispo católico, um rabino, um ortodoxo, e etc, pelo concílio ecumenico que houve na época.
Lembaram de uma promoção da MBB para conseguirem um caminhão LP-321 (que te a cabine igual à dianteira desse onibus) ?
Era o seguinte: a MBB dava um caminhão zero para quem trocasse com eles um LP-321. Ganhava o caminhão em melhor estado e originalidade.
Saiu em algumas revistas especializadas na forma de ” notinhas”.
Isso faz uns 8 anos.
sobre a preservação da MB, eles tem um centro enorme na California que comercializa carros antigos, e restaura também . Na Car&Driver eles publicaram um teste com uma SL 280 (pagoda) que estava uma jóia. Tem carros desde a década de 20 em estoque (na verdade, são prateleiras).
Off topic: quando teremos outro “gira mondo”?
Abs
Estes ônibus da Mercedes são realmente lindos e, comparados a seus contemporâneos, eram muito macios e silenciosos. A diferença era enorme.
eric:
voce esta certo. tambem me lenbro destas calotas na decada de 80 não na de 60, porem nunca fornecidas pela montadora.
Consultando arquivos,vi uma foto de caminhão do meu pai da década de 80 com essas calotas da Bepo.Só que eram novas….era um 1113!!!Meu pai colocava nos caminhões novos sempre calotinha,escadinha cromada e afins….e se o motorista ralasse o véio ficava macho!!!!
ele é lindo .
estava no memorial da america latina, porem em dois detalhes fiquei na duvida:
as calotas que não me recordo delas sendo usadas na epoca., e os farois “tremendão” da rossi que são diferentes dos originais.
de qualquer forma uma grande atitude do fabricante
os tedescos sao fera na preservacao da historia
tem uma mb que so tem no acervo da alemanha e no brasil
tinham o carro mas durante a seg guerra foi semi destruido e o bolido ficou sem a grade
tem um artesao de bh que faz o que quizer em inox e construiu 2 grades conforme dezenho uma pra cada carro
a titulo de informacao tem em bh uma das mais completas colecoes de autos mercedes que existe na terra
entre mercedes e outras marcas sao mais de 150 autos em estado mint
É, ele está aí exatamente onde estava estacionado na exposição Viver Ver e Rever, dias 24 e 25 de novembro do ano passado no Memorial da América Latina. Só não consegui entrar nele, mas a hora que passei por ele lá, estava com a porta do motor aberta, pude apreciar todo aquele motorzão… realmente ele está impecável, nesse ponto, a Mercedes-Benz está de parabéns…
Atrás dele, vê-se um chassi também MB, certamente de um piso baixo low entry… epa, peraí… é que a definição da foto aqui no blog está ruim, mas será que rolou exatamente um flagrante de quando eu estava dando uma espiada no motor do chassi do busão novo da MB, depois da “vistoria” desse O-321? Tá parecendo minha camisa da Lusa… afinal, eu tinha ido na exposição no sábado, antes do jogo com o Criciúma… putz, seria muita coincidência… tem essa foto em alta, FG?
Sou fã da marca….inclusive tenho uma C 280 Sport 1994,uma das primeiras que chegaram aqui.Tem inclusive o teto solar de chapa,que é raro em uma Série C.
Bom dia Amigos,
a Mercedes Benz do Brasil ( como é bom poder chmá-la assim novamente… ) não conserva só este ônibus. Eles tem varios, inclusive um caminhão de 1909, que antigamente ficavam em exposição no saguão do prédio da Administração Central em sistema rotativo, hoje não sei se ainda ficam, mas tem várias peças interessantes.
É lindo mesmo!!!!
Que ano seria a jóia….68,70???A Mercedes tem uma oficina de restauração dentro da fábrica em SBC se não me engano….eles restauraram uma 450 do Pelé que ficou e$$$petacular.