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SÃO PAULO (faz tempo) – Em 1925, um Fordinho correu no circuito da Gávea movido a álcool. A história está neste excelente artigo no site da Fapesp enviado pelo Jansle Pedra. O autor é Neldson Marcolin.
Como se vê, a preocupação com combustíveis alternativos à gasolina é coisa velha no Brasil.
Não é preocupação nenhuma. Em 1925 não havia investimento aqui para explorar petróleo, que, pelo amor de Deus, era encontrado em menos de 1500m de profundidade. Tinha era sobrando muito!!
Quem não tem cão, caça com gato.
Nos final dos anos 20 houve também um combustível chamado USGA (de Usina Serra Grande Alagoas), que era uma mistura de álcool, éter etílico e uma pequena porcentagem de óleo de rícino. Fez relativo sucesso, principalmente em Pernambuco e Alagoas, sendo que não era necessária nenhuma alteração no motor para seu uso.
Por acaso, já usei essa foto do blog em aulas e outras apresentações na faculdade.
Meu falecido pai contava que na época da segunda guerra quando se usava gasogênio, um professor de quimica da UFPR andava com alcool, só os alunos sabiam, era um sucesso, mas o cara sumiu do mapa, ninguem sabe ninguem viu.
Esses fordecos podiam usar álcool ou querozene, bastava usar o avanço manual na coluna da direção.
Circuito da Gávea em 1925?
A primeura edição da prova foi em 1933…
O álcool como combustível para veículos é tão antigo como a gasolina e outros bio combustíveis que não utilizam petróleo.
Os europeus não eram muito entusiastas da gasolina, mas os americanos venceram a queda de braço mundial quando as montadoras de Detroit se associaram com as petrolíferas do Texas e fizeram um lobby gigantesco em Washington. Como a quantidade de carros produzidos nos EUA era muito superior a do resto do planeta, todos tiveram que seguir com a gasolina, que tinha chumbo em sua composição.
Nos anos 70 descobriram que o chumbo na gasolina estava poluindo drasticamente o ar das grandes cidades, comprometendo inclusive o desenvolvimento intelectual das crianças. Aos poucos o chumbo foi retirado da gasolina, mas os estrago provocado pelos resíduos deste veneno ainda tem reflexos em várias partes do planeta, inclusive nos pólos norte e sul.
Imagina a engenharia na época….
partida a frio, taxa de compressão de 5:1…..imagina para queimar alcool com essa taxa….
Vi no History hannel que Henry Ford era um grande incentivador do álcool como combustível, inclusive tinha várias fazendas para plantar batatas para produzir álcool. Isto foi antes de o petróleo se tornar farto e baratíssimo…