do pó viemos…
SÃO PAULO (e lá ficaremos) – A foto da Lola T70 do Norman Casari, semana passada, causou muita polêmica, sobretudo a respeito do destino do carro.
As fotos enviadas pelo Paulo Trevisan não deixam muitas dúvidas. Creio que uma restauração, nesse caso, seria meio complicada…
Talvez não saibam mas eu era o mecanico do Norman(e serei para sempre) e sofri talvez mais que o Norman e tentando apagar o fogo com lagrimas pois os extintores não deram conta de tanta labareda provocada por magnezio fibra e um tanque cheio de gasolina de avião que nós tinhamos acabado de encher para fazer calculos de parada de boxe da corrida.Uma hora atraz os testes tinham sido realizados e estava tudo perfeito oque não era muito comum em se tratando da LOLA mas estava tudo ok.Quem puder ajudar gostaria de entrar em contato com Tony pois tanto eu como minha esposa Marta gostariamos de dar-lhe um abraço .Vivo em Fortaleza onde Casari me deixou em 77 .Um grande abraço a todos
Respondendo ao César Costa, diria que jamais me passou pela cabeça fazer uma réplica do FittiPorsche. O chassis e carroceria seria barbada já o motor teria que trazer de fora. No entanto minha preferência total e absoluta tem sido restaurar os autênticos de competição, e quando acho que não tem mais nada aparece novidades. Na verdade não temos conseguido dar conta. Você sabe que o pessoal do antigomobilismo é muito crítico e ironiza bastante qualquer réplica. Com o tempo vai mudar e elas vão ter o seu espaço, no entanto hoje você faz um p… investimento e alguns vão baixar o cacete! Outro cuidado sempre é pedir autorização explícita dos antigos proprietários, não é? Quem sabe daqui alguns anos, sei lá.
Dr. Paulo Trevisan:
Quando teremos uma réplica do Fittiporsche?
Desculpe a intimidade virtual, mas amigos comuns dizem que você é gente boa,.E mesmo que não fosse, um cara que faz o que você está fazendo, tem direito de ser o que quiser!
Comenta-se nos bastidores que tanto esta Lola T70 como a outra que queimou no Brasil ,já estariam com seus números de chassis estampados em novas reproduções na Inglaterra.Talvez o Froes não tenha lido meu comentário tardio na foto desta Lola no blog quando embarcava para Angola.Repito,a roda que estava com o Norman e que agora está comigo ,é uma dianteira .Quem tem uma outra roda é o Paulo Scali,não sei se é traseira.Todas suas fotos,troféus e até capacete,foram cedidas ao Museu do Automobilismo Brasileiro pela Isadora Casari Scheer.
Conhecedor:
Se você levar em consideração que na época freio era quase um acessório opcional, até concordo com você. Quem fizesse a um e dois redondinhas (eram praticamente uma curva só), chegava cheio na três e aí valia o freio. Embora gente como Luizinho, Bird e Cia não ligassem muito para o pedal do meio. Eu pessoalmente adorava entrar lá (com um Fusquinha 1300 à tambor) e olhar para a janela da porta direita: você só via asfalto!!!
Já disse uma vez, e repito:
Sobraram as rodas trazeiras, inteiras.
Uma o Norman usava como mesa de centro em sua casa na Fazenda Inglesa, em Petrópolis, a outra foi dada por ele de presente à esposa de um amigo comum, meu e dele, cujo nome prefiro omitir pois não sei se o amigo gostaria que eu o divulgasse. Já estive com ambas nas mãos – é impressionante como são leves – e li várias revistas e livros, inclusive vi estas fotos sobre a mesa do Norman.
Seu filho Toni Casari me disse, na missa de 7º dia do pai, que pretendia transformar sua casa num pequeno museu. Material para isso não falta!
Já mantive contatos com uma pessoa – não me lembro o nome – que falava em restaurar o carro a partir de qualquer pequena peça. Será isso válido?
César Costa
Já contei a história aqui há algum tempo atrás.
Também tenho uma outra foto dela toda acabada como aí, aliás, a foto que estou falando saiu há tempos no blog do Saloma.
Fico bobo com a cara de pau desses pseudos-restauradores.
Vou resumir, pois já contei.
O Norman vendo que havia bastante público, mas ainda tinha alguns lugares vazios no treino, falou pra mim: – Vou colocar a Lola na saída do box. Quando o Heitor chegar na curva da Junção me dá um toque.
Vou colocar um peguinha com ele e vai atrair mais público pra amanhã.
E assim foi, eles ficaram no pega.
Nesta última volta, passaram os dois juntos defronte aos boxes – imagine o som dos dois motores criando eco nas arquibancadas e nos boxes.
Bem, Cardoso, Neguinho, falou: -Ih, isso não tá me cheirando bem…
Corremos, então, pra trás dos boxes pra acompanhar.
Os dois desceram o retão juntos em direção a curva 3, percebemos que ambos estavam atrasando a freada.
Vimos a luz do freio do GT 40 acender e décimos de segundos depois a da Lola.
Nisso a lola desgarrou batendo no guard-rial direito, veio pro lado esquerdo se desmanchando toda e em fogo.
Corremos pra lá com o Opala 4.1 de minha tia, descarregamos o extintor e não adiantou nada.
Norman sentou-se no guard rial e ficou chorando, enquanto uns expectadores que estavam do lado direito, que tinham aquela rivalidade boba com os cariocas, ficaram gritando:- Apaga com gasolina!
O pau quase comeu.
Algum tempo após apareceu Pedro Victor De Lamare com um grupo de umas seis pessoas, todos com extintores.
Começaram a jogar, mas nada.
Aí, o Joaquim disse: – Vou contar até três e aí vocês disparam os extintores juntos!
Assim fizeram, pois o nosso já havia acabado. Melhorou um pouco, mas não resolveu.
Me lembro que depois fomos com o Norman pra dentro do ônibus da Brahma e lá ele nos contou que ainda não havia feito seguro da Lola…
bom dia
eu infelizmente participei da tentativa de apagar este incendio, e vcs mesmo podem notar nao havia extintores de incendio, por isso a quantidade de terra em cima dos restos, a cara do Norman era a coisa mais triste que eu ja tinha visto, no mesmo dia o outro carro dele, o A1 tambem tinha sofrido um acidente, mas foram poucos os danos no carro. abraços a todos
tem uns manos no jardim da saúde que dão um jeito rapidinho na caranga. Devem ter tudo no desmanche…..
Vocês estão subestimando a capacidade dos restauradores-falsificadores ingleses !
A partir daquele burrinho de freio Girling, eles já restauraram 3 carros COMPLETAMENTE originais !
A ponte dianteira, que ficou completa financiou a fraude inteira.
O radiador era de cobre e muito pesado, foi vendido pro ferro-velho.
Pois é… Meu pai aí embaixo me contou esta história da bomba de gasolina e que o carro tinha virado um monte de pó “trocentas” vezes…
Também não imaginava que quando ele falava que tinha virado um monte de pó, era literalmente um monte de pó…
Fui amigo ,no sentido literal da palavra,do Norman Casari.
Quando ele bateu a Lola, esqueceu de desligar a bomba elétrica de gasolina, o que ocasionou o incêndio . Como a Lola era feita básicamente de fibra de vidro e magnésio ,sobrou apenas um monte de entulho. Que pena, pois o carro era lindo.
Ao Cesar Costa
Pequeno engano seu..curva 3 era pra quem tinha mais freio..
Curvas que separavam era a 1 e a 2, e a curva do sol…
oresto era travado…
Foto muito rara!!!!!!Da Lola,só dá para usar o freio dianteiro como enfeite….
A visão da 3 é muito linda….
Curva Três… Essa separava os homens dos meninos!!!! Quem estava lá e pode contar mais detalhes é o Sidney Cardoso…
Através do Jan Balder, em seu excelente livro sobre o automobilismo brasileiro, é que tomei conhecimento do fim da Lola T70. Nunca imaginei que veria estas fotos um dia. É triste saber que a descrição do estado do carro correspondia à realidade…
Não vão restaurar???
Pura falta de vontade.
E a Lola do Avallone? Também não virou churrasco? Alguém tem fotos?
Acompanho detalhadamente o automobilismo nacional desde sempre e nunca tinha visto estas fotos.