SOS CAÇAPAVA DE NOVO
SÃO PAULO (we never forget) – Outro dia mostramos aqui a situação lamentável da coleção de carros antigos do Roberto Lee em Caçapava, no interior de São Paulo. Acervo que já foi um museu mas que, depois de sua morte, foi sucateado, aviltado, roubado e estuprado.
E deu até na TV. Quem sabe aparecendo na TV alguém se mexe. Mas é bom que se diga que depende 100% da família resolver essa situação. O poder público tem ação muito limitada quando se trata de propriedade privada, como é o caso.
Fiquei extremamente feliz em saber e também em ver o estado dos veículos que estavam no museu de Roberto Lee.
Em saber que foram removidos a local seguro, limpos e podem receber peças de doação sem caracterizar comércio.
Em ver o estado dos carros, que não é tão ruim assim. Podem ser recuperados com até alguma facilidade, tendo os profissionais adequados que possam dispor de seu tempo para realizar os serviços voluntariamente .
Minha dúvida é a seguinte.
Os veículos foram doados a Prefeitura Municipal de Caçapava. quando ocorrer a mudança de Prefeito, secretarios, etc. como ficará a situação dos carros. sugiro que pensem nisto com atenção, para que os vereadores de lá, façam uma lei que assegure o acervo, independentemente de quem estiver ocupando os cargos eletivos. Ou se a Prefeitura não puder fazer isso, que doe, repassando o acervo ao museu do automóvel do brasil. Marcos
Gostaria de saber Sr. Flávio, quais os carros que ainda restam no museu, pois alguns foram vendidos e outros ” retirados sem permissão”.
Obrigado
Não tenho a menor ideia.
Ai esta o link da secretaria de cultura do estado de s~~ao paulohttp://www.cultura.sp.gov.br/portal/site/SEC/menuitem.a943691925ae6b24e7378d27ca60c1a0/?vgnextoid=c88fcf75c7e9b110VgnVCM100000ac061c0aRCRD&cpsextcurrchannel=1
Morei um tempo em Caçapava, e quando o Sr. Roberto Lee era vivo, fui varios vezes visitar o que chamavamos de Museu do Automovel, tudo muito bem conservado, e para uma criança aquilo despertava o interesse por automobilismo, historia e muitas ideias na cabeça.Me lembro que tinha uma antiga locomotiva no patio, podia chegar perto e até ver por dentro dos carros …outra época.
Enfim como nosso amigo DÚ disse em 22/10/2009, esta no site da Secretaria de Cultura do Estado de Sao Paulo, a criação da “Coleçao de Veiculos e Acessorios de Museu Paulista de Antiguidades Mecanicas” e só ir no link que ele postou para ver , que foi tombado em 1986, mas o que os politicos da cidade , a população, todos , fizeram para isso se tornar realidade……
Vi uma curiosidade, Caçapava já teve casarios da época do café que foram derrubados para virar estacionamento, teve o maior cinema do vale ,o Cine Centenario, que virou lojas cem, Caçapava teve uma Historia, que por interesses economicos de retorno rapido, hoje naõ tem uma historia, é praticamente uma cidade dormitorio entre São Jose dos Campos e Taubaté, não tem uma Universidade e acredite se quiser não existe uma simples passarela sobre a antiga Rodovia Presidente Eurico Gaspar Dutra, hoje ‘Nova Dutra”, que corta a cidade, apesar de ocorrer uma média de um atropelamento a cada dois meses(fiz um levantamento na Policia Civil dos ultimos cinco anos).
Mas enfim o que me chocou mais nesse link da secretaria de cultura, foi ver que cidades bem menores que Caçapava, tem uma variedade bem maior de patrimonio historico, e por preservarem sua historia, hoje vivem atraves dessa historia preservada, e Caçapava que fica a apenas 100 Km de Saõ Paulo, nada.
Vamos continuar tentando, lutando, divulgando essa luta, como nosso querido Flavio Gomes continua tentando com seu Lada ser um piloto!!! Admiro seu trabalho, mas não podia perder essa….
Um Grande Abraço!!!
Fico pensando o seguinte, passaram-se 34 anos desde o assassinato de Roberto Lee, o processo de inventário ainda circula no poder judiciário? Pois se todos dizem que a família pouco se importa com os carros, não seria interessante os clubes se unirem para arrecadar grana o suficiente para comprar o lote remanescente e assim sendo, criar um clube em homenagem ao Roberto Lee?
Eu penso que se o inventário já saiu, se não há complicação legal e a pessoa dona do acervo não tem interesse, acredito que deve querer vender. A questão é que ninguém dá nada de graça. Infelizmente isto é a mais pura verdade, mas se houver interesse na venda, é meio caminho dado na recuperação dos mesmos.
Eu já pensei que o Governo deveria fazer algo em prol dos carros antigos…o mais próximo disso é com o Rolls conversível da presidência, e isto pq compraram o carro 0km na época.
Prefiro pensar numa associação dos clubes se unindo para arrecadar fundos para ir conversar com quem é dono “da bola e do campinho” e ver se topa vender o lote todo. Se isto for viável, seria a solução mais direta, fácil e possível de ocorrer. Fora isto, duvido muito que exista algum interesse em se desfazer por nada, ainda mais que hoje em dia provavelmente os herdeiros sabem que lá existem carros desejados e que tem tanta gente querendo preservar.
Embora minha preferência seja a preservação dos carros acima de tudo, não posso deixar de pensar que se existisse boa vontade em preservar, os mesmos já teriam sido doados há mais de 25 anos para algum ministério responsável pela cultura, neste país.
Talvez o próprio Lee não imaginasse que sua família iria desrespeitar o seu desejo tão forte quanto sua vontade de preservar o acervo histórico, acredito que se tivesse tido alguma noção real do que aconteceria, ele mesmo teria desfeito toda a coleção em vida, preferindo assim preservar e não deixar sua luta de quase 30 anos, morrer no descaso, na falta de respeito na preservação não só de sua memória, como também da memória da história.
Quanto carros a mais iremos perder para o tempo e o descaso? Quantos carros a mais iremos ver sumir nas mãos de oportunistas? Será que ainda é possível termos respeito a cultura, história neste Brasil?
Enquanto todos pensam em copa do mundo, carnaval, cervejinha e outras coisas que já estão mais do que bem cuidadas, deveríamos dedicar uma atenção especial à aquilo que um dia desejamos ardentemente, que alimentamos como sonhos e que um dia poderá ser destruído, vandalizado, acabado como se fosse lixo.
Num país desmemoriado, a quem iremos recorrer?
Se alguém souber uma maneira melhor, digna de toda a batalha deste pioneiro que merece nosso respeito, por favor nos diga.
Olá Flávio, tudo bom?
Acredito que a questão do museu é bem complicada , tem muita coisa envolvida .. à tempos muitas pessoas que conheço pensam em tentar fazer alguma coisa, mas é complicado exatamente pelo lugar ser propriedade particular … e os familiares não estarem nem interessados no assunto … bom se não estão nem interessados deveriam doá-lo para a prefeitura da Cidade, porque daí sim a população poderia exigir alguma coisa, embora seja certo que financeiramente seria inviável a prefeitura restaurar os veículos, mas pelo menos daria uma chance para que todos buscassem colaboradores… Mas acho bem pouco ´provável … a família não está nem um pouco interessada … pelo que me consta o criador o Sr. Roberto Lee foi assassinado por sua esposa Elza em 25/06/1975 aos 41 anos de idade …. então o problema dever ser ainda maior … embora li uma reportagem antiga em que Roberto Lee pedia “Que meu museu sobreviva a todos” …
dificil, né ??? Mas ainda tenho esperança que um dia isso se resolva , seria uma alegria que aquele museu pudesse ser reaberto !
um confrade lá de Caçapava está fazendo um livro virtual pra tentar salvar o museu.
mande um email pra [email protected] e sem se alongar, peça a reativação do museu.
todos os emails serao adicionados ao livro eletronico.
Eu moro em São José dos Campos e vi essa matéria no jornal da noite. Eu estava no kart daqui, esperando minha vez para entrar na pista e vi a matéria sem o áudio. Na hora, pensei em duas coisas: primeiro, que eu deveria avisar o Flavio Gomes sobre essa matéria, coisa que milhares de pessoas já devem ter feito; segundo, que finalmente a mídia local se mobilizou para tentar chamar a atenção das pessoas. Concordo com o secretário municipal de cultura, é muito pouco provável que Caçapava tenha grana para assumir e restaurar o acervo. O melhor é que alguma empresa assuma mas, nessa crise, esqueça… O mínimo que a família deveria fazer é doar o acervo para algum colecionador que, aos poucos, fosse restaurando.
Kamarada FG.
Provavelmente trata=se de um capitalista, afinal, ele quer créditos!
Siberia nele…
Harry
Cade meu comentário, FG ?
E porque não creditou que fui eu quem mandou a matéria ? As outras coisas que o pessoal mandou hoje estão todsas creitadas não é ?
até
RESPOSTA DO FG:
Meu caro Eduardo, vou lhe responder pela última vez. Você não é a única pessoa no mundo que me manda e-mails. Essa matéria eu recebi de 17 pessoas diferentes. E já tinha visto, porque uma tia minha que mora em São José dos Campos me mandou o vídeo antes de todas elas. Se você me escreve para “ganhar créditos”, sugiro que pare de escrever. Se manda e-mails porque gosta de dividir coisas interessantes comigo, com seus amigos, com outros blogueiros ou quem quer que seja, fique à vontade. Este blog não é passarela para divulgação de nomes. Eu cito quem eu quiser, quando achar que devo.
Independente da pendência familiar é uma pena chegar onde chegou. Daqui há pouco não haverá mais nada salvável no Museu. A esperança é que algum burocrata da Prefeitura, do Estado ou da União consiga armar algum esquema pra levar algum por fora e restaure o Museu. Do jeito que está eles não tem como “arcar com os custos”, porque não conseguirão faturar nenhum. Como aquele secretariozinho da Prefeitura vem dizer que não pode fazer nada se a parada está tombada? Ainda bem que para uma família babaca como essa temos um Trevisan….
FG, de fato e revoltante esta situação. E o que e pior, tem solução, basta boa vontade.
Aproveitando o Comentario….sou de SJC cidade visinha e no Jornal Local (Vale Paraibano) mostrou recentemente que estão roubando o que sobrou do museu (que está um caco)…. se alguem tiver contatos para poder ser feita alguma coisa será bem vinda….
aquela parte da história não pode morrer assim!!!…
abraços…
Tombou e não pagou.
Caçapava
COLEÇÃO DE VEÍCULOS E ACESSÓRIOS DO MUSEU PAULISTA DE ANTIGUIDADES MECÂNICAS
Fazenda Esperança
Processo: 00002/71 Tomb.: Res. 50 de 13/5/82 D.O.: 21/5/82
Livro do Tombo Histórico: Inscrição nº 201, p. 52, 24/8/1982
O Museu Paulista de Antiguidades Mecânicas foi fundado em 1963, quando o governo do Estado de São Paulo considerou-o de utilidade pública através do Decreto-Lei no 42.254. O Museu surgiu de uma coleção particular de automóveis e outras peças mecânicas adquiridas por Roberto Eduardo Lee, desde 1948. A partir de 1964 todo o acervo foi tranferido do galpão pertencente à S. A. Indústrias Reunidas Francisco Matarazzo, São Paulo, para a Fazenda Esperança.
Em 1962, a coleção particular de Roberto Lee já contava com mais de 20 veículos, muitos dos quais de grande valor histórico, tal a sua raridade. Hoje, o acervo tombado é composto de 97 veículos, motores, miniaturas de autos, distintivos de automóveis clubes de todo o mundo e cerca de 200 gravuras.
Fonte Processo de Tombamento
Ai está o “tombo”
Fonte:
http://www.cultura.sp.gov.br/portal/site/SEC/menuitem.a943691925ae6b24e7378d27ca60c1a0/?vgnextoid=c88fcf75c7e9b110VgnVCM100000ac061c0aRCRD&cpsextcurrchannel=1
Se o governo tombou como patrimonio historico e não pagou, ai existem culpados, ou de ma fé ou de imcopetencia
Mentira, o condephat teve outras denúncias antes, fez corpo mole, agora que teve divulgação na mídia estão se mexendo, ou fingindo que estão fazendo.
a metéria da TV Vanguarda é boa, foi bem feita.
Se o Codenphat tombou, tem que salvar. Parcerias com empresas, entidades, pessoas físicas, etc para arrecadar o dinheiro necessário.. Se a família não se importa, que abra mão do acervo. Isto que está acontecendo é um crime.
Pois é…