20 ANOS
SÃO PAULO (Interlagos de pé) – Como se sabe, hoje faz 20 anos da última e histórica vitória de Ayrton Senna no GP do Brasil. O relato da prova está aqui, para a turma lembrar daquele domingo de delírio e água em Interlagos.
Sempre que um piloto ganha correndo em casa o clima é especial. Se eu tivesse de fazer um ranking de maluquice de torcida em GPs de F-1, colocaria entre as mais impressionantes as duas de Ayrton aqui (a outra foi em 1991) e as duas de Mansell em Silverstone (1991 e 1992), especialmente a última — foi no ano em que ele acabaria conquistando o título.
Como todos que estavam no autódromo naquele 28 de março de 1993, tenho cá minhas lembranças. Mas, em geral, elas são associadas ao trabalho, e não a alguma emoção especial pelo resultado. Como já disse milhões de vezes, a única coisa que me emociona no esporte é a Portuguesa. O resto é coadjuvante.
Eu trabalhava na “Folha”, na época. Já era repórter especial, responsável pela cobertura da F-1 viajando pelo mundo. Fui ao acervo do jornal (esse negócio de acervo na internet, também já disse, é uma das coisas mais legais do mundo) para ver o que escrevemos na época. A cobertura está aqui. Oito páginas no caderno de Esportes. Alguns números: 31 retrancas (OK, matérias, para os mais jovens), 28 fotos e 3 artes (hoje chamam isso de infográfico). Coisa pacas.
Nossa equipe: eu, Paulo Calçade (hoje na ESPN), José Simão (ainda na “Folha”), Barbara Gancia (colunista da “Folha” e comentarista na GNT e no Grupo Bandeirantes), Andrea Dantas (que era da coluna da Joyce e agora dirige o Grupo Quem), Mario Cesar Carvalho (continua na “Folha”), Edgard Alves (colunista do jornal até hoje), Max Alberto Gonzales (acho que foi trabalhar com comunicação corporativa, mas não tenho certeza), Luiz Carlos Duarte (até hoje no grupo, editor do “Agora”), Sérgio Sá Leitão (atual secretário de Cultura do Rio), Alessandra Alves (minha “descoberta”, hoje dona de editora e de empresa de assessoria de imprensa, além de comentarista na Bandnews FM) e Mário Magalhães (escritor, ex-ombudsman da “Folha” e autor da biografia de Carlos Marighella).
Era um time bom. Um timaço. E ainda tivemos um artigo assinado por Wilsinho Fittipaldi. Fora o pessoal de apoio na redação. Mas nenhum de nós notou que naquele fim de semana Senna se apaixonou por uma loirinha que trabalhava para a Shell, Adriane Galisteu.
Dessas coberturas de Interlagos lembro de uma história com o Emerson Figueiredo, que era meu pauteiro e entendia pacas de F-1 — atualmente, tem empresa de assessoria de imprensa voltada para política. A gente escalava o Emerson para a cobertura no Brasil, uma das poucas chances que ele tinha de sair da redação e trabalhar como repórter, e pode ser que nesse ano ele tenha ido ao autódromo apenas na sexta e no sábado, porque não tem nenhum texto assinado por ele na edição de segunda-feira. Ou, então, o caso aconteceu em 1991 ou 1992, mas não importa. Vale a história.
Estávamos na sala de imprensa, todos esbaforidos e com trabalho até a testa, horários de fechamento para cumprir, organizar o fluxo de envio de matérias para o jornal, uma zona dos diabos, e chega o Emerson. “Falei com o Senna”, disse. Todos paramos. Senna, naquele começo dos anos 90, era figura difícil em Interlagos, quase inacessível. Cercado de assessores, assediado por uma multidão de bicos e torcedores, ora com a Xuxa, ora com algum picão da Philip Morris ou do Banco Nacional, só falava nas coletivas obrigatórias, ou para a Globo, ou , com alguma sorte, imediatamente após um treino nos fundos dos boxes. Teve um ano, em 1990, que ele nem falou com a imprensa depois de bater em Nakajima. Deixou uma fita gravada com uma declaração para sua assessora pessoal, Betise Assumpção, repassar aos jornalistas.
Assim, “Falei com o Senna”, para todos nós, era algo como: fiz uma exclusiva.
Porra, uma exclusiva com o Senna em Interlagos, mesmo que ele não dissesse nada de importante, era algo para mudar a diagramação, abrir página, capitalizar, estremecer a concorrência. Os quatro grandes jornais da época — “Folha”, “Estadão”, “JB” e “O Globo” — brigavam loucamente por qualquer coisa que pudesse ser um diferencial na cobertura, e ter o Senna exclusivo era o máximo que se podia almejar.
Emerson se postou no meio da equipe, com ar solene, ficamos todos em silêncio, até que eu, que coordenava a bagaça toda na pista, perguntei, já imaginando que teria de riscar as páginas de novo, derrubar alguma coisa, arranjar uma foto especial: “Sensacional. E o que ele disse?”. Emerson se empertigou, tirou um Marlboro da carteira e falou: “Ele me disse: ‘Agora não'”. E abriu uma gargalhada estrondosa, para ser imediatamente coberto de impropérios pelos demais.
Diante dos xingamentos gerais, Emerson ainda tentou se defender. “Uai, não é mentira, falei com o Senna!”, troçou, dando uma baforada no Marlboro, e aí todos rimos e seguimos com nosso trabalho insano. Nunca me esqueci desse “agora não”, virou piada interna por anos.
Quanto à corrida de 1993, é legal reler os textos, lembrar que foi a 100ª vitória da McLaren, que Fangio assistiu a essa corrida no autódromo e foi ao pódio, e que Ayrton só anunciou oficialmente que iria correr na quinta-feira. É que ele andava às turras com a McLaren, tinha se oferecido para correr da graça na Williams, fez um contrato de corrida a corrida com a equipe de Ron Dennis, na época se falava em US$ 1 milhão por GP, porque não se conformava com o fato de a Benetton ter motores Ford melhores que os seus e ameaçava não disputar o campeonato se o time vermelho e branco não recebesse equipamento igual, foi um ano e tanto.
Eu fui fã do Ayrton Senna e tentei ser fã do Bruno Senna, o sobrinho. Mas o Bruno, infelizmente, me decepcionou bastante. Bruno é um piloto fraco demais para estar na Fórmula 1. O artigo do Flávio Gomes, porém, foi excelente.
Grande Lembrança Flávio.
Flavio, foi uma honra trabalhar com você e o time de esportes da Folha nessa cobertura do GP do Senna! Bacana demais teu texto e vou guardar o link ;-) Apenas para atualizar, eu trabalhei alguns meses em comunicação corporativa, mas percebi logo que não é minha praia. Voltei a ser jornalista de tecnologia e virei correspondente internacional, para a chilena AméricaEconomia e hoje para o angloamericano site Mergermarket, do Financial Times Group. Grande abraço e força nos comentários esportivos!
Sou um fã do espetacular Ayrton Senna! Que artigo maravilhoso!
Eu gostei muito também. Um dos melhores posts que já li sobre o Ayrton.
O post é sobre mim.
Se houvesse uma eleição pro péla-saco mor do blog, o Gerson e o Marcelo ganhariam disparado.
Sem dúvida nenhuma, uma data para ser lembrada sempre!
Desculpe, mas ao contrário do comportamento das “viúvas-padrão”, de escrever um comentário enorme só para malhar qualquer outro campeão que não o ‘falecido’, vou comemorar o fim dessa pataquada-pachecada-dramalhão discretamente sem mais nenhum outro comentário, alem do singelo:
“AINDA BEM QUE ACABOU!”
Mudando de assunto!
Fiquei sabendo que a RBR vai querer Kimi para o lugar do Webber ao final do contrato deste com a equipe…
Ah tá, quero ver quem vai ficar no rádio do Kimi e pedir pra ele ficar no ‘M21″ faltando 10 voltas com o Vettel no cangote!
Bem infeliz suas palavras………..Não vi nenhum comentário, aqui neste post, das viúvas malhando nenhum outro campeão!!
………..estas Schumaketes ficam doidas, kkk
Você foi infeliz meu caro!
Não existe nenhuma pachecada nesse texto.
Perdeste uma ótima oportunidade de ficar quieto!
Gerson, esse TagHeuer é a “primeira-viúva”, Segafredo/Micromax.
Então olhem o comentário aí de baixo…
Pior cego é sempre o fanático.
Ainda bem MESMO que essa babação de ovo acabou em 94. E que se danem o que vcs pensam!
Não engulo censura de viúva!!
Pra vc, a mesma resposta…
Bem burro vc meu caro. Não disse/escrevi em MOMENTO NENHUM que o texto do FG tem pachequismo e babação de ovo pelo falecido.
Me referi aos ‘comentaristas’ do blog.
Mais um que faltou á aula de interpretação de texto…
A resposta acima foi direcionada ao ‘meu caro Ulisses’…
O Maior Piloto da História no pódio!
Um simples pódio, dentre os 155 de sua carreira.
Depois de conseguir a duras penas uma ultrapassagem em cima de uma minardi, que se não me engano, até O “xis” aplicou no alemão……hehe
Uma Minardi ficou na primeira volta e a outra recebeu um “beijo” de Prost, quando se encontrava com uma volta de atraso em relação aos líderes.
Herr Hepta, se ultrapassou essa Minardi, foi como retardatária (não houve ganho de posição).
A “viúva” está mal informada.
Foi uma lotus………..se não me engano do |Herbert que aplicou o X
Não teria sido um “Y”? Ou quem sabe um “Z”…
Foi um grande e emblemático “X”………
Pergunte a qualquer pessoa que NÃO gosta de automobilismo, quem é Herbert. Depois pergunte quem é Schumacher.
Entendeu quem levou o “X”?
O que interessa a opinião de quem “não gosta de F1” ?
Outro XIS…
Eu entendi, foi o Schumicher mesmo.
A viuvez prolongada afetou o juízo de vocês.
Até quem não curte F-1, reconhece o valor de Top Seven.
E aí, preciso desenhar?
Quem aqui falou que ele nao tinha valor?
Esse GP do Brasil 1993 vai ficar para sempre na nossa memória! Nesse GP até os Deuses Gregos estavam do lado do Senna! O torcedor não resistiu e foi pra cima comemorar junto com o Senna! O Senna nesse GP Brasil 93 foi o nosso Salvador da Pátria!
Se-Sena Mutema!!
Todo mundo sabe que se o Prost não saísse da corrida, nosso eterno Ayrton venceria do mesmo jeito! Que saudade!
Vou ali ouvir o tema da vitória e chorar mais um pouco. Obrigado pela emoção Flávio. Saudades eternas!
Ayrton Senna do Brasil-sil-sil!
Buááááááá!
Pelo menos, o Bruno Senna tem 75% do talento do tio.
O Bruno Senna tem 75% do talento do tio? Sério? Então, o colega acredita em coelhinho da Páscoa e Papai Noel? Clodovil não era gay? Paulo Maluf é político honesto?
É Flávio, 20 anos que o cara venceu pela última vez, e de imaginar que os “fãs” e “entendidos” que defendem o figura tem tudo 15, 16, 17!!!!!!!!!!!!!! Hahahahahhaaha, genial seu texto, só para variar!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! E achei muito bom você colocar no final o “chororô” do Senninha sobre o motor da McLaren, hahaha, todo mundo sabe que a McLaren era bem melhor que a Benetton do nosso schumy e mesmo assim o schumacão matou a pau o senninha!!!!!!!!!!!!!!!!! chorem viúvas!!!!!!!!!!!!!!! Abraço Flavinho e de novo parabéns pelo texto!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Caraca, esse mala de novo por aqui… Pelamor de Deus…
Acho que nenhum piloto de formula 1 vai saber oque foi aquilo na vida, deve ter sido uma experiencia única para o Senna
Duvido que o manual de redação da Folha de hoje permita chamar alguém de nanico na capa do caderno de Esportes…
Pois é. E esse texto foi questão da Fuvest. Ruim, né?
Página 5-6, canto inferior direito, homenagem da torcida brasileira ao nariga. Duvido que algo assim seria publicado nos jornais de hoje! Só na Warm Up.
Putz! Escrever “fudeu” num jornal hoje em dia seria demissão na hora!
Bons tempos. Que equipe, hein Flavio? O jornalismo impresso era mesmo algo muito especial. Belo post. Bravo!
Uma sugestão:
Em vez de você colocar uma foto do Senna que todos nós já vimos até cansar ( e quero ver uma viúva aparecer e dizer que nunca a viu ), poderia ter colocado também uma foto da tua equipe na época dos fatos, se é que existe alguma.
sou piquetista roxo de carteirinha, Mas acho esta foto incrivel e nunca me canso de admirá-la quando postam em algum lugar. Saudade de uma época em que tínhamos grandes valores no automobilismo.Emerson na F1 na década de 70..depois .Piquet na F1 depois, Senna Na F1, a seguir Emerson dando shows na Indy. Torcíamos no automibiismo como hooligans no futebol. Isso acabou, nosso talento desapareceu para a F1, é mais divertido torcer para o Piquet Junior na categoria da Nascar, do que ver o Felipe dando vexame atras de vexame na F1.
Logo quando vejo esta foto dou muito valor mesmo sem ser fã do Airton. e nunca me sinta “cansado de ver esta foto”.. para a indiferença de muitos não contemporaneos por aqui.
Quem estava naquele autódromo.. e eu estava.. nunca vai esquecer o que esta cara fez na pista aquele dia, coisa de semideus.
Logo respeito a memória nacional é muito bom..assim como temos com Guga, Maria Ester, Pelé etc.. e tal..este cara também pertence a este roll ..
Simples assim e vc nunca irá mudar isso com suas palavras caro amigo.
Minha opnião pessoal claro..
Pois é, nosso talento no automobilismo se foi junto com A. Senna… Depois que A. Senna se foi só ficou o Rubinho, por vários anos, pra fuder com a porra toda e desmotivar uma geração inteira.
Ganhou o GP Brasil e ainda um grande amor. Adriane Galisteu foi a grande paixão do Ayrton Senna. Eles sempre andavam juntos em todos os lugares. E parabéns pelo texto, nos fez relembrar aquele dia. Vitória épica de Senna.
Grande ano…motor Ford em plena ascensão. Será que o Senna não percebeu que eles (motores Ford) iriam arregaçar em 94? As Williams FW14 não passearam como em 92. No GP do Japão e Austrália daquele ano, ele ganhou com certa facilidade.
Eduardo……….também tenho a impressão que Senna poderia continuar em 94 com aquela Maclaren e até ser campeão novamente, pois o chassis ao final de 93 era muito bom!
Sabe o que aconteceu, TagHeuer? Ou seria melhor chamá-lo de… Micromax/Segafredo?
Mansell, campeão em 1992 com Williams.
Prost, campeão em 1993 com Williams.
O olho cresceu…
Uma corrida daquelas de Fórmula 1 para contarmos aos nossos netos e bisnetos. Com destaque para o pódio que contou com três dinosauros na história da categoria: Senna, Schumacher e Fangio. É essa corrida foi e será épica…
mesmo fazendo uma “homenagem?” vc “escambulha” o cara, é foda.
Onde eu esculhambei, ô mala?
8º parágrafo. Não que seja mentira o relatado, mas no propósito do texto, acho que foi desnecessário.
obs: não sou viúva, hehehehehe.
Não há mentira nenhuma ali. Apenas um fato que as pessoas desconhecem, a história da fita. O que tem isso de mais?
Para mim, foi neste ano que Ayrton se colocou nun degrau acima dos demais. Será dificil vermos algo parecido novamente.
E no ano seguinte, caiu da escada…
Corridaça… estou revendo aqui agora…. Outro momento espetacular dessa corrida é o pega do Johnny Herbert com o Schumacher, no finalzinho da corrida,valendo o pódio…
Agora não,( vou dar um trato na Adriane)… . Muito boa história.
Oi Flavio. Acho que o Mansell venceu em Silverstone em 86 e 87 também, sendo que em 87 ele ultrapassou Piquet a uma ou duas voltas do fim (algo assim) e a galera invadiu a pista, ele beijou o chão do autódromo…
Imagino que aquela vitória dele deva ter sido mais marcante do que as outras.
Errata na p. 5 próxima ao rodapé à direita na seção de frases:
“Achei que um segundo lugar não estava mal para minha quarta corrida.”
(Damon Hill, garantindo mais seis pontos pata a McLaren)
Agora entrega, quem foi o orelhudo FG?
Acontece. Jornal é uma fábrica de erros.
Falou o Mister Perfection…
Boa Flávio, esta do acervo Folha é realmente sensacional, uma viagem no tempo.
Tinha 13 anos, e é engraçado nesta idade as coisas são mais marcantes. Da corrida é fácil lembrar, da euforia depois também (como grande fã do Senna), mas mesmo antes de conferir o link eu lembrava quase tudo deste caderno de Esporte da Folha no dia seguinte. Folheando de novo estas páginas, fica fácil perceber porque era tão memorável – um timaço realmente, não só a cobertura do GP foi fantástica, mas os outros esportes também. Como o jornalismo esportivo decaiu no Brasil, infelizmente não só na Folha.
Tenho outras nítidas memórias da sua cobertura da F1 neste ano. Uma delas, também no acervo, de 11 de Abril – dia da corrida seguinte, em Donington, quando Senna fez o que fez. A edição naturalmente cobria os resultados da classificação do dia anterior, em que Senna tinha ficado apenas em 4º.
O último parágrafo da matéria (primeira do caderno) fecha com esta:
“A metereologia diz que deve chover hoje. Prost reza que isso não aconteça. Senna não esconde sua preferência: “Se estiver seco, vai ser extremamente difícil terminar entre os três primeiros. Agora, se a chuva pintar por aqui, as coisas complicam mais para os outros”, previu, sem o menor pingo de modéstia.”
Por algum motivo a capacidade de não medir palavras para retratar aquele que sem dúvida era a estrela da sua vida profissional na época marcou, e é o mesmo estilo que de certa forma me mantém lendo seu blog hoje.
Esse foi o melhor ano do Senna. Apesar de não levar o caneco, pela sua pilotagem, colocou todo mundo no bolso.
O Ayrton Senna foi um gênio dentro das pistas, mas, fora delas e até dentro, a sua carreira foi marcada por alguns fatos lamentáveis, como agressões físicas, troca troca de mulheres etc. Mas Ayrton seguiu, com certeza, as PEGADAS DA MARCHA para o sucesso!!! Só falta o sobrinho Bruno Senna retornar e guiar o Mclaren Honda em 2015!!!
Bacana esse acervo digital!
Uma boa temporada foi aquela, já que a Williams (Prost e Hill) não dominavam tanto como foi em 91 (mesmo sendo vice) e 92 (quando dominou tudo). As vitórias de Senna nesta temporada, foram conquistadas na raça. Lembrança da fantástica corrida de Donnington Park e grandes pilotos ainda estavam na ativa como Prost, Patrese (os dois se aposentariam neste ano), Alboreto, Warwick, Berger, etc… A estréia da Sauber juntamente com seu motor Mercedes, Rubens Barrichello, Ferrari Coca-Cola, etc…
Grande ano, mesmo.
Oito páginas! E podia citar marcas até no título da matéria. Claro, a Phillip Morris patrocinava o caderno de Esportes.
Tudo era de ponta, até a mídia impressa. Bons tempos…
História sensacional! Hahaha esse “agora não” vai ficar gravado
Sou Fã da Barbara. “O mito vivo do jornalismo tapuia”. Sobre a corrida, o que lembro é que enchi o saco do meu coroa pra irmos assistir a F1, mas ele já doente e completamente sem grana, pedia para que esperasse um mais um pouco…
Senna, nessa época, já estava “cozinhando” a McLaren e “namorando” a Williams.
Se adivinhasse o futuro…
Ah!!! Se fosse a Ferrari 27 clássica…
Não se preocupe, pois o sobrinho Bruno fará o caminho inverso, ou seja, sairá da Williams Renault para a Mclaren Honda em 2015. Bruno Senna seguirá as PEGADAS DA MARCHA para o sucesso!!!
Ai vc acordou….para com isso !!! o Bruno não passa nem perto do talento e capacidade de seu tio.
Futuro sombrio para a McLaren esse previsto por vc… Só se ela estiver se arrastando e com problemas financeiros pra aceitar o Bruno como pagante…
Uma escuderia da envergadura de uma McLaren não contrataria o Bruno, só por ele ser sobrinho do bem-sucedido Ayrton, seu ex-piloto. O tio foi tricampeão mundial exibindo técnica de pilotagem refinada e uma incomum genialidade.
O Ayrton Senna é tido por muitos especialistas como o maior piloto da história da Fórmula 1. Ele era, incontestavelmente, um profissional diferenciado pela disciplina, determinação, competência e talento.
O sobrenome Senna é, hoje em dia, sinônimo de vitórias nas pistas, de sucesso. Tudo graças ao destro brasileiro de nome Ayrton Senna.
O sobrinho Bruno, porém, não mostrou a mesma desenvoltura nas corridas. Mesmo com o caminho facilitado pelo seu nome de família, o jovem mostrou-se um piloto com notórias deficiências e burlescos erros.
Atraídos pelo sobrenome, patrocinadores não lhe faltaram, sendo, inclusive, um dos melhores pagantes da categoria, ao lado de um russo e de um indiano, sendo os três muito fracos.
Em tempo algum provocou empolgação na imprensa especializada e, muito menos, nos torcedores, tendo, assim, um destino indigesto: banimento da F-1. Para esta temporada, o moço conversou com, pelo menos, cinco equipes, tendo recebido um não em todas as ocasiões. A sua mala de dinheiro não foi sequer capaz de seduzir os chefes dos times. No circo, nenhuma pessoa se deixa levar mais pela força do seu sobrenome, que foi construído pelo tio. Somente por este.
Aliás, o nome do Bruno Senna sequer foi citado para substituir o posto vago pelo Lewis Hamilton na McLaren/Mercedes. Qualquer pessoa medianamente inteligente não contrataria o sobrinho do Ayrton para o lugar do Massa, na Ferrari, ou do Weber, na Red Bull. Nem com US$ 1bilhão do Eike Batista em patrocínio. Seria melhor ressuscitar o Ayrton.
Senna andou muito em 93 com o Mclaren-Ford, me arrisco a dizer que foi a melhor temporada dele. Com um carro inferior ao da Williams e da Benetton conseguiu 5 vitórias e fez corridas memoráveis. Bacana observar no resultado da corrida a quantidade de motores diferentes, equipes tradicionais e bons pilotos. Sao épocas diferentes, mas era bem mais interessante do que essa F1 plastificada de hoje.
Curioso… no ano anterior, o motor era um foguete (último ano da Honda) e o chassis era um lixo. No ano seguinte, o chassis era fantástico e o motor era um lixo.
Também achei a melhor de todas as temporadas. Teve Interlagos, teve Donington, teve a última corrida pela McLaren que sabe-se lá como ele ganhou… uma das fotos mais legais da carreira dele, na minha opinião, é a do abraço no Ron Dennis logo que saiu do carro.
Foi um ano divertido.
As Mclaren, em 1991 não tinham certas tecnologias que a Williams (e até Ferrari tinham) tais como câmbio semiautomático (Ferrari 1989 e Williams (1990), vantagem o carro não precisa desacelerar nas trocas de marchas e o motor não quebra se errar uma marcha, porque a eletrônica bloqueia o erro de marcha, ABS Williams (1991) mais performance, menos desgaste de pneus, cabo do acelerador eletrônico Williams (1990), controle de tração (Williams 1991) vantagem na chuva, vantagem no acerto do carro, menos desgaste dos pneus. suspensão ativa eletrônica 1992 (Williams) vantagem de mais de 1,0 segundo por volta…esta suspensão da Williams nada tem a haver com as da Lotus/87 e nem com as da Williams/87/88, estas eram problemáticas, tiravam muitos cvs do motor etc…porque eram pesadas e usavam muita hidráulica…A Mclaren até a terceira corrida de 1992 não tinha nada disto…até que no GP do Brasil eles estrearam o câmbio semi automático, foi a única coisa que eles tinham…por isto o fiasco da Mclaren, a Mclaren reclamava muito do alto peso do V12 da Honda, que poderia prejudicar ao colocar toda esta eletrônica no carro…A Mclaren queria um novo Honda V10 bem leve…como os da Renault…o que fez a Honda? caiu fora…já em 1993 as Mclaren vieram com todas as tecnologias das Williams, eles contrataram o engenheiro de eletrônica Paddy Lowe da Williams, por isto que com estas novas tecnologias eletrônicas o chassis da Mclaren melhorou muito….o ABS da Mclaren veio um pouco mais tarde…A Benetton também veio com estas tecnologias, mas o controle de tração só veio em Mônaco e vinham mais novidades…a Benetton com direção nas 4 rodas era para vir em 1994 e a Williams com câmbio CVT era para vir em 1995, mas aí a FIA acabou com tudo isto…só 4 equipes tinham dinheiro para fazer isto Williams, Mclaren, Benetton e Ferrari…
Detalhe importante, deu um banho no alemão, só para não deixar dúvidas de quem era o melhor.
Senna tinha muito “mimimimi”, mas cada um luta como pode não?
Enfim, acho que 1993 foi o melhor ano de Senna na F1….
Realmente ele mandou bem em 93.
Safety Car um Templa…outros tempos…
O maior golpe de marketing da FIAT que sem querer e nem sequer estarem esperando por isso, caiu do céu para fazer as vendas do Tempra decolarem de vez.
Como a Formula 1 era mais humana nessa época.
Os pilotos tinham mais atitude, não eram teleguiados pelo rádio e pelo engenheiro
e o Senna era quem mais se destacava.
Bons tempos que não voltam mais.
Já pensou o Alonso ameaçar sair da F-1 porque não tem Newey do lado? Leite quente e cama, se vira e faz o carro andar…
“meaçava não disputar o campeonato se o time vermelho e branco não recebesse equipamento igual”
Mas não é esse ai o tal piloto que ganhou mesmo quando tinha um carro inferior? Que era um guerreiro e bla bla bla? Ta mais pra xiliquenta, eim…
E ganhou mesmo, 5 corridas naquele ano.
Ganhou mesmo, sensacional, mas era xiliquenta… Que nem yo!
Eu também estava lá, trabalhando para o Jornal do Brasil. A F1 era diferente. Os repórteres tinham acesso aos boxes, em certa medida podiam ate ver os carros. Hoje é muito mais fechado, mais ou menos como a cobertura de futebol.
Flavio gomes,
“Agora não”
Você é um fdp, mas é do caralho.
Parabéns novamente.
Você é chato, mas é gente boa.
Você é PT, mas é honesto. (Essa eu passei da conta)
Você tem suas porralouquices, mas tem seus momentos de extrema sinceridade e pé no chão.
E antes que você fale qualquer impropério a minha pessoa…
Agora não!!
Roberto.