NO RÁDIO
SÃO PAULO (dizer o quê?) – Eu nunca tinha escutado. São 24 minutos da narração do GP de San Marino de 1994 pela Jovem Pan. Nilson Cesar narrando, eu no autódromo e Carsughi em São Paulo. Julio Cezar Kronbauer mandou.
Perfil
Jornalista, dublê de piloto, escritor e professor de Jornalismo. Por atuar em jornais, revistas, rádio, TV e internet, se encaixa no perfil do que se convencionou chamar de multimídia. “Um multimídia de araque”, diz ele. “Porque no fundo eu faço a mesma coisa em todo lugar: falo e escrevo.”
Saiba mais
o âncora parece com o Glavão….arrastra o rrrrrrrrrrrr…..
Registro histórico. Interessante como se constroem as primeiras versões do que ocorreu. O Carsughi foi cortado várias vezes mas, quando falou, já citou uma possível falha na direção. A única coisa que não entendo é não colocarem barreira de pneus em pistas como essa. Deveria ser uma regra básica. A reta de Interlagos é um exemplo claro e atual. Não dá pra ser totalmente seguro, mas dápra fazer muitas coisas ainda pra reduzir o risco. Outro ponto é pensar que o capacete que ele testou na pre temporada, por ter um desenho e construção diferente, talvez tivesse feito com que a barra da suspensão ricocheteasse em vez de penetrar na viseira e o cara saísse andando e muito puto.
Incrível que nesses tempos de Internet que produz páginas que acusam mulheres de “magia negra” fazendo com que se mate por conta disso, haja (hajam ?) tantos “jornalistas” questionando um trabalho de 20 anos atrás, de um sujeito que estava (salvo engano) na sétima temporada cobrindo corridas “in-loco” e que tem o respeito de todo mundo que está envolvido nisso. Pode-se não gostar do que se escreve e fala nesses anos todos, mas respeito certamente há . Flávio, tenho sérias discordancias políticas com vc, mas não deixo de te ler diariamente. Admiro sua paciência com esses “entendidos”. Abraço.
Muito legal o material… da Jovem Pan não poderíamos esperar um material de menor qualidade… no conteúdo (graças a uma equipe espetacular) e no registro histórico.
É incrível como todos nós vimos a cabeça do Senna se mexer… mais do que um fio de esperança aquele movimento foi capaz de tranquilizar (por alguns momentos) a maioria dos telespectadores.
Imperador
Aquelas imagens com a cabeça mexendo são aterrorizantes. É como uma pessoa que começa a ter convulsões no meio da rua. Ainda bem que o carro parou numa posição com a cabeça caída para o lado que não conseguia-se ver o buraco e o sangue que já devia estar escorrendo. O do Ratzemberger foi pior na filmagem mas o do Senna visualmente deve ter sido mais feio pela barra ter entrado na cabeça e saído. Por sinal, aquele sangue visto na tv foi em sua maioria devido a uma traqueostomia que foi feita ali no local.
Um material histórico, sem dúvida. Grato, por compartilhar conosco tamanha preciosidade.
Bravo!
Geante, ouvindo a narracao do Nilson, que foi para mim tambem a 1a vez que ouvi, ele foi muito mais sincero ao descrever a situacao do que, por exemplo, o Galvao. Depois o Galvao disse que nao quis falar sobre o sangue.. o Nilson foi muito mais franco ao descrever como estava o corpo de Senna, o fato de ele estar imovel e inconsiente… o Carsughi esteve perfeito e talvez tenha sido o unico a falar sobre algum problema na direcao.. sempre admirei a JP desde o tempo do Osmar Santos e passados 20 anos admiro ainda mais. Muito legal tambem saber das colaboracoes entre radio e jornal com o Flavio.. faz lembrar a copa de 70 que o pool de emissoras fazia com que os profissionais colaborassem entre si.. um abraco a todos. Em tempo quando sintonizei a JP depois do aciente lembro do Claudio ligando para o hospital e ouviamos a conversa em italiano (claro) e jah ficava muito claro que no teria volta, antes do Cabrini tambem dizer isso. um abraco
Que time extraordinário tinha a Jovem Pan…e que achado essa gravação!
Flávio,
Sem querer polemizar e, depois da postagem do texto do Alex Dias Ribeiro, você estar se convertendo ao evangelho, concordo com o que Peter Russo diz e complemento com um versículo bíblico:
“Ninguém pode servir a dois senhores; porque ou há de odiar um e amar o outro, ou se dedicará a um e desprezará o outro. Não podeis servir a Deus e a Mamom.”
Mateus, 6:24
Eu estou me convertendo? Meu site e meu blog são territórios livres, rapaz. Publico o que quiser.
Revendo a corrida do Brasil/91, percebi um furo que me espanta os ” especialistas” da vênus platinada não terem percebido: ficaram as últimas 8 voltas especulando o que poderia estar acontecendo, no entanto, não perceberam que o Ayrton NÃO abaixava a mão direita para passar marcha – o câmbio era manual – , e , além disso, não ouviram o barulho do v12 da honda meio que ” embolando ” na parte de baixa. Reparou , FG?
Flávio, não entendi uma coisa, você sendo também contratado da Folha não deveria imediatamente ter ido ao hospital acompanhar o Senna? Obviamente com a interrupção da corrida, o mais importante era a situação do piloto. Naquela altura a corrida já não importava a ninguém.
Eu fiz o que achei que tinha de fazer. Não perdi informação alguma.
Peter, se for parar para analisar bem friamente, o Flavio fez o certo.
Afinal de contas, quando você está cobrindo um evento deste porte, não se pode simplesmente largar uma cabine de transmissão para ir ao hospital ver o estado do piloto, independente de quem seja.
Agora, se ele fosse somente funcionário da FSP, ok, é compreensível que fosse ao hospital. Mas não. E os ouvintes da JP, como ficariam? E outra, ele não infringiu absolutamente nada.
Se você pegar os relatos descritos pelo FG em relação aos dias da tragédia, a Folha queria que ele ficasse na Europa acompanhando o inquérito, seja o tempo que for! Um verdadeiro absurdo!
Na minha visão, ele foi muito macho de ter pedido as contas da Folha e tocado a vida depois daquilo tudo.
Concordo em parte com a sua opinião, Afonso, no entanto, a própria FSP, na época, e isso foi relatado pelo próprio FG, considerou meia boca a cobertura feita por ele sobre o acidente do Senna e seus desdobramentos, disse ela, FSP, que teria levando um banho dos outros concorrentes na cobertura do fato, questionou também se ele também não teria dado prioridade a rádio em detrimento ao jornal. Na minha opinião, ele escolheu um lado no qual ele achava ser mais afetivo. Talvez essa crise de consciência o tenha levado a pedir demissão da Folha por também concordar que não tenha se dedicado mais ao jornal do que a Rádio. Tanto é que a rádio em momento algum questionou a sua conduta, não concorda?
Nossa, quanta merda. Incrível como tem gente que nunca me viu mais gordo que acha que me conhece. Quanto à cobertura, o que ficou pior, na avaliação do jornal, não foi o material de Imola, mas a produção da redação.
Incrível como as pessoas tem o dom de fazer comentários sobre situações das quais não estavam presentes. Dar sugestões depois do fato acontecido é fácil…
Concordo… como diz um ditado popular, depois que “Inês está morta”, todo mundo vira guru.
Agora, se colocar no lugar da pessoa, o que ela vivenciou, enfim, todo o sentimento da situação, ninguém pensa, né?
Agora, tendo em mente e vista tudo aquilo que ocorreu, eu no lugar do Flavio faria exatamente o mesmo. E não é puxa-saquismo não.
Fala-se da proteção de pneus tanto na Villeneuve quanto na Tamburelo. Villeneuve se acidentou no local e a única coisa que fizeram foi mudar o nome da curva. Idem na Tamburelo com Piquet, Berger, a Footwork e nada,.. Só aí que foram fazer bem mais colocando chincane, outras curvas de mais velocidade em Imola foram alteradas e por aí vai,.. Alonso quase teve a cabeça decaptada ao vivo e nada de uma proteção maior na parte da cabeça. Não basta o filho do Surtees ter morrido com a roda que foi na cara,.. Tem que morrer um campeão ou alguém de nome para mudarem algo de verdade. Fossem duas hastes mais resistentes(à prova de impacto pra valer) que ligassem o cockpit à entrada de ar acima do piloto, assim como um retrovisor mais alto e não haveria morte do filho de Surtees, nem acidente com o massa, nem o Alonso se cagaria com o Grojean. Mas como sempre é preciso morrer alguém de nome para que medidas sejam tomadas…
ao invés de retrovisor leia-se “parabrisa”
Pode até parecer muita maluquice minha, mas depois de passados vinte anos, depois das informações que vieram a público só agora do estado de stress, pressão e muita decepção que passava pela cabeça do Senna, revendo as imagens da batida, dá até pra imaginar, ACREDITE, num suicídio. Isso mesmo, um suicídio não pode ser descartado pra o que se passava pela cabeça do piloto naqueles dias. Eu não queria acreditar nisso, juro. Mas fico me perguntando: porque? Porque aquilo aconteceu? Um abraço.
Tem uma coisa bem curiosa numa reportagem do Gugelmin: “”Outro desses momentos que marcam a fita é uma entrevista de Mauricio Gugelmin, grande amigo de Senna. “Estávamos em Angra dos Reis, pouco antes da corrida de Ímola, em que ele morreu”, lembra o atual piloto da Fórmula Indy. “Na hora de ir embora, o Ayrton disse para mim, com estas palavras: “Oh guri, fica de olho naquele muro lá, hein”, diz Gugelmin. “O Ayrton me recomendou cuidado com os ovais e ele próprio perdeu a vida num muro, dias depois.”” – http://www.estadao.com.br/arquivo/arteelazer/2001/not20010703p2190.htm . É curioso mas não acredito. Senna levava uma bandeira da Áustria e Gugelmin corria na Indy a um ano e ia correr as 500 milhas naquele mês,.. Outra que não foi o impacto que matou Senna mas a suspensão que entrou e saiu como uma facada.
E outra, pela telemetria aparece que ele freou. Será então que havia se arrependido de suicidar-se e tentou parar o carro, mas já não dava tempo? Ou será que seu plano era infalível, e ele calculou onde deveria começar a frear para que esse ato não diminuísse suficientemente a velocidade. E ainda deve ter calculado tb a angulação que bateria no muro, para certificar-se que a barra entraria na sua cabeça.
Se bem que na matéria do Esporte Espetacular, o Niki Lauda disse que havia falado pro Senna que ele era o piloto mais top daquela geração e que ele deveria fazer algo pela segurança. Aí ele encorajou o brasileiro e se jogar de fuça no muro. Ou seja, a culpa do acidente é do Lauda!
Vc bebeu o q ??? Suicídio ??? kkkk…
A única informação oficial é de que a corrida vai recomeçar…
Triste. Eles conseguiram fazer de um jeito que parecia que ele ainda não tinha morrido.
A ficha demorou a cair.
O conceito de morte jurídico e aquele que conhecemos são diferentes. Pode ser que juridicamente ele ainda estivesse vivo. Vide Schumacher.
Estranho a gente ouvir. Muitas coisas passam pela cabeça, tentando entender tudo aquilo que aconteceu naquele final de semana. Sei lá, talvez Senna tivesse feito um pacto, ser o melhor até aquele dia. Nunca vou aceitar ou entender isso…