Flavio Gomes quarta-feira, 2 de setembro de 2020 15:58 33 comentários
RIO (desculpem o atraso) – Abrimos nosso rescaldão sobre o GP da Bélgica com a foto dos dois mercêdicos comemorando a 50ª dobradinha da equipe desde 2010, quando a montadora alemã voltou à F-1 com seu time oficial de fábrica.
Acho que ilustra bem o que têm sido esses últimos anos, especialmente desde 2014, temporada que marcou o início da era híbrida na F-1, com os motores turbo acoplados a dois elétricos. E é sobre ela, a tal de era híbrida, que trago mais números agora:
O NÚMERO BELGA
…vitórias tem a Mercedes desde 2014, em 128 GPs realizados. Isso dá nada menos do que 74,2% das corridas. E foram 101 poles, 78,9%. Eles não gostam de brincar. Quando a gente fala que para os outros sobraram migalhas, não é força de expressão.
Acho que já disse que o trio Hamilton-Verstappen-Bottas, não necessariamente nessa ordem, foi ao pódio pela quinta vez em sete corridas desta temporada. É impressionante como eles se destacaram do resto em tão pouco tempo. Lewis lidera o Mundial com 157 pontos, seguido por Max com 110 e Bottas com 107. O quarto colocado, Albon, tem 48. Leclerc, nos GPs da Áustria e da Inglaterra, e Norris, na abertura da temporada em Spielberg, foram os dois intrusos na caça aos troféus até aqui. Vamos ver se mais alguém se imiscui nessa turma até o fim do ano.
O GP da Bélgica foi marcado pelas homenagens de Hamilton ao ator Chadwick Boseman, astro de “Pantera Negra”, que morreu muito jovem, aos 43 anos, na sexta-feira. Nosso cartunista Marcelo Masili não poderia ter ido em outra linha, creio, ao passar esse fim de semana para o papel com sua sempre muito talentosa pena.
Wakanda forever: Lewis Black Panther Hamilton
Vocês têm reparado que neste ano quase todas as frases destacadas após os GPs vêm dos boxes da Ferrari, né? Creio que hoje não será diferente…
A FRASE DE SPA
Vettel: só esperando ser jantado
Olha, [as vibrações] nem estão tão ruins assim. Mas desse
jeito acho que todo mundo vai me engolir.
Vettel foi engolido várias vezes, assim como a Ferrari durante todo o fim de semana, terminando a prova apenas na frente de dois carros da Haas e um da Williams, entre os que viram a bandeira quadriculada. A torcida italiana está perdendo a paciência. Vejam como amanheceram os muros da fábrica na segunda-feira…
Maranello sob ataque: torcida não aguenta mais
Queria saber fazer essas montagens! Mas voltando à crise, ela é mais do que escancarada em Maranello. Mattia Binotto fala numa recuperação que pode levar “anos”. Ross Brawn, que já esteve por lá e hoje é diretor da F-1, disse que Carlos Sainz, substituto de Vettel no ano que vem, deve estar se sentindo “um pouco nervoso”.
Também acho. Não vou dizer que o espanhol se arrependeu — Ferrari é Ferrari, afinal. Mas tecnicamente falando, acredito que estar na McLaren no ano que vem, com motor Mercedes, seria mais negócio do que passar pelos perrengues que certamente o time vai lhe oferecer. Ainda mais na condição de segundão explícito, se a paixão por Leclerc durar mais um tempo.
E vamos encerrar por hoje com nosso índice de agradabilidade, como diria Tite:
GOSTAMOS
Gasly: palmas para a AlphaTauri
…muito da AlphaTauri >>> com Gasly. OK, ele não parou no safety-car porque estava de pneus duros, porque a tática de um stint longo no início só funcionaria se o stint fosse… longo! Mantiveram a ideia inicial e o francesinho foi à luta depois de cair para as últimas posições na parada. Passou quem pôde e foi buscar um oitavo lugar merecidíssimo.
NÃO GOSTAMOS
Anel barenita: somos a favor
…de saber que hoje estourou a notícia de alguns pilotos não curtiram a ideia de correr no Bahrein pelo <<< anel externo. Alegam que voltas de menos de um minuto vão provocar o caos, especialmente na classificação. Uai, que seja o caos, qual o problema? Muito mal-acostumados, esses moços. Sugerem uma prova de dia e outra de noite, para garantir alguma diferença de condições entre as duas corridas. Ainda não há decisão sobre o assunto.
Para a F-1 ter uma certa corrida imprevisível vai ter que torcer pelo abandono ou uma zebra do Hamilton, Bottas e até do Verstappen. O Bottas e o Marko estão na última esperança que morre dizendo que o campeonato está aberto, aberto só para o Hepta do Hamilton.
Gostamos: da AlphaTauri que mereceu pelo menos um resultado com Gasly que foi oitavo depois de ter despachado a Ferrari no seu momento vergonhoso.
Não Gostamos: das equipes em geral que estão bem abaixo da Mercedes, o mais próximo é a Red Bull, mas num patamar abaixo tendo só o atrevido Verstappen na luta contra a Mercedes, e a Ferrari que desaba de vez na Bélgica mostrando sua verdadeira faceta, e a Williams morreu na mão da herdeira Claire Williams e nem jesus Cristo salvaria a equipe na mão dela.
Antonio Carlos Oliveira
3 anos atrás
A F1 está um lixo já faz tempo. Anos atrás só a Mc Laren ganhava, depois só a Willias, depois a Ferrari, depois a Red Bull, agora a \Merdedes. São quatro, cinco, sete e agora, talvez , nove anos de domínio da Mercedes. a Indy, variados carros e equipes vencem provas. Prá que vou assistir a F1 até 2021, se já sei que a Mercedes será campeã de construtores e o Hamilton campeão? , Com todo respeito, uma porcaria. E pensar que Frank Willians aceitou tirar toda ajudea eletrônica em 1994 em prol do esporte. Hoje, a bosta (desculpe, …escapou) da Mercedes não se dá ao trabalho de arrumar um adversário para competir com o Hamilton para que, pelo menos, haja uma disputa em aberto.
Das equipes citadas a única que “de fato” não arrumou adversário à altura – porque era “proibido” – foi a Ferrari. Todas as outras tiveram pilotos razoáveis ou campeões no outro carro. E também não adiantaria a Mercedes procurar porque sabemos que só há um adversário no nível de Hamilton, e esse não vai para a Mercedes.
No período mencionado tivemos:
Schumacher x Barrichello
Schumacher x Massa
Raikkonem x Massa
Alonso x Massa
Alonso x Raikkonem
Vettel x Raikkonem
Vettel x Leclerc
Se na coluna 2, você acha que os pilotos nem razoáveis são, pode se internar.
É mais fácil elencar quais pilotos fracos a Ferrari teve, porque via de regra montam equipes com pilotos absolutamente competentes.
Marcelo
3 anos atrás
Parece que não tem piloto, não tem carro porque vai ter competição, e se tiver competição vai ter colisão, e o Hamilton segue soberano……….. segurança
Marcelo
3 anos atrás
F1 tá cansativa,os carros andam mais pra fora da pista do que dentro e ninguém faz nada.
Carlos
3 anos atrás
Realmente, o GP da Bélgica foi morno. Havia uma enorme expectativa por uma grande corrida, o que, em parte aconteceu no pelotão intermediário, mas na ponta do grid, não.
Hamilton foi soberano. No treino decisivo colocou mais de meio segundo sobre seu companheiro de equipe. Controlou bem a corrida toda, inclusive no final quando sentiu que um pneu dianteiro não estava lá essas coisas.
Há que se louvar aqui além do talento nato e a forma exuberante de Hamilton, que consegue extrair tudo e mais um pouco de seu carro, a própria equipe Mercedes, que, apesar da dominância, levou uma série de inovações na área aerodinâmica para a etapa belga.
Definitivamente um binômio para lá de excelente, Hamilton-Mercedes.
Verstappen pouco pode fazer. Na largada ainda foi acossado por Ricciardo, e depois se acomodou no terceiro lugar.
A Renault acertou a mão de vez, ou isso é conseqüência de uma pista onde potência é mais importante do que os refinamentos do carro? Ocon, após um início de temporada apagado bem fez uma boa corrida. E Albon sofreu para acompanhar as Renault, e no final da prova, perdeu a posição justamente para Ocon.
Aparentemente, pelo menos em termos de potência, as três unidades, Mercedes, Honda e Renault estão muito próximas.
E interessante notar as velocidades máximas atingidas durante o GP. Kvyat registrou a maior marca, 323,7 km/h. Já Hamilton anotou 307,3 km/h. Mas isso em decorrência do acerto adotado pelo britânico, que privilegiou o segundo trecho da pista, trecho que contém várias curvas de média e alta velocidade. Estratégia que foi desenhada nos treinos de sexta-feira.
Gasly foi excelente. Adotou uma estratégia diferente, largando com pneus duros, e não fosse o safety car, poderia ter terminado a prova em uma posição muito melhor. Trocou os pneus, caiu para décimo sexto e, muito combativo, escalou o pelotão atingindo o oitavo lugar.
Stroll, Perez e Racing Point provando que cópias têm vida limitada. Mesmo que o projeto da Mercedes de 2019 tenha sido vitorioso, a Racing Point não tem a expertise da Mercedes para o subsequente desenvolvimento do carro. Contribui para isso, o fato de que tanto o canadense como o mexicano também não têm as habilidades para ajudar no desenvolvimento do equipamento.
Mas será uma briga interessante para acompanhar, Racing Point, Mclaren e Renault.
Agora, alguns fatos que merecem também destaque.
Dez anos atrás, em Silverstone, a Ferrari terminava uma corrida sem pontos, Alonso, 14º e Massa, 15º.
Vettel foi o vencedor na Bélgica em 2018, já em 2019, Leclerc venceu a corrida.
A suspeita sobre a Ferrari paira desde 2018. Naquela temporada havia uma grande dúvida sobre o sistema de baterias que armazena a energia dos sistemas de recuperação das atuais unidades de potência. Tanto é que, reagindo a um pedido de investigação de Mercedes e Red Bull, a Fia implantou nos carros da Ferrari um segundo sensor para medir o fluxo de energia advindo das baterias. Isso ocorreu a partir do Gp do Canadá. O que se viu foi novamente uma perda de desempenho da equipe italiana, mas mesmo assim Vettel seguiu até o Gp da Alemanha como rival de Hamilton no campeonato. Ano passado, foram pegos pela Fia e, no obscuro acordo tratado entre as partes ambos ficaram nus. A Ferrari pela evidente maneira como burlou o regulamento, e a Fia que mostrou sua incapacidade de inspecionar os carros da categoria e também por manter em segredo tal acordo.
Enquanto isso, Vettel defenestrado pela rossa, pensa em seu futuro e compra carros de F1 para sua coleção. Já declarou que, se continuar na F1 o quer fazer de forma competitiva, não apenas para figurar. E interessante que essa semana, ele volta ao palco de sua primeira vitória. Aliás uma vitória espetacular pela então Toro Rosso.
Leclerc e Sainz devem se preocupar. Leclerc visto por muitos como o salvador da lavoura, corre um risco tremendo. Se a Ferrari não se refizer rapidamente, também será igualmente dispensado.
E por falar em Williams, surge agora a notícia que a família será afastada do comando da equipe após o a etapa em Monza. E lá se vai o legado da equipe.
E com ela se vai o último elo com a origem da própria categoria, os garagistas. Figuras que estiveram no próprio cerne da categoria, e que agora, dão lugar a grandes conglomerados financeiros, ou montadoras, como a Mercedes.
Mas outra coisa que também não existe mais na F1, os grandes projetistas. Adrian Newey também é o último de sua espécie. Que contou com nomes como Colin Chapman, Gordon Murray, Rory Byrne, John Barnard, Ron Tauranac, Ricardo Divilla, entre outros. Hoje temos equipes de engenheiros responsáveis pela criação e desenvolvimento dos carros.
Sinal dos tempos, e que tempos.
Flávio
Que tal fazer uma geral sobre os pilotos atuais da F1 ?
Tipo: Como é a cidade em que nasceram, com que idade se interessaram por corridas e em que categoria iniciaram, nível sócio econômico das famílias, quais patrocínios que tiveram até chegarem na F1, conhecimento técnico de cada um, quem são seus empresários.
Outro ponto interessante seria falar sobre os chefes de equipe, também suas vidas profissionais e como chegaram no cargo, se trabalharam em outras categorias, etc…
Bascuia
3 anos atrás
Carlos Sainz fez um péssimo negócio ao trocar a McLaren pela Ferrari. Sobretudo se pensarmos que de 1979 a 2019 a Scuderia teve apenas sete títulos de pilotos, com três caras: Scheckter, Schumacher e Raikkonen. 40 anos, 7 títulos.
Pode ser que a McLaren nunca volte a ser o que já foi. Pode ser que a Ferrari, em 2022, com a mudança de regulamento, ganhe tudo. Mas a aposta do rapaz foi muito alta. Deixar uma equipe onde tem um ótimo ambiente de trabalho, onde é respeitado, para ser escudeiro do menino prodígio dos italianos e, pra piorar, em um carro muito ruim no momento, não me parece uma boa ideia.
Manoel Silva
3 anos atrás
Muito mais negócio seria se acabassem com a dinheirama que a Ferrari recebe e distribuissem para as equipes que recebem menos, muita incompetência enquanto outras não conseguem evoluir por pura falta de grana, pra quem já ameaçou tanto sair da F1 podiam pedir pra ir cagar e ir embora de vez.
rogerv
3 anos atrás
Gasly enfiou no Perez na Eau Rouge…. linda manobra….
-Sobre a mimizagem de não correr no anel externo…. estão muito fofos estes meninos….
lagerbeer
3 anos atrás
Será que também quebraram toda sala de troféus ?
Ricardo Bigliazzi
3 anos atrás
Esse anel externo vai ser legal. Estamos a postos.
Adauto
3 anos atrás
Que eu lembro de cabeça: poles, pódios e pontos.
Mas vale lembrar que numa boa parte da carreira ele levou muito mais pontos por posição que o Schumacher. Se não fosse isso, provavelmente Schumacher ainda seria recordista de pontos.
Devem outras coisas menores também. Procura no forix.
XAU XAU VETTEL
3 anos atrás
Viram a resposta do Mirtão sobre o público que não se agrada da atual F1..??
“- Não posso falar pelos fãs, mas crescendo e assistindo a era Schumacher, eu sei como é.”
kkkkkkk ……..engulam a seco Schukruzetes…..hahahahahahah
Hum, senti um cheirinho de viúva do Senna. Vamos lá, Adriane Galisteu.
As corridas são tão chatas nesta era Hamilton quanto eram na era Schumacher e na era Senna (lembrando que este último nunca foi tão dominante quanto os dois primeiros).
Para quem é fã de Hamilton, está ótimo. Eu mesmo, quando criança, não me entediava vendo Senna largar da pole position e dar volta em todo mundo.
A maior parte das corridas de F1 são chatas. Eu as assisto desde, sei lá, 1986. Esse papo de fan boy não tem argumento para três minutos de conversa. É simples: não está gostando, não assista. Continue assistindo aos melhores momentos do “nosso Senna nas manhãs de domingo”. Aqueles 10 minutos de lances legais do cara, que fazem você achar que não existe piloto algum no mundo capaz de manobras tão arrojadas.
Eu, por outro lado, prefiro assistir a qualquer corrida que passe em qualquer mídia, correndo o risco de, eventualmente, presenciar algo legal.
Ah, e quanto ao “xau xau Vettel”, os 4 títulos, 53 vitórias, 57 pole positions, 120 pódios e 38 voltas mais rápidas dele te mandam um olá. Tchau, recalcado.
Jornalista, dublê de piloto, escritor e professor de Jornalismo. Por atuar em jornais, revistas, rádio, TV e internet, se encaixa no perfil do que se convencionou chamar de multimídia. “Um multimídia de araque”, diz ele. “Porque no fundo eu faço a mesma coisa em todo lugar: falo e escrevo.”
…vitórias tem a Mercedes desde 2014, em 128 GPs realizados. Isso dá nada menos do que 74,2% das corridas. E foram 101 poles, 78,9%. Eles não gostam de brincar. Quando a gente fala que para os outros sobraram migalhas, não é força de expressão.
Para a F-1 ter uma certa corrida imprevisível vai ter que torcer pelo abandono ou uma zebra do Hamilton, Bottas e até do Verstappen. O Bottas e o Marko estão na última esperança que morre dizendo que o campeonato está aberto, aberto só para o Hepta do Hamilton.
Gostamos: da AlphaTauri que mereceu pelo menos um resultado com Gasly que foi oitavo depois de ter despachado a Ferrari no seu momento vergonhoso.
Não Gostamos: das equipes em geral que estão bem abaixo da Mercedes, o mais próximo é a Red Bull, mas num patamar abaixo tendo só o atrevido Verstappen na luta contra a Mercedes, e a Ferrari que desaba de vez na Bélgica mostrando sua verdadeira faceta, e a Williams morreu na mão da herdeira Claire Williams e nem jesus Cristo salvaria a equipe na mão dela.
A F1 está um lixo já faz tempo. Anos atrás só a Mc Laren ganhava, depois só a Willias, depois a Ferrari, depois a Red Bull, agora a \Merdedes. São quatro, cinco, sete e agora, talvez , nove anos de domínio da Mercedes. a Indy, variados carros e equipes vencem provas. Prá que vou assistir a F1 até 2021, se já sei que a Mercedes será campeã de construtores e o Hamilton campeão? , Com todo respeito, uma porcaria. E pensar que Frank Willians aceitou tirar toda ajudea eletrônica em 1994 em prol do esporte. Hoje, a bosta (desculpe, …escapou) da Mercedes não se dá ao trabalho de arrumar um adversário para competir com o Hamilton para que, pelo menos, haja uma disputa em aberto.
Das equipes citadas a única que “de fato” não arrumou adversário à altura – porque era “proibido” – foi a Ferrari. Todas as outras tiveram pilotos razoáveis ou campeões no outro carro. E também não adiantaria a Mercedes procurar porque sabemos que só há um adversário no nível de Hamilton, e esse não vai para a Mercedes.
No período mencionado tivemos:
Schumacher x Barrichello
Schumacher x Massa
Raikkonem x Massa
Alonso x Massa
Alonso x Raikkonem
Vettel x Raikkonem
Vettel x Leclerc
Se na coluna 2, você acha que os pilotos nem razoáveis são, pode se internar.
É mais fácil elencar quais pilotos fracos a Ferrari teve, porque via de regra montam equipes com pilotos absolutamente competentes.
Parece que não tem piloto, não tem carro porque vai ter competição, e se tiver competição vai ter colisão, e o Hamilton segue soberano……….. segurança
F1 tá cansativa,os carros andam mais pra fora da pista do que dentro e ninguém faz nada.
Realmente, o GP da Bélgica foi morno. Havia uma enorme expectativa por uma grande corrida, o que, em parte aconteceu no pelotão intermediário, mas na ponta do grid, não.
Hamilton foi soberano. No treino decisivo colocou mais de meio segundo sobre seu companheiro de equipe. Controlou bem a corrida toda, inclusive no final quando sentiu que um pneu dianteiro não estava lá essas coisas.
Há que se louvar aqui além do talento nato e a forma exuberante de Hamilton, que consegue extrair tudo e mais um pouco de seu carro, a própria equipe Mercedes, que, apesar da dominância, levou uma série de inovações na área aerodinâmica para a etapa belga.
Definitivamente um binômio para lá de excelente, Hamilton-Mercedes.
Verstappen pouco pode fazer. Na largada ainda foi acossado por Ricciardo, e depois se acomodou no terceiro lugar.
A Renault acertou a mão de vez, ou isso é conseqüência de uma pista onde potência é mais importante do que os refinamentos do carro? Ocon, após um início de temporada apagado bem fez uma boa corrida. E Albon sofreu para acompanhar as Renault, e no final da prova, perdeu a posição justamente para Ocon.
Aparentemente, pelo menos em termos de potência, as três unidades, Mercedes, Honda e Renault estão muito próximas.
E interessante notar as velocidades máximas atingidas durante o GP. Kvyat registrou a maior marca, 323,7 km/h. Já Hamilton anotou 307,3 km/h. Mas isso em decorrência do acerto adotado pelo britânico, que privilegiou o segundo trecho da pista, trecho que contém várias curvas de média e alta velocidade. Estratégia que foi desenhada nos treinos de sexta-feira.
Gasly foi excelente. Adotou uma estratégia diferente, largando com pneus duros, e não fosse o safety car, poderia ter terminado a prova em uma posição muito melhor. Trocou os pneus, caiu para décimo sexto e, muito combativo, escalou o pelotão atingindo o oitavo lugar.
Stroll, Perez e Racing Point provando que cópias têm vida limitada. Mesmo que o projeto da Mercedes de 2019 tenha sido vitorioso, a Racing Point não tem a expertise da Mercedes para o subsequente desenvolvimento do carro. Contribui para isso, o fato de que tanto o canadense como o mexicano também não têm as habilidades para ajudar no desenvolvimento do equipamento.
Mas será uma briga interessante para acompanhar, Racing Point, Mclaren e Renault.
Agora, alguns fatos que merecem também destaque.
Dez anos atrás, em Silverstone, a Ferrari terminava uma corrida sem pontos, Alonso, 14º e Massa, 15º.
Vettel foi o vencedor na Bélgica em 2018, já em 2019, Leclerc venceu a corrida.
A suspeita sobre a Ferrari paira desde 2018. Naquela temporada havia uma grande dúvida sobre o sistema de baterias que armazena a energia dos sistemas de recuperação das atuais unidades de potência. Tanto é que, reagindo a um pedido de investigação de Mercedes e Red Bull, a Fia implantou nos carros da Ferrari um segundo sensor para medir o fluxo de energia advindo das baterias. Isso ocorreu a partir do Gp do Canadá. O que se viu foi novamente uma perda de desempenho da equipe italiana, mas mesmo assim Vettel seguiu até o Gp da Alemanha como rival de Hamilton no campeonato. Ano passado, foram pegos pela Fia e, no obscuro acordo tratado entre as partes ambos ficaram nus. A Ferrari pela evidente maneira como burlou o regulamento, e a Fia que mostrou sua incapacidade de inspecionar os carros da categoria e também por manter em segredo tal acordo.
Enquanto isso, Vettel defenestrado pela rossa, pensa em seu futuro e compra carros de F1 para sua coleção. Já declarou que, se continuar na F1 o quer fazer de forma competitiva, não apenas para figurar. E interessante que essa semana, ele volta ao palco de sua primeira vitória. Aliás uma vitória espetacular pela então Toro Rosso.
Leclerc e Sainz devem se preocupar. Leclerc visto por muitos como o salvador da lavoura, corre um risco tremendo. Se a Ferrari não se refizer rapidamente, também será igualmente dispensado.
E por falar em Williams, surge agora a notícia que a família será afastada do comando da equipe após o a etapa em Monza. E lá se vai o legado da equipe.
E com ela se vai o último elo com a origem da própria categoria, os garagistas. Figuras que estiveram no próprio cerne da categoria, e que agora, dão lugar a grandes conglomerados financeiros, ou montadoras, como a Mercedes.
Mas outra coisa que também não existe mais na F1, os grandes projetistas. Adrian Newey também é o último de sua espécie. Que contou com nomes como Colin Chapman, Gordon Murray, Rory Byrne, John Barnard, Ron Tauranac, Ricardo Divilla, entre outros. Hoje temos equipes de engenheiros responsáveis pela criação e desenvolvimento dos carros.
Sinal dos tempos, e que tempos.
Aham.
Isso aí acima foi um comentário ou um novo post??
Flávio
Que tal fazer uma geral sobre os pilotos atuais da F1 ?
Tipo: Como é a cidade em que nasceram, com que idade se interessaram por corridas e em que categoria iniciaram, nível sócio econômico das famílias, quais patrocínios que tiveram até chegarem na F1, conhecimento técnico de cada um, quem são seus empresários.
Outro ponto interessante seria falar sobre os chefes de equipe, também suas vidas profissionais e como chegaram no cargo, se trabalharam em outras categorias, etc…
Carlos Sainz fez um péssimo negócio ao trocar a McLaren pela Ferrari. Sobretudo se pensarmos que de 1979 a 2019 a Scuderia teve apenas sete títulos de pilotos, com três caras: Scheckter, Schumacher e Raikkonen. 40 anos, 7 títulos.
Pode ser que a McLaren nunca volte a ser o que já foi. Pode ser que a Ferrari, em 2022, com a mudança de regulamento, ganhe tudo. Mas a aposta do rapaz foi muito alta. Deixar uma equipe onde tem um ótimo ambiente de trabalho, onde é respeitado, para ser escudeiro do menino prodígio dos italianos e, pra piorar, em um carro muito ruim no momento, não me parece uma boa ideia.
Muito mais negócio seria se acabassem com a dinheirama que a Ferrari recebe e distribuissem para as equipes que recebem menos, muita incompetência enquanto outras não conseguem evoluir por pura falta de grana, pra quem já ameaçou tanto sair da F1 podiam pedir pra ir cagar e ir embora de vez.
Gasly enfiou no Perez na Eau Rouge…. linda manobra….
-Sobre a mimizagem de não correr no anel externo…. estão muito fofos estes meninos….
Será que também quebraram toda sala de troféus ?
Esse anel externo vai ser legal. Estamos a postos.
Que eu lembro de cabeça: poles, pódios e pontos.
Mas vale lembrar que numa boa parte da carreira ele levou muito mais pontos por posição que o Schumacher. Se não fosse isso, provavelmente Schumacher ainda seria recordista de pontos.
Devem outras coisas menores também. Procura no forix.
Viram a resposta do Mirtão sobre o público que não se agrada da atual F1..??
“- Não posso falar pelos fãs, mas crescendo e assistindo a era Schumacher, eu sei como é.”
kkkkkkk ……..engulam a seco Schukruzetes…..hahahahahahah
É isso aí, viúva! Tamo junto com o Mirtão, o Gostosão…
Hum, senti um cheirinho de viúva do Senna. Vamos lá, Adriane Galisteu.
As corridas são tão chatas nesta era Hamilton quanto eram na era Schumacher e na era Senna (lembrando que este último nunca foi tão dominante quanto os dois primeiros).
Para quem é fã de Hamilton, está ótimo. Eu mesmo, quando criança, não me entediava vendo Senna largar da pole position e dar volta em todo mundo.
A maior parte das corridas de F1 são chatas. Eu as assisto desde, sei lá, 1986. Esse papo de fan boy não tem argumento para três minutos de conversa. É simples: não está gostando, não assista. Continue assistindo aos melhores momentos do “nosso Senna nas manhãs de domingo”. Aqueles 10 minutos de lances legais do cara, que fazem você achar que não existe piloto algum no mundo capaz de manobras tão arrojadas.
Eu, por outro lado, prefiro assistir a qualquer corrida que passe em qualquer mídia, correndo o risco de, eventualmente, presenciar algo legal.
Ah, e quanto ao “xau xau Vettel”, os 4 títulos, 53 vitórias, 57 pole positions, 120 pódios e 38 voltas mais rápidas dele te mandam um olá. Tchau, recalcado.
O último parágrafo do Bascuia acabou com o Segafredo, vulgo Xau Xau!
Mas quem é este Segafredo?
Eu tenho uma excelente memória, xará! Esse desenho que você postou com o “Foi Foi Vettel”, é de um dos teus nicks fakes do passado.
É por essas que eu te chamo de adolescente.
E eu te devolvo meu querido Paulo Pinto…..adolescente é vc, hahahahah
Quem dera poder voltar à adolescência! Eu entenderia melhor as tuas teimosias…
Na era Schumacher tinha competição…
No futebol…
……no futebol
**esta seria a grafia correta.
Genteeee…..foi o Mirto quem disse, porque tanto rancor?? kkkkkk
Se foi o Mirto quem disse, está dito!
Ora, tem de correr no anel externo para vermos algo diferente. Ou será que o Hamilton vai botar umas 5 voltas no segundo colocado?
Não gostamos da prova em si também… foi bem chatinha dessa vez. hahaha
abraço Flavio.
Flavio, quais recordes importantes já são do Luís? E quais podem ser dele até o fim dessa temporada?
O recorde mais importante do Luis Roberto é de ser o narrador esportivo mais simpático da TV.