GP DE SP (3)
ITACARÉ (aqui 30,5°C, sol) – Começou, e a primeira notícia importante do dia: a Mercedes confirmou que trocou o motor do carro de Hamilton, o motor a combustão, e por isso ele perderá cinco posições no grid. No grid da corrida, e não da Sprint.
Vamos aos tópicos coloridos da primeira metade do dia, então.
POR QUE TROCOU? TROCOU POR QUÊ? – Porque neste momento a Mercedes precisa de 100% de potência e zero deficiência se quiser encarar a Red Bull de frente. O V6 retirado do carro do inglês já estava cansadinho. Em Interlagos dá para ultrapassar. Se ele fizer a pole e tiver de largar em sexto, não é o fim do mundo. E viva Osmar Santos!
SEI… – Depois da troca, Hamilton assumiu um discurso esquisito. “Quero ser campeão, claro, mas quero mesmo que a Mercedes seja campeã entre as equipes. O título de Construtores é mais importante por causa das pessoas que trabalham na fábrica e no time”, disse.
P1 NO TL1 – O primeiro treino livre, que terminou agora há pouco, teve Hamilton na frente com 1min09s050. E ficou muito na frente de Verstappen: 0s367. Quase quatro décimos de segundo numa pista curtinha como Interlagos é muita coisa. Para Pérez, o terceiro, a diferença foi de 0s442. E Bottas, o quarto, ficou a pouco mais de meio segundo. Mas é só treino livre. E como começou a garoar agora (14h) em Interlagos, pode ser que a classificação não tenha nada a ver com o primeiro treino do fim de semana.
OS OUTROS – Gasly, em quinto, voltou a andar bem e se colocou como “primeiro dos outros”. Na sequência vieram as duplas de Ferrari e Alpine. Circuitos de pequena extensão têm disso, pilotos da mesma equipe fazem tempos muito próximos. Foram cinco duplinhas no resultado do primeiro treino: Red Bull, Ferrari, Alpine, Alfa Romeo e Williams. A McLaren andou muito mal. Norris foi só o 15º e Ricardão ficou em penúltimo. A equipe papaia desandou.
TERRA DA GAROA – Faz frio em São Paulo hoje, temperatura na casa dos 17°C, e durante o treino livre alguns pilotos chegaram a reportar pelo rádio “alguns pingos”. Quando terminou a sessão baixou aquela névoa que a gente conhece e ficou tomo mundo olhando para o céu. Mas a pista não molhou. Ainda.
SEM LIMITES – A direção de prova avisou, primeiro, que não teríamos em Interlagos a história dos “track limits”, os limites de pista que não podem ser excedidos sob o risco de punição ou de anulação de voltas. A liberdade de ação se explica. No autódromo paulistano, quando um piloto ultrapassa os limites da pista acaba tendo de escalar zebras que, normalmente, fazem com que se perca tempo. Então, não faz sentido punir ninguém. A punição vem no cronômetro e no assoalho do carro. E é automática, digamos. Mas, pouco antes do início da classificação, avisaram que na curva 4, a Curva do Lago, vão ficar de olho. Lá não vai poder abusar.
Nada como uma pista raiz que não precisa de track limits.
A pista é o limite. Show.
“…No autódromo paulistano, quando um piloto ultrapassa os limites da pista acaba tendo de escalar zebras que, normalmente, fazem com que se perca tempo. Então, não faz sentido punir ninguém. A punição vem no cronômetro…”
Autódromo raiz!