É MAGNUSSEN

SÃO PAULO (surpresa!) – Nem Pietro, nem Giovinazzi. Muito menos Hülkenberg, o experiente, ou Piastri, o promissor. A Haas acaba de anunciar a volta de Kevin Magnussen à equipe para o lugar de Nikita Mazepin. O dinamarquês de 29 anos foi o escolhido por Gene Haas para assumir o cockpit vago após o rompimento do time com a Uralkali, patrocinadora russa que pertence ao pai do piloto. Dmitry Mazepin, aliás, acabou de ser colocado numa lista de 14 milionários russos que sofrerão sanções da União Europeia. De acordo com a UE, ele teria se encontrado com Vladimir Puti em 24 de fevereiro, exatamente no dia em que a Rússia invadiu a Ucrânia.

Magnussen defendeu a Haas de 2017 a 2020. No ano passado, migrou para os EUA onde disputou diversas provas da IMSA, chegou a correr na Indy e também se divertiu com carros do WEC. Tinha virado uma espécie de saltimbanco das pistas, mas estava certo com a Peugeot para 2022 no Mundial de Endurance e tinha um contrato com a Chip Ganassi.

Na F-1, o filho de Jan Magnussen — prodígio que não vingou nos anos 90 –, tem no currículo 119 GPs disputados por McLaren (2014), Renault (2016) e Haas. Subiu ao pódio uma vez, em 2014, com um segundo lugar surpreendente na Austrália. O nono lugar no Mundial em 2018 foi sua melhor classificação até agora.

É uma escolha que faz sentido, embora seu nome não estivesse em lista nenhuma dos candidatos à vaga de Mazepin. Tem experiência, conhece a equipe por dentro, não vai ter dificuldade nenhuma de adaptação. Sua saída no final de 2020 não foi traumática. A equipe estava na pindaíba total e o dinheiro injetado pelo clã Mazepin falou mais alto no conflito entre competir e sobreviver. K-Mag, como é chamado, aparentemente compreendeu. Saiu chateado, mas não disparou nenhuma saraivada de impropérios contra a equipe.

Com a decisão anunciada há pouco, encerram-se as discussões sobre a possibilidade de Pietro Fittipaldi se tornar titular da Haas. O brasileiro segue na condição de piloto de testes e está escalado para abrir os treinos do time amanhã no Bahrein.

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Marcos
Marcos
2 anos atrás

A Hass brilhou muito agora. No fim de 2020 mandou embora os dois pilotos e pegou o Shummaquinho e o Escrotinho pra por dinheiro na equipe, dinheiro esse que foi canalizado para o desenvolvimento do carro novo. Agora que o carro novo vai ser usado se livraram do escrotinho e trouxeram de volta um piloto que, se não é um gênio, também não é terrível. Sacada de mestre, kkkk.

Darcio Michele
Darcio Michele
2 anos atrás

Justo. Foi o último piloto antes da aventura com a Uralkali.

Luiz Bezerra
Luiz Bezerra
2 anos atrás

Acho que o nome Fittipaldi pesa muito para o garoto aparecer na F1, a verdade é que ele não esta no nível da categoria.
Já o Kevin, acho que está no patamar da F1, andou na McLaren nume época não tão boa quando não tinha experiencia. Fez milagres algumas vezes na Haas, gosto do estilo. Comparado a Hülkenberg? Acho que fez um pouco mais.

Leonisio Barroso
Leonisio Barroso
2 anos atrás

Tem lógica !

Celio Ferreira
Celio Ferreira
2 anos atrás

Piloto comum, só vai compensar se levou dindin . A Haas continua a pé de piloto .

Edson
Edson
2 anos atrás

Errar é humano…. insistir no erro é a Haas
Meo Deus do Céu, ressuscitaram o magnussen

Carlos Pereira
Carlos Pereira
2 anos atrás

Sei lá, mas creio que voltar, pra sentar numa cadeira elétrica, vale a pena pra carreira do Magnussen ??? Tentar a vida no WEC ou na IMSA não seria melhor em termos de competitividade ???

Rebeca Vidali
Rebeca Vidali
2 anos atrás

A carreira do Magnussen ia de mal a pior quando o Maldonado (saudoso, adorava ele) perdeu o patrocínio. Voltou e se firmou. Agora a trajetória na F1 parecia acabada de vez e outro cara perde o patrocínio. Taí um cara de sorte, afinal

Pedro
Pedro
2 anos atrás

não entendi o magnussen. bom piloto, arrojado, ainda jovem, com um baita contrato pra correr pela peugeot e pela ganassi tendo le mans e o imsa à frente, aí assina com a haas num estalo de dedos. tá maluco.

tonháo
tonháo
2 anos atrás

apesar de não gostar dele acho que nesses casos ele é o melhor, Hellmut marko é o cara não fica perdendo tempo com piloto capenga mete um moleque la e proto se der bem se não ja butina e coloca outro.
mas a pergunta é praque voltar comesse pangare ? o cara é ruim muito ruim

Alexandre Neves
Alexandre Neves
2 anos atrás

Que zebra! Mas enfim, já pilotou 3 anos pela Hass, então vamo que vamo!

Gabriel
Gabriel
2 anos atrás

Tecnicamente – pensando pelo ponto de vista da equipe – foi a decisão mais correta. Conhece o time, é rápido (dentro das possibilidades da Haas) e vai ajudar mais no desenvolvimento do Schumaquinho do que Hulkenberg ou Giovinazzi poderiam fazer. Acredito que, a rigor, o Pietro nunca foi sequer seriamente considerado para essa vaga. E isso não é nenhuma “perseguição” contra “brasileiros”, para piloto reserva ele cumpre a função, mas para titular não dá. A melhor decisão pra carreira dele é mesmo desencanar de vez da Haas e tentar alguma coisa em uma categoria qualquer nos EUA. Se for na Indy com um carro decente tanto melhor pra ele.

André
André
2 anos atrás

Pietro não era a melhor escolha, por não ter tanta experiência – já que era o critério da equipe. Agora, escolher o K-Mag só faz sentido se ele trouxer dinheiro. Hulkenberg é muito mais piloto.

Israel
Israel
Reply to  André
2 anos atrás

Ele tem patrocinadores, e está mais em forma que o Hulkenberg atualmente. Um fator importante é que ele estava correndo provas de endurance, carros com pneus de 18 polegadas. Querendo ou não, faz sentido a escolha

Gabriel
Gabriel
Reply to  André
2 anos atrás

Acho que aí pesou um pouco Hulk já ter 34 anos e estar a uns cinco afastado da categoria. Magnussen, por incrível que pareça, tem 29.

Marcus
Marcus
2 anos atrás

Lamento pelo Piastri. Magnussen, um dos caras mais adoráveis e gentis que já sentou num carro de F1, ganha mais uma chance. Tomara que Mr. Steiner esteja em dia com o seguro dos bólidos.

Tales Bonato
Tales Bonato
2 anos atrás

O comportamento suicida da Haas é recorrente.