DICA DO DIA
Excelente reportagem no UOL de Demétrio Vecchioli e Luis Augusto Símon sobre Emerson Fittipaldi e suas derrapadas empresariais. Jornalismo sério e profissional. E necessário.

Excelente reportagem no UOL de Demétrio Vecchioli e Luis Augusto Símon sobre Emerson Fittipaldi e suas derrapadas empresariais. Jornalismo sério e profissional. E necessário.
Uns 10, 11 anos atrás, no extinto Speed Chanel tinha uma vinheta/mini entrevista com o então imberbe Pietro Fitipaldi ao lado do avô. O moleque dava os primeiros passos no esporte a bordo de um gigantesco late model na pista de Hickory, na Carolina do Norte e vinha se destacando, na entrevista, ele só falava de Nascar, a meta dele era clara. Entra o vô Emmo e no ano seguinte, o neto tava pastando na europa, começando uma carreira onde fica claro que se não fosse o nome, não teria nem começado. Um título numa categoria que estava em seu último ano, brilharecos discretos na Indy passagem apagada pelo DTM e por onde mais passou.
Um piloto das antigas fez um post no Facebook dizendo que a matéria “injusta” do “UOL lixo” (sim, escreveu isso) era um desrespeito a quem “levou a bandeira do Brasil ao alto do pódio”. E também que “assuntos de dívidas pessoais se resolvem entre devedor e credor” – o que é verdade, desde que o credor pague ou que o devedor perdoe a dívida, o que não foi o caso. Ah, para quê! Apareceu um monte de gente do automobilismo brasileiro dando apoio a essa visão, xingando jornalistas, evocando o bozo e outras sandices. É por isso que o automobilismo brasileiro é essa porcaria. Ele reflete com exatidão o nível médio de seus praticantes e apoiadores.
É a cultura do ”devo, nego e pago quando eu quiser”.
O cara tá com a vida ganha e inventa de empreender. Agora, só dor de cabeça. Para os credores. Ele tá de boa.
O Emerson piloto é um dos grandes ! O Emerson empresário é uma tristeza. Estive com ele pessoalmente umas 3 vezes, numa prova de superkart, numa visita a um possível patrocinador (Frigorífico Bordon, de cunhado de sua então futura 2a esposa) e num show da Donna Summer, no Olímpia (casa de shows) em 1992, às vésperas do acidente do Piquet em Indianápolis. Sempre me atendeu com delicadeza e atenção.
Lembro de ler numa Revista Motor 3, adquirida num sebo anos atrás, que em 1982, “quebrados”, os irmãos Fittipaldi encomendaram um iate bastante suntuoso, aqui no Rio de Janeiro.
Credo!
Se eu fosse eles, nem queria mais saber desse tal iate e, pensando bem, deixar de ter uma equipe de Fórmula 1 para depois ter um iate, é o mesmo que trocar a Anna Nicole Smith pela Dona Bela da Escolinha do Professor Raimundo.
Agora, falando a verdade, o Emerson Fittipaldi sempre me pareceu uma pessoa de ”duas caras”, pois para a mídia nacional, ele sempre afirma ter orgulho e sentir saudade da Copersucar Fittipaldi, mas numa entrevista dada à F1 Racing inglesa em julho de 1997 e publicada em março de 1998, ele disse que foi o maior erro que cometeu na vida, se mudando para a equipe no final de 1975, para 1976 em diante. Vai entender…
Impressionante, que desastre, dizem que pior do que não ter é ter e perder….
O AGRO não é toda essa maravilha que apregoam por aí, já tivemos anos de problemas climáticos, preço baixos, mercado retraído, e condiçoes assim podem voltar, deve ter sido isso que faliu a Fazenda do Emerson, sou oriunda da roça sei o que estou falando.. Resumindo EMERSON um baita Piloto mas provavelmente não tão grande Administrador.
No país dos juros altos é uma proeza o cara ter muita grana e perder tudo!
Sempre tem aqueles né Murilo…
Porque buscamos a perfeição de caráter em nossos ídolos? Se procurarmos vamos sempre achar uma mijadinha fora do penico. Ninguém é super herói 100% do tempo! Me recuso a deixar de escutar Eric Clapton porque ele rejeitou a vacina!
Eu também, porque ele é muito bom no que faz profissionalmente. Mas que é uma merda, é, não se pode negar. Pois o problema maior não foi ele ter se recusado a tomar a vacina, mas o fato de ter publicizado isso e ter encampado o discurso contra a imunização.
Não sei se tem lado bom no que estamos vivendo hoje, mas pelo menos está fazendo cair a máscara de muita coisa e gente que admirávamos no passado … trazendo à tona a verdade que sempre nos foi romantizada …. cest la vie
Como todo bom bolsominion, a culpa é sempre dos outros.
Bingo! A culpa é sempre dos outros, vale a lei de Gerson e os lucros são privados e os prejuízos públicos.
Me desculpem, mas o texto ”As Barbeiragens de Emerson”, escrito pelo Demétrio Vechiolli e pelo Luís Augusto Símon tem erros grotescos:
”Oficialmente chamada de Escuderia Fittipaldi, mas inicialmente conhecida pelo nome do patrocinador, Copersucar, a equipe fora anunciada em 1975 no Salão Negro da Presidência pelo ditador da época, Ernesto Geisel”.
Na verdade, foi no final de 1974, e no Salão Negro do SENADO federal; e a equipe foi anunciada pelos próprios Irmãos Fittipaldi, momento no qual o presidente Geisel só compareceu para ver o carro (além de algumas outras figuras políticas brasileiras na época).
”Em 1978, a cooperativa de açúcar encerrou o patrocínio. Os Fittipaldi ainda conseguiram um apoio da cerveja Skol, que durou quatro meses”.
Na verdade, a cooperativa também produzia álcool, além de açúcar; a Copersucar só deixou de patrocinar a equipe no final de 1979; e a Skol a patrocinou durante toda a temporada de 1980.
Pequenos erros, tem razão. Mas me parece que o tema da reportagem era outro, não?
Verdade. A Skol entra com tudo em 80, quando o Rosberg ingressa na equipe. Gozado que nessa época ele ainda era conhecido pelo seu nome de batismo, “Keijo Rosberg”. É o que consta em um press-release da Fittipaldi da época, que meu pai tem.
E concordo com o Flavio. Os pequenos erros factuais não tiram o mérito da excelente matéria.
Grotescos são os erros e a atitude do ex piloto.
Prezado FG, Conheci Emerson Fittipaldi, com oito anos de idade, e seu irmão Wilsinho Jr, e com Mocco ( José Carlos Pace ), nessa primeira fase da vida, foi incrível conhecer seus ídolos do automobilismo para mim, ainda o primeiro é Chico Landi, conheci outros excelentes pilotos brasileiros : Jaime Silva Jens Balder, Peroba , Luiz Fernando Terra Smith, Bird Clemente , Chico Lameirão e Carol Figueredo , Aguinaldo de Góes, já na segunda fase na adolescência, virei fã de Paulo Gomes e Ingo Hoffmann, e nessa época o automobilismo americano ficou melhor que a F-1. Nessa fase o Bi-campeão Emerson Fittipaldi ,virou EMMO, e aí depois de ter ido à falência por duas vezes passou ter seu nome envolvido em diversas falcatruas, golpes em Instituições Financeiras ( Bancos), um mega calote em fornecedores e pequenos empreendedores em um evento no autódromo de interlagos de uma etapa de Mundial de Marcas, tive vários amigos que trabalharam nesse evento e perderam suas parcas economias, com suas VW-Kombi trailer de cachorro quente foi uma enorme tristeza pessoas trabalhadoras que vendiam lanches e bebidas. Depois a fase de empresário tentar produzir um carro com seu nome um absoluto estelionato, e também ser empresário de Pilotos, com uma sacanagem que fez com Piloto Hélio Castroneves, fechando as portas para F-1, para Hélio. Ao passo que seu irmão Wilsinho mesmo passando por dificuldades continuou sendo um empreendedor e sempre incentivando o automobilismo, com a ideia e criação de carro base de formula com motores da VW, provas em Piracicaba e escola de pilotagem. EMMO, derrapou na História e ainda se envolveu com lado sujo da política neofascista Italiana. Simplesmente lamentável.
O Emmo parecia para mim um senhor cheio de bom senso, e sempre simpático com todos.
Que triste fim.
Embora fosse inferior a seus contemporâneos Stewart e Lauda e tenha se tornado primeiro piloto da Lotus pela morte do Rindt, Emerson foi um bom piloto. Mas em termos de caráter sempre deixou muito a desejar. Arrogante, individualista, megalomaníaco. Meu pai foi em diversas ocasiões nos boxes de Interlagos nos anos 70 e uma vez a Watkins Glenn. Ele conta que naquela época os pilotos eram super acessíveis, entre eles o Carlos Pace. Já o Emerson era um nojo. A simpatia só existia diante dos microfones. E a sacanagem que ele fez com o Luciano do Valle, tirando a Indy da Bandeirantes e traindo o único cara que tinha dado exposição a ele nos tempos difíceis (superkart, início na Indy pela Patrick Racing)? E agora que ele ressurge como puxa saco do Bozonazi e candidato ao Senado pelo partido neofascista, sinceramente eu quero mais é que ele se foda. Tá chegando a hora dessa gente voltar ao esgoto de onde veio. Enquanto isso, vou ouvindo “Apesar de você” e deixando na adega o espumante que irei estourar quando o Lula vencer. Não passarão!