A TAL DA VOLTA

Hill, Senna e Prost: GP histórico em Donington

SÃO PAULO (e estava frio…) – Hoje faz 30 anos “daquela volta”, como me escreveram ontem. Aquela volta foi a primeira do GP da Europa de 1993. Senna passou quatro adversários e venceu a corrida em Donington com uma volta sobre todo mundo, exceto o segundo colocado — Damon Hill.

O problema de ter um blog há muito tempo é repetir efemérides. Já devo ter escrito sobre essa corrida quando ela fez 15 anos, 20, 25. Agora são 30. Então, já sem mais nada para contar, reproduzo um capítulo inteiro de meu livro “Ímola 1994”. Dedicado justamente a essa prova — aliás, se não tem o livro ainda, compre aqui. Está logo depois da pequena galeria de fotos. Que tem uma minha, batida no dia 8, quinta-feira, num frio desgraçado.

Como dizia o outro lá, meninos, eu vi.

DONINGTON, 1993

          Depois de assistir impotente à conquista de Nigel Mansell em 1992, Ayrton Senna colocou uma ideia fixa na cabeça: correr na Williams. Ele já tinha detectado, em 1991, que a equipe de Grove seria dominante nos anos seguintes, por uma combinação de fatores: a potência do motor Renault, o refinamento aerodinâmico dos carros projetados por Adrian Newey, o salto tecnológico com aperfeiçoamento de sistemas de câmbio automático, controle de tração e, principalmente, suspensão ativa, e a decadência prevista para a McLaren com o fim da parceria com a Honda.

          Newey era o nome mais festejado das pranchetas na Fórmula 1. Engenheiro aeronáutico, tinha passado pela equipe Fittipaldi e pela Indy antes de começar a ganhar a fama de gênio na March, fazendo carros, lá pelo final dos anos 80 e início dos 90, que em pistas lisas, de asfalto regular e sem ondulações, se comportavam divinamente. Sua atenção aos detalhes aerodinâmicos era obsessiva. Quando foi para a Williams, encontrou o cenário ideal para fazer suas invenções funcionarem. A suspensão ativa que “lia” as irregularidades da pista e mantinha o carro a uma altura constante do solo mesmo em freadas e retomadas de aceleração era um sonho para quem concebia uma máquina que seria imbatível se pudesse andar o tempo todo o mais próximo possível das condições ideais, as mesmas encontradas num túnel de vento. Newey acabaria assinando os projetos dos carros campeões mundiais de construtores de 1992, 1993, 1994, 1996, 1997 (todos da Williams), 1998 (McLaren), 2010, 2011, 2012 e 2013 (Red Bull). Em 1999, um projeto seu também levou o título de pilotos com Mika Hakkinen na McLaren – a Ferrari, naquele ano, ficou com a taça entre as equipes.

          Assim, quando o contrato de Senna com a McLaren acabou, no final de 1992, e Ron Dennis lhe apresentou uma proposta de renovação por dois anos, o brasileiro não quis assinar. Topava por apenas uma temporada, já que a Williams tinha decidido trazer Alain Prost de volta e o francês, por motivos óbvios, não queria nem pensar em dividir os boxes de novo com Ayrton. Mas ele queria estar livre para tentar de novo em 1994. E sabia que a McLaren teria anos difíceis pela frente.

          O impasse chegou a um ponto em que, a dias da abertura do Mundial, em Kyalami, Senna não tinha contrato para correr. E o jeito foi fazer um compromisso válido por apenas uma prova, para que ele pudesse disputar o GP da África do Sul. Dizia-se, na época, que ele ganharia US$ 1 milhão por prova. A etapa seguinte seria no Brasil, e imaginar uma corrida em Interlagos sem Senna era quase uma heresia. E lá foi ele de novo assinar um contratinho que valia apenas para o final de semana de São Paulo.

          O corre-não-corre tinha outras razões. Naquele ano, sem acertar com nenhuma fábrica um contrato de fornecimento de motores, a McLaren foi obrigada a comprar o que havia disponível no mercado. E a escolha acabou recaindo sobre a Ford, que tinha na Benetton sua principal aposta. Sabendo que Dennis não iria ficar muito tempo com seus motores, a montadora americana destinou à McLaren equipamento de uma geração anterior à que entregava à Benetton – que tinha exclusividade para usar os melhores propulsores da marca. O dirigente, então, passou a usar a indefinição sobre o contrato de Senna como instrumento de pressão sobre seu fornecedor. Trocando em miúdos: se vocês não nos derem motores iguais, o cara não corre. E “o cara” não era qualquer um, evidentemente.

          A vitória de Senna em Interlagos colocou ainda mais lenha na fogueira. Ele já tinha sido segundo em Kyalami e somava 16 pontos numa improvável liderança do Mundial diante do favoritíssimo Prost. Schumacher, o principal nome da Benetton, tinha 4. O argumento de Ron Dennis era claro e cristalino: nós entregamos mais resultados que eles, sendo assim não faz sentido receber equipamento pior. Mas a Benetton, chefiada por Flavio Briatore, não abria mão de seus privilégios garantidos por contrato.

          Nesse ambiente repleto de dúvidas, Senna embarcou na tarde de terça-feira, 6 de abril, no voo 244 da British Airways em Cumbica com destino a Londres. “Ninguém está curtindo muito essa situação de se fazer um contrato para cada corrida, mas por enquanto tem sido a medida certa”, declarou no aeroporto. Ele tinha acabado de assinar mais um, para disputar o GP da Europa no velho circuito de Donington Park, na Inglaterra – onde, dez anos antes, testara um carro de Fórmula 1 pela primeira vez.

          Como a pista nunca tinha sido usada para uma corrida da categoria, o regulamento à época previa um treino extra na quinta-feira, antes do início das atividades oficiais de um fim de semana de GP. Donington era um sítio histórico, e cheguei lá um dia antes de Senna, na terça-feira, para preparar um material especial sobre o circuito e sua história. A pista, construída em 1931, fora palco de pelo menos dois duelos épicos pré-Fórmula 1: em 1937 e 1938, no auge da rivalidade entre Mercedes e Auto Union (a antecessora da Audi). As duas vitórias ficaram com os carros de quatro argolas – a primeira com Bernd Rosemeyer e a segunda, com Tazio Nuvolari. No ano seguinte, com o início da Segunda Guerra Mundial, o autódromo foi convertido em depósito para veículos e suprimentos militares e sumiu do cenário automobilístico.

          Um dos espectadores que assistiram às memoráveis provas de 1937 e 1938 foi um garoto chamado Tom Wheatcroft, que se apaixonou pelas corridas e por suas máquinas maravilhosas. Depois da guerra, acabou enriquecendo no ramo de construção civil e começou a colecionar automóveis de competição. Em 1971, por 100 mil libras, comprou o velho circuito, transferiu para lá sua coleção – montando um dos mais belos museus voltados ao automobilismo do mundo – e reformou o autódromo, finalmente reinaugurado para corridas em 1977.

          Fazia um frio glacial naquele começo de abril na região de Midlands, coração da Inglaterra, e a previsão era de chuva para o fim de semana. Novidade nenhuma, em se tratando da ilha de Sua Majestade. Os termômetros marcavam entre 4 e 6°C durante o dia, e com chuva a sensação era que estávamos dentro de um freezer gigante. Saí à caça de algum casaco para aguentar aquela geladeira e comprei uma jaqueta da Williams nas barraquinhas que ficavam no portão do autódromo. Não tirava nem para dormir.

          Eu, Mario Andrada e Silva (já trabalhando para o “Jornal do Brasil”) e Lemyr Martins (“Quatro Rodas”) formamos um trio para dividir despesas naquela semana, como o carro alugado e o combustível, e ficamos numa espelunca medieval em Derby, cidade de 200 mil habitantes próxima a Donington. O primeiro dia de treinos mostrou a superioridade da Williams, com Prost fazendo o melhor tempo com pista seca, 1s3 mais rápido que Senna – num traçado de apenas 4.020 metros de extensão. A chuva era a única esperança do brasileiro de fazer alguma coisa naquela corrida, como já acontecera em Interlagos semanas antes.

          E na sexta-feira a água realmente veio, e Ayrton sorriu feliz. Fechou o dia na frente de Prost, que ficou num “mau-humor feroz”, como escrevi na “Folha”. O francês terminou a primeira sessão classificatória em terceiro, atrás ainda de seu companheiro Damon Hill. Prost odiava pilotar em piso molhado. A previsão para o sábado, porém, indicava a mesma algidez dos dias anteriores, mas sem chuva. E os meteorologistas acertaram. Desta vez, quem sorriu foi Prost: pole-position, com Senna em quarto no grid a 1s649 do rival. O mau-humor feroz se transferiu para o brasileiro. “Se eles largarem na frente, vão embora e vai ser outra corrida. Levando em conta a diferença entre os dois pilotos [Prost e Hill], nem entre eles vai existir uma prova. Vai ser um correndo para ganhar, como sempre, o outro para fazer segundo e o resto da turma lá atrás”, falou. “Se estiver seco, vai ser extremamente difícil terminar entre os três primeiros. Agora, se a chuva pintar por aqui, as coisas complicam mais para os outros.”

          A chuva pintou por ali no domingo, e o que aconteceu é de amplo conhecimento dos amantes das corridas. “Senna dá outro show na chuva”, manchetou o caderno Esporte da “Folha” na segunda-feira, 12 de abril de 1993. “Ayrton Senna soube que ia vencer o GP da Europa quando acordou ontem de manhã e olhou para o céu”, escrevi. “O sol de sábado havia desaparecido. Chovia forte. Era sua única chance de derrotar Alain Prost.” O jornalismo é o rascunho da História – frase repetida algumas vezes neste livro –, mas vale a pena reproduzir o trecho em que descrevo sua primeira volta, considerada por muitos a mais espetacular da Fórmula 1 em todos os tempos: “A 38ª vitória de Senna foi uma aula de estratégia e habilidade. Ele largou em quarto lugar e passou, pela ordem, Michael Schumacher, Karl Wendlinger, Damon Hill e Prost antes de completar a primeira volta. A ultrapassagem sobre Prost, no começo da prova, foi memorável”. Segundo meu texto com o relato da corrida, Senna venceu “depois de fazer quatro trocas de pneus, passar uma vez direto pelos boxes, inscrever nos anais da categoria uma primeira volta espetacular e mudar o roteiro de um campeonato que parecia fácil para o francês da Williams”.

          A tal primeira volta mereceu uma matéria à parte. “Um tiro psicológico. Foi assim que Senna definiu sua primeira volta de ontem. Ele usou a experiência dos tempos de F-Ford e F-3 na Inglaterra para passar os três primeiros colocados logo após a largada. ‘Naquela época eu quebrava os rivais psicologicamente e ia embora. Hoje foi uma repetição disso. Depois de tantos anos me acostumei’.” Deu tempo também de criticar Michael Schumacher, que estava à sua frente no grid. “Eu acho que às vezes ele não raciocina muito bem. Me apertou e cheguei a botar uma roda fora da pista. Dei sorte porque consegui evitar o choque. Mas quem se entortou no final foi ele.” O alemão rodou depois de 22 voltas e abandonou.

          A segunda vitória seguida levou Senna a 26 pontos, abrindo 12 sobre Prost – que terminou em terceiro uma volta atrás do brasileiro, depois de nada menos que sete pit stops. Foi uma corrida absolutamente caótica, com a chuva indo e voltando o tempo todo. Senna foi para os boxes cinco vezes, e numa delas nem trocou os pneus. Quando entrou no pit-lane, percebeu que a McLaren não tinha recebido sua mensagem pelo rádio, viu que os pneus não estavam preparados e não parou. Como não havia limite de velocidade nos boxes na época, passou voando. “O rádio da gente esse ano, é uma pena, não funciona legal. Eu não consigo entender o que eles falam comigo e acho que eles também não. Eu avisei: vou parar, pneu, pneu, pneu, e eles não estavam prontos para a troca. Eu percebi e passei direto. Foi a decisão certa.” O tempo: 1min18s029, média de 185,608 km/h. A melhor da prova.

          A entrevista coletiva com os três primeiros colocados foi das mais divertidas na tenda montada ao lado da pista que funcionou como sala de imprensa em Donington – gelada e úmida. “Prost, escondido sob um enorme boné da Canon, resmungava que seu carro estava com isso, tinha problema daquilo, e assim tentava explicar a derrota. Ayrton olhou para o lado, deu um tapinha nas costas do francês e sugeriu: ‘Por que você não troca comigo, então?’”, relatei. “A sala de imprensa veio abaixo. A humilhação pública contribuiu para aumentar um ódio [entre os dois] que já não é pequeno.” Depois, aos jornalistas brasileiros, seguiu disparando contra o rival. “O Prost sempre tem uma desculpa. Um puta de um carro desses e o cara fica chorando. Pinta o carro dele de vermelho e branco e dá pra mim. Não quero nem trocar de cor, mas troca de carro pra gente conversar. No fim, repetiu o discurso usado em Interlagos, na prova anterior. “São Pedro ajudou, mas foi com a ordem de Deus.”

          Foi nesse dia que, pela primeira – e única – vez, disse a Senna que aquela conversa eivada de tons religiosos andava meio exagerada. Os gravadores já estavam desligados, a entrevista, encerrada, e falei: “Pô, Deus de novo? Cara, você acabou de fazer uma puta corrida, lidera o campeonato, guiou pra cacete e toda hora é Deus?”. Ele deu um sorriso amarelo, repetiu que Deus sempre o ajudava muito nessas condições difíceis e foi embora comemorar a vitória. Ao repórter, que não tinha direito nenhum de se indignar ou questionar a fé do entrevistado, restou suspirar e reproduzir o que havia sido dito.

          O GP da Europa teve outros grandes personagens, na pista e fora dela. Na corrida, Rubens Barrichello fez uma prova monumental, largando em 12º, passando seis na primeira volta, domando seu Jordan com enorme talento na pista molhada e ocupando o segundo lugar entre as voltas 49 e 55. A seis voltas do final, seu carro parou com pane seca. Estava em terceiro. A Jordan ainda não tinha feito um GP inteiro naquele ano, com abandonos em Kyalami e Interlagos, e não sabia direito calcular o consumo de combustível de seu carro. “Sua atuação lembrou a de Ayrton Senna em 84 no GP de Mônaco”, escrevi. “Confesso que lembrei dele durante a corrida. Ave Maria estou andando que nem ele lá, disse para mim”, falou o garoto de 20 anos que fazia sua temporada de estreia na Fórmula 1. “Eu estava me sentindo o máximo. Só pedia a Deus que o câmbio não quebrasse. Pelo menos isso não aconteceu. Estou muito contente. Mas amanhã vou chorar o dia inteiro.”

          Fora da pista, as atenções estiveram todas concentradas na princesa Diana. Pela primeira vez Lady Di foi assistir a um GP ao vivo. A imprensa inglesa, furiosamente fofoqueira, dizia que ela estava tendo um caso com um certo James Gilbey, empresário que, entre outras coisas, era executivo de vendas da Lotus. Ela vestia blazer preto sobre uma camiseta branca, calça fuseau, sapatos marrons “e ainda usando aliança apesar de separada formalmente do príncipe Charles”, reparei. Levou ao autódromo os filhos William e Harry – então com 10 e 8 anos de idade, respectivamente. Passeou pelos boxes, colocou o caçula no cockpit do carro de Damon Hill, caminhou no grid debaixo de chuva e disse que adorou tudo. A única queixa foi de William, que achou os carros barulhentos demais.

          Senna saiu de Donington na noite de domingo com um troféu a mais para sua coleção e seguiu para a Alemanha. Especulava-se que iria se encontrar com dirigentes da Ford na Europa para tentar mais uma vez convencer a montadora americana a fornecer os mesmos motores da Benetton para a McLaren, mas ele desmentiu. Na verdade, passou dois dias reunido com a diretoria da Audi, marca que viria a representar no Brasil ainda naquele ano. Chegou a São Paulo na sexta, 16 de abril, como líder do campeonato e sem contrato para a corrida seguinte, em Ímola.

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Viriato
Viriato
1 ano atrás

Vocês não sabem de nada! A melhor Primeira Volta da História da F-1 pertence a Romain Grosjean no GP da Bélgica 2012.
Inesquecível.

Vai Vettel!
Vai Vettel!
1 ano atrás

A primeira volta de Schummy em SPA 2011 ultrapassando DEZ concorrentes com um Mercedes ainda meia-boca é algo irrepreensível.
Vejam vídeo onboard.

Sandro
Sandro
1 ano atrás

Clichê: contra fatos não há argumentos. É chover no molhado. Opa! Naquele dia choveu. Parou de chover. Choveu. 30 anos atrás!
O tempo passa. O tempo voa. E a poupança Bamerindus não existe mais.
Senna fez uma primeira volta incrível! Fato!
Mas Barrichello também foi incrível! De décimo-segundo lugar para quarto lugar!
E foi a única vez que Donington Park teve a oportunidade de receber uma corrida de F-1!
Foi a última volta mais rápida de Senna. E de modo surreal! Passando pelo pit-lane. Houve uma falha de comunicação de rádio. Os mecânicos não estavam preparados para a troca dos pneus. Senna passou reto pelo box. Claro que naquela época não havia limite de velocidade no box. No máximo uma chicane para que os carros diminuíssem a velocidade antes de passar pelos boxes. E ainda tinha um “atalho” pois o trajeto era mais curto quando o carro ia para o box. Mas só Senna conseguiu fazer isso. E ele percebeu isso. Sorte? Talento? Sei lá!
Prost foi para o box 7 vezes! Os mecânicos tiveram que lixar os pneus para poder reaproveitar!
Uma corrida para ficar na história: The Sega European Gran Prix.

Last edited 1 ano atrás by Sandro
Vai Vettel!
Vai Vettel!
1 ano atrás

Ayrton Senna , devido a um terrível acidente (coisas do esporte-motor), não cumpriu sua Lenda Pessoal. Ele era o terceiro em títulos na época de sua morte (hoje é o sexto). Era o segundo em vitórias (hoje é o quinto). O recorde de poles (imbatível, segundo especialistas) já foi batido por duas vezes. E por aí, vai,
O que se buscou diante desse quadro geral cada vez mais desfavorável? Feitos localizados como o desempenho em Mônaco 1984 com Toleman, a tal “volta mágica” e uma ou outra façanha digna de nota.

Last edited 1 ano atrás by Vai Vettel!
Ilmar
Ilmar
1 ano atrás

Pelo que li recentemente, o Príncipe William é mais chegado mesmo no futebol.

Paulo Dantas Fonseca
Paulo Dantas Fonseca
1 ano atrás

Comprem o livro Ímola 1994, eu recomendo só para pessoas que gostam de automobilismo e as informações interessantes .

Clenio Santps
Clenio Santps
1 ano atrás

Corrida memorável, essa eu também vi, mas lendo o seu texto ganhou novas cores!
Parabéns por mais essa obra de arte literária!

Hilton Vaz Pezzoni
Hilton Vaz Pezzoni
1 ano atrás

“É sempre um prazer ler seus textos, Flávio!”
Pronto.
Plagiei…..rsrsrs

Jose Liborio
Jose Liborio
1 ano atrás

É sempre um prazer ler seus textos, Flávio!

Leonardo Brum Fornasier
1 ano atrás

No Podcast da F1 o Prost falou que o desempenho do Senna naquela volta foi devido alem das suas habilidades na chuva a melhor eletronica do carro da Mclaren na época, inclusive ele fala que aquele carro era superior ao da Willians que por sua vez tinha um melhor motor e um package mais eficiente mas o carro em si o MCL era superior. Entrevista muito boa do Prost, recomendo.

Felipe Gomes
Felipe Gomes
1 ano atrás

Flávio sempre se superando na escrita.
Ficou melhor ler o relato do que assistir a um filme, caso existisse. Competência pura.

Celio Ferreira
Celio Ferreira
1 ano atrás

Nosso escriba abusou da competência na escrita….
Mas vendo a volta , o piloto nos dias de hoje mais proximo
de Sena na agua é Verstapinho , lembram da corrida
em Interlagos…

Megas Alexandros
Megas Alexandros
Reply to  Celio Ferreira
1 ano atrás

Nesse “meio tempo”, Schumacher e Vettel também foram soberbos na chuva em relação a seus adversários.

Carlos Gil
Carlos Gil
1 ano atrás

Olá Flávio, o seu livro pode ser entregue em Portugal?
Parabéns por manter vivo este espaço de leitura sobre a F1 (não só, mas para mim esse é o Tema) com histórias, e opiniões, expressas numa escrita que a ela nos prende até à última palavra.
Uma obrigado daqui de Portugal, hoje na ilha do Pico, mas de partida para o Continente e já com saudades dos Açores.

Jorge Luis
Jorge Luis
1 ano atrás

Obrigado pelo texto !!!!
Relato de só quem esteve lá ….
Vou comprar o livro agora …
Abraço !!!

Edward Fernandes
Edward Fernandes
1 ano atrás

Se vc escreveu sobre esta primeira volta qdo ela completou, 15, 20, 25, e agora 30 anos e vc estava presente na semana da corrida, só mostra que agora vc é um Tiosão. rsrsrsrsrsrs

Paulo Leite
Paulo Leite
1 ano atrás

Informação semi-inútil que não tornará Massa campeão em 2008: O atual vôo BA 244 é para Buenos Aires enquanto para Guarulhos é BA 246.

O texto fica melhor a cada efeméride por isso a releitura é obrigatória. Mas diga lá, para matar o invejoso que sou, você esteve com ele no mesmo vôo 244 da BA em 1993 ?

Paulo Leite
Paulo Leite
Reply to  Flavio Gomes
1 ano atrás

Luiz Inácio e Geraldo também não viajam no mesmo avião para não acabar a humanidade.

Jorge Luis
Jorge Luis
Reply to  Flavio Gomes
1 ano atrás

Perfeito Flavinho !!!!!
kkkkkkkk

Last edited 1 ano atrás by Jorge Luis
Paulo Leite
Paulo Leite
Reply to  Flavio Gomes
1 ano atrás

E o livro não comprarei posto que já tenho na estante, autografado pelo autor e o escambau.

Leandro
Leandro
Reply to  Flavio Gomes
1 ano atrás

Puta merda!!!! Me fez quase cuspir o almoço agora….kkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
Suas tiradas são foda!!! Sem sarcasmo!!! O Hamilton perguntando se tinha dado almoço p Roscoe foi outra pérola!!!! Que vc reclame por ter q escrever sobre o 35…40…45…50!!!! Melhor blog e blogueiro!!!!

Nilton Lopes
Nilton Lopes
1 ano atrás

Senna fez uma primeira volta brilhante, mas a de Rubens foi A Volta naquele dia, no dito pelotão da merda no meio do spray de meio grid . Acho injusto a volta de Ayrton eclipsar a de Barrichello por conta de status, um tri campeão diante de um novato, e as duas ultrapassagens a menos resultatem em P1, mas como teria dito o P3 da prova, c’est la vie.

Edison
Edison
Reply to  Nilton Lopes
1 ano atrás

Fato

GUs
GUs
Reply to  Nilton Lopes
1 ano atrás

Não exatamente, dois carros bateram na frente e um saiu do box (que deveria estar na frente dele no grid), outra duas ultrapassagens foram sobre carros que evitaram a colisão primária, o que não é demérito algum, mas Senna foi ao encalço de carros notadamente mais rápidos fora do salseiro…no meio do furdunço, a chance de ganhar mais posições (ou perder) são maiores do que na ponta, onde o funil aperta. Rubinho foi excelente, mas não foi eclipsado.

Murilo
Murilo
1 ano atrás

Fenomenal relato do Blog mais lido do mundo. Abraço, Don Flávio.

Marcos
Marcos
1 ano atrás

Relato de um brasileiro que decidiu virar torcedor do Alain prost ainda em 85, do alto dos seus 7 anos de idade. Eu era uma criança apaixonada por F1 que cresceu odiando Senna. (Não, hoje não odeio mais o cara…) Eu sofria abuso e até apanhava dos primos, do irmão mais velho, e dos colegas de escola quando meu piloto favorito ganhava, e incrivelmente o mesmo acontecia quando Senna ganhava. Pior ainda… tem gente que vai ler isso e conconrdar que eu tinha mais é que apanhar mesmo. A cobertura de imprensa da época criava e reforçava uma narrativa de herói versus vilão envolvendo Senna e seu “inimigo maquiavélico”, e a galera comprava a história sem pensar ou questionar. Senna e Prost tinham mais em comum que a maioria está preparada pra admitir. Ambos eram geniais, ambos eram implacáveis, ambos estavam preparados pra explorar qualquer fraqueza do rival. Em suma, dois grandes FDPs. Senna foi um monstro do esporte, mas também podia ser um ser humano horroroso quando queria ou julgava necessário. Sua atitude na coletiva de imprensa depois dessa corrida foi lamentável, e todo mundo por aqui vibrou e bateu palmas porque ele humilhou o anão malvado do nariz torto. Me enjoa o estômago até hoje… A williams era rápida, mas não era um carro fácil de pilotar, como o próprio Senna veio a constatar um ano depois. Sim, o carro de 94 era pior, mas o de 93 não era tão bom quanto se dava a entender. O chassi e os sistemas eletrônicos da Mclaren eram superiores. Senna ganhou essa corrida porque era foda… andava pra caralho na chuva e teve uma corrida irretocável, mas também tinha um carro melhor naquelas condições. Se os dois tivessem de fato trocado os carros nessa prova, sua vitória teria sido bem mais suada ou talvez nem tivesse ocorrido. Recomendo fortemente os podcasts Beyond the Grid (última entrevista do Prost falando do campeonato de 93) e Bring Back V10s (episódio sobre Donington 93) pra quem busca uma visão mais imparcial e balanceada dessa história. As pessoas precisam de seus mitos (mito no sentido literal, não o saco de bosta) e seus heróis, mas quando um herói é fabricado, às vezes ele pode virar o vilão de quem não comprou a narrativa. Fica a reflexão.

Pedro Ferreira
Pedro Ferreira
Reply to  Marcos
1 ano atrás

Herói fabricado??? em que mundo é que voce vive?
Prost comia 2 segundos em qualificações com o mesmo carro.
Herói fabricado??

GUs
GUs
Reply to  Marcos
1 ano atrás

Natural que Prost puxasse a brasa para sua sardinha (alguém ainda fala isso?), no entanto, se a McLaren fosse realmente superior em pista molhada, quem sabe o segundo piloto da equipe tivesse feito uma prestação melhor. Tirando Andretti da equação – um novato então – precisamos imaginar, obrigatoriamente, que o segundo carro da McLaren deveria chegar atrás de Senna. Duvido que alguém tenha sequer pensado na possibilidade (fora Prost).

Januário
Januário
Reply to  Marcos
1 ano atrás

Marcos, o histórico do Prost e do Senna na chuva indica que a sua “tese” não se sustenta. O francês conseguiu rodar na volta de apresentação de uma prova com chuva. E basta ver como terminou aquele campeonato para saber que a Williams era muito superior aos demais carros (até o então inexperiente Damon Hill ganhou umas três provas naquele ano).

Gabriel
Gabriel
1 ano atrás

Que baita texto, me deu vontade de comprar o livro.

Franco Bacinello
Franco Bacinello
1 ano atrás

Convencer um crente maluco de que não foi “Deos” o responsável pela vitória ou derrota na corrida é tarefa tão fácil quanto explicar para alguns fanáticos de carteirinha que o Comunismo, pelo menos para o gado, não funciona.

Pedro Ferreira
Pedro Ferreira
Reply to  Franco Bacinello
1 ano atrás

Então quem foi?

Gustavo Leme
Gustavo Leme
1 ano atrás

Já havia lido no livro, mas sempre gostoso reler!

Felipe
Felipe
1 ano atrás

Lembro da corrida, li o texto no livro, só não lembrava do troféu do Sonic

Rafael P
Rafael P
1 ano atrás

Que saudades eu tenho de textos e não vídeos…
Espero ler esse texto de novo daqui 5 anos.

Marcus
Marcus
1 ano atrás

FG, você ainda tem a jaqueta da Williams?

Paulo Leite
Paulo Leite
Reply to  Flavio Gomes
1 ano atrás

A jaqueta é forte candidata a um bingo.