MENINOS, EU VI
SÃO PAULO (poderia ser nome de nova seção, mas ainda tenho muito pra ver…) – Quem já leu “Ímola 1994” deve se lembrar dessa passagem. Na quinta-feira, véspera dos treinos para o GP de San Marino, fizemos a última coletiva com Senna — nós, imprensa brasileira. Eu nunca tinha visto essas imagens até outro dia. E certamente não as vi antes de escrever o livro. É um vídeo que mostra as últimas horas do piloto no autódromo Enzo & Dino Ferrari.
A partir de 1min00s do vídeo, vocês verão algumas cenas que estão contadas no capítulo dedicado à triste corrida. Minha descrição, aliás, é bem precisa: a calça branca e o macarrão com molho de tomate (leiam o livro, vão entender) foram os detalhes que me deixaram aflito naquele dia, mais do que qualquer outra coisa relativa ao carro, ao campeonato, à Williams…
Até 1min20s, tudo que escrevi está lá: os fãs tirando foto quando Senna chega ao paddock, ele meio impaciente com os caras (nunca gostou desse pessoal que chega abraçando), a entrevista no motorhome da McLaren na hora do almoço, e eu lá, de pé — sou o cara de camiseta branca, óculos escuros e gravador na mão. O gravador ainda está comigo, com essas entrevistas registradas. Foi nosso blogueiro Lucas Giugno que mandou o vídeo.
Mais um da série “meninos, eu vi”. Ninguém me contou.
Se a barra de direção do Williams não quebrou antes do impacto, porque então Senna não virou o volante tentando evitar um choque frontal com o muro da Tamburello?
Na verdade as últimas imagens registram ele virando o volante e o carro seguindo reto…isso que poderia indicar a quebra da barra de direção…tô certo, produção?
O Youtube volta e meia desenterra (é, sei…) cada coisa legal, já tinha visto esse e outros vídeos relacionados. A história a cores e em movimento, muito interessante.
FG, acredito que nem com essas imagens que corroboradam com tantas outras, ainda vai ter aquele “fiel” da Igreja Adventista da 6ª Marcha duvidando dos fatos do livro e de inúmeras reportagens que você escreveu. F****-se esses canalhas.
Este Mário Neto vive muito preocupado com os gostos dos outros.
Lamento informar-lhe mas numa sociedade democrática cada um gosta do que quiser, por muito que voce não goste.
Eu trabalhava na Tok & Stock nessa época e estava em São Paulo. Iríamos no Morumbi àquela tarde ver Palmeiras e São Paulo pelo campeonato paulista. Saímos bem tarde porque ficamos vendo a notícia do Senna. Ficávamos num sobradinho parede com a Tok de Pinheiros com a luxuosa vizinhança do Nasi do Ira! tocando guitarra as 2 ou 3 da manhã. O Palmeiras ganhou de 3×2 e eram dois timaços. As torcidas gritaram em uníssono o nome de Senna durante o jogo. Quem fez gol fez o gesto virando o volante. Alguns dias depois, ainda na mesma loja, baixamos as portas quando passou o carro de bombeiros com o corpo de Senna. Vi essa cena da Marquise da loja. Aquele prédio subindo do outro lado do Rio Pinheiros na direção do Shopping Iguatemi que mudava as janelas e fazia desenhos conforme algum acontecimento, feliz ou não, posso estar enganado o desenho, mas minha memória diz que era um óbvio S. Desculpe o relato, mas tal qual o 11 de Setembro e a morte de Tancredo (guardadas, claro, todas as proporções de cada acontecimento desses) foram dias que relembro dias antes…o próprio dia…e dias depois. Lembro até o que almocei e jantei em cada um desses dias. Foram dias de um certo torpor, de um certo susto, como uma ressaca de acontecimentos que a gente não esperava.
É sempre marcante ver estas imagens. E pensar que hoje, acidentes como os ocorridos neste trágico final de semana, dificilmente provocariam qualquer ferimento aos pilotos.
As causas do acidente de Ayrton perdem a importância diante da tragédia, não só dele, mas de Roland. E nada vai mudar em relação às culpas, porque os culpados não foram punidos.
Sempre muito triste lembrar deste final de semana.
*Entrevista no box da Williams
Flavio, você sabe se o Newey já deu alguma entrevista marcante falando sobre o assunto?
Há muitas, mas nada muito bombástico.
Muito bom F GOMES
famosos sempre causam alvoroço polemica, mas a morte do Ayrton Senna, o da Silva, foi bem trivial, bem simples até. carro e piloto não se encaixaram! e nem é preciso falar dos dois: melhor piloto e melhor carro, mas todos viram que Senna na hora da corrida sofria com a máquina tremenda Williams. assim como ele rodou em interlagos pista conhecidissima dele ele rodou na outro pista conhecidissima san marino, e numa curva fácil que se fazia a 300 km, quando ele notou que se perdeu freiou tudo mas já era tarde, basta tambem comparar com milionarios que ja teve varios carros e mora ao lado. que compra a primeira ferrari , bugati, etc, dai ao sair da revenda, na primeira acelerada, curva ou freada …. CRASH !!!!
Cara, até a justiça já provou que a coluna de direção quebrou, com análise técnica atestando ruptura por fadiga, não impacto. Então analisa os fatos com critério antes de escrever besteira.
Justiça não provou nada.
Reli o livro essa semana. Muito legal sua passagem com o Pirro, que foi assistente no julgamento, quando ele comenta sobre uma possível falha em um sistema hidráulico que seria ilegal.
A justiça provou que Senna estava morto, apenas isso. E Ratzenberger, coitado, nem isso.
Nao provou pque a Bananolandia de lá aliviou e passou pano geral
https://ge.globo.com/motor/formula-1/blogs/f1-memoria/post/2020/02/20/seis-pessoas-foram-indiciadas-por-acidente-com-ayrton-senna-em-imola-mas-ninguem-acabou-preso.ghtml
No entanto, o caso foi reaberto, e, um novo julgamento, em 2007, concluiu: “Foi determinado que o acidente foi causado por uma falha na coluna de direção. Essa falha foi causada por mal projetados e mal executados. A responsabilidade por isso recai sobre Patrick Head, culpado de controle omitido”.
sAOA ARGUMENTOS DE ACUSAÇÃO, mas pensen, peças para carros de F1 não são feitas em séries, são cortadas e montadas conforme as necessidades e essa não era a primeira barra de direção feita pela williams, essas barras preveem um pouico de ocilação, e a fratura da berra se deu no impacto, agora não dá pra ficar se baseando em desenhos feitos em computador, isso nao prova nada, se alguem da equipe williams tivesse um pouco errado nenhum juiz italiano deixaria o caso escapar, deixem o defunto descansar em paz, pois o que aconteceu foi que ele deu uma escapadinha numa curva ultra veloz num carro que lhe era estranho mas nao era exatamente um carro ruim, talvez fosse bom ate demais pro senna e bateu no muro de uma forma desfavoravel, agora teoria de consiparação tem aos montes por aí.
Então para si Senna era que nem Milionário que compra carro e não tem maos para ele….
Realmente se havia algo que Senna não sabia fazer era conduzir….
Sem mais comentários perante sua autoridade em automobilismo.
Mais um da Igreja Adventista da 6ª Marcha.
É o sullivan, cada dia com um apelido novo.
A telemetria mostra que não houve erro do piloto!! E todos os pilotos ( unânime ) dizem que é impossível Senna, ou qualquer outro piloto, errar naquele ponto!! Daí vem você, com a comparação mais estúpida que já vi sobre o assunto, e faz essa observação ainda mais estúpida!! Sem o menor fundamento.
Impossivel errar….??? TA MORTINHO !!!
Nossa Senhora! rsrsrsr…haja imaginação (falta busca de leitura) para fazer esse tipo de ilação.
Parece besteira, mas eu lembro exatamente de tudo o que eu fiz naquele dia. Eu era criança tinha 9 anos e o Senna era meu maior ídolo.
A primeira corrida que eu “vi” eu estava dentro da barriga de minha mãe em Jacarepagua, acho que este pequeno “fato” me levou a gostar tanto deste esporte e acompanhar as mais diversas categorias.
Em 2010 eu fui pela primeira e única vez a interlagos e vi a pole de Hulkenberg na chuva.
Obrigado Flavio pelos blogs, pelos livros e até pelos podcasts agora =), obrigado por me manter “ligado” a algo que faz parte da minha existência.