MOGIANAS (1)
MOGI GUAÇU (Koxixo logo, porque a fome é grande e a sede, maior) – Estamos de volta ao Velo Città sete meses depois de nossa estreia nesta pista espetacular da Mitsubishi no ensolarado interior de São Paulo.
Que frase horrível.
Começando de novo.
Sabe sol e céu azul? Pois é. A mogiana viveu uma sexta-feira assim hoje, muito calor e secura, e 17 de nós acelerando no Velo Città. Faz sete meses que estivemos aqui pela primeira vez. Viemos, no fim do ano passado, com mais gente. Salvo engano, largamos com 23 carros, contra 18 que estarão no grid amanhã.
É a crise, é a crise, é a crise.
E, também, o calendário. Tivemos corrida faz poucas semanas em Interlagos e teremos outra no dia 20. Mas é o que deu para encaixar. Não se faz milagre. Alguns optaram por poupar o equipamento, sei lá. O que não é legal. A gente vive reclamando de Interlagos, disso e daquilo, e quando tem um evento desse porte, a preço justo, com almoço, café da manhã, janta, transporte, estrutura, tudo perfeito, muita gente rói a corda. Parece que tem medo de sair de Interlagos, tá doido…
Dada a bronca, à pista.
Atrasei para o primeiro treino porque fui resgatar meu convidado especial, Nipo Luso, hospedado num cinco estrelas do centro de Mogi. Guaçu, não Mirim. Consegui dar cinco voltas, a melhor delas em 2min14s269, 14° entre os 17 que treinaram. Não foi grande coisa, mas estava sem freio. Trocamos as pastilhas, Halls por Valda, e segundo meu chefe de equipe a bagaça vitrificou. Fingi que entendi e respondi que era melhor desvitrificar porque daquele jeito, de tarde, não ia dar.
Demos um jeito e, no treino depois do lauto almoço, completei 14 lautas voltas, a melhor delas em 2min12s939. Ano passado, na classificação, fiz 2min11s597. Meu carro e eu estamos sete meses mais velhos. Mas mais experientes e sabidos, também, o que significa que amanhã cedo, na classificação, qualquer tempo acima de 2min10s não será aceito e nos retiraremos da corrida.
Mentira.
Os 2min12s me deixaram em nono de tarde, segundo na minha categoria que, para variar, é a mais numerosa das três. O que significa que a chance de troféu é diminuta. São sete no meu grid e cinco serão os premiados. Vai ser dureza, porque tirando o Cury e seu Fusca voador, o resto está tudo na mesma balada.
Mas para isso temos Nipo Luso, escalado para chegar às 7h amanhã e colocar açúcar no tanque de todos eles. O sorrateiro oriental já me informou por SMS que armazenou 17 saquinhos de adoçante do hotel, também, para qualquer emergência.
O mais rápido do dia na nossa turma foi Antonio Chambel, Passatão miraculoso, 1min59s845. Foi dele também a maior velocidade registrada na reta, 160,483 km/h. Meianov passou a 140,448 km/h. Meu treino foi muito curioso porque nas últimas três voltas rodei miseravelmente no S e os bandeirinhas devem ter se dobrado de rir porque foram todas iguais.
Mal sabem dos meus planos, esses bandeirinhas. Aguardem. Foi tudo programado e pensado. Estratégia.
Classificamos amanhã às 9h. Corremos ao meio-dia com previsão de um calor de torrar amêndoas. Nossa infra é impecável, como sempre. Esse pessoal da Mitsubishi não sabe mais o que fazer para nos agradar. Tem até um aplicativo para todos os tipos de celulares do mundo neste link aqui, para acompanhar a cronometragem ao vivo.
Ah, e preciso fazer um registro. Depois de anos reencontrei Marcelo Battistuzzi, ex-piloto, que chegou à F-3000 e bateu na trave da F-1 lá pelo fim dos anos 90. São muitas histórias para contar, e contaremos. Marcelo e seu pai, que sempre o acompanhava nas corridas europeias, são grandes e queridas figuras. Fiquei feliz mesmo de vê-los. Estão montando um mega-simulador para a turma que anda de Lancer. Vai ser um equipamento precioso para os pilotos da Lancer Cup, com quem corremos aqui neste fim de semana.
E, agora, ao Koxixo.
O Meianove tá com focinho de Passat.
Onde acho mas fotos dessa BMW??… Que linda!
No site da Classic Cup :
http://classiccup.com.br/
Esta estratégia das rodadas no mesmo ponto foi a mesma que o Felipe Massa usou em Mônaco?
Vi os carros em duas cegonhas haha. O meianov com a pintura nova no alto e na frente da primeira.
Se tiver tempo (e se gostar de peixes), vale a pena uma esticada até a “cachoeira” do rio Mogi-Guaçu, onde há tempos atrás havia um bom restaurante, famoso pelo “pintado na brasa”. Os locais poderão confirmar se o restaurante ainda está funcionando.
Boa sorte na corrida!
Ah, Beemevê 53…
Uma dica: Se os pneus do Meianov forem Pirelli, não os inverta de lado, não passe os de trás para frente e vice-versa, não utilize o estepe e coloque câmaras como garantia. Se persistirem os sintomas um borracheiro deverá ser consultado..Avanti!!!
Os pneus Pirelli de uso normal são bons, e nada tem a ver com os equívocos da equipe do Sr. Hembery ao seguir as orientações do Bernie e do Todt.
Flavio, o autódromo vai ser aberto ao público??!!
Não, é evento fechado. O Velo Città ainda não tem estrutura para fazer eventos abertos ao público.
Todos os que têm a oportunidade de conhecer e praticar na pista da Mitsubishi enchem-na de elogios. Duas semanas atrás foi o próprio Piquetzão durante as 1000 Milhas Históricas.
No momento em que os amigos cariocas se sentem órfãos e os Curitibanos estão para perder sua pista, fica a pergunta:
Será que a pista de Mogi custou bilhõe$$$ ?
Como é possível a sua realização e manutenção, sem a necessidade de verbas municipais, federais ou espaciais?
Tem como assistir à esta corrida? Sempre quis ir à este autódromo, como estou em Campinas é pertinho!
Ingelizmente, o evento é apenas para convidados do pessoal da Lancer Cup e da Classic Cup.
snif