Bravos rapazes
SÃO PAULO (era duro) – 10 de setembro de 1978, Monza. Petrius Portiglius foi quem encontrou esta rara reportagem sobre a morte de Ronnie Peterson. O que mais impressiona são as imagens dele sendo levado à ambulância. Estava lúcido e consciente.
Morreu no dia seguinte, no hospital.
HOMENS pilotos….hj homens ROBÔS !!
Bianchini
Desculpe-me, vc tem todo direito de expressar o que sente, acho que deve ser assim mesmo.
Como vivemos numa democracia, também sinto-me no direito de dizer o que penso, de tentar esclarecer o que pra mim parece um mal entendido.
Você assistiu a morte de Ronnie Peterson ainda novo, eu já estava com 30 anos, um pouco mais de tempo freqüentando boxes, pode parecer que isso não vem ao caso, pois antigüidade não é posto.
Mas estes tempos freqüentando boxes, muitas vezes constatei o seguinte, um piloto, seja ele quem for, está aflito, tenso, ansioso com um problema em seu carro que ninguém ainda descobriu qual é.
Justamente nesta hora aparece alguém que vai ali pela primeira vez e chama-o para conversar.
Como ele está preocupadíssimo com aquilo, não dá a atenção que a pessoa esperava.
Pronto, observo ela sair dali e comentar que ele é mascarado.
Pergunte ao FG se não é verdade o que vou te falar agora.
Quando fui no Farnel do FG, estava andando nos boxes com Ferreirinha e Flávio, solicito, veio conversar comigo.
Pergunte a ele se não foi isso que disse a ele : – Flávio, sei como são corridas, o carro nunca está pronto.
Fique à vontade, depois da corrida conversamos.
Após a corrida, batemos papos bem agradáveis, descontraidos.
Olha, Deus me deu o privilégio de conviver com Ayrton, seu irmão Leo, seu empresário Armando, seu pai Milton, desde 84 quando começou a correr na Toleman, até sua morte, tenho fotos dele e com ele na Toleman.
Se tem uma coisa que nunca vi nele é ser mascarado.
Atendia a todos, sem exceção, com muita gentileza.
Desculpe-me, continue à vontade com sua opinião, creia, não me traz prazer algum discordar, mas conhecendo-o como conheci, estaria me sentindo como que praticando crime de omissão se não desse este depoimento.
Mister Mistério
Desculpa, rapaz, estive ocupado estes dias e só hoje vim aqui e vi que vc deixou um link.
Olha, fui ver, embora seja muito legal, não foi essa a corrida que me referi, não.
Na que vi ele parecia que estava andando de kart.
Vou te enviar por e-mail, uma foto dele dando show.
Mais uma vez, obrigado.
Desculpem-me, corrigindo o portugues:
Assistam esse aqui com belas imagens do Ronnie :
http://www.youtube.com/watch?v=zxwdEmjjwPw&NR
Assistem esse aqui com belas imagem do Ronnie :
http://www.youtube.com/watch?v=zxwdEmjjwPw&NR
Foram três perdas irreparáveis. Acho que Ronnie, Giles e Senna foram o máximo de ousadia que vi nas pistas….uma pena que geralmente a morte não poupa aqueles que aceleram com a faca nos dentes.
Concordo com Peterson e Villeneuve, pois também os acompanhava pela TV. Mas quanto ao Senna, eu o incluo em categoria de ídolo maior, junto aos dois acima. Quanto aos outros também concordo, apesar de serem perdas irreparáveis. E como disse a esposa do sapateiro, ” O bom é que saímos vivos, somente com uma perna quebrada”.
Blogueiro de férias é uma desgraça, só lê alguns dias depois… ô preguiça de ligar o computador! Quanto ao Peterson, eu tinha 7 anos na época (quase 8, na verdade), assistia as provas pela TV e foi um grande choque saber que aquele piloto que dava tanto show na pista tinha sofrido um acidente tão sério. Depois, dia seguinte, a notícia da morte. A morte já não era desconhecida de minha parte (meu pai tinha morrido no mesmo ano de 1978), e lembro de ouvir a notícia e ir para o quarto chorar. Mesma reação tive num sábado de 1982, quando meu outro grande ídolo (até ídolo maior, pois pilotava uma Ferrari) Gilles Villeneuve morrera. De lá para cá, não achei outro piloto pelo qual valesse a pena chorar pela morte. De Angelis era um ótimo acertador de carros, mas de pilotagem discreta. Bellof quase chegou lá, mas era um iniciante, assim como Palleti (Canadá-82). Não gostava do Senna (achava – e ainda acho – que era muito mascarado, verdadeiro como uma nota de 3 dólares), e o Ratzemberger não me dizia nada. Greg Moore também era muito discreto para o considerar um ídolo. Fiquei muito assustado com o acidente do Zanardi, esse entra na categoria de ídolo, e fico muito contente cada vez que assisto uma prova do WTCC e vejo uma boa apresentação dele.
Mas o Peterson e o Villeneuve foram perdas insubstituíveis!
O que aconteceu para o Peterson morrer tão rápido foi o seguinte: os médicos imediatamente o levaram para o hospital e procederam à amputação de ambas as pernas. Ele quebrou todos os ossos, do fêmur ao calcanhar, na perna direita.
O médico Marinoni, que o operou na época disse “jamais vi nada parecido”.
Então houve a limpeza do ferimento para depois haver a sutura. E durante a limpeza, um fragmento ósseo não foi devidamente retirado e se alojou na corrente sanguínea do sueco, provocando a embolia que o matou.
Buriti:
Aquele Ensign 22 era do Derek Daly, o Regazzoni correu com um Shadow e o Piquet realmente com a Mclaren particular. O Morris Numm algum tempo depois fecharia a Ensign e seria parceiro de Emerson nos EUA. Depois fundou a Mo Numm racing sendo patrão do Zanardi e do Tony Kanaan.
Caro Burití.
Acho que o Piquet só correu em Hockenheim pela Ensign. Em Monza, acredito que ele tenha corrido pela Mclaren-Chesterfield do David Simms. Aquele Ensign ou era do Harald Hertl, ou de outro piloto ( não me lembro se o Regazzoni ainda pilotava pela Ensign ou já tava na Williams ). Vou checar no Forum Faster.
Vendo o documentário, nota-se a preocupação de boa parte dos pilotos com o acidente. Será que hoje as reações dos “colegas” seriam as mesmas? Penso que não, e acredito que essa frieza é uma das razões da F1de hoje ser tão sem graça.
Outro dia vi um video dele, no proprio youtube mesmo, tocando uma Tyrrell, camera onboard….
coisa de 30, 35 segundos. Mas suficiente pra ele encarar uma curva pra direita, e entrar naquele estilo.
Nasci na época errada. Queria ter visto um Ronnie Peterson tocando uma viatura dessas, sem controle de tração, eletronica embarcada, P##### nenhuma….na mão mesmo.
Um dos grandes, sem dúvida alguma.
Reverências…
O acidente de Peterson postado no Youtube, é uma parte do documentário, Pole Position, continuação do Speed Fever, ainda existe um terceiro documentário dos mesmos produtores chamado de Turbo Time. Uma trilogia que com certeza, vale a pena ser garimpada e assistida várias vezes.
Abraços.
Corrigindo Sidney, coloque só ” Mônaco 70 “, valeu?
Prezado Sidney.
Enviei um link de Mônaco 70 pro Gomes. Não sei se é essa corrida que você procura. De qualquer modo, coloque ” Mônaco 1970 ” no YouTube e dê search que esse vídeo tá na mão. Abraços.
Outro dia, fui ao hospital e o crachá do funcionário indicava seu nome: Ronipetson.
Perguntei e ele confirmou que era uma homenagem do pai ao piloto sueco.
Grande piloto, grande fatalidade: embolia, para quem andou o que ele andou é realmente o fim da picada.
Vou fazer um pedido a Claudio Ceregatti e demais companheiros deste blog, pois já procurei e não achei.
Se por acaso algum de vocês souber o link no Youtube onte tem uma corrida de FI de Jochen Rindt em Mônaco, por favor, deixem ele aqui.
Me lembro de ter assistido na TV, onde ele deu um show de derrapagens controladas, parecia que estava andando de kart.
Obrigado.
Outra observação…
Que F1 cruel era aquela…
Num mesmo vídeo: Peterson, Pironi, Regazzoni. Depois Hunt, mas por outros motivos. Lauda, já deformado. Emerson sobrevivente.
E Bernie ainda a caminho de ser bilionário, já barbarizando no meio de um circo de horrores.
Li em algum lugar que ele era empresário de Jochen Rindt. Quando soube de sua morte em Monza/70, foi até a parabólica, pegou o capacete dele e foi dar a notícia à esposa no box.
Era uma F1 romantica sim, mas assassina. A lista é enorme, infelizmente.
Nesse fim de semana estávamos numa etapa do campeonato Brasileiro de Formula VW 1300 e 1600 em Tarumã.
Lembro que eu e o Tide Dalécio voltávamos para São Paulo, quando soubemos da morte do grande mestre, Ronnie Peterson.
Assim como o Veloz HP, tive o privilégio de vê-lo em ação por mais de uma vez em Interlagos, e muitas e muitas vezes pela TV.
Era o cara, não tenham dúvida. Um homem-show. Rápidíssimo, ousado, abusado, agressivo. Brilhante, excepcional.
No tempo que era comum andar de lado, no tempo que todo mundo fazia isso, ele ia muito mais além. Só vendo os velhos vídeos, mesmo…
Esse sempre me fez lembrar do Bird. Sempre.
Assisti esta corrida pela TV, fiquei muito triste, torcendo por sua recuperação, pra mim ele fazia parte dos melhores pilotos estrangeiros desde que comecei a acompanhar corridas.
Meus ídolos estrangeiros em ordem cronológica desde que comecei a acompanhar : Jim Clark, Jocken Rindt, Ronnie Peterson, Jackie Stewart.
É muito triste. Tentaram culpar o Chapman, mas devia prender quem acinou as luzes de largada.
Neste vídeo fica claro que a largada foi dada com os carros ainda em movimento – o que fez com que os últimos do grip se amontoassem com os primeiros. Deu no que deu !
http://www.youtube.com/watch?v=1wk7uSuWPkE&mode=related&search=
comentário nada a ver, mas, repararam que os pilotos dá época pareciam mais velhos, mais maduros? agora só tem uma garotada com cara de bundinha…
Não sei se alguém percebeu, mas aquele carro escrito Tissot que aparece em primeiro plano em uma das tomadas não seria o Ensign que o Nelson Piquet pilotou naquele GP?
Eu lembro que ele também chegou a pilotar um Mclaren M23 naquele mesmo ano para outra equipe, acho que esse Ensign era da equipe do Morris Nunn, alguém cofirma isso?
No ao seguinte o Nélson assinaria com a Brabham e o resto da hitória o povo todo já conhece.
Acho que já contei isso por aqui, mas creio que vale a pena repetir.
No torneio internacional de Fórmula 2 que foi disputado em Interlagos em 1971 vi algo que nunca mais me esquecerei.
O show era do Emerson, Peterson, Pace, Wilson, Tin Shenken e Dave Walker se engalfinhando numa disputa feroz e animal pela vitória.
O Emerson, Peterson e Pace se distanciaram um pouco dos demais e aí o show subiu de nivel pois eles eram realmente os melhores.
Quase ao fim da corrida a Lotus do Peterson que vinha em segundo colado ao Emerson quebra na entrada da Curva do Laranja e ele vai no embalo até o S onde para o carro em meio à comoção de toda a lotada arquibancada.
Ele então, sobe pelo mato até sair na Reta dos Boxes e vem caminhando ao lado da pista em direção a eles.
Caminhando poucos passos e tendo de parar para acenar para a platéia que não parava de aplaudí-lo.
Nunca me esquecerei dessa cena. Parecia uma “ola” em câmera lenta com todos em pé aplaudindo o Peterson que caminhava em direção aos boxes.
Eu estava no meu lugar favorito e vi com o binóculo que ele estava muito emocionado, com os olhos marejados e um sorriso sincero de agradecimento por aquilo.
Para um escandinavo, chorar sem sentir dor é uma coisa tremendamente forte.
Grande Peterson. Aquele dia, nós da arquibancada fizemos o coração da fera bater mais forte e diferente do habitual.
Impressionante mesmo .
Sim , foi o Patrese que iniciou as colisões , mas a culpa foi do estúpido diretor de prova que deu a largada com os carros da últimas filas ainda em movimento . Houve JUlgamento mas Patrese e o idiota do diretor de prova foram absolvidos
Quem provocou este acidente não foi o Ricardo Patrese?
O acidente de Regazonni foi em 1980, já em carreira descendente pela Ensign-Ford
Clay Regazonni ficou paraplégico no GP de Long Beach após bater sua Ensign-Ford de frente, sem freios no guard rail
Apesar de ser considerado um dos maiores adversários de Émersosn, eu o considerava o mais rápido de duas gerações. Era um super pilotos, às vezes arrojado demais, tanto que, neste ano, o campeonato ficou fácil, fácil para o Andretti.
Mas dava gosto vê-lo pilotar.
Em minha primeira coluna, a inaugural do Retriovisor, falo justamente dele e volto ao tema na coluna Campeões sem Título.
O cara era muito bom e, na minha opinião, um Senna melhorado.
Impressionantes estas imagens.
Me lembro de ter assistido à transmisão da corrida ao vivo com o meu pai.
Eu tinha apenas 6 anos de idade mas me lembro de tudo nos mínimos detalhes.
Se vcs notarem, aparece várias vezes o início de um dos curvões do circuito oval inclinado; inclusive, a maioria das imagens foi feita a partir dali, no fim da reta.
Ronnie é o maior de todos os tempos!
Tenho guardada até hoje a revista Quatro Rodas, que relata esse acidente. Em certa parte dizia que se Peterson tivesse sobrevivido, teria uma vida extremamente limitada em virtude de, se não me engano, ter sido amputada uma perna e a outra também com risco de amputação. Esse vídeo é marcante e revelador pra mim. Uma coisa é você ler sobre algo e depois de muito tempo ter acesso a um vídeo que destrincha um acidente de forma tão clara. Também notar a presença de um Pironi e um Hunt, ambos sucumbidos por razões tão dispares, num instante de socorro e apoio a um companheiro também é digno de nota. São meus heróis, assim como Clay Regazzoni. Pessoas que pagaram um preço alto por amor a um esporte ou por consequências de uma vida. A todos, meu respeito.
Com certeza foi um dos maiores pilotos que a f1 conheceu , junto com Villeneuve (pai) foram grandes ídolos. Imagino um grid com Peterson, Villeneuve e Senna, seria demais . Abraços a todos ,parabens FG.
Essa morte estúpida de um dos melhores pilotos de F-1 de todos os tempos (quem o viu vindo de lado no Sol e Laranja, com o Tyrrel de 6 rodas há de concordar) com o Lotus 78 serviu pelo menos para abolir a colocação dos tanques de combustível ns laterais, um absurdo ainda herdado dos carros dos anos 70.
Foi realmente uma morte trágica e sua esposa Barbro nunca se recuperou e alguns anos após ter se casado com Jonh Watson (eu acho) ela cometeu suicídio em 87.
Oi Bruno ,
foi mais ou menos isso, na verdade foi uma embolia gordurosa, um coagulo ou vários, que foi formado pela gordura do tutano, devido as diversas fraturas expostas que ele sofreu e sendo assim ao entrar na corrente sanguinea foram bloqueando prgressivamente veias e artérias que vieram a ocasionar sua morte.
à todos que leram o meu post anterior, estou sem audio no meu micro, então eu não sabia o que estava sendo narrado em italiano. Peço desculpas a todos.
Mauricio, se voce assistir de novo dá para ver o segundo Copersurcar passando bem devagar. É o ultimo carro, no enquadramento do carro que para no acostamento. E lá no meio do video tem um bigodudo com um macacão vermelho da ferrari , com a balaclava ( é assim que se escreve?) no alto da cabeça que parece reclamar de alguma coisa com um policial que está com um cachorro – ele bate no proprio braço com se estivesse reclamando do tempo, da demora ou do atendimento ou da limpeza da pista. Mais na frente no video, passando pelo Bernie Eclestone, ele fala alguma coisa, o Bernie volta, puxa-o pelo braço, põe a mão no peito desse piloto e a turma do deixa disso entra no meio. Esse piloto, algum tempo depois, numa prova do campeonato, se eu não me engano em Chicago, sofreu um acidente.
Bateu de frente num muro, quebrou as duas pernas, ficou paraplegico.
Chegou a correr de caminhão no Rally Paris Dakar. Seu nome Clay Regazonni.
Tirando o aspecto trágico, é interessante como o Emerson sempre se livrava dos acidentes. Quem poderia dizer que do meio daquele inferno em chamas sai um Copersucar Fittipaldi inteirinho? Ele era demais.
Ele morreu por causa de um pedaço de tecido que entrou na corrente sanguínea. Parece que foi falha médica. Se estiver errado me corrijam.
Impressionante esse acidente, ainda mais tratando-se de Peterson, que tinha tudo pra ser campeão do mundo. Me remete a outro acidente, talvez o pior que já vi, em Toronto 1996, com Jeff Krosnoff.
Flávio, parabéns pelo blog e pela seção Gira Mondo. Tomei a liberdade de indicar seu blog nos meus preferidos. Estou começando agora, não venho atualizando com muita frequência, mas leia quando puder, pra ver se eu tenho jeito pra coisa. Grande abraço!