Acabou a F-Renault

SÃO PAULO (pois é) – Não é por falta de aviso. Venho dizendo há meses que a crise dos monopostos no Brasil e essa sanha pela Stock Car vai acabar com a fábrica de pilotos do país.

Ontem a Renault emitiu comunicado informando que está fora das competições brasileiras na condição de promotora.

Assim, acaba a F-Renault. Clio e Superclio, não sei.

A F-Renault surgiu em 2002 como uma boa notícia. Relativamente barata e acessível, atualizada tecnologicamente e com gente séria, como o Brunoro, envolvida na sua promoção e organização.

Virou uma zona, todo mundo querendo ganhar dinheiro fácil, e babau. Vai acabar se transformando em categoria regional, provavelmente correndo só em Interlagos, como a antiga F-Ford, hoje F-São Paulo. Afinal, tem um monte de carrinho pronto para correr por aí.

Os mais chegados dizem que Pedro Paulo Diniz começou a enterrar a categoria quando colocou André Ribeiro e uma certa Marli Parra (ex-Philip Morris e outras empresas) na parada. Como não sei dos detalhes, deixo para quem sabe explicar.

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Supermouse
Supermouse
17 anos atrás

Trabalhei 2 anos em uma equipe de Fórmula 3 Sudam e o que se dizia nos bastidores sobre o Andre Ribeiro e sua trupe era realmente de desanimar. O resultado está aí.

Toty
Toty
17 anos atrás

Fora do tópico mas em tempo.
Sobre aquele “taxi” russo, várias fotos e até um desenho raio x.
O link é esse:
http://museum.autoreview.ru/content/view/79/11/

Luiz Eduardo
Luiz Eduardo
17 anos atrás

Na minha opinião, automobilismo forte não significa ter piloto na F1 e sim ter várias categorias nacionais fortes, que é o caso da Argentina.
A diferença é que não temos um automobilismo forte, mas temos alguns milionários dispostos a gastar um monte de $$$ para colocar seus filhos na F1. Mas isto deve acabar, pois com os custos da F1 nos níveis atuais tem cada vez menos gente disposta a enfiar tanto dinheiro com risco tão alto de não dar certo. Aí ficaremos sem ninguém na F1 e sem categorias interessantes, a não ser a Stock . A Superclassic, por seu lado, é um bom exemplo de que a paixão pelo esporte também pode gerar resultados. Acho ótima a idéia de uma Fórmula 1.0 multimarcas e multichassis, desde que seja muito barata, permitindo a entrada de muitos pilotos, pois talento não nasce apenas entre ricos.

Speed Arosi
Speed Arosi
17 anos atrás

Não sou piloto, não tenho dinheiro, mas gosto e muito de automobilismo, começei vendo Super Vê em Interlagos e não larguei mais.
Espero que associações de pilotos como a APTA, que organiza a SuperClassic, possa, por esse Brasil a fora, fazer alguma coisa, para resgatar os monopostos, e não precisa ser monomarca, porque isso é passageiiro, só rola enquanto está dando dinheiro.
SALVEM OS MONOPOSTOS DO BRASIL
ABAIXO ASSINADO PARA QUALQUER LUGAR E VAMOS EM

Christian S
Christian S
17 anos atrás

Pedro Jungbluth – 100% correto!

No motocicliesmo internacional existe a Superstock tanto no mundial como em vários campeonatos nacionais e locais. Motos de rua, sem seta, retrovisor, farol e pedaleira do garupa. o resto é original Grids cheios.

Qto ao fórmula 1.0 com motores multimarcas também seria uma opção. Afinal o cara poderia dizer ó o motor do meu carro ae! Mas limite de preparação é o chip e o escape SÓ.

Rodrigo Tosetti
Rodrigo Tosetti
17 anos atrás

Marcos , o resultado dos “moleques” brasileiros , ( que passaram pela sudam) nos testes da GP2 falam semana passada , falam por si só .

revelador
revelador
17 anos atrás

hahahahaha…. nesse país ainda tem bocó que acredita e investe…. quero ver aonde vão arrumar suporte para sustentar a Clio e Super Clio nos próximos anos…. Mas tudo bem…. ali todos são empresários ricos ou filhinhos de papai, portanto de fome ninguém vai morrer….. e nós, fãs de automobilismo também não estaremos perdendo propriamente um show nas pistas…. e segue a vida!

Marcos Ferreira
Marcos Ferreira
17 anos atrás

Conheci a Marli Parra e o André Ribeiro na época que fiz cronometragem para a Renault. Todos os comentários que ouvia eram que eles realmente atrapalharam o desenvolvimento do campeonato, todos os bons profissionais que trabalhavam na organização sairam por causa da dupla Parra-Ribeiro.

Marcos Ferreira
Marcos Ferreira
17 anos atrás

Discordo que a F3 seja melhor que a espanhola ou outra qualquer. Qual a visibilidade que os donos das equipes na Europa ou EUA tem dos pilotos que correm aqui. E como comparar a F3 Sudamericana com outra qualquer, ja que a nossa usa motor 2.3 da Ford, ao contrário dos motores 2.0 em qualquer outro lugar do mundo. Falar que o motor do Berta é o mais potente do mundo é ridiculo, não se compara um motor 2.3 com um restritor de ar muto maior que o usado em qualquer outro lugar. F3 Sudam para mim é piada!

Rodrigo Tosetti
Rodrigo Tosetti
17 anos atrás

Passei rapidamente os olhos sobre os comentários aqui feitos , e tiro as seguintes conclusões:
1) Muitos exaltam o automobilismo argentino. TC2000 . etc e tal . Não é a primeira vez que vejo vários amigos aqui se derretendo em elogios . Mas pergunto , uma coisa . A idéia não é auxiliar na formação de pilotos ? e Qual o último grande ” driver ” argentino ? Carlos Reutmam . Ou seja , muito barulho por nada . Depois disso vieram . Esteban Tuero , Juan Mauel Fangio Sobrinho , ou seja , nada.
2) Quem a fórmula Renault revelou ? Ninguém . Os caras só promoveram o Kubica ou Kubitsha , Ou Kubitsa rsrssrsr , que veio aqui e deu uma surra em todo mundo.
3) A Stock é sim uma grande categoria . Ela nunca atrapalhou e nunca irá atrapalhar o desenvolvimento de quem quer chegar a Fórmula . Pegue o grid e veja . São pilotos que , ou não obtiveram sucesso lá fora . Ou já passaram dos 30 e tantos anos . Ou nunca tiveram biotipo para correr de fórmula , como por exemplo o Cacá , ótimo piloto , e sempre correu de turismo .
3) A F-3 Sudam continua e será pelos próximos anos a melhor ” escola ” para quem corre de fórmula . Sendo melhor inclusive que a f -3 ITALIANA , ESPANHOLA .

MarcioVS
MarcioVS
17 anos atrás

apoio a idéia da Formula 1.0!

Burgão
Burgão
17 anos atrás

Mas, a arrancada está crescendo, com pilotos sérios, boas organizações e excelentes carros.

Dr. Sandro Teixeira
Dr. Sandro Teixeira
17 anos atrás

É um absurdo, mas juntando motores e chassis de categorias monoposto que já morreram, dava pra montar um grid bem extenso.
Formula VW 1600, Formula VW 1300, Formula Ford, Formula 2 Brasil, Formula Chevrolet, Formula Fiat e um monte de outras que esqueci.
Claro que se a CBA respondesse – e ela ignora olimpicamente – diria que não tem nada a ver com isso, claro.
Diria que não organiza categorias, dentre outras falácias. Apenas supervisiona, do alto de sua competencia.
O que essa entidade sem fins lucrativos não diz é o preço que se paga para realizar corridas.
Não é livre iniciativa.
Tem que pagar, e muito, para os barões encastelados do poder.
Pedágio antecipado.
Ou bola, ou por fora para os iniciados…
O velho Brasil de sempre: Cartórios, Federações, Governos, Incompetencia, Corrupção.
A CBA é inútil.
Se fechasse amanhã, faria um bem enorme para o Brasil e não faria falta alguma.
Imediatamente centenas de pilotos, mecanicos, preparadores e apaixonados se auto-organizariam e fariam um trabalho imensamente mais competente, e infinitamente mais barato.
Esses dirigentes do automobilismo brasileiro são uns boçais, e já não é de hoje,
Identicos aos cartolas do futebol, que conseguem ter os piores campeonatos com os melhores jogadores.

Vicente M.
Vicente M.
17 anos atrás

Jonny ´ O,
Concordo com você. Somos latinos, não temos que importar cultura nenhuma. O risco de se ter categorias monomarca é esse, a fábrica abandona a categoria e deixa os “felizes pilotos” na mão.
A Super Classic é um exemplo a ser seguido, como foi a extinta Divisão 3.

Sergio
Sergio
17 anos atrás

É duro admitir, mas a Argentina dá baile em nós quando se trata de automobilismo, e isso sem ter ninguem forte participando de campeonatos representativos, como F1, Indy…
O numero de pilotos oficializados é 5 vzs mais que o Brasil.
Quanto tinhamos aqui imagens de um canal de nome América se nao me engano, víamos corridas em autodromos inacreditaveis de amadores, mas corrida toda semana, em trocentas categorias de turismo.
Mas tb vale dizer que aqui, quando aparece alguem querendo mudar tudo, como Piquet há algum tempo, o establisment se volta pra CBA e boa…

Pedro Jungbluth
Pedro Jungbluth
17 anos atrás

Temos os 1.0. Certo, a maioria aqui concorda que não são bos motores.
Mas já que fazem parte de 60% do mercado, por que não temos uma categoria com motores 1.0?
Originais de fábrica em pequenos monopostos, barato pacas… Unido a pneus e chassis nacionais, com sérias restrições. Gastem em transporte e promoção, carros de corrida podem ser mais baratos!
Isso para um gurizada la pela faixa de 16 anos.
Melhor que o motor 3.0 importado da Renault, com chassis italiano.

jonny'O
jonny'O
17 anos atrás

Concordo com o Pedro.

Um bom exemplo é a propria classic, vejam só, teve uma média de 20 carros com mais de dez provas.
Não adianta importar ,tecnologia e idéias , nossa realidade é outra.
Temos que resgatar o que tinhamos no passado.
Uma categoria monoposto de acesso a todos,barata, com o que temos por aqui.
Acabar com esse negocio de monomarca no chassis, tem é que ter um regulamento forte ,feito por quem entende, onde de privilegio a criatividade e não ao dinheiro.
A F-Truck é um grande exemplo no que diz respeito ao regulamento ,varios modelos de cilindradas diferentes andando juntos.

cruz
cruz
17 anos atrás

tá feiaa coisa. a stock car inclusive É feia em todos os sentidos.

Pedro Jungbluth
Pedro Jungbluth
17 anos atrás

Deviamos ter cateorias com peças stock!
Monopostos com blocos de fábrica seria emocionante!

Vicente M.
Vicente M.
17 anos atrás

E daí ficamos com os contrastes como se vê aqui no Rio. O automobilismo local é restrito a decadentes Gol Bolinha, Corsa e velhos Voyage. Por outro lado, a “beautiful people” nacional corre de Stock Car V8.

O reflexo disso é a mutilação de um autódromo como o do Rio e seu quase sumiço, o risco de Interlagos ser mutilado também ´sob a promessa de fazerem uma pista em Guarulhos, e mais coisa pode vir se o automobilismo local não for suficientemente forte, como é o caso do Rio Grande do Sul, Paraná e São Paulo.

Observem que Santa Catarina não tem pista de asfalto, o Rio corre o risco de perder o pouco que restou. Um governante com a cabeça do Alcaide Cesar Maia há de se indagar quanto ao porque de se manbter uma pista numa área nobre para sediar corridas de velhos carros 1600 cm3 ou monopostos inexpressivos como essa Formula São Paulo, sem respaldo internacional. Onde vamos parar? Dia desses conversando com o Presidente da FAERJ, soube que, se perdermos o noso autódromo do Rio, a saída seria um “terródromo”.

A saída é manter um automobilismo local forte, com categorias que tenham um grid numeroso, evitar categorias com meia dúzia de carros, e por aí vai.

O que farão os pilotos que investiram na Copa Clio, na Super Clio e na Formula Renault? Os da Clio poderiam correr em Marcas, os poucoada Super Clio podem correr nas provas locais de Força Livre (que decadência). Aos da Formula Renault só resta se concentar e correr em Interlagos por ser um ponto médio geograficamente falando. No geral, mais uma vez, quem não mora em São Paulo, Paraná e Rio Grande do Sul vai ficar na pior.

jonny'O
jonny'O
17 anos atrás

Caramba!
6 milhões!!!
Definitivamente ,as pessoas não são sérias neste Pais.

Dario Monteiro
Dario Monteiro
17 anos atrás

É lamentável como nosso automobilismo esta sendo tratado ultimamente, dão valor a uma categoria em que montadoras usam a mecânica de outra com suas carrocerias para vender seus carros populares nas concessionárias, mais uma vez reformam nosso melhor autódromo de maneira irresponsável, ignoram as melhores categorias como a F3SA e agora esta bomba. Será que não existe alguém que possa fazer alguma coisa ?