Imagens soltas – V
SÃO PAULO (não foi só ele) – Reproduzo, da assessoria de imprensa:
O ex-piloto e chefe de equipe Wilsinho Fittipaldi chorou de emoção hoje pela manhã em Interlagos, durante palestra sobre a equipe Fittipaldi, único time brasileiro da história da Fórmula 1.
Wilsinho falou sobre a equipe, suas dificuldades, suas façanhas e, em determinado momento, as várias perguntas do auditório lotado começaram a se voltar para a história da família Fittipaldi – o mais importante clã brasileiro da velocidade.
Quando já falava da F-1 e da ida de seu filho Christian para o automobilismo norte-americano, Wilsinho, que já vinha mostrando sinais de emoção ao discorrer sobre a equipe, caiu no choro. E se desculpou: “Lembrei que, hoje, o Christian está em Daytona, em uma prova de longa duração”, explicou. “Ele estava vindo muito bem, andando em terceiro, quando o motor quebrou. Mas já está de volta à prova, depois do conserto. Os problemas da carreira da gente são mais fáceis de enfrentar. Mas quem é pai sabe que quando se trata do filho as coisas ficam mais difíceis de encarar. Desculpem…”
Desculpado, claro. Em Magny-Cours, 1992 ou 1993, não lembro, Christian bateu muito forte num treino e teve uma lesão na cervical. Ali vi um pai chorar.
Ser pai não é fácil. De piloto, então…
Fotos de Luca Bassani
Ah, achei no You Tube o acidente…
http://www.youtube.com/watch?v=LCHcn6JOh7g
Vítor Rodrigo Dias,
Aquele looping do Christian foi em Monza 1993. Ele bate em seu companheiro de equipe, o Pierluigi Martini. Segundo depoimento dele, ele viu o filme da vida dele passar enquanto ocorreu o acidente…
Gostaria muito que mais três F1 da Fittipaldi pudessem ser restaurados: O F5 ( segundo lugar no Rio em 78 e melhor resultado da equipe ), o F6 ( grande conceito que infelismente não deu certo ) e o F7 ( carro do último pódio do Emerson na primeira vitória do Piquet, e terceiro na Argentina com o Keke, tudo em 1980 ). Seria muito bom ver esses bólidos renovados.
Já comentei outras vezes em que se falou do Wilsinho que o VanGogh morreu pobre e nem foi nem o primeiro nem o último gênio que morreu no ostracismo.
Wilsinho tem o seu reconhecimento merecido, em vida: viva o Wilsinho.
Vendo-o descrever com coração apertado a corrida do filho me lembro daquele GP onde, na chegada, o Christian enrolou-se com alguém e deu uma portentosa pirueta no ar. Quando foi, mesmo? Não me lembro muito bem…
Duas lembranças minhas emocionantes.
Antigamente Interlagos tinha graça, tinha super V, tinha curva um, tinha um monte de coisas. Eu ia muito lá, na maioria das vezes no box.
Há uns 30 anos eu estava na arquibancada e acabou um treino (sábado à tarde) da super V. Acabou o treino e o ronco. Engraçada a sensação que nós temos nessa hora de silencio. É um silencio diferente. De repente eu ouço um cara vindo no miolo. Trocava de marcha muito rápido e subia muito de giro. ´Nossa, que motorzão esse cara tem. Como acelera´.
Passa o Wilson com o FD01. Foi a única vez que eu vi esse carro andar, ao vivo. Ainda não tava inscrito na F1.
Dia 25 eu vi o carro de novo andando em Interlagos.
Indescritivel. A associação que eu faço do barulho do DFV ligando no box, com uma F1 que eu gostava, eu não tenho como descrever. O que eu sei é que deu arrepio.
Tudo bem que o Wilson andou devagar. Afinal não dá pra correr risco com um carro desses. Mas apenas o fato do carro estar lá com o seu idealizador tocando ele, já vale tudo.
Fato concreto da história da equipe dos Fittipaldi é que eles nã contaram com a possibilidade da imprensa da época criticar tanto. Eu acho que faltou da parte deles uma acessoria de imprensa melhor, porque a única coisa que ouvia e lia eram as críticas. Resposta da equipe, francamente nem me lembro de ter ouvido alguma.
Ao mesmo tempo que é triste ver o Brasil demolir os seus ídolos e as suas coisas, tambem é interessante ver que atualmente se dá mais valor ao resgate do passado. A iniciativa da Dana foi interessantíssima e deu um resultado muito bom. Acho isso muito positivo. Acho que a imprensa tambem tem a aprender com isso.
Ao Tigrão resta um consolo. Um dia o reconhecimento veio. Tardou mas chegou. E permanecerá.
Em relação ao Emerson e ao Wilsinho não há o que dizer, pois são mitos do automobilismo brasileiro.
O que contesto é essa benevolência com o Christian. O que esse piloto fez além de manchar a história dos Fittipaldis? A grande proeza dele foi protagonizar o acidente mais espetacular do ano, seja na F-1 ou CART… E mesmo assim, poucas foram as críticas a esse piloto medíocre. Assim como Pedro Paulo Diniz.
É, no Brasil é assim: quem tem papai (costas quente) pode tudo e é eximido de culpa.
Pobre Barrichello que chegou na F-1 com méritos, mostrou serviço por onde passou e ainda assim é avacalhado em seu país…
A onda é o Massa… Espera ele apanhar do Raikkonen. Aí todos começaram a meter o pau no cara…
A família Fittipaldi merece o respeito e admiração pelo o que eles fizeram e fazem ainda pelo automobilismo.
Jovino
Não vi a palestra, mas o livro do Emerson conta em detalhes essas histórias. Ele é o cara, ou melhor, eles são os caras.
oq e aquele carro, e provavelmente
um dos F1 mais bonitos q eu ja vi,
um dia vou tirar uma foto ao lado
O Luiz Eduardo abaixo já disse tudo.
O Brasil precisa melhorar muito para merecer o Wilsinho.
É muito legal ver o reconhecimento do trabalho do Wilsinho, mesmo que tardiamente. Parabéns aos Fittipaldi pela história que escreveram e na qual Wilsinho tem uma importãncia maior do que normalmente lhe é creditada. Se eu fosse o dono daquele Porsche destruído num poste o Emerson teria sido estrangulado e a história do Brasil na F1 teria sido diferente, ou talvez nem existido, pois foram os dois bravos irmãos que primeiro desbravaram todo o caminho.
Foi emocionante ter contato e participar desse momento lindo de homenagens.
Devemos muito a essa família.
Wilsinho tbem é um pai maravilhoso!!!!!!
Eu fui!!!! Eu vi!!!!! rsrsrsrsrs
Domingo lindo de minha vida!
Eu não perderia esta palestra por nada. Ainda levei meu filho de 17 anos para conhecer um pouco desta historia fantastica. Mesmo quem não viveu este periodo se emocionou com o relato. Sem querer ser repetitivo, parabens ao Wilson e a Dana pelo belo trabalho.
Emerson&WilsInho FITTIPALDI são Hour Concours em qualquer competição ou apresentação.
Os F1 e F4 By Dana ficaram lindos, parabens, saudades. Valeu
Sem dúvida, entendo a emoção do Wilson Fittipaldi… aliás, sábado, foi um prêmio para mim poder ver o FD-01 andando, coisa que nunca havia visto… se para mim foi um grande momento, imagina para o cara que teve a coragem de criar e tocar adiante um projeto tão pioneiro? Parabéns ao clã Fittipaldi!
Essa sim, é uma grande família!
Se algum dia os Fittipaldi foram piada no Brasil (e foram), tá demonstrado por esse evento que isso ficou pra trás. O que eu vi foi uma série de homenagens a uma família que fez o automobilismo acontecer no Brasil e que merece ser celebrada. Os caras são verdadeiros heróis, a história da construção desse carro é de arrepiar. O que eles fizeram foi mais difícil do que ir pra Lua… rsrsrs…
Se esse evento serviu de alguma coisa, foi para reafirmar a esses velhos lobos do automobilismo que eles ainda são capazes de motivar uma legião de fãs a ir a um autódromo prestigiá-los. Esses caras voltam pra casa hoje com o coração cheio de vida e a certeza de que são realmente heróis de muita gente. Gente humilde como o Luiz Pereira Bueno, que estava na fila da lanchonete outro dia… Ao pedir uma foto com o Wilsinho hoje, só consegui apertar a mão dele e agradecer, agradecer, agradecer… Ele deve ter me achado louco, mas o que mais eu podia dizer pra ele? Só agradecer mesmo.
Essa palestra eu não ia perder por nada! E não perdi! Estive lá, e confesso, foi emocionante.
O Luciano ( da Dana) expondo todo um contexto, até chegar na história do Copersucar, da persistência do Wilsinho e do Emerson, a despeito da dupla torcida exigente/imprensa idiota da época que exigiam resultados.
Legal poder ser fã de um cara, e um dia poder fazer uma humilde pergunta a ele. Eu e meu colega percebíamos, bem no começo da palestra, que o Wilsinho estava emocionado. Parecia que, ele sentia finalmente que encontrou um apoio , um conforto, por tudo que passou na mão de quem fez, do F-1 Brasileiro, motivo de piada.
wilsinho foi um dos gênios brasileiros. levou um sonho à terceira dimensão ( Giu Ferreira, motor 3 , out 1981)