Mais de Petrópolis
SÃO PAULO (e os caras reclamam hoje de falta de “grip”) – como prometido, mais algumas fotos da última corrida de rua de Petrópolis, enviadas pelo Gilberto Hingel. Que está, obviamente, convocado a descrevê-las.
Assim, depois do histórico relato feito pelo Sidney Cardoso, creio que temos um bom painel do que aconteceu em Petrópolis, 1968.
O site da Obvio ! também tem muita coisa, uma descrição mais factual e fotos igualmente históricas. Está tudo neste link.
Como disse ontem, foi a maior tragédia do automobilismo brasileiro.
Desculpe a derrapada…mesmo estando em família, o post abaixo foi para o Sérgio e seu precioso acervo!
abs
LS
De petropolitano para petropolitano…
Gilberto, essas fotos são históricas. O Bola, Henrique Tornaghi, participou de várias provas em Jacarepaguá e Petropolis. Lembro de uma entortada dele junto com o gordini do sobrinho do Luizinho em Jacarepaguá que foi demais. Bola perdeu a barata e o Gordini para não colidir com ele tb entrou na dança. A gente sempre se encontrava no Café Rio Branco na sexta para rachar. Hoje tem gente famosa na Stock que corria na serra de fuca 1200 etc…
A Simca (38) era pilotada por Gilberto Silva que chegou em terceiro na categoria acima de 1300cc e o Henrique (85) chegou em primeiro ate 1300cc com fernendo Calmon em segundo de fuca de numero 7…coincidencia ou não estava de férias entre Petropolis (tenho casa) e Rio, e meu caminho para Itaipava passava sempre pela Hingel do Gaguinho…revi alguns amigos como Quinzinho da Itapneus. Gostaria de manter contato com a galera de Petrô, isso oxigena os animos…meu cel (11)9165-7030
abs
LS
Estas fotos são da curva da Catedral,vistas da árvore onde bateu o Aluisio Kreischer.
Pois é Hingel, e pensar que cheguei a usar esse coquetel nos meus karts….
Joaquim.
Realmente essa mistura não fazia bem aos motores,mas que o cheiro do escapamento era bom, lá, isso era.
Hingel, já que vc falou em naftalina, me permita uma pequena história de bastidores.
Em 1966 o piloto brasiliense Ênio Garcia conseguiu junto ao Jaime Silva um poderoso conjunto motor/câmbio/transmissão oriundo da equipe oficial Simca.
Como não tinha carro desta marca alugou um carro de praça (táxi) para um fim de semana e nele instalou o conjunto mecânico e foi disputar os Mil Km de Brasilia .
O carro andou maravilhosamente bem – chegou até a ocupar o terceiro lugar – quando parou inexplicavelmente por problemas de alimentação. Verificado a origem descobriram o motivo; o dono do táxi tinha o hábito de adicionar bolinhas de naftalina ao tanque para aumentar o desempenho mas corroendo também toda a tubulação de combustível!!
Ouvi essa história do próprio Ênio há muitos anos atrás mas ela também está lá no site Bandeiraquadriculada.
Abs.
Nossa Flavio, errei o comentario, era pra ser no debaixo, desculpe!
Sidney , nunca pensei em ler algo tão forte após a morte do Senna, estranho demais como as coisas acontecem, já tive uma pessoa muito querida num hospital na mesma situação que voce e sua familia ficaram, lendo seu depoimento parece que aconteceu ontem, mas… engraçado é saber que tudo isso aconteceu 8 ano antes de eu nascer, se não fosse esse blog nem saberia dessa triste historia, que força para contar tudo isso, lendo fiquei com um nó na garanta, imagino você escrevendo, obrigado por dividir conosco tudo isso.
O VELOZ HP deve lembrar do cheiro do escapamento: óleo de rícino com naftalina,para “aumentar” a octanagem da gasolina. O cheiro é melhor que de perfume frances !
Que grip coisa nenhuma !!!
O lance era andar penduradaço em cima de pneus diagonais fininhos, com uma suspensão molinha…Se não abusasse indo além do limite de decência e aderência, passava uns 30, não tinha jeito.
Eram carros quase originais, e tinha que ser assim: Estavam inventando uma “categoria”, estavam criando um esporte do nada…
Emoção igual (igual não – semelhante) hoje, só andando rápido de carro original no Templo, apenas com calibragem alta nos pneus.
Vem escorregando, trabalha os braços, dosa com carinho e quando necessário estupidez o acelerador e os freios. Um cheiro danado de queimado, e depois a borda dos pneus desbeiçada. Aquela fumacinha subindo dos pneus dianteiros e discos de freios é a expressão do prazer.
Detona freio, gasta pneu mas… E daí?
Digo sentir emoção semelhante porque hoje o pneus é radial, os freios são a disco, os carros são mais leves.
A pista então… Tem espaço pra errar, zebras, áreas de escape, proteção de pneus, guard-rail.
Essas fotos são outro departamento…
Pau puro na rua, a centímetros do público e da calçada…
Sinceramente, acho que não teria coragem.
Mas no Templo…
a narrativa sobre a morte de cacaio,esta completamente correta ;a unica coisa que ficou faltando dizer foi que ele saiu correndo para sinalizar,a pista e ficou entre o carro de bombeiros e uma ambulancia sendo que luis pereira bueno quando percebeu sua presenca ja nao dava mais para frear.
Sérgio
É muito legal você estar compartilhando estas fotos. O pessoal que viveu a época relembra aqueles tempos e aqueles mais novos, que não vivenciaram isto (meu caso), temos a oportunidade de saber como era.
Valeu! Parabéns!
Thiago, vou mandar mais fotos não só de Petropolis,mas do Rio e de Brasília.
Quando passava férias na casa de minha avó em petrópolis e chovia , eu e meu primo iamos para varanda da casa ver a curva em frente pois era palco de várias derrapadas.
Acho que era por isso que os petropolitanos se destavam no controle do carro, tal qual os finlandeses hehehe pq afinal paralelepípedo molhado e igual a gelo !
Estou completamente chocado pelo depoimento do Sidney Cardoso e mais ainda pelas fotos do Obvio que não tinha visto. Por isso não gostaria de fazer comentário, mas para não peder o time do post, peço ao Ricardo Jungbluth para procurar aí na nossa cidade pelo menos uma corrida que houve (acho que 3 horas) nos anos 60 com Catarino Andreatta , Asmuz, Fornari e tantos outros ídolos acelerando nas estreitas ruas de paralelepípedo de Cachoeira. Tente encontrar o espolhio da ACA associação Cachoeirence de Autobilismo. Depois manda pro Gomes para ele colocar para nós. Eu estava lá, mas não tenho fotos. Como Petrópolis era impressionante. Felizmente não houve nehum acidente grave.
Acelerar assim nestas rua e com Simca, Jk e mesmo DKW ? . . .
Caros amigos. Isso é simplesmente(automobilismo na exencia)LINDO.É so´o que da para comentar.
Sérgio
Parabéns, as fotos são fantásticas!
O VEMAG é o de um amigo, o BOLA.
Quanto ao Mark l , sem comentários.
As fotos do Simca são de voltas diferentes; o cara era um p….. louca.
Quanto aos pneus, nem todos usavam radiais, eram muito caros.
incrivel !
o pessoal de petropolis esta de parabens.
entendo que muitas fotos “perdidas ” ainda tem na cidade.
estas do simca são òtimas.
dentro das minhas limitaçôes,pergunto:
todos usavam pneus diagonais?
Estas fotos do Simca, são da mesma sequência ou são de voltas diferentes?
Realmente Histórico feito desses bravíssimos, estou estabacado, perante meu monitor com essas imagens fantásticas cheias de movimento estático??? Uma, somente uma foto destas já basta para que tenhamos uma pequena idéia do movimento , derrapagem controlada sob PARALELEPÍPEDO meus amigos não é pra qualquer babaca….
Flávio,
Vc já pensou em pedir ao Wilsinho Fittipaldi um relato dele sobre o ocorrido ??? Talvez em sendo possível, seria muito mais esclarecedor…
abs,
Um pedaço da história que conheci hoje….o Sidney e os pilotos daquela época deveriam ter núcleos de ferro jazendo sobre a pele, muita coragem!
Flávio,
Terei que passar a convocação para meu pai descrevê-las… Falarei com ele.
Parenteses: Nós, de Petrópolis, que andamos nestas ruas todos os dias, sabemos o que é a aderência (?) de um paralelepípedo molhado… Não dá nem para acreditar no que estes camaradas faziam, acelerando e botando de lado.
Abraços!