Senna, 1991
SÃO PAULO (e não perdi nenhuma marcha!) – Rafael Mello encontrou a entrevista de Senna depois da vitória em Interlagos em 1991. Ayrton descreve em detalhes as últimas voltas apenas com a sexta marcha.
Detalhe 1: o repórter é Luiz Fernando Lima, quando ainda tinha cabelo e era o cara da Globo que fazia F-1 (eu, na época, fazia pela “Folha”). Lima é hoje o diretor de esportes da emissora (eu, hoje, tenho um blog).
Detalhe 2: o boné do Banco Nacional parece um daqueles capacetes que trabalhadores usam em construções.
Andar as últimas 7 voltas com a sexta marcha somente e ainda ganhar a corrida é algo que nenhum outro piloto teria condições de conseguir a não ser Ayrton Senna. Sem dúvida o melhor, mais talentoso e determinado que já apareceu na F1. Igual a esse não veremos nunca…
Muito pelo contrário!
Ora Gomes, andei te influenciando em meu discurso derrotista?
Pare com isso…
Acompanho mais o blog do que os esportes da globo (JMV..argh).
Pode ter certeza de que eu seria muito mais contente e tranquilo tendo o blog do que sendo diretor de jornalismo esportivo.
SOBRE O BONÉ:
… ou (sem qualquer menosprezo pela necessária profissão) de motorista de caminhão… Fica parecendo para-brisa de FêNêMê ou qualquer coisa que tenha teto alto e desproporcional…
Trabalhei no Nacional, e era desesperador usar esses capacetes…
Qualquer um que assista as últimas voltas pela câmera On-Board verá, tanto pelo ronco do motor, como pelas mãos dele, que realmente ele faz uma volta inteira sem cambiar.
No orkut está uma briga de foice para chegar a alguma conclusão se Senna chegou ao final só com a 6º mesmo ou se foi mais uma “aumentadinha” do brasileiro. Até entrevista com Osamu Goto entrou no arsenal de argumentos.
Convenhamos que Senna era adepto da filosofia “eu aumento mas não invento!”
Mas naquela época os bonés de abano eram moda.
Não lembram como o Mansell ficava horrososo com esse tipo de boné e aquele bigodinho?