Nós não temos nada

SÃO PAULO (e não sei se teremos) – Museus de automóveis, para quem já foi à Europa ou aos EUA, existem às pencas. Monotemáticos, multitemáticos, ótimos, bons, ruins, pequenos, médios, grandes…

As iniciativas no Brasil são parcas e modestas. Palmas para quem os mantém, como os pequenos museus de Gramado, Canela, Curitiba, ou os de Bebedouro, do Ceará, o do Trevisan, o do Romeu Siciliano. Exceção única de grande porte é o excepcional museu da Ulbra.

Hoje Mestre Mahar, que gosta de americanos (carros, que eu saiba), mandou este álbum de fotos do Museu Henry Ford, que não tem apenas veículos Ford.

Viaje nas imagens. Selecionei duas, o carro-salsicha de 1952 e a linda Kombi superequipada.

PS: Sim, como fui me esquecer do museu do Nasser, em Brasília? 200 chibatadas no mané aqui! É um museu espetacular, de acervo idem, acompanhado de uma biblioteca inacreditável! Devo ter esquecido outros, certamente, mas a essência do post permanece: são iniciativas particulares, levadas a cabo com enorme dificuldade, sem grandes apoios como, por exemplo, as montadoras, que não dão a mínima para sua história. Ao menos no Brasil.

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roberto nasser
roberto nasser
17 anos atrás

o museu não é do nasser. é do automóvel. o nasser apenas tem a idéia, a gestão, e paga as contas. só.
cara, apareça,
sgon quadra 1, no.205.
eixo monumental ascendente. no sinal do palácio do buriti entre à direita e na primeira à esquerda.
5o. prédio. tem a sinalização padrão da unesco. fica na direção do memorial jlk.

Joli
Joli
17 anos atrás

Museu do Nasser?
Moro em bsb desde os tempos imemoriais e nunca ouvi falar deste museu.
Onde que fica?

Gomes
Gomes
17 anos atrás

Nasser, meu guru, um PS foi acrescentado ao post, embora o esquecimento tenha sido, mesmo, imperdoável! Mas tentarei me redimir…

Carlos Trivellato
Carlos Trivellato
17 anos atrás

Também não acho que esse país seja atrasado culturalmente. Muita coisa precisa mudar, mas tenho certeza que é mais fácil mudar alguma coisa por aqui que em sociedades ditas “desenvolvidas culturalmente”.

Carlos Trivellato
Carlos Trivellato
17 anos atrás

Mas ainda acho que tudo tem limite. Uma coisa é você ter algo de real valor histórico, a diferença entre a antigüidade e a sucata.
Há os que pecam pelo exagero, tanto quanto pela omissão. Morei em um país, em que até buraco de bala de guerra napoleônica é preservado, com placa indicativa em baixo, mas ainda assim, existe aquilo que vale a pena ser preservado e aquilo que não.

Mahar
Mahar
17 anos atrás

O Museu da Ford fica em Dearborn, no Minchigan.
Gosto de carros americanos dos anos 50 porque aprendi carro neles, mas o país tem 16 anos que não vou porque nãon aturo. Mas no site da Ford americana deve ter alguma coisa a mais. As fotos são do meu amigo Paulo Manzano e vão ser publicadas no site portalautoclassic.com.brDepois mando mais informaçções.
m

roberto nasser
roberto nasser
17 anos atrás

para protestar.
não vi a citação do valente e temático museu do automóvel, em brasília.
não dispõe de verbas incentivadas; não vende veículos; reúne raridades; em utilidade social recebendo crianças e cadeirantes; dá cursos graciosos; mantém a maior biblioteca do país aberta a público; e tem assinalado um crescendo de visitantes – em 2 006, circa 18 mil.
e dá um prejuízo de seis dígitos.
pela citação acompanhada de desculpas públicas – ou senão, troca de “di mal” para sempre.

fabio
fabio
17 anos atrás

passei o ano de 2001 no japão, e fiz questão de ir até o autódromo da honda em motegi (fim de mundo!) para visitar o museu deles…fui para ver os carros que o piquet usou, a williams de 87, e a lotus 100t (se bem que este estava com o nome do nakajima). mas estava tudo lá, os f1 de ’60, f2, cart, gt, gr. A…williams, lotus, mclaren…

VELOZ-HP
VELOZ-HP
17 anos atrás

Sim Trivellato, a ponto de se fazer até museus desse tipo.
Porque isso representa uma forma aguda de se preservar a memória de algo, chegando a limites como esse.
Um tio meu, irmão do meu pai, mora no Japão a 22 anos. Lá existem coisas desse tipo também, com a preocupação, sempre, da preservação da memória para a posteridade eterna.
Uma das coisas desse tipo por lá é um cemitério de facas, dessas usadas pelos grandes cozinheiros de sushis e sashimys (deve estar escrito errado). Quando elas chegam ao fim da vida util, desgastadas por anos de uso diário, são colocadas cerimonialmente em recipientes transparentes e depositadas nesses cemitérios de facas que são, inclusive, abertos ao público.
O que leva alguém a ir num lugar desses ficar olhando respeitosamente uma faca velha e detonada talvez seja pelo mesmo sentimento que leva alguém a ir ver peças detonadas de carros de corrida “mortas em combate”, numa possivel alusão a glória da ação do combate, independente do resultado.
Creio que tudo isso seja um exagero, não sei ao certo, mas tenho certeza que representa uma profunda preocupação com a preservação da cultura, seja do que for, e isso para mim é extremamente louvavel e deveria servir de exemplo para todas as sociedades medíocres nesse assunto como a nossa, que não valoriza nem aquilo que é mais popular como o futebol e, até onde eu sei, não existe nenhum museu digno desse nome no “país do futebol”, que dirá para outras coisas.
Por isso que sempre digo, e falei pessoalmente a ele, Paulo Trevisam, que deveria ser canonizado como nosso santo da preservação da memória do automobilismo brasileiro por tudo o que fez e ainda quer e vai fazer.
Homens como ele são raros, para não dizer únicos, por aqui.
Esses museus do “absurdo” para nós, comparados ao nosso deserto, dão bem a medida do nosso atraso cultural.
Primeiro mundo x quinto mundo, aí está um dos melhores exemplos.

Engate
Engate
17 anos atrás

Sabão em pó Surf. Não teve essa marca no Brasil ( que não é nada cafona, nosso paiz…)?

Carlos Trivellato
Carlos Trivellato
17 anos atrás

A Kombi do museu é o veículo ideal para o pessoal do MST.

Carlos Trivellato
Carlos Trivellato
17 anos atrás

“Cultura automobilística elevada ao máximo” ?? Veloz, convenhamos…

VELOZ-HP
VELOZ-HP
17 anos atrás

Em Darlington eu fui num museu de peças quebradas da NASCAR.
Sim, isso mesmo, peças quebradas.
Lá você vê um pistão derretido e ao lado a foto no momento em que o motor explodiu, com dia mês e ano do ocorrido além da colocação e a volta em que o infeliz estava.
Pedaços de câmbio, capôs, portas, paralamas, rodas e até um monobloco inteiro detonado num dos porrões famosos de Darlington.
Isso é cultura automobilística elevada ao máximo, mesmo em se tratando de EUA, o povo mais cafona do Universo.

Fernando Voigt
Fernando Voigt
17 anos atrás

Este carro da Oscar Mayer era a “carrocinha” de vender cachorro-quente nos anos 50 e 60.

Foram feitos vários desses, mas aos poucos foram sendo deixados de lado.

O motor e o chassis são da Ford, e possuem todo o equipamento para lanchonete.

Um abraço a todos.

Aliandro Miranda
Aliandro Miranda
17 anos atrás

Para fazer bem feito, siga os passos:

– Arrumar, no mínimo, R$ 500 mil e torrar tudo na compra de carros antigos bem conservados e interessantes;

– Alugar um bom galpão, bem localizado, e colocar os autos lá;

– Contratar meia dúzia para tocar o negócio.

– Cobrar um ingresso barato, pois se passar de 20 reais quase ninguém vai, ainda mais para ver carros antigos inertes. É a realidade no Brasil.

O retorno será lento, mas pode ser que funcione a longo prazo.

Pois bem. Alguém se habilita?

Gomes
Gomes
17 anos atrás

Se saiu no GP, é porque já foi apurado…

Estevão
Estevão
17 anos atrás

Alguém poderia informar em que cidade fica esse bendito museu?????
Abs.

leohora
leohora
17 anos atrás

Mas as pérolas do museu são o GT40 e o Lotus……..

Estevão
Estevão
17 anos atrás

Não conheço o Museu da Ulbra, mas temos o daqui de Curita que é bem bonzinho. Dá um prgraminha legal pro domingão à tarde. Tem até um F1 do Fittipaldi. Também conheço os de Gramado e Canela. Esses são bem legais pois tem uma ambientação de época e nota-se os cuidados com os detalhes. Tipo museu de fora (queira ou não, os caras fazem uns troços legais).
Quanto ao mais, hoje é dia de Serra Malte!!! Eba!
Abs.

Lucas
Lucas
17 anos atrás

Gomes,
Um comentário que não tem nada a ver com o tópico, mas quem sabe você me responde… Li agora no Grade Prêmio a matéria sobre os testes coletivos realizados hoje, em Valência. Na lista de tempos aparece que Massa usou o 248F1 e Raikkonen o F2007. Já tinha lido outra reportagem antes (na Gazeta Esportiva) afirmando que os dois usaram o F2007. Você tem como checar essa informação?
Sds!

André de Itaiópolis
André de Itaiópolis
17 anos atrás

Americano pode ser tudo de ruim, porém, temos que reconhecer que eles são criativos quando o assunto é carro. É o que eu acho pelo menos. Abraço