Nós não temos nada
SÃO PAULO (e não sei se teremos) – Museus de automóveis, para quem já foi à Europa ou aos EUA, existem às pencas. Monotemáticos, multitemáticos, ótimos, bons, ruins, pequenos, médios, grandes…
As iniciativas no Brasil são parcas e modestas. Palmas para quem os mantém, como os pequenos museus de Gramado, Canela, Curitiba, ou os de Bebedouro, do Ceará, o do Trevisan, o do Romeu Siciliano. Exceção única de grande porte é o excepcional museu da Ulbra.
Hoje Mestre Mahar, que gosta de americanos (carros, que eu saiba), mandou este álbum de fotos do Museu Henry Ford, que não tem apenas veículos Ford.
Viaje nas imagens. Selecionei duas, o carro-salsicha de 1952 e a linda Kombi superequipada.
PS: Sim, como fui me esquecer do museu do Nasser, em Brasília? 200 chibatadas no mané aqui! É um museu espetacular, de acervo idem, acompanhado de uma biblioteca inacreditável! Devo ter esquecido outros, certamente, mas a essência do post permanece: são iniciativas particulares, levadas a cabo com enorme dificuldade, sem grandes apoios como, por exemplo, as montadoras, que não dão a mínima para sua história. Ao menos no Brasil.
o museu não é do nasser. é do automóvel. o nasser apenas tem a idéia, a gestão, e paga as contas. só.
cara, apareça,
sgon quadra 1, no.205.
eixo monumental ascendente. no sinal do palácio do buriti entre à direita e na primeira à esquerda.
5o. prédio. tem a sinalização padrão da unesco. fica na direção do memorial jlk.
Museu do Nasser?
Moro em bsb desde os tempos imemoriais e nunca ouvi falar deste museu.
Onde que fica?
Nasser, meu guru, um PS foi acrescentado ao post, embora o esquecimento tenha sido, mesmo, imperdoável! Mas tentarei me redimir…
Também não acho que esse país seja atrasado culturalmente. Muita coisa precisa mudar, mas tenho certeza que é mais fácil mudar alguma coisa por aqui que em sociedades ditas “desenvolvidas culturalmente”.
Mas ainda acho que tudo tem limite. Uma coisa é você ter algo de real valor histórico, a diferença entre a antigüidade e a sucata.
Há os que pecam pelo exagero, tanto quanto pela omissão. Morei em um país, em que até buraco de bala de guerra napoleônica é preservado, com placa indicativa em baixo, mas ainda assim, existe aquilo que vale a pena ser preservado e aquilo que não.
O Museu da Ford fica em Dearborn, no Minchigan.
Gosto de carros americanos dos anos 50 porque aprendi carro neles, mas o país tem 16 anos que não vou porque nãon aturo. Mas no site da Ford americana deve ter alguma coisa a mais. As fotos são do meu amigo Paulo Manzano e vão ser publicadas no site portalautoclassic.com.brDepois mando mais informaçções.
m
para protestar.
não vi a citação do valente e temático museu do automóvel, em brasília.
não dispõe de verbas incentivadas; não vende veículos; reúne raridades; em utilidade social recebendo crianças e cadeirantes; dá cursos graciosos; mantém a maior biblioteca do país aberta a público; e tem assinalado um crescendo de visitantes – em 2 006, circa 18 mil.
e dá um prejuízo de seis dígitos.
pela citação acompanhada de desculpas públicas – ou senão, troca de “di mal” para sempre.
passei o ano de 2001 no japão, e fiz questão de ir até o autódromo da honda em motegi (fim de mundo!) para visitar o museu deles…fui para ver os carros que o piquet usou, a williams de 87, e a lotus 100t (se bem que este estava com o nome do nakajima). mas estava tudo lá, os f1 de ’60, f2, cart, gt, gr. A…williams, lotus, mclaren…
Sim Trivellato, a ponto de se fazer até museus desse tipo.
Porque isso representa uma forma aguda de se preservar a memória de algo, chegando a limites como esse.
Um tio meu, irmão do meu pai, mora no Japão a 22 anos. Lá existem coisas desse tipo também, com a preocupação, sempre, da preservação da memória para a posteridade eterna.
Uma das coisas desse tipo por lá é um cemitério de facas, dessas usadas pelos grandes cozinheiros de sushis e sashimys (deve estar escrito errado). Quando elas chegam ao fim da vida util, desgastadas por anos de uso diário, são colocadas cerimonialmente em recipientes transparentes e depositadas nesses cemitérios de facas que são, inclusive, abertos ao público.
O que leva alguém a ir num lugar desses ficar olhando respeitosamente uma faca velha e detonada talvez seja pelo mesmo sentimento que leva alguém a ir ver peças detonadas de carros de corrida “mortas em combate”, numa possivel alusão a glória da ação do combate, independente do resultado.
Creio que tudo isso seja um exagero, não sei ao certo, mas tenho certeza que representa uma profunda preocupação com a preservação da cultura, seja do que for, e isso para mim é extremamente louvavel e deveria servir de exemplo para todas as sociedades medíocres nesse assunto como a nossa, que não valoriza nem aquilo que é mais popular como o futebol e, até onde eu sei, não existe nenhum museu digno desse nome no “país do futebol”, que dirá para outras coisas.
Por isso que sempre digo, e falei pessoalmente a ele, Paulo Trevisam, que deveria ser canonizado como nosso santo da preservação da memória do automobilismo brasileiro por tudo o que fez e ainda quer e vai fazer.
Homens como ele são raros, para não dizer únicos, por aqui.
Esses museus do “absurdo” para nós, comparados ao nosso deserto, dão bem a medida do nosso atraso cultural.
Primeiro mundo x quinto mundo, aí está um dos melhores exemplos.
Sabão em pó Surf. Não teve essa marca no Brasil ( que não é nada cafona, nosso paiz…)?
A Kombi do museu é o veículo ideal para o pessoal do MST.
“Cultura automobilística elevada ao máximo” ?? Veloz, convenhamos…
Em Darlington eu fui num museu de peças quebradas da NASCAR.
Sim, isso mesmo, peças quebradas.
Lá você vê um pistão derretido e ao lado a foto no momento em que o motor explodiu, com dia mês e ano do ocorrido além da colocação e a volta em que o infeliz estava.
Pedaços de câmbio, capôs, portas, paralamas, rodas e até um monobloco inteiro detonado num dos porrões famosos de Darlington.
Isso é cultura automobilística elevada ao máximo, mesmo em se tratando de EUA, o povo mais cafona do Universo.
Este carro da Oscar Mayer era a “carrocinha” de vender cachorro-quente nos anos 50 e 60.
Foram feitos vários desses, mas aos poucos foram sendo deixados de lado.
O motor e o chassis são da Ford, e possuem todo o equipamento para lanchonete.
Um abraço a todos.
Para fazer bem feito, siga os passos:
– Arrumar, no mínimo, R$ 500 mil e torrar tudo na compra de carros antigos bem conservados e interessantes;
– Alugar um bom galpão, bem localizado, e colocar os autos lá;
– Contratar meia dúzia para tocar o negócio.
– Cobrar um ingresso barato, pois se passar de 20 reais quase ninguém vai, ainda mais para ver carros antigos inertes. É a realidade no Brasil.
O retorno será lento, mas pode ser que funcione a longo prazo.
Pois bem. Alguém se habilita?
Se saiu no GP, é porque já foi apurado…
Alguém poderia informar em que cidade fica esse bendito museu?????
Abs.
Mas as pérolas do museu são o GT40 e o Lotus……..
Não conheço o Museu da Ulbra, mas temos o daqui de Curita que é bem bonzinho. Dá um prgraminha legal pro domingão à tarde. Tem até um F1 do Fittipaldi. Também conheço os de Gramado e Canela. Esses são bem legais pois tem uma ambientação de época e nota-se os cuidados com os detalhes. Tipo museu de fora (queira ou não, os caras fazem uns troços legais).
Quanto ao mais, hoje é dia de Serra Malte!!! Eba!
Abs.
Gomes,
Um comentário que não tem nada a ver com o tópico, mas quem sabe você me responde… Li agora no Grade Prêmio a matéria sobre os testes coletivos realizados hoje, em Valência. Na lista de tempos aparece que Massa usou o 248F1 e Raikkonen o F2007. Já tinha lido outra reportagem antes (na Gazeta Esportiva) afirmando que os dois usaram o F2007. Você tem como checar essa informação?
Sds!
Americano pode ser tudo de ruim, porém, temos que reconhecer que eles são criativos quando o assunto é carro. É o que eu acho pelo menos. Abraço