Carro de verdade
SÃO PAULO (tem alguém aí?) – Vou almoçar, mas antes dá tempo de pingar duas preciosidades youtubísticas: aqui uma bela matéria sobre aquele que considero o maior carro de corridas de todos os tempos, o Auto Union Type C. Aqui, um vídeo amador enviado pelo Renato Callote feito em Zwickau, quando a Audi apresentou três dos Auto Unions de corrida refeitos pela Audi Tradition.
Daqui a pouco eu volto.
Os Auto Union foram os carros de corrida que mais me fascinaram, pois desde criança me lembro de documentários que passavam na televisão mostrando as corridas em que o Tazio era o bicho papão (isto no final da década de 60). Fico imaginando se ainda existem estes vídeos.
Jovino
Nossa ! O Roberto Fróes deu uma aula…
O ronco desses carros é algo indescritível !!! Que maravilha que foram refeitos !
Porsche de 1937 feito pelo avó, e 917 feito pelo neto.O restante da industria automobilistica são figurantes.O estado da arte !
Roberto Fróes: SHOW!!!
Gramde sinfonia!
/o carro de recordes que o bernd rosemeyer pperdeu sua vida, dando uma busca na internet consta como o primeiro a tentar o uso de efeito solo na história dos carros de recorde…
Foi um grande carro, o Typ C. Não vi os vídeos nem li o texto, por problemas em meu computador.
Mas posso dizer o seguinte:
O carro foi o “pai” dos carros atuais da Formula 1. Foi o primeiro a usar motor entre-eixos trazeiro, e durante muito tempo, foi o único. Projeto de Ferdinand Porsche, a pedido de Adolf Hitler, bancado pelo governo nazista, assim como os Mercedes seus concorrentes de época. Foi o ápice! Motor V16 comprimido de mais de 500 hp (lembrem-se, em 1937), não me lembro a cilindrada, mas acho que era algo em torno de 7000 cc. Depois dele, veio o Typ D, que fez sucesso nas mãos de Caracciola, mas já era um motor menor, de “apenas” 12 cilindros.
Esse carro, na versão GP, correu o Circuito da Gávea de 1937, no Rio de Janeiro, pilotado por Hans Stuck, obtendo a 2ª colocação, apesar de ser o franco favorito. Perdeu para a Alfa-Romeu de Carlo Pintacuda, que levou a melhor única e exclusivamente devido à pista molhada, pois choveu no início da prova. Quando a chuva cessou e o asfalto/terra/paralelepípedo secou (acredite, a pista era assim mesmo…), só deu para Stuck aproximar-se mais a cada volta, mas não foi o suficiente para a ultrapassagem. No dia segunte, para lavar a alma, Stuck levou o carro para a baixada da Rio-Petrópolis e bateu um recorde de velocidade.
Já na versão Rekordwagen, toda carenada, na qual se inspirou o desenho do nosso DKW Carcará, o carro bateu fácil os 400 km/h, mas matou o grande campeão alemão Bernd Rosemeyer, em janeiro de 1938, justamente quando esse fazia a 2ª tomada de tempo, obrigatória pelo regulamento. O carro desmanchou-se a cerca de 450 km/h, oficialmente devido a um golpe de vento lateral ao sair debaixo de um viaduto na auto-bahn. Mas existe outra versão que afirma que vários adereços aerodinâmicos acrescentados ao carro para essa tentativa não aguentaram a pressão e deformaram-se, causando a decolagem do carro.
Outro detalhe interessante – carro de corrida nunca foi um primor de conforto – é que o chassis era usado também como tubulação da água do radiador (ou seria do óleo?), inclusive o eixo que suportava os pedais. Isso, na prática, “cozinhava” os pés do piloto.
Mais uma:
O carro, na versão GP, era extremamente instável em curvas, graças também aos terríveis pneus então existentes. A solução encontrada, para as provas de subida de montanha, nas quais Stuck era Mestre, foi o uso de dupla rodagem traseira, como atualmente usam ônibus e caminhões.
E ainda outra, inadmissível hoje, mas real:
Os pilotos de então, todos acostumados aos carros tipo Alfa-Romeu, Bugatti e outros, sempre com motor dianteiro, não conseguiam dirigir o carro, devido à sua instabilidade.
alguém então teve a brilhante idéia de trazer um piloto, acreditem, QUE NUNCA HOUVESSE PILOTADO UM CARRO ! E não é que deu certo???
Bernd Rosemeyer, grande campeão com o Typ C, era piloto de motos…
Não restou nenhum desses carros.
O que existe hoje no Museu da Audi é uma reconstituição perfeita do original (refiro-me ao Rekordwagen).
E sei de pelo menos um brasileiro (de coração) que já esteve sentado no cockpit dessa fera, e só faltou babar: O grande Jorge Lettry, mago de nossa extinta VEMAG, e criador do Carcará. Tenho inveja dele…
Como “berra” o motor 16 cilindros!
É maravilhoso.
e no segundo video, o barulho do ultimo carro que eles ligam parece o rugido de um leão.
Um não, uns 15!
Realmente, lindos os carros.
* piadinhas sem graça.
O primeiro vídeo é de um programa que passa no Discovery Turbo, esse programa mostra sempre os 10 mais bonitos, os 10 mais feios, os 10 carros preferido pelas mulheres, os 10 mais caros, o programa é legal, tirando as piadinhas sem graças.
Flavio ,
No primeiro video o cara fala que em 1937 este carro atingiu 252 Mph = 403,20 Kmh , CARACA , o negócio era uma bala !!!
Você quis dizer Renato Bellote.