Do meu baú – I

SÃO PAULO (dia cheio) – Esta será uma segunda-feira das mais atarefadas, com blogadas esporádicas. Para ficar no clima dos filmes do Sidney Cardoso, deixo duas preciosidades de meu próprio baú, começando com essa aí: José Carlos Pace num Karmann-Ghia Dacon tendo problemas com… a porta!

A foto é de 1966, Interlagos. Matuzas, manifestem-se!

Subscribe
Notify of
guest

18 Comentários
Newest
Oldest Most Voted
Inline Feedbacks
View all comments
Roberto Brandão
Roberto Brandão
17 anos atrás

Romeu e Veloz,
Para dar molho à conversa da Alfa Giulia do Chico Landi, a Caracú, com sede na cidade de Rio Claro, em São Paulo, era de propriedade da família Scarpa, que depois a vendeu para a Skol.
Então, tem dedo do Chiquinho, aí…

Rick Lucas
Rick Lucas
17 anos atrás

Inclusive, o Sidney Cardoso nos mostrando no Clássicos de Competição onde ficava a tal Caixinha Pulmão dos KG/P (nos dois originais que estavam ali), foi experiência digna de contar para os filhos, netos, bisnetos, etc, etc.

Cesar Costa
Cesar Costa
17 anos atrás

Sidney:
Não é questão de memória. É questão de enfoque. Vc via tudo como participante e eu via como fãn. Como na época não havia TV, cada vez que ia ao autódromo prestava atenção em tudo para depois chegar em casa e ficar sonhando como que me lembrava. Pilotei muito seu GT-40 na minha imaginação…

Romeu
Romeu
17 anos atrás

Olá Veloz, agora me lembrei tambem de ter visto uma Giulia com o patrocinio da Caracu.
Não me recordava ter sido pilotada pelo velho Chico.
Mas como tambem me lembro de outros carrros do Landi patrocinados por essa companhia de cerveja, (inclusive o JK das Mil Milhas 1960) ponto para você!
Abraço.

Filipe W
Filipe W
17 anos atrás

Oi Cesár,

esse KG aí da foto salvo engano, é o de chapa, o de fibra tinha várias entradas de ar, na tampa do motor e nas laterais, além de usar uns pneus traseiros absurdos hehehe

abs

Filipe W

Sidney Cardoso
Sidney Cardoso
17 anos atrás

Grande Joaquim, Matuza-Mor, sabe de tudo, vc sabe a admiração sincera que tenho por seus conhecimentos.
É isso mesmo que vc falou, acrescente a isso mais um detalhe que o Roberto Brandão tb presenciou, vc não devido sua atenção estar sendo bastante requisitada naquele dia e naquela hora.
É o seguinte: Estes Karman-Ghias tinham carter seco a fim do óleo não pegar o calor do bloco do motor, seus depósitos ficavam num recipiente afastado do motor, embora debaixo da tampa traseira, seus dois radiadores ficavam na frente do carro.
Na parte de trás onde seria o encosto do banco traseiro num Karman-Ghia normal – estes só possuiam o banco do piloto – havia uma caixa preta afixada na fibra que chamávamos de “pulmão”, onde passava o óleo do motor.
Quando olhei a primeira vista e não vi o “pulmão” lá, me surgiu uma dúvida, mas logo foi sanada, devido observar atentamente com Anísio Campos e constatarmos que havia resquícios da marca dela e o furo por onde passavam os tubos de óleo.

Sidney Cardoso
Sidney Cardoso
17 anos atrás

César Costa
Um dos motivos que pedi a foto ao Flávio Gomes foi por achar que era o mesmo, tão logo vi o número 2. Aproveito pra agradecer ao FG, pois já recebi a foto.
Agora que vc levantou esta questão, fui olhar a foto em tamanho maior e tb fiquei na dúvida.
Vi Moco correr com um de lata, inclusive tenho foto, na cor azul clara.
O que adquirimos dele era 2.0 com carroceria de fibra, já nas cores preta e branca que ele havia pintado, após comprar da Dacon.
P.S.C. disse abaixo que ele ficou duelando com Chiquinho Lameirão no Malzoni, devido a isso penso que este da foto, se não estivesse com problemas de motor deveria ser 1.6, pois o 2.0 despacharia fácil o Malzoni.
Se ele souber o ano da corrida, só disse o dia, será trabalho fácil para Ricardo Cunha.
Ah, César, lembra-se daquela foto que recebi de Sérgio Enoch, onde apareço na curva Norte com o GT 40 com uma Alfa vermelha atrás?
Lembra-se que vc, visual que é, falou que por um detalhe no páralama traseiro não era a do Olivetti?
Na época discordei de vc, pois de tanto correr ao lado de Olivetti com a Alfa na cor vermelha achava que era ele.
Pois bem, faço mea culpa, peço desculpa, vc estava certo eu errado.
Assistindo ontem o vídeo que FG me disse que irá postar o link ainda hoje, era realmente a Alfa de Aloísio Kreischer, nesta corrida Mário olivetti estava com sua Alfa nas cores azul clara e branca.
César, vai ter memória visual assim na China, nossa!
São por estas e outras que gosto de ler estes blogs.

Cesar Costa
Cesar Costa
17 anos atrás

Sidney:
Este foi o seu? Impressão minha ou este Karman-Ghia parece ser de chapa e não fibra?

Sidney Cardoso
Sidney Cardoso
17 anos atrás

Flávio
Agora chegou a hora de pedir.
Esta foto tem muito valor pra mim por vários motivos, poderia me enviá-la por e-mail no tamanho original?
Abs.

Roberto Hackmann
Roberto Hackmann
17 anos atrás

Veloz,

realmente a turma aqui se envolve bastante com o automobilismo, motociclismo, antigomobilismo etc. Sábados a tarde as ruas aqui do centro e arredores são uma festa para os olhos.

O maior orgulho da turma aqui atualmente é a Truck por causa do Caipira Voador e do Ramirez.

A turma da moto também é forte por causa do Paraguaio, dos Irmãos Amaral e outros.

O acidente da Ferrari eu vi de perto porque a Castelinho fica a 7 quadras da minha casa e nas sextas e sábados o bicho ainda pega por lá !
Aquilo para um bom pega é um sonho, uma reta só, o perigo é o final dela, o que os menos avisados dão de porrada lá. Só vendo !
Eu já sosseguei nesta parte, meu pai fazia parte da turma do Pandoro e eu escapei várias vezes da policia na Marginais ( aí se desse errado ! Explicar pro alemão lá em casa não ia ser fácil… ).

Ah sim eu morava em Sampa até 1996, depois vim para cá, é mais tranquilo.

Bem o convite está feito e nós podemos alugar uma chácara ou sitio por aqui e fazer um churrasco com piscina bem gostoso.

Abraço !

joaquim
joaquim
17 anos atrás

Num papo com Anisio Campos durante o Clássicos de Competição, ele me contou que fazer as quatro carrocerias dos KG-Porsche em fibra de vidro foi uma parada, pois o processo ainda era novo no Brasil e poucos dominavam a técnica. Ele teve que se valer de um construtor de cascos de veleiro de competição – Flying Dutchman – para terminar o trabalho. O molde foi o Karman Ghia da avó do José Carlos Pace, que havia sido capotado e tinha uma imperfeição no teto do carro, ficando isto como marca registrada do carro. Tanto é verdade que o Sidney Cardoso, no mesmo evento, ao identificar o KG que havia sido dele e hoje encontra-se com o Marx, passou logo a mão no teto e um detalhe que me escapou por baixo do painel, atestanto a autenticidade da carroceria. Isso aí…

VELOZ-HP
VELOZ-HP
17 anos atrás

Hackmann, muito obrigado e passarei o seu convite para os psicopatas.
Rotineiramente um dos nossos destinos é o kartódromo da Schincariol aí perto em Itu.
Também vamos a Brotas pela Marechal Rondon só por causa das curvas…
Na próxima vêz que formos aí perto mandarei o recado a você e todos os sorocabanos.
Aliás, Sorocaba é uma linda e moderna cidade, cheia de ótimas oficinas, preparadores e equipes de competição, principalmente de dragster.
A galera da velocidade daí está muito bem nesses assuntos e deve ser imensa.
Lembro-me que uns anos atráz os “pegas” eram disputados na “Castelinho”, sendo que uma vêz uma Ferrari decolou da pista e aterrizou dentro de um prédio.
Realmente precisamos nos encontrar aí em Sorocaba.
Grande abraço a você e toda a galera daí.

Roberto Hackmann
Roberto Hackmann
17 anos atrás

Veloz HP,

agora que você já estragou a minha segunda-feira, porque vou ter que sair correndo esta semana para Sampa para buscar os meus exemplares das publicações citadas, já que aqui em Sorokba não tem, eu queria lhe fazer um elogio, bem este não é só para você, serve também para outros matuzas e muitos blogueiros que aqui escrevem seus comentários, mas fica aqui hoje o meu registro personalizado.

Vai ter cultura sobre carros e motos assim lá em Interlagos ( para não dizer outra coisa… ) !
Eu ainda chego lá !!!!

Para completar faço ainda um convite a você e seus amigos, já que voces saem com suas motos por aí sem destino que tal marcarmos aqui em Araçoiaba da Serra uma churrascada ?

Nós Também andamos de moto por aqui, só que nossos destinos são daqui para Porangaba, Avaré quando pegamos a Castello ou quando queremos mais curvas vamos a Itapetininga, Barra Bonita etc., ou seja mais para o interiorrrrr.

Com um churrasco aqui por Araçoiaba, não fica legal apenas o passeio, mas o destino também, já que a turma é hospitaleira e as paisagens lindíssimas.

Bem está feito o convite, se interessar é só me escrever, aceitamos também motos antigas com Lambretas e DKW’s, bem como a turma do carro antigo.

Bom dia a todos e boa semana !!!

Milton M Bonani
Milton M Bonani
17 anos atrás

Veloz-HP,
Eu reparei que nenhuma dessas suas revistas fala sobre a marca Lada. Por que será, não?

P.S.C.
P.S.C.
17 anos atrás

Grande Premio Faria Lima, 1 e 2 de outubro, autodromo Interlagos.
A Equipe Dacon havia trocado a cor de seus carros de azul claro para azul escuro.
A briga ia ser boa mas….a Willys fugiu da raia.
O KG do Moco só procisou enfrentar o Malzoni do Lameirão, que deu um trabalho danado. Para ajudar, a porta esquerda do KG não parava fechada.( 1a. bateria )
Na segunda bateria a briga tambem foi boa vencendo Moco.
Na 3a. bateria o pau comeu solto entre os dois até Lameirão parar com o motor engripado.

VELOZ-HP
VELOZ-HP
17 anos atrás

Olá Romeu, amico mio.
Não, dessa vêz falei de propósito e consciente.
Assisti em 1966 uma prova em Interlagos onde o Landi correu com uma Giulia preparada por ele e foi uma beleza.
A caranga andava macia e redonda escorregando lindamente nas curvas com ele domando-a como se estivesse acarinhando-a.
Nunca mais esqueci essa cena do super Landi e sua Giulia.
Lembro também que era patrocinado pela Caracú.
Beber Caracú é beber saude, lembra ?
Grande abraço.

Romeu
Romeu
17 anos atrás

Grande Veloz HP, causando inveja aos pobres mortais, com a descrição do seu domingo de sol em Sampa.
De quebra descreve as “poucas boas” matérias das principais revistas estrangeiras (mais inveja), que trata dos nossos assuntos prediletos, carros de corrida, carros classicos, históricos e motos.
Só uma pergunta: Quando você fala da Alfa TI dos anos 60, não estava pensando em Piero Gancia no lugar de Chico Landi, em dupla com Zambello?
Ou foram os “pilotos” Alzheimer e Parkinson” que “assopraram” alguma coisa ao seu ouvido?
Abraço.

VELOZ-HP
VELOZ-HP
17 anos atrás

Diário da Corte:
Bem amigos da rede Gomes, bom dia.
Ontem, domingo de sol e ceu azul, fui bem cedo até o posto Hungria na Marginal Pinheiros ao lado da ponte Cidade Jardim encher o tanque da minha Honda com gasolina podium e encontrar com os malucos que se juntam lá aos sábados e domingos para voar baixo por alguma estrada, (geralmente a Castello Branco ou Bandeirantes) rumo a algúm lugar perto da capital. O destino pouco importa, o percurso até ele é que vale.
Estacionadas em frente a loja de conveniência do posto estavam várias Honda CBR 1000, Yamaha R1, Kawasaki ZX-1, Suzuki GSX-R1000, Ducati 999, Tryumph Daytona e até uma BMW Cup-Randy Mamola. Parecia até um padock de uma etapa da Superbike Mundial. Lindo. Me fêz lembrar o Rick Store nos anos 70.
Quando eles sairam abrindo o gás foi fantástico. Os moradores do Itaim, Jockey Club e Morumbi tiveram um despertar radiante com aquelas 25 ou 30 motos urrando seus cavalos a plenos giros rumo à Castello. É emocionante e bonito de ver e escutar. E o mais bonito ainda é constatar que a idade média dos psicopatas ficava entre entre 45 e 55 anos. Realmente a vida começa aos 40, se você chegar são e salvo até ela.
Desta vêz preferi ficar por aqui e colocar a leitura em dia então, fui até o outro lado da ponte comprar as revistas da semana na Siciliano; e valeu a pena, sem dúvida.
Dentre as preciosidades que comprei e já devorei estão a inglesa Motor Sport de fevereiro e março.
Na edição de fevereiro os destaques são um teste comparativo no circúito de Silverstone entre o Jaguar XJR_( da Silk Cut e o Porsche 962 da Dunlop-Shell que se pegaram épicamente em Le Mans 1988. Foram testados e comparados por Andy Wallace e John Watson. O Andy gostou mais do Jaguar o Watson ficou na dúvida. Faltou eu por lá; sou mais o Porsche.
Outro destaque é a história do Peter Collins, um baita piloto dos anos 50.
Na edição de março o destaque é uma longa entrevista com o Nelson Piquet que conta toda a sua saga desde a F3 até o porrão em Indianápolis.
Continuando por lá tem a história de A.J. Foyt contada em muitas páginas com dezenas de fotos.
Outra história ricamente ilustrada é a do Jackie Oliver porém, a mais impressionante de todas é a história de 3 pilotos de Grand Prix heróis de guerra : Robert Benoist, Willian Grover e Jean-Pierre Wimille que lutaram juntos na Resistência Francesa na II Guerra. Só o Wimille sobreviveu.
Essa história gerou um livro, Grand Prix Saboteurs escrito por Joe Saward. Sensacional.
Editores brasileiros : ACORDEM !!!
Outra revista que comprei foi a Classic Cars cujo destaque é um teste comparativo entre : Lamborghini Countach 1989, Porsche 911 Turbo 1986 e Ferrari Testarossa 1989. Tá bom ou quer mais ?
Então tem a história completa do Aston Martim DB5 1964.
Mais ? Então vai um Triumph 1961 de competição recriado em toda a sua gloriosa história nas pistas.
Por falar em Aston Martin , na Octane deste mês tem a história completa da marca, carro a carro da série DB.
Além disso tem um raio-x minucioso do Bentley Number Two na sua explendorosa especificação Le Mans 1930, restaurado parafuso a parafuso pela sua mais importante vitória.
Comprei também a maravilhosa italiana Route Classiche que tráz a magnífica Alfa Romeu Giulia TI Super de competizione. São 12 páginas de puro deleite com um dos sedans mais interessantes dos anos 60 nas pistas e que aqui no Brasil fizeram o nome da Alfa nas hábeis mãos de Chico Landi e Elílio Zambello.
Só isso já vakia a revista mas tem também uma Maserati 4CL Grand Prix 1939 restaurada em toda a sua glória flamejantemente vermelha.
Como se não bastasse tudo isso tem também a história completa e ricamente ilustrada com fotos e desenhos técnicos do Efeito Solo que começa com Jim Hall em 1966 até Colim Chapmam em 1982 sem esquecerem de citar Fritz Von Opel em 23/5/1928 em Avus, quando usou o primeiro apêndice aerodinâmico num carro de recorde.
Nessa revista veio um encarte que é, na verdade, outra revista com 36 páginas e conta a história de André Citoen e seus estranhos e incríveis carros.
De certa forma devo a minha existência a um deles, o 11 BL, o primeiro carro que o meu pai teve aqui no Brasil e que, após uma quebra, foi guinchado até o posto-oficina do meu futuro avô, onde lá o meu pai conheceu a minha futura mãe.
O meu amigo kamarada vai delirar de desejos com esse encarte pois é um enorme desfile de carangas estranhas e horrendas, bem a seu exótico gosto.
As outras revistas que comprei foram todas de motos como as inglesas Motorcycle Mechanics, The Classic Motor Cycle, Classic Bike e Super Bike além da italiana Motociclismo.
Se vocês quiserem e o Hôme permitir, depois eu dou um resumo dos destaques de cada uma delas mas, corram até a livraria mais próxima e divirtam-se.
Por hoje é só, um grande abraço.
Câmbio e desligo.