Moco, 1972


África do Sul, no ano de estréia com um carro de Frank Williams

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mario mala
mario mala
17 anos atrás

Quanta lambeçao!! …mas vamos as historias! …e o Luiz Pereira Bueno?

Tohmé
Tohmé
17 anos atrás

Essa história do Veloz tem que estar no tal do livro que um dia vai sair.

Adriana
Adriana
17 anos atrás

Claudio
É verdade…se vc acampou no retão o meu pai acampou na entrada dos boxes e lá ficou fazendo seus famosos sinais pro Moco…ele pulou tanto qdo o Moco ganhou que torceu o pé!!!

Rogério Magalhães
Rogério Magalhães
17 anos atrás

É… bela história do Veloz, de arrepiar imaginar a sensação de felicidade… que coisa de louco…

Pelo jeito, a semana promete… o Moco merece…

Claudio Ceregatti
Claudio Ceregatti
17 anos atrás

Para quem não viu ou leu, abaixo link quebrado do post “Grande notícia” do FG de 16/03/2007 às 17:16

http://www.gpbrasil.com.br/noticias/
index.asp?idioma=1&textoatual=333

O texto é do nosso amigo Marcus Zamponi, o velho Zampa: “O eterno Moco”

Leiam e babem.
É imperdível.
Pensei que sabia muito dele, mas lá tem muito mais. E era um dos caras mais generosos e desencanados de todos os tempos da F1…
Belo texto do Zampa, pra variar.
E belo camarada, o Moco.

Claudiom Ceregatti
Claudiom Ceregatti
17 anos atrás

Valeu, Vitão e Veloz HP…
Pra variar: Conhecimento, amor e humor juntos.
Mas falta aqui comentários da Adriana – que é Greco com um C só… E de sua irmã Ornella.
Elas mesmas, filhas do Grande Greco, talvez o melhor chefe de equipe que esse país conheceu…
Elas sim, como nos disseram ao vivo e em cores no único farnel que compareceram – podem contar histórias saborosas de um tal de “Tio Moco”, que corria junto com um tal de “Tio Marivaldo”, dentre outras feras de fato dessa época de ouro do automobilismo brasileiro e mundial.
Só de saber que vi essa vitória no GP Brasil de 1975, acampado no retão desde o meio da semana, e que o Greco estava nos boxes sinalizando pro “Tio Moco” é de lascar…
Falem, meninas.
Por favor.
Aguardamos ansiosos essas histórias de voces, tão próximas dos fatos, tão próximas do mito.

Sidney Cardoso
Sidney Cardoso
17 anos atrás

Grande Veloz HP
Já havia lido quando vc escreveu da outra vez, mas sabe que no seu resumo acabou lembrando de alguns detalhes que ou se esqueceu na primeira ou eu havia me esquecido.
Como disse alguém aqui, digna para reverenciarmos este mestre na sua semana, tão bem lembrada por Flávio Gomes.
Estou sem o pc, mas dei um jeito de teclar de outro pra não perder nada, como disse Greco ele era um ET no bom sentido.
Abs.

walter
walter
17 anos atrás

Essa história do Veloz é maravilhosa!
Digna da Semana Pace!
Eu não tive o privilégio de andar no box (minha primeira F1 no box foi 1m 1980, tempo de carros asa) naquele tempo, mas a emoção daqueles tempos era muito boa: os carros eram mecânicos, com graxa, olho, peças para montar e mecanismos para regular.
O Pace fez o que era possível com esse carro e não dá para falar do carro de 1971, andando em 1972, como prova o desempenho do próprio Peterson em 1972.

vitão
vitão
17 anos atrás

Veloz , para o seu passeio sugiro uma cueca tamanho jô soares (haja saco!) e um isqueiro made-in-cafundó-da-china. Cada acendida é uma explosão. (já o ouço dizendo: ih Flavio, queimou. Foi sem querer querendo).

VELOZ-HP
VELOZ-HP
17 anos atrás

Obrigado por suas palavras meu amigo mas, advirto-lhe que, se nesse dia em que, hipoteticamente, eu entrar no seu Lada com você o empurrando, é aconselhavel que a chave do contato não esteja lá, muito menos que haja gasolina ou o que seja que o mova no tanque. É aconselhavel que o lugar seja plano e desprovido de obstáculos pontiagudos como muros, paredes, morões de cerca, vigas de pontes, etc, pois, caso contrário terei o prazer quase sexual de ligar aquela coisa (se funcionar, é claro) e demolir-la no primeiro obstáculo fixo que encontrar pela frente.
Aí sim, será uma lembrança sublime e superior à aquela da F1 em Interlagos 1972.
Haverá, é claro, o terrivel desprazer de vê-lo sofrer com tamanha barbárie em seu veículo mas, que se há de fazer, não se cria um belo omelete sem quebrar os óvulos maduros de uma ridícula galinha…
Grande abraço e obrigado.

Jonny'O
17 anos atrás

Vitão!
Bravo!!Bravo!!!!

vitão
vitão
17 anos atrás

onde lê-se “derão” , leia-se “deram” .
Dedo mais rápido que o cérebro. perdão

Gomes
Gomes
17 anos atrás

Esse relato do Veloz é uma verdadeira ode a uma paixão. Parabéns, amigo. Agora entendo por que nossos gostos são tão parecidos. Acho até que vou deixar você pilotar meu Lada. Eu empurro e você vai ao volante. Será uma forma de reviver aquelas sensações de 35 anos atrás!

Cesar Costa
Cesar Costa
17 anos atrás

Eu achava este bico bem bonito! A solução que o Ron Tauranac (citado aqui pelo Rodrigo Mattar), foi mais funcional, mas ficou parecendo um remendo.Aliás, este Marcha ainda permanece aqui no Brasil?

vitão
vitão
17 anos atrás

Pro zé Clemente :

a asa “prateleira” foi uma das boas idéias que não derão certo. Tinha dois problemas principais :
-causava um arrasto enorme pelo tamanho; mas
– dava pouca pressão porque o ar da parte de cima tendia a “vazar” para a parte de baixo, reduzindo a eficiência da trapizonga. Fenomeno parecido acontece na borda das asas dos aviões, que são menso eficientes que o centro da asa, devido à migração do ar de baixo (alta pressão, no avião) para cima (zona de alta velocidade e baixa pressão). Tanto que os projetos mais modernos tem os winglets verticais para impedir a “confusão”dos fluxos.
O problema do March era o mesmo, mas ao contrário, devido as óbvias caracteristicas invertidas do perfil do aerofólio . Em termos leigos é isso.
Lembrando também que o 701 foi pioneiro no perfil asa na lateral (era um tanque de combustível), que só não era efetivo porque o ar também migrava. Até que um certo Colin Chapman entendeu que devia-se separar os fluxos superiores e inferiores, criando carro asa. O resto é história.

Alan Bandeira preta!
Alan Bandeira preta!
17 anos atrás

EXPLENDIDO!!!!!

VELOZ-HP
VELOZ-HP
17 anos atrás

Tohmé,
essa história eu já contei por aqui, creio que foi no ano passado, e vou tentar resumi-la por ser muito longa.
A primeira corrida de F1 no Brasil foi realizada em 1972 e não contou pontos para o campeonato mundial.
Aconteceu logo após o GP da Argentina.
Eu, é lógico, fui até Interlagos para vêr a chegada dos carros que desembarcaram em Congonhas e vieram cobertos com lonas em caminhões cegonha.
Logo cedo lá estava eu no portão 3, vindo do bairro da Penha após 3 horrendas “viagens” de ônibus.
Quando finalmente chegaram eu fui andando ao lado dos caminhões tentando ver alguma coisa por baixo das lonas mas, quando dei por mim já estávamos em plena Reta dos Boxes pois os caminhões entraram pelo portão em frente aos boxes ao lado da arquibancada e não pela parte de trás descendo pelo tunel.
Aí meu amigo, eu só sairia dalí morto ou preso pela polícia.
Logo fiz amizade com os motoristas e comecei a ajudá-los a descobrir e descarregar os carros. Os policiais pensaram que eu era filho de algúm dos caminhoneiros e nem se preocuparam comigo.
Logo procurei fazer amizade com os mecânicos que começaram a aparecer e então me enturmei com eles.
Como as equipes grandes como Ferrari, McLaren e Tyrrel não vieram, foi facil interagir com eles pois eram a turma do “fundão” da F1.
Imediatamente fiz amizade com o Arturo Merzario que não veio correr, pois não tinha verba para isso, mas veio junto com seus mecânicos ajudar a equipe BRM que tinha o patrocínio da Malboro, o mesmo que o dele.
Fui então “adotado” por eles que logo me deram uma camiseta e um boné da equipe e fiquei por lá ajudando todo mundo a montar os carros, rodas, aerofólios, etc.
No final do dia todos os carros eram levados para o Padock, que era um galpão que ficava na parte interna da Curva 1 guardado pela cavalaria da PM a noite toda.
Nesse momento, na hora de empurrar os carros até lá, o mecânico do Pace falou para eu sentar no carro e “pilotá-lo” até lá enquanto eles iam empurrando-o pelo aerofólio.
Imagine o que senti nesse momento ao sentar num carro de F1 e ainda por cima “pilotá-lo”.
Ao chegar no galpão eu saia correndo para os boxes e sentava em outro F1 para repetir o “circúito”, com os mecânicos e os pilotos achando graça e até esperando eu chegar para empurrar o carro. Tudo era festa e o ambiente era super relaxado com todos numa boa como se estivessem de férias. Eram, como já disse, a turma pobre da F1, aqueles sem frescura ou nhênhênhem apesar de que a F1 daquela época, mesmo as equipes mais ricas, não era esse kôkô social horroroso de hoje.
Como fui “adotado” pelo Merzario, dormi os 4 dias no boxe da equipe BRM-Malboro em cima dos enormes pneus traseiros usados pelo Lauda, Hemut Marko e Peter Ghetin (deve estar escrito errado) durante os treinos do dia e formavam um belo e confortavel colchão. Meu cobertor era uma das bandeiras que seriam hasteadas no dia da corrida.
E assim lá vivi seguramente os melhores e mais emocionantes 4 dias da minha vida onde, além de ver ao vivo e a cores pela primeira vêz os carros de corrida mais desejados do mundo, pude ajudar a motá-los, escutá-los, cheirá-los, lavá-los, encerá-los e até “pilotá-los”, além de dormir ao lado deles.
Não sei como não tive um infarto aos 15 anos de idade…
Infarto que quase dei na minha família pois, esse foi o lado ruim dessa história. Quando, no primeiro dia após a chegada, me ví lá dentro e com a possibilidade de ficar por lá até o dia da corrida, telefonei para casa e fui curto e grosso com a minha mãe :
“Alô, mãe ?
Sim, meu filho, onde você está ?
É o seguinte, estou em Interlagos e só voltarei quando acabar a corrida daqui a 3 dias, tá?
O que ? Como ? Quando ? Meu filho…”
E “plá”,desliguei o telefone.
Meu Deus do céu, coitados. Pelos 3 dias seguintes os auto falantes do autódromo ficaram repetindo o meu nome dizendo que meus pais, tios e avós estavam na administração me aguardando.
Como eu não aparecia os tiras da PM começaram a me procurar com uma foto na mão.
Ao contar isso para o Merzario ele tratou de me esconder no fundo do boxe da BRM ao menor sinal da polícia por perto. Efoi assim por todos os dias. Grande Merzario, mais moleque e doido do que eu.
Quando finalmente cheguei em casa minha mãe quase morreu, minha avó já estava de cama, meu pai queria me matar, meu avô me defendia, minhas tias berravam, minha irmã chorava junto com minha namorada, um verdadeiro pandemônio mas, eu estava nas nuvens e feliz, quase boiava no ar de tanta felicidade.
Aquilo foi assunto para meses na minha casa e fora dela pois, na escola os meus amigos faziam fila para escutar eu contar todos os detalhes e ver o monte de autógrafos, adesivos e lembranças que pude trazer de lá.
Não sei se Shangrilá existe mas a sensação de algo assim eu pude sentir ao menos uma vêz na vida lá em Interlagos, na primeira corrida de F1 no Brasil e que viví intensamente do início ao fim dela.
Até hoje são lembranças muito vívidas que tenho daquilo, mesmo 35 anos depois e que, certamente, irão comigo até o último dos meus suspiros.

Zé Clemente
Zé Clemente
17 anos atrás

É mesmo Jonny. Nem lembrava mais o Peterson tinha corrido nesse carro. Tambem na mao o Peterson qualquer carro andava. Feio ou não.

Mas q a mezinha de café é feia, é mesmo.

Isso aí era um dos charmes da época. Hj vc assiste o mundial de autorama e vê tudo igual. Não há espaço pra inovações como antigamente. Outro dia vi o Coopersucar em Interlagos, andando. O carro não era bom. Mas além de bonito era muito inovador. Isso era legal.

Filipe W
Filipe W
17 anos atrás

O 711 não era o melhor carro mas tb não era nenhuma draga como se supõe, nessa época o March fezz o modelo 721 que fez o Peterson pagar os pecados dele.

carlos
carlos
17 anos atrás

Este nariz era conhecido como coffee table.

Jonny'O
17 anos atrás

Zé Clemente,
Por incrível que pareça este carro foi vice campeão em 71 com o Peterson, portanto este March 711 não era dos piores.

Zé Clemente
Zé Clemente
17 anos atrás

Veloz,

Vc é do ramo e portanto pode falar a respeito.
Isso aí é um carro de F1 com um piloto de F1 no volante, andando tanto qto um F1.
Mas sem dúvida nenhuma esse bico ´prancha de surf de praia de pobre´ é de longe a coisa mais feia que já apareceu na F1.
Pergunto se essa asa horrivel funcionava, se cumpria o papel dela.
Quanto ao Moco, gostaria de saber o q diriam hj dos nossos pilotos caso ele nao tivesse falecido. Ele teria ganho um campeonato com certeza. Tinha tudo pra isso como piloto.

Tohmé
Tohmé
17 anos atrás

Veloz CV,
Conta um pouco mais dessa história, pois eu (e acho que mais alguns) ficaram bem curiosos.

Caio, o de Santos
Caio, o de Santos
17 anos atrás

Professor Leandro dirigindo a ‘bagaça’.
CC sem a prancha.
Ô povo doido…
E eu conheço alguns deles!

Rodrigo Mattar
Rodrigo Mattar
17 anos atrás

A tábua de passar roupa no bico do March só resistiu à primeira corrida do Moco com a Williams, na África do Sul. A partir de Jarama, o Ron Tauranac deu uma mexida no bico e o carro ficou menos feio. Pelo menos lá e em Nivelles, o Pace marcou pontos. E o Pescarolo? Alguém sabe, alguém viu?

roger
roger
17 anos atrás

Sobre o Moco; vi o ‘tarado’ jogando o Maveco em Tarumã na curva do ‘tala’ e na ‘Um’ como ninguém…o Paulão bem que ensaiava mas o Moco….caraios ‘dava show em slow motion’…dava para ver detalhes de tão longa correção da direção…

roger
roger
17 anos atrás

-E o interessante é que o Tio Frank esta no time em que ‘não admite’ que, se compre/venda chassis…
(dahhh chassis pra toda macacada…deixa encher o grid….)

Jonny'O
17 anos atrás

O Caique também pilotou este carro,ou melhor o outro.

VELOZ-HP
VELOZ-HP
17 anos atrás

Viva, foi exatamente esse carro o primeiro F1 que “pilotei” nos boxes de Interlagos nesse mesmo ano.
O “bico” era o outro e definitivo com duas asas laterais e não esse horrendo Star Track, graças a Deus.
É mole ? “Pilotei” o carro do Moco por 3 dias seguidos com ele sentado na mureta sorrindo e aplaudindo, compreendendo exatamente a paixão e emoção que aquele moleque doido e alucinado sentia por estar naquela máquina.
Afinal, ele era assim também, só que agora era mais velho e tinha mais obrigações. Mas no fundo era um doido apaixonado como todos nós.
Grande Pace, muito obrigado pela sua compreenção e carinho comigo. Que esteja em paz.

walter
walter
17 anos atrás

Esse foi o começo da equipe Williams, usando equipamento comprado (a March vendeu muitos monopostos em muitas categorias).
Depois virou Williams – Iso Rivolta (patrocínio Marlboro), mas o Moco já partia para a Surtees.
Com esse carrinho ruim, de equipe pequena, nem o Peterson fazia nada.
Mas o Moco foi companheiro de um cara que escreve muito por aqui: o Henri Pescarolo.
Manda mais, Gomes, que essa Semana Moco promete!

Lucpeq
Lucpeq
17 anos atrás

Imagina esse carro passando na fente do CC, ele roubava o numero e a prancha de surf que esta na frente.

JARP
JARP
17 anos atrás

O carro era de Frank Williams, mas não fabricado por ele: era um March 711 (modelo 71, do ano anterior mesmo). Por sinal, o March oficial, pintado em laranja da STP, era uma beleza.