Pena pra todo lado
SÃO PAULO (deu vontade de um omelete) – Como de costume, deliciosa a história narrada pelo Matuza-mor Joaquim Lopes na coluna Retrovisor de hoje.
JL conta sobre uma das primeiras corridas de um piloto que ficaria famoso com essa carretera DKW aí embaixo. É de chorar de rir.
Essa foto é de 2001, foi tirada aqui perto, no prédio do Citibank, numa exposição que tinha também o Karmann-Ghia Dacon que hoje está com o Trevisan e a carretera 18 do Camillo.
Foi a primeira vez que me emocionei de verdade com um carro. O 13.
Poxa,quando li sobre o “volante 13”,lembrei-me que nos idos dos anos 60 meu pai havia comentado sobre um amigo que o tinha convidado para participar das MIL MILHAS de Interlagos com o Arouca (Volante 13).
Na época meu pai comentou que o Volante 13 era filho do dono da empresa Fechaduras Arouca , e que seu pai não poderia saber que ele corria de carro.Por isso o pseudônimo de VOLANTE 13.
Grande Mestre Joa,
O telhado do galinheiro arriado em cima da Deka, as galinhas esvoaçando pra todo lado, o dono puto com o piloto… é uma grande cena sem dúvida, descrita com maestria. Eu fico imaginando a cara do piloto… Grande crônica, Mestre, lembrança de um Brasil que se movia no ritmo das conversas de fim de tarde no praça da matriz e do pito no cigarro de palha… i la giovinezza che non torna mai…
show de relato parece que a gente tah lah assistindo o dkw no galinheiro, este Joaquim eh fera mesmo pra escrever. vamos aguardar a próxima coluna
Mais uma grande história contada pelo Joaquim, um mestre na arte do contar causos com muito humor.
parabéns.
Grande Joaquim, que bela história, assim nasceram alguns de nossos heróis do volante.
Se vc contou esta em algum farnél, eu não estava por perto, quando nos cruzarmos em outro, espero ouvir esta histáoria ao vivo, com todo seu jeto peculiar de contar.
Abraços
História bem legal.
Ele devia estar debutando no automobilismo! Bem legal presenciar estes momentos.
Otima historia, lindo carro!!!
Mestre Joa, sensacional…
Essas suas histórias são saborosas, divertidas e coloridas, embora digam respeito sempre a eternas imagens em preto e branco…
Ainda bem que o falecido tinha algumas posses e pôde bancar o estrago causado.
Se fosse uma certa turminha braba dos anos 70, à qual mui honradamente fiz parte, não teríamos grana nem pra meia dúzias de ovinhos quebrados…
não sei q q deu mas o outro email foi pela metade.
Mas queria dizer que aqui andamos com um kandango em perfeitas condições e que existe jogado ao lado de um posto um DKW com carroceria tipo caminhonete…
[]’s
Olá amigo Flávio!!!
Muito show seu blog. Leio-o diariamente. Mas hoje sou obrigado a deixar meu r
Texto sensacional. Não consigo parar de rir. Sou do interior (mais precisamente da Piracicaba citada) e me lembro bem como eram as coisas (e os galinheiros) a alguns anos atrás…
Espero que venham para Curitiba….. aqui o autódromo enche!
Muito boa a crônica e a foto aqui de encher os olhos.
Amigos, fico contente que gostaram da historinha. Só um reparo: o acontecido é de 1961 e não 64 ou 65, como no texto. Diabo de memória, sô!
Mayara, você não está de todo errada. Até o início dos sessenta o Brasil era um país rural, com a maioria de seus habitantes vivendo no interior, antes desse inchaço das grandes cidades. Criar galinhas, ou patos, etc. no fundo do quintal, era um atividade natural naqueles tempos. Frangos congelados só nos anos setenta, com a explosão dos supermercados.
Abraços fraternos.
A história é ótima, gosto muito do texto do Joaquim e do Brandão.
Mas percebo que o Brasil era um fazendão. O pior é que na verdade, continua.
Joaquim como sempre sensacional!
Grande abraço!
Grande Joaquim,
O Flodoaldo Arouca foi um grande piloto e corria escondido da família que não aceitava de jeito algum que ele se envolvesse com corridas, por isto, o apelido de volante 13, inclusive, ele pedia para a imprensa não fotografa-lo ou divulgar imagem dele. O Luiz Braidatto, dono da Decabraz, foi quem o patrocinava, inclusive, houve uma prova em que a volkswagem colocou um fusca com motor porsche disfarçado, mas o volante 13 conseguiu vencer a corrida e causar grande decepção ao pessoal da volks.
Agora Joaquim, alguém saboreou galinha ao molho pardo depois do acidente?
Jovino
Juca, lendo, me lembrei de você contando. Grande coluna e excepcional estória.
Eu não conhecia essa história. Temos gente no Grupo DKW que conhece, com certeza, pois correu junto com ele (o Frodoaldo). Parece que só existe uma única foto dele, dentro de um carro de corrida, sem disfarce…
Esse carro foi da Equipe Vemag, feito com inspiração num Dyna Panhard encurtado, que fez a festa em El Pinar, no Uruguai, onde Jorge Lettry o viu e teve a idéia de fazer o mesmo com o DKW. O carro teve a distância entre eixos reduzida em 35 cm, baixou para 2,10 m, e andava como o capeta, nas palavras do Crispim – mecânico chefe da equipe de competições da Vemag, mas apenas nas curvas de baixa, como era o caso uruguaio.
Em conversa com um antigo piloto da Vemag, que usou o carro em Interlagos, o negócio era “se benzer antes das curvas 1, 2, 3 e Sol, se sobrevivesse a elas, o restante era moleza, ninguém segurava.
Juan Manuel Fangio, em visita a São Paulo, pilotou a fera em Interlagos, e disse que os brazileños eram loucos. Não chegou aos pés do tempo do Marinho (e se ele tivesse chegado à F1?).
Com i fim da Vemag, o carro foi vendido barato para o Volante 13, que fez dele um mito! Eu vi este carro levar aquela porrada na traseira, no Autódromo do Rio, lá pelos idos de 1968 ou 1969, me parece que acertado pela Alfa do Mário Olivetti (não tenho certeza), quando assisti uma cena folclórica: Um PM do policiamento, bêbado, isso mesmo, bêbado em serviço, disse que ia “prender todo mundo por excesso de velocidade”. E ele falava sério! Mas não era um cara sério…
Este carro já foi meu sonho, eu pretendia fazer uma réplica do mesmo, aliás, comprei meu Belcar pensando nisso. Mas o carro estava tão bonzinho que eu resolvi fazer original. Resultou na “Catedral de Barcelona”, como chama o Flávio.
Mas a vontade não passou, apesar de ligeiramente modificada… aguardem…
Grande Joaquim IBM-CPU-VAX.
Maravilha de história.
Ela me fêz lembrar de um acontecimento natalino aos meus 16 anos quando caí em cima de uma sorveteria com o Corcel GT zero Km da minha tia.
Por sorte era noite de Natal e não havia ninguém lá, sequer estava aberta. Caso contrário eu já teria ido para a cadeira elétrica de Alcatraz a muito tempo.
Grande Joaquim,
Bela coluna, texto gostoso.
Parceiro bom, esse.
Quase que esta foi a quatro maos, nao fosse o atropelo de outras escrituras.
Joaquim,
Espetacular !
Parabéns !
Muito obrigado !
Putz, quis cantar de galo, foi cantar no galinheiro, hehehehehe… essas histórias do nosso automobilismo são sensacionais, uma mais bacana que a outra… e assim se forjaram grandes pilotos ao fim e ao cabo…
Sensacional historinha.
bravo!!!
Sensacional!
Joca , fala a verdade ,vocês fizeram um virado de frango no fim de tudo ,heim?
Na boa Flávio, esse DKW é muito mais bonito que o seu, hein. A grade e os aros cromados são lindos