Semana Moco

SÃO PAULO (todas as homenagens) – Hoje, dia 18 de março, faz 30 anos do acidente aéreo que matou José Carlos Pace, o campeão sem título. Há muito a contar sobre o Moco, piloto que disputou 71 GPs na F-1 mas dizia que o melhor carro que guiou na vida foi o Karmann-Ghia Porsche da Dacon.

Sugiro, como leitura, estes textos no site do autódromo que leva seu nome, publicados originalmente no site da Obvio !. São boas histórias, bem contadas, saborosas.

Nesta semana, até domingo que vem, vamos pingar aqui uma foto por dia de Pace na Fórmula 1. Aquela lá no alto é de sua única vitória na categoria, no Brasil, em 1975 — dobradinha com Emerson, o primeiro 1-2 brasileiro na F-1.

Pace estreou em 1972 com um carro alugado por Frank Williams. Em 1973 e 1974, correu de Surtees. De 1974 mesmo a 1977 foi funcionário de Bernie Ecclestone na Brabham.

De Pace, não tenho lembranças claras, exceto do que li. Mas tive a dimensão exata de sua importância e talento quando, numa visita à Ferrari em 1993, fui conhecer o gabinete do comendador, onde ele assistia às corridas pela TV e de onde dava uma espiada, pela janela, nos treinos que seus pilotos faziam em Fiorano.

As paredes da sala, mantida intocada até hoje, são repletas de fotos de seus carros e dos “ragazzi” que os levaram a glórias incontáveis. Entre elas, em lugar de destaque, está Pace, que defendeu Maranello no Mundial de Marcas.

Lembremos o Moco, então.

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Antonio
Antonio
17 anos atrás

CORREÇÃO: o GP da Argentina a que me referi era de 1977, e não 75.
Sorry…

Antonio
Antonio
17 anos atrás

Amigos, eu não tenho arquivos, por isto posso me enganar, de vez em quando. Mas pra falar do Moco, eu acho que não preciso de arquivos, tenho (quase) tudo na memoria, BEM VIVO.
Então, lá vai:

Carlos:

Estamos falando de recordes diferentes. Com o Surtees TS 14, em 1973, ele fez a melhor volta da corrida, e então recorde de Nurburgring, se não estiver errado em 7 min. 11 seg. e 4/10. Por favor quem tiver arquivos verifique a minha memoria, e me corrija se for o caso. Foi uma corrida sensacional dele. Tinha ficado preso atras de um grupo de carro que corriam juntos, entre eles o Wilson e o Lole de Brabham BT42 e o Emerson, de Lotus 72 (que estava de mão ou pé (?) quebrado por um acidente anterior). Quando o Moco conseguiu passar abriu e foi embora, mas já era tarde para pegar o Ickx, que ia em terceiro, se não me engano de de McLaren M23-Yardley. Assim mesmo o Moco tirou muito, fazendo varias vezes a melhor volta, até ficar com o recorde da pista. Não sei não, se ele tivesse se livrado do trafego mais cedo… O TS 14 embora fosse uma cadeira eletrica, era rapido. O problema é que os pneus Firestone só aguentavam algumas voltas, e depois iam pro vinagre, não permitindo ao Moco manter o ritmo. Quando aguentavam até o fim , o Moco chegava bem, como neste GP e no GP da Austria, onde ele também bateu recorde de volta e chegou em terceiro, “mordendo” o “Vesgo” (JYS) na última volta, quase chegando em segundo.

O “recorde” de que eu falei, não é uma marca oficial, pois foi obtida em treinos. Na verdade, o Moco fez o segundo tempo com o BT 44, o Lauda fez a Pole de Ferrari 312, isto em Nurburgring 1975. Se, mais uma vez, eu não estiver errado, o tempo do Lauda era 6m59s6/10 e o Moco virou 7 min. cravado, O MELHOR TEMPO DE UM FORD COSWORTH até então. Atras dele alinharam o Regazzoni (Ferrari), Emerson (M23) e o Lole (com a outra BT44), todos mais de um segundo atras, sendo que o Lole cerca de 2,6 segundos, com o mesmo carro. E todo mundo comentou que na reta de chegada o motor do carro do Moco falhou antes de cruzar a faixa , por falta de alimentação, senão o tempo dele teria sido cerca de 1 a 2 decimos melhor ! Na corrida, o Moco ia no grupo da frente, mas foi a famosa corrida dos furos de pneus. Todo mundo teve que ir para os boxes, andando quilometros de pneu furado, e o Lole, que fazia uma corrida ridicula, andando lá atras, ganhou por não ter furado pneu…

Sidney:

Eu não quis dizer que o Moco não era bom de corrida longa !!!! Desculpe se eu não me expressei bem. Mas é notorio que ele não tinha o preparo fisico para pilotar um F1 no limite, o tempo todo, sob condições criticas, tal como aconteceu na Argentina em 1975, onde ele perdeu a corrida que já estava ganha, tal a distancia que ele tinha posto na frente com o BT45 (eu já estava chorando em frente da TV, comemorando a segunda vitoria dele !!!). Foi quando faltando 2 voltas ele passou a andar devagar e foi ultrapassado pelo Scheckter, de Wolf. Cruzou a linha lentamente, quase perdendo o segundo lugar, e parou o carro junto ao centro medico: o carro estava perfeito, mas o Moco tinha desidratado, e foi retirado do carro desmaiado. Tinha perdido 5 quilos !!!!
Voce bem sabe que é diferente pilotar um SP numa prova de longa duração, revezando com outro piloto em turnos de aprox. 1h, “viajando'” parte do tempo em ritmo de prova longa, e pilotar um F1 perto do limite a corrida inteira. A segunda é muito mais desgastante. Não foram poucas as vezes em que o Moco terminou “morto”. E piloto “morto”, por melhor que seja (e ele era bom demais), perde rendimento.

Quanto a P33, no Rio, eu estava assistindo o treino no antigo traçado e vi um dos grandes shows do Moco: na primeira volta que ele deu com ela na pista , já veio todo atravessado no “S”,. Eu estava perto do lago, e achei que ele tinha perdido o carro, e viria em cima de nós (não havia proteção nehuma !!!, lembra Sidney ?). Tomei o maior susto, mas logo ouvi o urro agudo do motor da Alfa sob total aceleração e vi o Moco completar o “S” com o carro totalmente sob controle. Obra prima ! Dois dias depois, na corrida ele liderava com tranquilidade,quando, ao ultrapassar um Puma VW, foi fechado e foi parar no mato, quebrando a suspensaõ da Alfa. Quase todo mundo no autodromo ficou triste de não ver ele ganhar com a P33.

Desculpem se os tempos que anotei acima não estiverem corretos, mas, como dizem os italianos, “si non è vero, è ben trovatto….”

Ah, lembrei agora: no primeiro treino que o Moco fez com a 312 P na pista de Fiorano (ambos desconhecidos para ele), o Moco igualou o recorde de volta da pista para aquele carro…

Sidney Cardoso
Sidney Cardoso
17 anos atrás

Ricardo Cunha
Valeu!
E só falamos de corridas longas ganhas pelo grande Moco, já pensou se fôssemos computar as de curta duração?
Bicho, após responder seu e-mail e fazer mais algumas coisas, deu pau no meu pc, de modo que estou sem seu e-mail, mas vc pode me enviar qualquer coisa que pego pelo webmail.
Forte abraço!

Ricardo Cunha
Ricardo Cunha
17 anos atrás

Sidney Cardoso:

Complementando as corridas do José Carlos Pace:

1965 – 1600 Km de Interlagos – Primeiro colocado, com Luiz Pereira Bueno – Carretera Gordini

1968 – Prova Deputado Levi Neves – Primeiro colocado, com Luiz Pereira Bueno – Bino Mk II
12 Horas de Porto Alegre – segundo colocado, com Bird Clemente – Ford Corcel

1969 – 500 Km de Salvador – Primeiro colocado , com Marivaldo Fernandes – Alfa Romeo P-33/2

Uma correção : em 1969 ele venceu os 1000 Km de Brasília em dupla com o Marivaldo Fernandes.

Um abraço.

Ricardo Cunha

Sidney Cardoso
Sidney Cardoso
17 anos atrás

Antonio
Me desculpe, todos tem o direito de expressar o que quiser, vc disse que o Moco não era bom em corrida em corridas longas, de resistência, mas os números indicam o contrário, senão vejamos:
1000 Kms de Brasília 67, ele ganhou com Karman-Ghia Porsche junto com Wilsinho – corrida longa.
500 Kms de Interlagos 67, F Vê, segundo lugar, com Totó.
12 Horas de Interlagos, ganhou junto com Anísio Campos,com Karman-Ghia Porsche.
Venceu a Prova Santos Dumont, Autódromo do Rio 68, em parceria com Luisinho no Bino Mark II, prova de duração média, se não me falha a memória era em torno de 4 a 5 horas.
1000 Kms de Brasília 68, venceu em parceria com Luisinho com Bino Mark II.
1000 Kms de Brasília 69, venceu em parceria com Luisinho, com Alfa GTA.
1000 Kms da Guanabara 66, chegou em segundo em dupla com Totó, guiando Karman-Ghia Porsche.
Mil Milhas 66 chegou em quinto em dupla com Totó, guiando Karman-Ghia Porsche.
Isso é o que me lembro de cabeça, meu pc foi pra consertar, estou teclando de outro onde não tenho meus arquivos à mão, mas Ricardo Cunha que tem tudo, provavelmente poderá engordar esta relação de corridas longas que Moco participou com excelentes resultados.
Sérgio Hingel
Vc tem meu e-mail, por favor, me envie as fotos que vc tem dele na Afa P 33, depois te enviarei as minhas, hoje estou sem meu arquivo, mas o rapaz ficou de me entregar o pc amanhã, aí te enviarei as minhas, tenho muitas dele na Alfa e do lado de fora dela.
Abs.

carlos
carlos
17 anos atrás

Sorry, postei a mesma mensagem duas vezes.

carlos
carlos
17 anos atrás

Muita gente, o Antonio está certo, comenta que o Moco era bom de corrida de resistência, o que de uma certa forma, ao se considerar a frieza dos números, não deixa de ser verdade.
Mas ele pilotou um carro bom só em
75, quando a Ferrari deu um banho em todo mundo com as 312T. Mesmo assim mandou muito na March, mandou muito na Surtees, apesar do carro. Com as Brabham Alfa Romeo ele passou o ano de 76 desenvolvendo o carro, pra colher os frutos em 77, mas aí veio o acidente. Vi ele correr em 75, no GP Brasil, uma vez no Rio, de P33, e outra em São Paulo, acho que 72, com a Surtees de F2. O comentário da Adriana é bem a cara dele – um sujeito que quando parasse de correr queria mesmo era se enfiar no mato. Ele não tinha o menor jeito pra ser star – talvez o piloto mais low profile que já existiu. Gostava mesmo era de correr de KG Porsche no autódromo da sua cidade. Saudade.

carlos
carlos
17 anos atrás

Antonio, o recorde na Alemanha foi com a Surtees TS14, não com a
Brabham BT44. Vi o Moco de Surtees de bloco de alumínio, um F2, bater recorde em cima de recorde em Interlagos, e o Emerson correu na prova com uma Lotus modificada pelo Divila. Tem uma foto
da primeira linha do grid, com a Surtees em primeiro plano, e era um
carro maravilhoso. A volta mais rápida em Nurburgring com uma Surtees TS14 foi tirar leite de pedra, era um carro muito, muito frágil, o chassis era fraco, tanto que o Moco desistiu da equipe. Uma vez ele apoiou de leve o braço no aerofólio e ele despencou, só pra se ter uma idéia de como o carro era mal construído. O Frank Williams até hoje considera o Moco um dos melhores pilotos que já viu correr.

carlos
carlos
17 anos atrás

Tem aquela história dele com o Ickx em SPA. O Ickx perguntou ao Moco como ele estava fazendo a Eau Rouge, o Moco respondeu que fazia de pé em baixo, em quinta, o Ickx consultou a tabela de relações de marcha, e disse para o Moco que não era possível fazer a curva a trocentos por hora – o Ickx também pilotava uma 312 P – daí o Moco disse, “então vem atrás de mim que eu mostro”, os dois entraram nos carros e na Eau Rouge o carro do Moco deu uma estilingada, sinal de que fizera a curva flat, do jeito que tinha falado. E o Ickx era o Rei de Spa!

carlos
carlos
17 anos atrás

Tem aquela história dele com o Ickx em SPA. O Ickx perguntou ao Moco como ele estava fazendo a Eau Rouge, o Moco respondeu que fazia de pé em baixo, em quinta, o Ickx consultou a tabela de relações de marcha, e disse para o Moco que não era possível fazer a curva a trocentos por hora – o Ickx também pilotava uma 312 P – daí o Moco disse, “então vem atrás de mim que eu mostro”, os dois entraram nos carros e na Eau Rouge o carro do Moco deu uma estilingada, sinal de que fizera a curva flat, do jeito que tinha falado. E o Ickx era o Rei de Spa!

Sidney Cardoso
Sidney Cardoso
17 anos atrás

Bela homenagem, maravilhosa!
Na minha modesta opinião, Moco só não foi campeão mundial devido o acidente de avião, do contrário seria uma, duas, três, etc,etc.
O dia de sua morte ficou marcado pra mim como a de John F. Kennedy, assim como do dia que ele deu um show de derrapagens controladas com a Alfa P33, batendo o recorde do Autódromo do Rio, esta, felizmente, inesquecível por razões agradáveis.
Aproveito pra fazer um pedido aqui, se alguém tem fotos dele com a Alfa P33 de lado neste dia, por favor, envie-a para FG, por incrível que pareça, ainda não vi uma dele de lado neste dia, só presenciei, foi lindo demais, merece ser visto por todos.
Com este público todo de FG é bem possível que alguém tenha fotografado, quem sabe?
Ele não acreditava em sorte, também não acreditava, até que alguém me mostrou algumas situações, onde, às vezes, ela aparece, como uma pessoa passando debaixo de uma marquize no momento exato que ela cai.
Bem, se foi sorte ou estava predestinado, de qualquer maneira, agradeço sempre ao Universo por ser sortudo ou estar predestinado a conhecer pessoalmente a maioria de meus ídolos.
Flávio Gomes, ficamos esperando e agradecendo a promessa de fotos dele todos dias, de preferência em tamanho grande como estas que vc postou.
Obrigado mesmo, valeu!

jovino
jovino
17 anos atrás

Gostava de ver o Moco disputando as provas de endurance aqui em Brasília com mavericks da Mercantil Finasa, mesmo quando ele já era piloto consagrado na formula 1. Fez dupla com o Paulão e ganhou todas que vi disputar.

Jovino

Drumis
Drumis
17 anos atrás

Para o Alexandre
o desafio Silvio Santos X Moco foi uma ambulância (pilotada pelo Moco) e uma Alfa P-33 “pilotada”pelo SS. O cambio da Alfa (engate seco) estava travado na segunda marcha. O SS deixou o carro engasopar, afogou e ficou pelo caminho.

MarcosA
MarcosA
17 anos atrás

Era muito moleque mas mesmo assim lembro de ter visto alguma coisa na Tv sobre a vitória dele em 1975. Mas o que lembro mais fortemente é uma estória de que um amigo (ou empresário dele) teria ido na Mãe Menininha do Gantois, para saber porque ele não ganhava corridas. Mãe Menininha olhou as fotos de Pace e quando chegou numa do capacete, teria dito “como ele quer vencer com a seta apontada pra baixo?”. A pintura do capacete foi refeita e ele, coincidência ou não, venceu o GP Brasil de 1975…
Não sei se é verdade mas li isto num jornal e nunca mais me esqueci…
Abrações e parabéns pela iniciativa de lembrar dele!

Frank and Stein
Frank and Stein
17 anos atrás

Naquele ano Moco tinha tudo para ser o campeão, a Brabham-Alfa de 77 além de ser linda demais era um canhão. Em Interlagos ele liderava quando Hunt, numa tentativa de ultrapassagem desastrada estilo Coulthard na curva 3 passou por cima de um dos dois radiadores do bico (era assim a Brabham) e Pace teve que ir pro box. Eu estava lá..

Logo depois morreu, deixando órfãos os fãs da F1.

Tohmé
Tohmé
17 anos atrás

Bela reportagem HOJE no estadão, com depoimentos da família e inclusive do Bernie Ecclestone, pessoa que ainda o admira muito

Bellissimo
Bellissimo
17 anos atrás

Não ternho mais nada para acrescentar, pois tudo foi dito, desse maravilhoso piloto. Só quero cumprimentar pela idéia da semana Moco..

pauloaidar
pauloaidar
17 anos atrás

O Red Bulletin da Red Bull de domingo destaca em uma coluna esse fato que marcou nossa adolescencia, o primeiro idolo que se foi de forma trágica..inesquecíovel a vitória no Brasil, o recorde de Nurburgring com uma cadeira elétrica e a imagem do TS 15 em Interlagos, sempre achei o carro lindo..saudades do MOCO…

walter
walter
17 anos atrás

Essa é minha lista de fotos prediletas do Moco: O Karman Ghia de porta aberta, no Surtees de 1974, na Ferrari 312P, no Gulf Mirage, na Brabham Alfa de 1977, no podium de Interlagos-1975 e no Maverick Grecco de 1975. Sem querer invadir a privacidade, caberia uma foto dele com a família, pois sempre tive a impressão de ser ele um cara fechado e ligado aos seus.

VELOZ-HP
VELOZ-HP
17 anos atrás

José Carlos Pace, o Moco, ou o Zé para os amigos quando queriam deixar ele nervoso.
Ele era da linhagem E.T. iniciada por Christian Heins e que terminou com Senna.
Creio que tudo já foi dito sobre ele em livros, jornais e revistas. Até eu já contei por aqui uma passagem divertidíssima dele em plena Av. 9 de Julho num sábado de manhã.
Acho que faltou apenas isso na história desse maravilhoso piloto, as histórias fora das pistas onde o seu lado humano talvêz seja ainda desconhecido, principalmente para os mais jovens.
Ele era ascendente de italianos e Pace, na Itália, significa Paz.
É onde ele se encontra agora num lugar muito especial junto aos seus iguais, Tazio Nuvolari, Jim Clark, Ronnie Peterson, Rosemaier, Joe Dunlop, Christian Heins, Gilles Vileneuve, Enzo Ferrari, Soichiro Honda, Ferdinand Porsche….
A todos eles nossos eternos respeito e gratidão.

Milton M Bonani
Milton M Bonani
17 anos atrás

Antonio,

Qual é a historia da curva Eau Rouge com o Ickx ? Você poderia contar?

Thiago Azevedo
Thiago Azevedo
17 anos atrás

Legal, Antonio!

antonio
antonio
17 anos atrás

Sugestaoo para o Flavio: já que voce tem acesso a estas pessoas, quie tal aproveitar a ocasião para pegar uma opinião recente de algumas pessoas da F1 que trabalharam com ele, tipo: Bernie, Frank Wiliams, John Surtees, Gordon Murray, Mauro Forghieri, e outras que correram com ele como Watson, Stewart, Emerson, Ickx, Lauda.
Alguns dele já estão “na reta de chegada”, ou seja, se não for colhido um registro já, poderemos não te=-lo nunca mais Sim, porque o outro que eu iria citar seria o Regazzoni, mas…

1GT
1GT
17 anos atrás

Bela homenagem.

Antonio
Antonio
17 anos atrás

Outro registro: a poucoo tempo, em resposta a uma pergunta minha, o Nigel Roebuck enalteceu as qualidades do Moco como velocista e como acertador de carros, mas questionou o fato de que ele não tinha preparo fisico e mental para a F1. É verdade, e lembro de alguns exemplos: a corrida da Argentina em 77, que ele deixou de ganhar porque estava desidratado, a corrida dos EUA em 74 em que quebrou as costelas (vide texto citado), a corrida vencida no Brasil, quando ele terminou esgotado. Provavelmente existem outras, das quais eu não me lembro. Mas faltava ao Moco (como faltava ao Piquet…) o preparo fisico que o Emerson e o Stewart “inauguraram” e o Senna tornou padrão.
A historia da Eau Rouge com o Ickx, a volta em Nurburgring em 7 minutos (recorde para motor Ford Cosworth, e mais de 2,5 seg mais rápido que o Reutemann, de carro igual) são exemplos da velocidade do Moco, que, no entanto, não se materializavam na distancia de uma corrida inteira, talvez por falta de preparo fisico. Lembro de algumas corridas em que o Moco correu com o capacete preso por duas fitas de couro, uma de cada lado, pra ajudar a “segurar” a cabeça…
Ah, é preciso lembrar também que o Moco venceu corridas de F2 no Brasil, numa temporada extra oficial, pulverizando os recordes de volta dos autodromos. As estatisticas não registram estas vitorias em provas nao validas pelo campeonato. Ele deu em show com o novo Surtees TS15 !!! E eu, felizmente, assisti uma destas provas !!!!

walter
walter
17 anos atrás

Eu tive o privilégio de ver o Moco nas pistas.
Não era meu favorito, porque o Emerson sempre foi tudo de bom, mas imaginem ver o Emerson ‘perder’ em 1975 para o Moco: até o Emerson comemorou.
Vi o cara de Williams Politoys, de Surteess, mas a melhor imagem, muito triste porque virou cinza, é a dele em 1977, na Brabham Alfa vermelha, muito linda.
A SEMANA PACE é uma grande e merecida idéia!

Caca
Caca
17 anos atrás

PARA SERGIO HINGEL

Sérgio, sou Alfista vermelho (não pode ser roxo!) e fã do Pace. Vc poderia fazer o obséquio de encaminhar as fotos que tem ao meu email? Desde já agradeço a atenção!

Ney Prates
Ney Prates
17 anos atrás

Só para registrar, o Moco, que os íntimos chamavam de Zé, nos deixou na hora errada. Se é que há uma hora certa de partir, pelo menos para nós, habitantes do planetinha, a do Moco foi, definitivamente, muito cedo.
Vendo os posts da garotada, lamentando não te-lo visto pilotar, chego a sentir orgulho de ser o coroa que sou, só por ter presenciado o cara em Renauts, Berlinetas, Alfas, e fórmulas, desde Ves a F1. Era um legítimo po.rra doida do acelerador, só que sem errar, e com uma velocidade e precisão fenomenais. Grande Moco!

Antonio
Antonio
17 anos atrás

Justissima homenagem. Quem viu o Moco correr, de qualquer coisa (F-Vê, F3, F2, F1, Ferrari 312 P, Can-Am Shadow, Alfa P33, KG-Porsche, Bino Mark II, Maverick, prototipo AMS 2.0, etc sabe o tamanho da habilidade natural dele. Quando não dava pra acertar o carro ele ia buscar o tempo no braço !!! No autodromo de Balcarce, na Argentina, tinha uma curva de alta que foi chamada durante muito tempo de curva Pace, pela forma como o Moco fazia ela na unica corrida que fez lá com um prototipo 2,0 l vagabundo, se nao me engano denominado AMS. Ainda na Argentina, depois do GP de 1975, em que o Moco chegou a liderar, rodou e fez uma corrida de recuperação fantastica até quebrar no final, foi chamado pela imprensa local de Pace Corazon. No mundo inteiro era respeitado: na França, por ocasião da sua morte, a TV local fez um especial de 30 min. sobre ele. Recentemente, o Bernie declarou numa entrevista que se o Moco não tivesse morrido ele não precisaria ter contratado o Lauda. Quando perguntado quais teriam sido os seus pilotos preferidos, nos tempos de dono da Braham, ele citou apenas o Moco e o Piquet. No enterro do Moco, vieram o Bernie e o Frank Wiliams (ex chefe de equipe dele). O cara era querido e respeitado. Eu vi diversas vezes ele correr, de F1, F2, F3 e com carros nacionais., e posso dizer: ele era, de fato, o nosso Gilles Vileneuve !!!! O moco deveria ser eterno na lembrança dos brasieiros.

Pall Mall
Pall Mall
17 anos atrás

Mesmo aqui, do outro lado do Atlântico, não se esqueceu de “Môco”. Pessoalmente, nunca o vi a correr (ele morreu tinha eu 8 meses), mas pelo que vi em video, era uma pessoa muito acarinhada. E parece que não era nada vedeta…

Já agora, como sabia que era um dia especial, fiz um post em homenagem a ele. Só para dizer que, independemtremente do local onde está, não se esquecem os bons pilotos…

Antonio Contreras
17 anos atrás

Fui no enterro do Marivaldo no cemitério do Paquetá em Santos, lá estávam Wilsinho Fittipaldi e o Barão.

Renato
Renato
17 anos atrás

Eu me lembro de ter ido ao velório, que foi na Av Brasil x 9 de Julho (automovel clube).
Meu pai curtia F1 na época e nos levou.
Lembro bem disso.

abs

SÉRGIO HINGEL
SÉRGIO HINGEL
17 anos atrás

Assisti o MOCO de P33 no Rio e, tenho fotos dele na Alfa.

Rogério Magalhães
Rogério Magalhães
17 anos atrás

Um desses vídeos no Youtube que o Adriano colocou…
http://www.youtube.com/watch?v=_xHJbPfymBg
…eu também achei enquanto buscava algo para colocar no post sobre Pace no meu blog. É uma reportagem da TV Cultura, com o Celso Miranda, que fala da carreira e da morte do Moco. Muito bacana, vale assistir…

Eu não vi o Moco correr ao vivo, só em VT… nesse dia que morreu, fazia 10 dias que tinha completado 1 ano de idade… mas é um cara que marcou época, um apaixonado pelo que fazia… é aquela coisa: muitas vezes vitórias e títulos não fazem uma pessoa ser idolatrada. Até onde se sabe, Gilles nunca foi campeão do mundo mas até hoje é venerado. A mesma coisa com Pace, que quem viu correr disse que era fantástico, eu mesmo me lembro de ver relatos fantásticos da corrida de Interlagos em 1975 da galera aqui e isso foi emocionante…

Todas as honrarias para José Carlos Pace!

Adriana
Adriana
17 anos atrás

Guilherme,
Eu não disse que eles estavam indo pra Cuiabá. A Elda estava na fazenda do tio Marivaldo em Araraquara e foi de ultima hora que ele resolveu ir…tanto que nem tinham o nome dele no registro de voo. Ele ia pra Cuiabá no dia seguinte…estava de passagem comprada.

Guilherme Corrêa
Guilherme Corrêa
17 anos atrás

Adriana,
quase certeza que seu sobrenome é Grecco.
Apenas para dizer que o Marivaldo e o Moco estavam indo para Araraquara…minha cidade natal. Pena, mas ficou o mito que não devemos deixar morrer
Um abç
Guilherme Corrêa

Adriana
Adriana
17 anos atrás

Já a tristeza foi qdo a 30 anos atrás ele e o Tio Marivaldo se foram. Estavamos morando em Cuiabá…o Moco sempre ia pra lá e o esperavamos já com o quarto de hóspedes arrumado…ele ia tomar posse da fazenda que meu pai tinha comprado pra ele ao lado da nossa. Ele amava ir pra lá…ficar acampado e longe de tudo…se divertiam pra valer…ele era muito engraçado…tinha ótimas tiradas…saudades…de todos.

Thiago
Thiago
17 anos atrás

Aqui nos meus alfarrábios, pela data, tenho o relatório final do acidente que vitimou o MOCO , numa coletânea que a FAB fez com os acidentes aéreos da decada de 70. Se interessar posso postar aqui.

Um viva ao moco! Primeira vez que ouvi falar nele, foi naquele album de figurinhas que saiu em 86. Aliás, hoje em dia não tem mais album de figurinha de F-1 né…..que coisa. Falta carisma pros atuais pilotos?

Viva o moco! Lembrai-vos!

Adriana
Adriana
17 anos atrás

No GP Brasil, o da foto….meu pai estava na entrada dos boxes fazendo sinal pro Moco durante toda a corrida…foi uma festa…ganhamos dele o par de luvas deste dia…estão com meu irmão Fabio.

jose carlos
jose carlos
17 anos atrás

comparar rubim com moco e como comparar bife de cacarolinha com rifle de cacar rolinha
a trajetoria do moco tem uma bagagem digna de ser venerada
parabens pela ideia da semana PACE
JC
SETE LAGOAS

Alexandre Hoelz
Alexandre Hoelz
17 anos atrás

Além da vitória em Interlagos no GP de 1975, tenho uma divertida lembrança de Pace: uma vez, num domingo de folga, ele disputou um mano a mano na mesma pista com ninguém menos do que… Sílvio Santos!!! Sim, era o Moco dirigindo uma ambulância contra o homem do Baú pilotando um carrinho de corrida, acho que era um monoposto. Pace chegou a andar na frente, Sílvio o ultrapassou, mas seu carro enguiçou logo depois. O desafio fez parte de uma espécie de gincana dentro do programa do apresentador. Interessante que não conheço ninguém que se lembre deste episódio.

Schumy
Schumy
17 anos atrás

O cara venceu apenas uma corrida e é considerado um dos maiores brasileiros, e o Rubinho que tem 9 vitórias é zoado por todos…

Luiz Eduardo
Luiz Eduardo
17 anos atrás

Quando Moco estreou na F2 ele disse que aquela era a primeira vez que guiava um carro de corrida de verdade. E ele já tinha guiado F3, Alfa P33, além de outros, entre os quais o KG-Porsche, do qual gosto muito.

Edu Di Lascio
Edu Di Lascio
17 anos atrás

Meu piloto favorito.

Ricardo Cunha
Ricardo Cunha
17 anos atrás

José Carlos Pace correu pela Ferrari em 1972 e 1973, no Mundial de Marcas. Em 1972 foi apenas uma corrida, os 1000 Km de Zeltweg, na Áustria, onde ele chegou na segunda posição, com uma Ferrari 312 P, em dupla com Helmut Marko. Em 1973 ele disputou oito etapas do campeonato correndo em dupla com o italiano Arturo Merzario, com as Ferrari 312 P, conseguindo dois segundos lugares, nos 1000 Km de Nurburgring e nas 24 Horas de Le Mans, um terceiro lugar nas 6 Horas de Watkins Glen, três quartos lugares, nas 6 Horas de Vallelunga, nos 1000 Km de Dijon e nos 1000 Km de Spa-Francorchamps e um sexto lugar nos 1000 Km de Zeltweg. Ele não terminou apenas os 1000 Km de Monza, onde nem chegou a disputar a corrida, pois o carro quebrou logo no início, quando Merzario o pilotava.. Naquele ano a Ferrari ganhou apenas duas corridas do campeonato, em Monza e em Nurburgring, com a dupla Jacky Ickx/Brian Redman. Em Nurburgring, obedecendo a ordens dos boxes, Pace não ultrapassou Ickx, mas chegou apenas meio carro atrás do belga, mostrando que poderia ter vencido a corrida. A equipe francesa Matra venceu o campeonato, obtendo cinco vitórias, entre elas as 24 Horas de Le Mans.

Ricardo Cunha

Boss
Boss
17 anos atrás

Falar o que sobre este piloto que leva o nome do principal autódromo brasileiro…