Adivinhe quem é – III
SÃO PAULO (quase-com-fome) – Chefe de equipe bom era assim. Ia para o meio da pista e usava seu vasto repertório de sinais. Esta foto, menos que um “adivinhe”, é uma homenagem a um dos grandes. Talvez o maior.
SÃO PAULO (quase-com-fome) – Chefe de equipe bom era assim. Ia para o meio da pista e usava seu vasto repertório de sinais. Esta foto, menos que um “adivinhe”, é uma homenagem a um dos grandes. Talvez o maior.
Gomes
Obrigado, já havia acabado o relato, inclusive já tinha desligado o computador para dormir, amanhã vou acordar cedo, pois já estava marcado de ir de manhã editar mais uma corrida.
Liguei-o de novo e vim aqui porque me telefonaram dizendo que você tinha escrito uma resposta pra mim.
Aproveito pra acrescentar uma informação que na pressa não expliquei bem, qundo falo que o preço da Lola era proibitivo não expliquei que seria a Lola para correr a Fórmula 5000.
Abs e obrigado.
É isso mesmo, Sidney, apaguei as bobagens e, sem elas, a queixa da Adriana foi junto. Mas siga seu relato, está delicioso!
Bem, acho que entendi.
Só agora percebi que não foi só o comentário da Adriana que foi apagado, os comentários pejorativos a Greco também foram apagados, daí suponho que foi Flávio Gomes que por respeito a Greco apagou as gracinhas bobas e, com eles apagados, as outras pessoas não entenderiam de que Adriana estaria se queixando.
Interessante, não entendi nada… Só resolvi escrever porque quando cheguei aqui havia um comentário da Adriana Greco magoada com razão, sobre algumas bobagens de mal gosto que haviam escrito sobre seu pai. Neste comentário falava de minha amizade com ele e me solicitava nominalmente que escrevesse um depoimento, assim o fiz acima.
Agora, para surpresa minha, quando postei o comentário o dela sumiu…
Como comecei vou continuar, quem puder que me explique, por favor, como isso aconteceu.
Continuando:
Neste dias na quadra de nosso colégio, pude constatar muitas coisas.
Por exemplo, o enorme carisma de Greco, sua forte liderança..
O silêncio com que seus mecânicos trabalhavam, um perfeito trabalho de equipe onde cada um sabia com antecedência exatamente que função executar. O planejamento era tal que muitas vezes trabalhavam três num mesmo carro cada um cuidando de partes diferentes.Quase não conversavam entre si.
Ao contrário da maiorias das equipes que quando seus carros iam bem nos treinos, apenas trocavam o óleo, a água, pastilhas de freios, velas, platinados e outras coisitas do gênero, como lubrificar algumas partes, como foi o caso da nossa, a da equipe comandada por ele fazia uma revisão geral em tudo, ou seja, abriam e desmontavam o motor todo, trocavam todas juntas, etc.
Desmontavam também toda suspensão e freios, trocando as peças por novas, caso apresentassem algum desgaste, enfim, seu método de trabalho era igual aquele de uma autorizada séria onde você leva seu carro para fazer uma revisão geral.
Greco era dessas pessoas que quando prometia cumpria, sempre teve também um poder de persuasão muito forte.
Greco ficou muito amigo de Luisinho Pereira Bueno, entre outras coisas porque os dois lutavam pela mesma bandeira, ouvia muito suas sugestões e as agregava ao seu pensamento porque havia muita idenficação com ele e Luisinho não tinha este espírito para líder. Luisinho era apoio para tudo e ele era patrão.
Greco, como todo homem que faz história, criava metas altas.
Uma vez foi com Luisinho para a Inglaterra, seu sonho: Montar uma equipe para correr de Fórmula 5000, depois ingressar na Fórmula I.
Planos para isso: Havia a possibilidade de explorar a marca Bino, mas o dono da Lola resolveu mudar valores e este ficou proibitivo.
Nesta ocasião, correu a notícia que a Brabham estava à venda.
Greco então teve a intenção de fazer uma grife de roupa Binno com seu logotipo, que foi feito pelo desenhista de arte da Mauro Salles.
Não era sonho, como pode parecer, pois havia um italiano Lívio Ragan , apaixonado por automobilismo que promovia desfiles famosos da Rener e Tergal que eram da Rodhia e esta patrocinaria a compra da equipe.
Acontece que nesta época 1970, o Brasil estava todo voltado para a Copa do Mundo, estávamos caminhando para obter o tricampeonato, de formas que possíveis patrocinadores, sobretudo este citado, não estavam querendo arriscar em automobilismo, criam que o futebol daria mais retorno, devido o enorme envolvimento da época.
Luisinho ficou na Inglaterra e Greco veio pro Brasil vender sua idéia. Pelos motivos explicados não encontrou eco e Luisinho teve que retornar, por coincidência, chegou exatamente no dia que os tricampeões estava desfilando em carros abertos pelas ruas de são Paulo.
Bem, Adriana, missão cumprida. Agora se satisfatória é outra coisa.
Abs.
Bem amigos
Entendo perfeitamente o sentimento de Adriana.
Assim como ela, passava por aqui e ficava revoltado ao ler, com raras exceções como ela falou, algumas bobagens escritas sobre este que foi pra mim e para os que tiveram o privilégio de conhecer o automobilismo em suas entranhas, sem dúvida alguma, um dos melhores chefes de equipe do Brasil, senão o melhor.
Confesso que também tive vontade de falar o que sabia sobre ele, compartilhar com todos algumas passagens interessantes só conhecidas por quem teve a sorte da convivência. Só não fiz isto com receio de ser mal interpretado, pois pessoas que não sabiam de nossa amizade poderiam achar que estava querendo superexposição, uma vez que já participei bastante no assunto Ricardo Achcar.
Adriana seu pedido pra mim é uma ordem, de modo que não me furtarei de atendê-lo, cada um é livre para pensar e julgar o que quiser de mim.
Falarei um pouco do que sei, sobretudo porque tenho certeza de que hoje quando colocar minha cabeça no travesseiro minha consciência estará tranqüila, pois não escreverei uma palavra sequer que não seja verdade.
Tenho inclusive fotos que comprovam algumas coisas que falarei e Adriana tem estas fotos.
Há bem pouco tempo atrás quando o assunto era o Moco, havia falado aqui que, por sorte ou predestinação, mais tarde pude compartilhar da amizade de muitas pessoas que antes era apenas fã (acrescento agora, não apenas no automobilismo) e com Luiz Antonio Greco não foi diferente. ( Se observarem bem constatarão que, a partir de um determinado dia, parei de comentar sobre o Moco devido ler algumas algumas respostas ao que falara que não correspondiam à verdade e pq percebi um pouco de picardia sobre um comentário meu vindo de pessoas que nunca desfrutaram de sua amizade, embora viesse diariamente ver as fotos novas sem me manifestar, no anonimato, por gostar muito do Moco).
Bem, pra quem não sabe, Greco esteve em nossa ex-casa duas vezes nos honrando com sua agradável visita.( tenho foto).
Em outra ocasião, em nosso ex-Colégio, tivemos também uma agradável convivência por dois dias seguidos. No colégio quando tivemos a honra de ser os anfitriões da famosa e vitoriosa equipe Ford-Willys, com seus dois Mark I, junto com seus pilotos Bird Clemente e meu grande amigo e piloto Luis Pereira Bueno que, hoje mesmo, nos falamos por uma meia hora. Não só eles ficaram lá, mas todos mecânicos desta equipe que tantas alegrias deram não só aos que amam e conhecem o automobilismo, como aqueles que só ouviram falar dele.
Nesta mesma data fomos anfitriões também da equipe Palma, de Portugal e dos irmãos Ailton e João Varanda Filho.
Nestes dois dias nosso ex-colégio abrigou 8 carros de corrida e mecânicos e chefes de equipe de 6 equipes, contando com a nossa.(tenho foto).
Continuo comentário a seguir para não ficar longo.
A trapizonga atrás do Marinho é o Panhard de Flor del Campo.
Adriana, naum conheço vc, mas depois deste singelo comentário, onde vc diz tudo, sou seu fã..se meus filhos se lembrarem de mim assim, lá em cima onde espero estar um dia, serei feliz, como tenho certeza que seu paizão está…um bjo carinhoso.
Grande Trovão. Incomparável. Dia 23 de dezembro completa 15 anos que ele nos deixou, tirando uma prosaica soneca depois do almoço, em Miami. Para um cara com aquela pilha, dormir de tarde era um pouco demais…
Eu gente,cheguei…estou escrevendo do meu palm…amei ver a foto do pai mais legal do mundo por aqui hj….saudades.
É o Neubauer brasileiro… E, se comparar onde chegou com o que tinha à disposição, foi mais longe que o original alemão.
Complementando a informação: o piloto Roberto Pianella não era da Equipe Willys, ele corria particularmente. Ele morava em Livramento (RS), cidade vizinha de Rivera, no Uruguai. Pianella foi o Campeão desse campeonato disputado entre uruguaios e brasileiros, na Classe “B”.
Ricardo Cunha
Essa foto do Luiz Antonio Greco foi tirada em 06/12/1964, no Autódromo de Rivera, no Uruguai. A Equipe Willys havia preparado um Renault 1093 para o piloto Roberto Pianella participar dessa corrida e o Greco foi lá para dar assistência. Pianella chegou em segundo lugar, atrás do Mario Cesar de Camargo Filho, que pilotava o DKW # 10.
Ricardo Cunha
Luiz Anmtônio Grecco, chefe das equipes Willys, Ford-Willys, Grecco, Finasa e Ford etc.
O maior chefe de equipes do Brasil, oriundo da Vemag, onde iniciou sua carreira, no almoxarifado.
A foto completa apresenta, à frente dele, na mesma reta, o Paulo Goulart, à época chefe da equipe Dacon, numa das maiores rivalidades das pistas brasileiras (e dos tribunais), também à beira da pista com seu código de sinais.
Me lembrei de uma hisrtória que ouvi recentemente do Grecco. Ele era fâ declarado do Pace e depois de sua “aposentadoria”, foi passear na Inglaterra, na década de 80 já. Chegando lá, uma das coisas, foi visitar um autodromo (se eu não me engano Donninton Park) para ver uma corridinha de Formula Ford (não me lembro tb se era essa categoria). Começou, o véio Grecco ficou pasmo… ele olhava um piloto e cutucava seu filho e exclamava…. olha aquilo! O Pace tá naquele carro! Não pode ser, ninguém entra na curva assim senão o Pace! O Pace está pilotando aquele carro!!! O filho dele, repetia o “tá bom..” e imaginava que realmente seu pai precisava de férias..
Terminando a prova, foram ver quem era aquele piloto, e o véio Grecco já perguntava pra ele:
– Você já ouviu falar de José Carlos Pace?
O piloto novato respondera: – Sim ele foi um piloto de meu país, mas não o vi correndo porque ele faleceu cedo.
– Ah você também é do Brasil?
– Sim, sou de São Paulo!
E o papo comeu solto. Depois de um bom tempo se despediram. E o novato se apresenta como Ayrton.
e aquela barata da direita ? alguem reconhece?
Cadê Dona Adriana?????
a foto e de luiz antonio grecco
É o Grecco-Trovão fazendo sinal para o Luis Pereira Bueno maneirar pois já estava colocando 3 voltas na frente do Marinho da DKW nº 10.
Xííí, agora arrumei encrenca com o Flávio…
É o Trovão. Quem mais?
LUIZ ANTONIO GRECCO , PEDINDO PARA OS COMPONENTES DA GRANDIOSA EQUIPE WILLYS , DEIXAREM UMA BREJINHA PROS DKW(S)
Concordo com o pessoal aih em baixo… DRI… faça a resenha….
Santo tio Greco…rs
Flávio
Assim como Caíque, por cavalheirismo, deixarei Adriana responder primeiro sobre o melhor chefe de equipe que conheci.
Abs.
Flavio, vou deixar a Adriana responder por uma questão de cavalheirismo.
Adriana, fale / escreva a vontade, por favor.
o Greco, preparando para decolar.