Defesa do Fusca

SÃO PAULO (depois não sabem por que não deu certo…) – O fusqueiro juramentado Alexander Gromow mandou este e-mail ontem. Ele colocou no ar, na internet, cópia de uma entrevista que concedeu à finada TV Jovem Pan em 1993, quando Itamar Franco resolveu colocar o Fusca de novo na praça.

Nunca vi matéria mais editorializada na vida. De tão ruim, chega a ser engraçada. Depois dela, o Alexander foi convidado para ir ao estúdio falar de Fusca. Era presidente, na época, do Fusca Clube do Brasil.

A história ele mesmo conta na descrição do vídeo. É bem divertida. Gromow deu um cacete na apresentadora, tadinha. O vídeo é um exemplo de mau jornalismo e de convicções bem defendidas por um convidado que pegou a produção de surpresa.

E viva o Fusca!

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Thiago lima
Thiago lima
13 anos atrás

sei que o post é antigo..e talvez não seja publicado..e possivelmente não sera lido por outros também..ainda sim quero comentar..

mas que absurdo…quanta bobagem…

sem contar o Wilson Fittipaldi, que é um cara que respeito e admiro..mas quanta bobagem…

tenho uma Brasilia e uma Variant,e sendo sincero, nunca trocaria por outro carro..e não é por falta de oportunidades..

quem tem carros antigos,e relativamente conservados, sabe o valor que eles tem..sem falar no valor sentimental..

Márcio Mazzotti
Márcio Mazzotti
14 anos atrás

Tive diversos carros em toda minha vida , infelizmente todos foram vendidos por algum motivo !
mas sabe o que ficou ?????
” UM LINDO FUSCA 61 QUE CHAMA MUITO ATENÇÃO ”
vou comprar outros carros mas o fusca tem sua vaga
ESPECIAL na garagem e no coração de todos……….
Márcio Mazzotti Alpiste Gomes

Dalton C. Rocha
14 anos atrás

Para os padrões de 1993, quando voltou, o Fusca era inseguro, feio, pouco econômico e poluente.Desta nova Republiqueta, o Collor foi o menos pior.Abriu o país.Todos seus sucessores , inclusive Lula, colhem as boas obras de Collor.Real?Sem abertura das importações, fim da moratória e mais US$35 bilhões de reservas deixadas por Collor, nada de Plano Real.
E por falar em carroças, no site http://blog.estadao.com.br/blog/jc/?title=adeus_genio&more=1&c=1&tb=1&pb=1#comments alguém escreveu:
“Comentário de: Conhecedor [Visitante]
04.02.09 08:49
É interessante como o Gurgel conseguiu criar essa aura de semi-deus sendo como foi. Pelos posts aqui, as pessoas tem a imagem que o Gurgel foi um injustiçado, um empresário espetacular e um homem que não teve nenhum apoio. Repetindo, eu convivi com ele por 40 anos. Não é nada disso. Ele era um engenheiro genial. Disso não há dúvida. Suas soluções técnicas eram apreciadas por todos, incluindo as montadoras. Fora isso, ele foi um empresário lamentável.

Gurgel mantinha a famosa casa de hóspedes em seu sítio próximo da fábrica. Aquilo vivia lotado de políticos de todos os tipos, todos muito bem agraciados para garantir vantagens fiscais e financeiras à Gurgel. Nunca houve falta de dinheiro público. O próprio BNDES colocou dinheiro a fundo perdido (FUNDO PERDIDO) para financiar as pesquisas da fábrica. Hoje falam aqui que havia falta de dinheiro público. O Sr. Gurgel prosperou na fase do regime militar, anos 70 e 80, regime este que adorava apoiar empresários brasileiros. O Sr. Gurgel foi um desses empresários.

Gurgel não prosperou porque era impossível trabalhar com ele. Ele era extremamente centralizador. Nunca nada o que as pessoas faziam estava certo. Cansei de ver ótimos engenheiros serem contratados e pedirem a conta no mês seguinte porque o Gurgel os tratava mal, não lhes dava liberdade para nada e interferia o tempo todo no que estivessem fazendo. Dessa forma, os bons iam embora e Gurgel ficava cercado de bajuladores e puxa-sacos incompetentes, que era o que de fato o agradava.

Não existia custos na Gurgel e não foi feito projeto de viabilidade econômica para o 0800. Se fosse nos dias de hoje, a Gurgel Motores não teria como ter aberto o capital na bolsa. O objetivo do Sr. Gurgel era que o 0800 custasse 60% do preço do Fusca. De onde ele tirou esses 60% ninguém sabe. Era impossível fabricar, com a escala pretendida de 50.000 veículos anuais, algum carro mais barato do que o Fusca. Mas custo não importava ao Sr. Gurgel, apenas a notoriedade.

As montadoras gostavam do Sr. Gurgel, ao contrário do que muitos dizem aqui. Ele nunca foi competidor de montadora nenhuma e nem o seria com o carro popular. Todos o consideravam mais um visionário capaz de fazer muita articulação política e incapaz de administrar qualquer empresa. E era isso mesmo. Ele era amigo pessoal do Sr. Wolfgang Sauer, presidente da Volks, que vendia muitos chassis e motores para a Gurgel.

Tem muito mais mas chega… vamos deixar Gurgel descansar em paz e os amigos aqui, que acompanharam tudo pela mídia, acreditar que ele foi um gênio injustiçado. Parte de sua família, entretanto, continuará morando nos EUA, onde estão os recursos patrimoniais e onde os processos criminais que correm na justiça brasileira não poderão alcançá-los.”

msdurden
msdurden
14 anos atrás

Itamar, Ciro Gomes, Fleury e o BNDS ferraram a Gurgel que era a verdadeira mãe do carro popular no Brasil. Inicialmente a idéia para esse tipo de redução de impostos era para carros de baixissima cilindrada, urbanos, como o 0.8 da Gurgel, tal benefício foi estendido para 1000 cilindradas, afim de contemplar o Uno e o Fusca (que era exceção e poderia ser 1600).

Um colega ali em cima colocou algo muito bem posto: “Na verdade, essa história toda começou num mal-entendido. Em fevereiro de 1993, a indústria automobilística estava devagar quase parando. O Itamar, então, sugeriu que fizessem um “carro simples como o Fusca”, para ser vendido com alíquota zero de IPI – e o Pierre Alain de Smedt, presidente da Volks então, levou a idéia ao pé da letra.”

O engraçado é que tal engano também teria acontecido na alemanha nazista. Existia a preocupação de fazer carros para difundir entre a população, o que não era possivel com o sistema de produção de carros de luxo de maneira artesanal. Um cara propós o “carro popular alemão” com vários itens interessantes (inclusive esse era partidário do motor e tração dianteiras) e ele não se chamava Ferdinand Porshe e sim Josef Ganz. Se percebe a opinião da pessoas, as vezes, não pelas suas palavras, mas pelos seus atos. Hitler apresentou para a terceira opção, e primeira não judia, uma lista de requisitos para a construção do “carro popular alemão”. Tal lista, para desagrado de hitler, não foi acatada pelo engenheiro Porshe. Quanto a Josef Ganz foi preso pela Guestapo em 33 e teve de fugir do pais em 34, por motivos óbvios.

O requisito que me pareceu mais engraçado, comparando com o tópico do colega, foi que hitler acreditava que deveria “motorizar o país, e que todo alemão deveria ter um automóvel OU um trator no futuro”. Infelizmente parece que o nosso amigo “não judeu” (unico mérito que ele tinha para Hitler lhe destacava e fez que Hitler lhe passasse o projeto) faltou na aula sobre conectivos lógicos e acabou fazendo “um carro E um trator”, sendo que nenhuma das duas funcionalidades funcionam direito.

obs: alguém ali atrás falou mal de santana. vou levar isso como uma piada, pois é um ótimo carro. Tive experiências maravilhosas com Santanas e Veronas, inclusive o meu ultimo verona (alcool, 94, 4 portas, ap2.0, glx) foi pego com 40 mil km e vendido com 300 mil em perfeito estado de funcionamento sem ter dado qualquer problema grave e gastado quase nada de manutenção em 5 anos de serviços.

obs2: se teve um presidente que teve coragem de arrumar briga foi o Collor, não é a toa que arrumaram um capanga lá na une para fazer piquete e tira-lo de lá. Claro, com o apoio irrestrito de jornal nacional, e etc. De fato, meteu a mão tem que se ferrar, mas agora me diga, qual a diferença dos outros? Mas independênte de qualquer coisa, concordo com ele “abaixo as carroças” e lhes digo que quem fecho a importação para carros usados foi o senhor itamar franco. Um cidadão brasileiro, graças a esse senhor, não pode mais trazer o carro que lhe couber que pode até ser encontrado por uma ninharia no exterior. Interesses de quem? Cada um que questione sua própria consciência sobre isso.

Juliano Dalla Rosa
15 anos atrás

Caro Flavio Gomes,
Tenho um carinho em especial pelo Sr. Alexander Gromow..
Pessoa sensacional ..
E ter alguem que bata de frente com ele quando o assunto é VW… infelizmente esta para nascer ainda…

O Sr. Alexander com toda sua extrema educação tirou de letra a infeliz entrevista..

E VIVA O FUSCA !!!!!

Att,

Juliano Dalla Rosa
Clube do Fusca de Poços de Caldas – MG

Lázaro de Souza
Lázaro de Souza
15 anos atrás

Caro Flávio Gomes e amantes do antigomobilismo. É muito bom ler as matérias publicadas por quem realmente gosta do assunto. Tornei-me seu fã desde que li o texto “O mundo acabou.” quando encerraram a produção mundial do fusca e até hoje ainda me emociono quando reeleio aquela matéria. Só quem tem ferrugem nas veias sabe o quanto é importante este “seres sobre rodas para nós.” Lembro-me muito bem de quando voltaram a fabricar o fusca e de todas as tentativas frustradas de denegrirem sua imagem. Não sei se vocês se recordam daquela propaganda que a lada apresentava seu Niva pelo mesmo preço do concorrente ao lado (um fusca tapado por um lençol) considerado ultrapassado. Nada como o tempo para mostrar a verdade. Duvido que alguém troque um fusca itamar por um lada (se é que ainda existe algum rodando por aqui). Há poucos dias vi uma matéria da volkswagen com um protótipo chamado up que vem com a missão (impossível) de fazer o mesmo sucesso que o fusca. Querem substituir o insubstituível.
Quero também deixar a minha admiração pela classe com que o Saudoso Alexandre Gromow conduziu aquela entrevista, porque se eu estivesse lá certamente a senhorita Elis Marina teria sido agredida ao vivo pela sua tamanha arrogância e ignorância. E VIVA O IMORTAL FUSCA!

Marcos Friedmann
Marcos Friedmann
15 anos atrás

Caros amigos em especial Flavio Gomes pelo espaço cedido e a Alexander Gromow pela aula de boas maneiras e bom comportamento demonstrados durante esta “entrevista”.
Dou nota zero para Elis Marina que se prestou a um papel ridículo que somente alguém em ínicio de carreira poderia aceitar.
As perguntas foram formuladas de forma preconceituosa e direcionada buscando atender a interesses específicos e maquiavélicamente ocultos por um ponto eletronico (atitude covarde dos responsáveis pela direção do programa).
É obvio que o fusca não é um carro de alta tecnologia embarcada, porém tráta-se de um mito, um fenomeno de vendas mundial.
Para se amar o fusca há de se entender a história, a origem, o motivo pelo qual ele foi projetado, quando se anda nele estamos trazendo a história conosco, talvez por isso muitos não gostem dele por que nós brasileiros temos o péssimo hábito de sermos desinteressados pelo passado.
Neste caso espécífico da retomada da produção do fusca ficou claro na explicação de Alexander Gromow que o fusca cairía como uma luva naquele momento industrial cronológicamente desajustado devido a estagnação tecnológica decorrente de anos de barreiras alfandegárias. Hoje tenho um fusca 74 “criado a pão de ló”, e frequentemente me flagro questionando porque me sinto tão bem dentro dele.
Um grande abraço aos fuscamaníacos.
Marcos Friedmann

Alexander Gromow
15 anos atrás

Caro Flávio Gomes,
Como o acaso é interessante…
Por um motivo totalmente diferente eu coloquei meu nome no Google e acabei encontrando este “post” seu com todo este corolário de troca de idéias amplamente rico!
Uma pena que na época eu não sabia deste “embate” todo inclusive com a participação de pessoas que eu prezo muito como é o caso do Jason, importante figura no antigomobilismo e no novomobilismo “as well”.
Fico à sua disposição para o que estiver a meu alcance e agradeço ao apoio à causa da preservação do Fusca e de sua história. Como você sabe, eu também milito pela manutenção dos DKV’s e já demonstrei em um artigo no MAXICAR a importância da Auto-Union para a história do Fusca e para a real concretização do projeto – Artigo- “Um estranho no ninho”: http://www.maxicar.com.br/old/reporter/estranho_ninho.asp .
Agradeço, mesmo que tardiamente, a TODOS que participaram do debate aqui registrado, mesmo aos que se opões a mim e ao que eu disse, pois o fato de terem participado e promovido o debate é o que importa dentro de um mundo onde poucos se expõem e têm a coragem de colocar suas opiniões.
Peço aos que comungam comigo que continuem a apoiar a idéia, mormente agora que agora estamos próximos do cinqüentenário do início real da fabricação do Fusca nacional que ocorreu no dia 3 de janeiro de 1959, não confundir com a inauguração oficial da linha de montagem de 18 de novembro de 1959 feita nesta data para atender à agenda do JK…
Mais uma vez obrigado Flávio e parabéns por seu trabalho
Alexander Gromow
[email protected]

PS.: tenho muito interesse em contatar a Elis Marina, pois eu gostaria de saber o nome dos componentes da equipe de redatores que me entrevistaram através do ponto eletrônico naquele dia 2 de março (meu aniversário). Passado este tempo todo eu gostaria de saber onde eles estão, e, se possível o que é que fez com que eles me atacassem com toda aquela ferocidade. Eu era só um presidente de um clube de amantes do carro…

Ivan
Ivan
15 anos atrás

tenho um fusquinha ano 1974 se souber de interessados me liguem (34) 9151-8150 em Coromandel MG. tudo original veiculo restaurado.

Mayara
Mayara
17 anos atrás

Gosto de fusca e de porsche

Sal Paradise
Sal Paradise
17 anos atrás

Segundo o ilustre Fittipaldi, o Wilson, o fusca “é um carrrrro com rrrrruído muito alto” isso, “pelo motorrrrr em si”. Não podemos esquecer da “mal visibilidade exterrrrrna pela parrrrte interrrrrna do carrrro”!!!! Aí vem o reporter e fala que o Tuwingo(!?!?) será, no caso em 1994, apenas 3 mil dolares mais caros que o fusca. O que ele quis dizer com isso?????
Aí meu caro Flavio, te pergunto:
O que você escolheria para figurar em sua já famosa coleção, um fusca com topete 93, ou um Tuwingo(!?!?) deveras bizarro rsrsrs?????? Lembrando que ambos virão com um DVD do Roberto Leal cantando o hino da grande Lusa do Canindé.
Abraço ae

gilberto hingel
gilberto hingel
17 anos atrás

Jason,

Concordo contigo sobre dirigir fuscas: também adoro. É que realmente gosto de dirigir carro velho (desculpe, antigo…). Gosto (mesmo) de folga na direção, câmbio tipo caixa seca, que precisa dar dupla “debreada” para engatar, etc.

Kombi, então, me amarro!

Os carros de hoje são muito bons, mas o prazer de dirigir mesmo estava nestas bagaças.

Cesar Costa
Cesar Costa
17 anos atrás

Uma perguntinha: O Wilsinho Fittipaldi não é, nem nunca foi idiota. A que tipo de lobby ele estava vendido? Pelo discurso ao lobby dos importadores, acho eu…
Já qto ao Itamar, ridicularizado injustamente pela maioria aqui, seria bom lembrar que ele iniciou a fase dos carros Mil, que, independente das críticas, fez aumentar as vendas e, consequentemente, o emprego na indústria e criou o Plano Real (que elegeu FHC e Lula duas vezes cada), que tb bem ou mal, até hj sustenta a inflação baixa e o mais importante: ao que consta, entrou e saiu do Governo com o mesmo dinheiro (Collor é que se sabe, FHC já criou um Instituto seu, Lula vai bem obrigado, assim como a família). Voto no PT há anos, mas vamos reconhecer: até agora na nossa moderna democracia o Itamar foi o melhor, até por fazer o que muitos tentaram, mas não conseguiram: reduziu ACM a pó de traque na época!

Jason
Jason
17 anos atrás

Gilberto,
Folga de direçao e embreagem dura, só se for no teu Fusca. O meu é um tesão de guiar…

Na época do relançamento, não entendi o motivo de tanta grita e preconceitos contra o besouro.

Havia liberdade de escolha, pô: quem não gostasse de Fusca , podia comprar outro carro. A própria Volks vendia o Gol 1000 pelo mesmo preço.

Essa babaquice toda anti-Fusca foi 100% política, coisa da imprensa paulista para ridicularizar o Itamar.

gilberto hingel
gilberto hingel
17 anos atrás

Fusca é legal pacas. Para curtir em um passeiozinho de 30 minutos, apreciando a folga na direção, a embreagem dura, etc. Não é carro para uso no dia a dia, claro.

A volta do Fusca foi, claro, motivo de piada. Ainda mais vindo a idéia de um presidente conhecido como “Devagar” Franco e chacota favorita dos humoristas…

O saudosismo é saudável e para isto existem os clubes de fanáticos por carros antigos. Mas fabricá-los novamente, valha-me deus…

Claudio
Claudio
17 anos atrás

Tive um Fusca 69 até 4 anos atrás, qdo achei melhor vendê-lo por ñ conseguir dar a manutenção adequada q um carro antigo merece (acabara de nascer minhas duas princesas… investimento muito mais importante!), sinto saudade do bicho até hoje…

Alguém aí falou q um Fusca anda como um cabo seguindo a cabeça do martelo, mas era justamente isso q tornava suas curvas tão divertidas. E o motor 1300… se eu quisesse brincar com ele, deixava pra trás fácil, fácil esses 1.0 de plástico e aerodinãmica pokemon!

Sem contar a simpatia e admiração q ele despertava no trânsito…

Tô pensando em adquirir algum outro!

Em tempo, Fusca anda bem em qualquer terreno e ñ teme ruas alagadas!

Pedro Jungbluth
Pedro Jungbluth
17 anos atrás

Cada pouco eu me lembro de mais algum detalhe.
Sobre a parte do “I don’t believe that”, gostaria de dizer que realmente o Corsa foi lançado ainda em 1993, pelo preço de 7500 dólares.
Gromow acabou com a moça nessa parte, mas ele estava errado, a indústria tinha condições de se renovar já na época, o próprio Gol essa altura estava com o modelo novo já na boca de produção, em fase final de projeto.

Pedro Jungbluth
Pedro Jungbluth
17 anos atrás

Acho que o argumento mais furado é a respeito do nível de emprego, que a moça se orgulhou de dizer que “estava provado” que teríamos mais empregos com carros mais modernos…
Ora, com a automação, os empregos sumiram. Até hoje São Bernardo, por exemplo, é uma cidade de desempregados, os filhos da indútria que ficaram sem emprego. A Volks passou de 30 mil empregados para pouco mais de dois mil…
Queria saber a que prova a moça se referia.

1GT
1GT
17 anos atrás

Alexander Gromow, cabra macho! Um lorde inglês praticamente!Brilhante!
“Jornalismo” dos mais picaretas que já…burro , acéfalo e sem argumento…
Saudosos tempos do fusquinha azul 78 1300 do meu pai…eta carrinho bom!

André escada maJirus
André escada maJirus
17 anos atrás

Brilhante ! Parabéns ao Alexander Gromow , deu um show !

Pedro Jungbluth
Pedro Jungbluth
17 anos atrás

OK, ótimo post, adorei mesmo, vamos por partes que tenho muito a dizer sobre tudo isso.

Um sujeito abaixo critica o Fusca por não ter chassis deformável.
OK, muitos carros tem chassis deformável, mas é algo que a indústria já sabe que não serve para nada. O que importa e a deformação inteligente, calculada, coisa que o Ford Ka que ele elogiou não tem.

Sobre o que disse o Wilson Fittipaldi, que seja no bom ou no mal sentido é aquilo que a comunidade Punk chama de Playboyzinho, sobre o tanque de combustível ser na frente, é de uma idiotice sem tamanho.
Da mesma maneira que impacto frontal é perigoso num carro assim, impacto traseiro é perigoso nos atuais.
Se nos carros atuais o tanque está atrás, é por que os motores estão na frente para o radiador, não por segurança.

Sobre a Jornalista, logo no começo falando do topete do Itamar mostrou um mal jornalismo estrondoso e uma falta de ética sem tamanho, pois afinal se tratava de um presidente.

Falaram aqui que o Itamar só sugeriu um carro parecido com o Fusca, mas na verdade ele teve várias reuniões pessoais com o presidente da Volks na época até decidirem por essa volta.

Os argumentos de Alexander Gromow são fantásticos, gostei mesmo e mais do que nunca quero ter um fusca, um dia. Vemos ali uma pessoa de enorme inteligência e capacidade, isso não há dúvida.

MAS, apesar disso tudo, devo dizer que discordo muito de toda a parte de argumentar que o Fusca poderia voltar a ser fabricado. Mesmo analisando a reparabilidade e o custo de lataria, o carro teria pouco apelo para ocupar o espaço que projetaram para ele.
Na minha opinião, a Volka devia ter sido mais esperta e colocado o moor a ar no Gol quadradinho. Ao contrário do que muitos pensam, sobre o consumo do motor a ar, na minha opinião ele era mais econômico do que o motor CHT 1.0, pelo menos para empurrar um carro de 900 quilos.
Seria a volta do Gol BX. Essa iséia, se não me engano, é do Best Cars.
Já imaginaram? Um Gol despojado, quadrado, igual o Gol mil, mas com motor torcudo de baixa potência (o que baratea a suspensão e freios), e injeção eletrônica?
Teria mais apelo do que o Gol mil, pois seria mais prazeroso de se dirigir.

O Fusca, claro, valorizou muito. Assim como os primeiros venderam bem pacas, pois o charme do modelo fala mais alto nesses momentos. Mas logo após o lançamento descobriram que não seria um modelo de muito apelo dentro da classe que se dipunha a vender.
Muitos foram vendidos no começo para premiações em raspadinhas e outros sorteios. Mas descobriram que vendiam muito mais raspadinhas se colocassem o Gol Mil, que veio meses depois do Fusca. (Gol Mil, para quem sempre quis Gol zero!)

Daniel Gilberto
Daniel Gilberto
17 anos atrás

QUEM É RUIM SE ESTRAGA SOZINHO!!!!! CANAL E PROFISSIONAIS VAGABUNDOS

Marcelim
Marcelim
17 anos atrás

O México, país desgraçado cheio de desertos e calangos, fabricou o fusca até 2003.

Tá o fusca é um carro carismático, resistente e barato.

Mas o estardalhaço com que o Itamar pediu a volta do carrinho também só podia resultar em troças mesmo.

Ainda mais por parte da “sou-classe-média-deslumbrada-por-um-Bang&Olufssen-mas-não-tenho-c*-para-comprar” chamada Veja.

Se o Itamar fosse menos gaiato e não se preocupasse mais em se aninhar ao lado de pseudo-modelos sem calcinha e tivesse ambição, FHC jamais seria presidente.

Itamar foi mais do que um pai para o FHC, que tomou as glórias do Real para si e se fez presidente, encomendando em agradecimento uma belíssima vaia para Itamar na convenção do PMDB.

Se Itamar tivesse a ambição de FHC, teria feito a emenda da reeleição em 94 mesmo e talvez FHC pudesse tentar se reeleger em 1998, ano em que ele aplicou a rasteira das vaias no Itamar.

Quanto ao Corolla, sorry pals. Nem o mais moderno Volkswagen feito no Brasil tem comando variável de válvulas e outras coisas.

Toyota = moderna
Volkswagen/BR = jurássica.

Adonias Junior
Adonias Junior
17 anos atrás

Flávio Gomes,
bem que você poderia buscar mais infromações sobre essa entrevista, afinal a Elis Marina é sua companheira de ESPN. Ou ela saiu da emissora?

Edu Di Lascio
Edu Di Lascio
17 anos atrás

Brilhante! Obrigado pelo tópico Flávio!

André Buriti
17 anos atrás

Peguei o meu 1300´75, caidinho, arrumei ele todo, lanternei, pintei, fiz o motor, coloquei uns bancos confrotáveis e caí na estrada com ele.
Problemas? em 1400 quiloemtros rodadas apenas um pneu furado e o dínamo (original) estourado no início da viagem.
É o carro mais confiável que seu dinheiro pode comprar.
Não tem mangueira de água pra romper nem radiador pra enferrujar, um carburador simples e econômico, suspensões robustas, em suma, um carro como diz o Jason, um projeto, um carro, que já abstraiu essa história de status e modernidade.
Vida longa ao Fusca!

Valmir Chicarolli
Valmir Chicarolli
17 anos atrás

Tem uma história por debaio dos panos nessa história do fusca:

O interesse da VW em voltar com o Fusca na verdade era para aumentar a margem de lucro da Kombi. Para isso, a legislação na época fora clara: a isenção era para carros até 1000 cilindradas ou com motor a ar.

Na época, o fusca era um carro sem valor. Tinha o mesmo preço do Gol 1000 na tabela, mas era comum nas concessionárias os besouros custarem bem menos.

Hoje em dia, você não encontra um itamar por menos de R$ 7.000,00. Em bom estado, se alguém quiser vender, uns R$ 10.000,00. Já o Gol, com aquela aberração do motor AE, com uns R$ 6.000,00 você já encontra um bonzinho.

Roberto Hackmann
Roberto Hackmann
17 anos atrás

Turma,

para uma segunda-feira até que o negócio começou animado !

O relançamento do FUSCA no Brasil àquela época foi uma grande jogada da VW do Brasil daquela época personificada na pessoa do Sr. Pierre Alain de Smedt.

Vou contar um pouco da história que conheço e se tiver alguém que sabe mais, por favor me corrija ou complemente.

A FIAT , mineira como o presidente Itamar , numa esperta jogada conseguiu uma isenção de impostos para carros com motor até 1.0 . Que depois que todo mundo lançou ficaram famosos como Carros Populares.

Aliás esta idéia surgiu na Camara do Setor Automotivo e era muito boa, só que como tudo no Brasil, não foi alterado ou melhorado se preferirem e aí a coisa desvirtuou.

A FIAT foi esperta porque era a unica montadora da época que fabricava este motor, por sinal já ha algum tempo para exportação e nós também chegamos a ver o 147 rodando com motores deste tipo, os 1050 se não me engano.

Resumindo o Itamar, pouco bairrista que é, deu uma mineirada e ajudou a FIAT e o resto… .

Aliás só no Brasil que se mede a potência de um carro pela capacidade cubica no resto do mundo é em cavalos de potência. Se aqui tivésse sido adotado o mesmo critério não teríamos tido aberrações como o Chevette Junior, Escort Hobby e outras tranqueiras e outros carros como o Corsa teriam nascido melhores e não com motores adaptados !

Voltando a VW, estes caras foram espertos porque conseguiram uma baita vantagem fiscal para motores refrigerados a ar e uma bela linha de crédito para reativar a linha do FUSCA, mas na Volks estava todo mundo se lixando pro FUSCA ou quase todo mundo, quem gostava do carro óbviamente estava feliz. O lance era a Kombi, pois a nova linha do Fusca monta até hoje a Kombi num processo bastante inteligente, e deu uma tremenda sobrevida ao motor a ar e a todos que trabalhavam na área de fundição, motores e transmissões da fábrica da Anchieta VW, aquela que hoje a Volks sonha em fechar !

Sobre o video o Gromov foi muito correto nas suas explicações e o FUSCA era viável em varios sentidos dentro do que ele chamou de compasso de espera da indústria automobilistica em 1993, pois o nosso parque industrial instalado naquela época era ridiculo de velho e com poucas exceções a época como o Monza, o Uno nós só fabricávamos tranqueiras que nos outros paises não vendiam, por exemplo o Santana.

Ele realmente deu uma aula para quem entende um pouco de indústria automobilistica e a entrevistadora, bem… .
A maioria não entende nada do que fala e nem ao menos quer saber um pouco, então tem que se ferrar mesmo na mão dos entrevistados e como sabemos a nossa classe média pensa ala Veja e compra carro ala Quatro Rodas , disto surgem os Wilsons Fittipaldis da vida, que aliás é um grosso metido a besta.

Valeu !

HM
HM
17 anos atrás

o mexico, que é citado como acima do Brasil na materia fabricou o fusca até 2003, e so parou por que uma lei proibiu taxi com 2 portas (uso mais comum por la)… eles apresentam o fusca de uma forma ridicula que da até nojo, e a apresentadora coitada….

R/T
R/T
17 anos atrás

Jason
Se puder conte nos a hist´roia do seu notchback typ 3, que voce comentou lá embaixo no post do “typ 3 helicoptero”

Arthur Gerhard Berge
Arthur Gerhard Berge
17 anos atrás

(o\\_!_/o)

R/T
R/T
17 anos atrás

A veja, como de costume reacionária, mesquinha e tendenciosa

E valeu pelas informações, Jason

Jason
Jason
17 anos atrás

Na verdade, essa história toda começou num mal-entendido. Em fevereiro de 1993, a indústria automobilística estava devagar quase parando. O Itamar, então, sugeriu que fizessem um “carro simples como o Fusca”, para ser vendido com alíquota zero de IPI – e o Pierre Alain de Smedt, presidente da Volks então, levou a idéia ao pé da letra.

Nasceu assim, oficialmente, o programa do “carro popular” – bem semelhante a um plano que, então, fazia muito sucesso no México.

O Uno já era fabricado desde 1990, com motor 1.0 – mas na época pagava 5% de IPI, se não me engano (assim como o Gurgel BR800).

O programa do carro popular lançado em 1993 foi um tremendo sucesso por aqui e, como disse, dobrou a produção da indústria automobilística brasileira em dois anos – animando a entrada de outras fábricas em nosso mercado. A parte ruim é que nossas vendas ficaram viciadas em modelos de 1.000cm³, gerando, com o correr dos anos, aberrações como Fiesta 1.0 Supercharger e o Gol 1.0 turbo – que dos populares originais só tinham a cilindrada.

Quanto ao besouro, ocorreu o seguinte: foram vendidos 40 mil Fuscas “Itamar” 1.6 entre agosto de 1993 e julho de 1996.

Já no relançamento, a Volks tinha se comprometido a fabricar o carro por apenas dois anos.

Em 1993, a VW já tinha vendido os estampos do Fusca para outras empresas. Assim, a produção do “novo” besouro era praticamente terceirizada: a Volks comprava as peças todas, e montava os carros na Anchieta, com um grupo de velhos operários recontratados.

Quem primeiro desceu o pau, fou a Veja, com uma capa tremendamente debochada e superficial com o título “O ovo de Itamar”. A Quatro Rodas foi atrás, com a matéria “Dez razões para não comprar um Fusca”. O resto da imprensa veio no vácuo, repetindo os argumentos da Veja e da 4R.

A montagem do Fusca Itamar não era das melhores e os estampos e matrizes já estavam muito cansados – mas não se podia investir muita grana no projeto. Chegaram a pensar em pôr injeção eletrônica, como na Kombi, mas a contabilidade cortou essa idéia.

Como o compromisso era fazer o Fusca por apenas dois anos (e sua produção era muito mais cara e trabalhosa que a do Gol 1000, por exemplo), não houve muita preocupação em vender bem, o besouro, ou tentar exportá-lo (como fazia o México).

De toda forma, mais uma vez, o velho besourinho fez seu papel na história da indústria automobilística brasileira.

Joaquim Souza
Joaquim Souza
17 anos atrás

FLÁVIO, PELO AMOR DE DEUS!!!

Traz o homem para o espaço, precisamos de mais informações do Alexander, esse homem é o retrato do que o BRASIL AINDA necessita para sair desse mar de lamas!!!

E VIVA O FUSCA!!!

PARABÉNS ALEXANDER GROMOW!!!

E para fechar, FLÁVIO, o homem merece um espaço MUITO maior do que você postou, por favor né, convenhamos!!!

SEM MAIS!!!

Mantovanelli
Mantovanelli
17 anos atrás

22 milhões de fuscas produzidos.
Preciso dizer mais??

Tarsis
Tarsis
17 anos atrás

Eu queria ver uma entrevista com o Sr.Gomes falando sobre a volta dos DKW (que continuam em linha..Os Audi são a prova viva)….e alguem falando mau dessa carroças….o bixo ia pegar!!!!!

Herik
Herik
17 anos atrás

“que não conheciA.”

Herik
Herik
17 anos atrás

Caro Mário Buzian,
Muito obrigado pelas informações que não conheci. Realmente, o acidente ao qual me referi foi em 1975, o que explica as diferenças apontadas.
Mas nem por isso o Fusca deixa de ser um carro inseguro e ultrapassado mesmo para 1993. Seus padrões de segurança são os da década de 30 e foram modificados com o passar dos anos. As melhorias com a instalação de parabrisas laminados e etc apenas diminuiram os problemas, até porque o Fusca não tem chassi deformável como carros mais atuais, sua suspensão traseira é ultrapassada até em relação à Kombi e etc.
Agora, quanto os sentimento que o Fusca desperta nas pessoas eu não discuto. Simpático, valente e tantos outros adjetivos são puramente subjetivos. Eu, por exemplo, tenho um Ford Ka que adoro. Não troco por nada. E acredito que daqui a alguns anos será um carro visto de forma diferente de hoje. Porque é diferente dos outros.
E gosto nós sabemos como é.
Viva o Fusca e demais – bons – carros que fizeram parte de nossas vidas. E que sejam preservados.

Pandini
Pandini
17 anos atrás

Quando encontrar o Gromow, dar-lhe-ei parabéns (embora com 14 anos de atraso) e perguntar-lhe-ei a receita para ter tamanho sangue frio e autocontrole. Que programinha lamentável! Picareta, dirigido por picaretas que trabalhavam para picaretas.

Como feliz proprietário de um 1500 1973 de estimação, afirmo que o Fusca é o carro mais curtível do mundo. Ficou em produção durante 70 anos por uma razão muito simples: o carro é muito, muito bom. Nenhum outro conseguiu isso, nem vai conseguir.

Aviso aos incautos: riam jocosamente quando algum defensor de Corolla, Civic e outros apresentarem tais modelos como “campeões de vendas” ou de longevidade de produção. Eles não têm sequer um parafuso em comum com seus projetos originais. O mesmo vale para outros carros da própria Volkswagen, como Gol, Polo e Golf.

Petrus Portilho
Petrus Portilho
17 anos atrás

Alguem sabe quantos Fuscas foram vendidos quando este voltou a ser fabricado?
Perguntem para esses proprietarios se eles estão descontentes, certo Jason???

Conde
Conde
17 anos atrás

O Jason tá certo .
E vida longa para o seu Série Ouro .
(oVo)

Mayara
Mayara
17 anos atrás

Concordo com o Jason.

Sakher
Sakher
17 anos atrás

O carro que fez surgir o nicho dos populares no Brasil nao foi o Fusca em 93 mas sim o Uno Mille em 1990. Foi esse o carro que obrigou todas as montadoras a lancarem seus “populares” e com isso aconteceu o grande boom de vendas nos anos 90. Volto a repetir, o nivelamento por baixo dos carros é que mostra que o brasileiro é tratado como palhaço. Aliquota 0 para o Fusca e aliquota mais baixa para carros 1000. Ridiculo para um Pais continental e rico em petroleo. Por que nao baixam o imposto em carros 1600. Por brasileiro tem que se contentar em andar com carro de menos de 1 litro de capacidade no motor que nao sobe um ladeira com 4 pessoas dentro. Nosso pais é um grande circo, existe muita palhacada; mas nao vejo ninguem do nosso povo rindo.

R/T
R/T
17 anos atrás

Jason

Tem um “Itamar” aqui na minha cidade, de uma figura que foi diretora do colégio onde estudei, é ano 93 ou 94, prata, ta um brinco, a sra não vende, não troca, não faz nada

E outra, o carro é super bem cuidado, mesmo NÃO sendo fã (fanatico, digo) de fusca, era um que eu compraria

Jason
Jason
17 anos atrás

P.S importante.: Graças ao Itamar, pude comprar meu Fusca Série Ouro zero quilômetro em 1996.

Até hoje, onze anos depois, o carro não deu qualquer defeito. Sequer precisei limpar carburador ou regular o motor! Estamos falando de ONZE ANOS de uso…

Tem tração traseira, anda bem, retoma com vigor e é infinitamente mais divertido de guiar e charmoso que um Gol 1000 do mesmo ano.

Para os materialistas, uma observação: hoje o bicho vale uns 50% a mais que um Gol 1000 do mesmo ano.

Sakher
Sakher
17 anos atrás

Eu acredito que mais que defender o Fusca Flavio Gomes quis colocar em questao a qualidade jornalística da matéria. Realmente houve um tendencia grande em criticar essa açao do governo, mas me parece que foi explícito desde o começo da reportagem. Simplesmente o governo tentou uma medida, que muita gente achou absurda e o programa colocou em questao. No Brasil dos anos 2000 sinceramente tudo no jornalismo anda estéril. Nao existe mais opiniao sobre nada. Não criticar a volta de produçao de um modelo obsoleto a 40 anos é que seria extranhamente imparcial. Por mais que se adore o Fusca, nao podemos aceitar que ele saia da posicao de carro clássico e passe a ser a alternativa de transporte nos dias atuais. Como Gromow disse o carro é muito bom e vendeu 21 milhoes de unidades, e por isso mesmo sabemos que como produto seu ciclo ja foi encerrado a muito muito tempo; nao pela montadora mas pela força do mercado, e esse quem manda é o consumidor.

Mário Buzian
17 anos atrás

Herik,

Eu também assisti ao programa do sr. Gromow,e gostaria de dar um esclarecimento técnico:todos os carros fabricados a partir de 01/01/1977 eram obrigados a ter coluna de direção retrátil e circuito de freios em X,além do dispositivo de alerta(pisca-alerta),portanto o acidente com o seu tio deve ter acontecido com alguma modelo anterior a esse ano..Vamos relembrar que a defesa do sr. Gromow foi em 1993,ano que a VW equipou o Sedan com parabrias laminado,pneus radiais,bancos mais espessos,catalisador no motor,e outros ítens que os modelos (muito)mais antigos sequer sonhavam em ter…Vamos lembrar o fato de que também o México continuou a produzir o Sedan por muito mais tempo,e eles tinham carros muito mais superiores tecnologicamente do que nós…Quero esclarecer que naqueles tempos também achei o fim da picada retomarem a produção de um carro ultrapassado,mas me rendi a todos os argumentos do sr. Gromow,e digo mais,estou pensando seriamente em adquirir um Fusca Itamar para o meu uso diário,mesmo sabendo que ele é velho,gastão e anacrônico…Mas pelo menos não tem cara de Pokemon,e sim de uma simpática joaninha…

Jason
Jason
17 anos atrás

Caraca, como vocês têm memória curta…

O relançamento do Fusca foi a espoleta do programa de carros populares, que dobrou a produção da indústria automobilística em apenas dois anos!

De mais a mais, acho que o Fusca sempre terá espaço em um país como o nosso, em que há muitas estradas de terra. Alguém aqui já foi a Cunha (SP)? Creio que uns 60% dos carros de lá são Fusquinhas.

Não se pode simplificar as coisas e analisar Fusca como um carro comum, comparando-o com modelos mais recentes. O besouro já transcendeu essa etapa.

sakher
sakher
17 anos atrás

Eu sou super-saudosista mas colocar o Fusca de volta em linha em 93 patético. Um carro com projeto de 1938 que já vendeu 21 milhoes de unidades é absurdo quase 60 anos depois. Nao importa para onde vá a discussao, se é solucao temporária ou nao, se o carro é bom para o interior do Brasil ou não. O consumidor decide e decidiu nao comprar. Absurdo é o ocorreu na epoca e ocorre hj, com o nivelamento por baixo dos carros no Brasil. Estamos abarrotados de lancamentos entre os carros mais baratos, que na verdade estao caríssimos. Foi uma xinfrim e safada manobra do governo e das montadoras, e me desculpe todas as boas intençoes do senhor Gromow, mas o brasileiro foi é continua sendo tratado como PALHAÇO!

Herik
Herik
17 anos atrás

A volta do Fusca foi um retrocesso sim! Quando ele foi relançado custava o mesmo tanto que um Gol 1000, carro este com um projeto aproximadamente quatro décadas mais moderno.
Acho que cada coisa tem seu tempo, e o do Fusca passou. Nem por isso esses carros – como Gordini, Willis e tantos outros antigos – devem ser tirados seu papel na história.
Agora, falar que Fusca é um carro seguro é brincadeira de péssimo gosto, até em 1990. Um tio meu faleceu depois de sofrer um acidente com seu Fusca. A maldita coluna de direção se projetou contra o torax do motorista simplesmente porque não havia no Fusca mecanismo de retração de coluna de direção em caso de acidente frontal. Isso é segurança?