Desafio do Panda
SÃO PAULO (pediu, a blogaiada responde) – Nosso parceiro Luiz Alberto Pandini, o velho Panda, está desesperado e diz que só aqui conseguirá resolver seu problema:
Flavio, em meu nome, lance um desafio aos blogueiros: quero ver alguém enviar uma foto (de preferência colorida) de um Opala do Expresso Luxo que faz transporte de passageiros entre Santos e São Paulo.
Desafio lançado. E-mails direto para ele no [email protected].
Panda:
Chão de Estrelas, na paralela da avenida da praia, anos 70, bem no início. MPB de qualidade, lugar pequeno, intimista.
A Ilha Porchat, então…
O astral da cidade de Santos era diferente, sempre pra cima.
Tem uma história maravilhosa da lua cheia de 19 de Janeiro de 1976, coisa de cinema.
E pouco antes, na passagem do ano de 75 pra 76, a morte bêsta de Silvia Covas, filha lindíssima de Mario Covas naquela curva em frente ao Tortuga.
Voltávamos de uma noitada na praia do Perequê, reveillon e muita festa.
Ela estava na garupa de uma Honda 750 carenada, amarela.
Saíram de volta para Santos pouco antes da gente.
Bateram de frente num Corcel dirigido por um garçon, passando por baixo do carro.
Cheguei logo atrás, no Galaxie cheio de amigas alegres…
Terrível cena, o camarada já morto e a Silvia ainda com vida.
Imagens dantescas que nunca mais me saíram da cabeça.
Porque estou contando isso?
Parece uma outra vida.
Caramba, Romeu! Você é um arquivo vivo da história do Expresso Luxo. O pessoal que trabalha lá hoje nem deve ter idéia disso.
Cerega, minha cidade era um paraíso nas décadas de 70 e 80. Pelo jeito, para os forasteiros também… Pink Panther, Pirata, Terraço, Penhasco, Blitz, Lofty, Chão de Estrelas, Juá… Quantas recordações esses nomes me trazem.
Me lembro das Simcas do Expresso Zefir, que saíam ali da Praça da Sé. Dos Opalas não lembro, não…
Amigos Reginaldo e ACarlos:
Santos sempre foi o céu.
Comecei lá, na virada dos 14 para os 15 anos.
Meu negócio era o baixão, bem no meio da ralé da General Câmara. Não tinha bala pra encarar a Pink Phanter e principalmente as meninas do Fugitivo… Estavam fora de meu alcance.
Vi muita Chacrete faturando por lá, no meio daqueles bandos de marinheiros bêbados… Ô vida louca, vida breve…
Passava as férias perto do Canal 4, desde muito novinho.
Acreditem, cheguei a ir até de bonde, se não me engano o número 7, que vivia descarrilando numa curva bem em frente à Igreja do Embaré.
De dia, praia.
De noite, A Zona. Sempre em maiúsculas, por favor.
e as Mercury?Packard? Simca?
Marcog:
Obrigado pela info, mas há polemica nisso.Como poderia ser tio-avo se era sobrinho da minha avó? Penso que seja um “tio-primo” ou tio em 2º grau..por aí.
Ceregatti:
Não queria comentar, afinal o “tio Tide”, não está mais aqui, porém, era considerado o maior hanm …apreciador das “primas” no porto.
Vivia perdendo a hora do trabalho pq perdia a cabeça por lá…Literalmente……………
Reginaldo, a resposta é: tio-avô.
Ceregatti, ETE (ops, naquela época ETI) Lauro Gomes ? Que jóia… tentei entrar lá em 89, mas, burrão, não passei. Mais tarde o tempo mostraria que foi a melhor coisa que podia ter acontecido, mas aí é outra história.
Assino embaixo no que diz respeito às “namoradas”…. : )
Desafio pouco é bobagem: duvido que alguém consegue uma foto das Simca Jangada que faziam transporte no trecho entre Londrina e Maringá nos anos 1960.
Pois é Cerega!
Viajei na tua lembrança…
Eu Tambem frequentava Santos naqueles anos maravilhosos, com drinks nas barraquinhas de São Vicente, almoços no restaurante do Eldorado da Conselheiro Nébias, esticadas no Terraço e no Pirata e algumas aventuras no Fugitivo e no Pink Panther, bons tempos hein!
Vou ver se acho alguma foto. Se tiver será dos vermelho e preto, tinham uns azuis e outros dourados, mas vi muito pouco deles. Meu avô era gerente no escritório de Santos até falecer. Se encontrar envio.
Abraços.
André
Fui muito ao Guarujá de Expressinho. Tanto de Simca como de Aero-Willys. Os motoristas (pilotos) realmente eram considerados bons de braço. Também passei por muitos perigos indo para Santos. Naquela época era moda ir para para lá. Ainda bem que meu anjo da guarda sempre foi muito presente.
Eu tenho.
Minha avó andava direto com esses carros desde o tempo que eram os Simcas pois ela ia no meio da semana para Santos com a empregada para limpar o apartamento.
Várias vezes fui com ela e tirei fotos do meu adorado Simca.
O problema é que essas fotos estão na casa da minha tia, filha dela, lá no bairro da Penha.
Fica no extremo Leste de São Paulo, lá na casa do chapéu.
Quando for para lá (sabe lá Deus quando) trarei-as e mandarei-as para você.
foi mal….”mau” por favor…Que lingua a nossa, putz…
Lulalelé:
Nem me lembre meu amigo. Como não tinha freio motor, (A deca não segura no motor)era uma temeridade despencar morro abaixo. A fadiga do freio aparece logo depois do 2º quilometro e era um salve-se quem puder para parar o bichinho. Adrenalina pura.Alias, praticamente TODOS os carros tinham problemas de freio, morro abaixo… Meu pai tinha um Skoda !!! era a mesma coisa. Imagine descer com aquele esquife preto de uns posts atras que fazia a linha de onibus. Acho que junto com o bilhete davam um santinho pro caboclo rezar… :-))))) Ceregatti, Ceregatti, quanto mal exemplo vc passa pros meninos…
Aos que perguntaram se ainda existe, aqui vai o site, infelizmente a seção “história” é só texto…
http://www.expressoluxo.com.br
Agora só tem Zafira.
Escola Tecnica Industrial Lauro Gomes, 1977.
Sexta-feira sim, sexta não, aula de laboratório de Mecanica.
Tinha um Galaxie Azul, 1970.
Cinco metros e meio de comprimento, V8, 3 marchas na coluna, mais torque do que um trator.
Cinquenta merréis cada um de gasosa, sexta pela manhã.
Oito doidos, total de 400 merréis para abastecer aquela lancha.
Fazia 5 Km/litro.
Quatro na frente, banco inteiriço.
Mais quatro atrás.
Pra não pagar pedágio, descíamos pela Serra Velha do Mar…
Direção hidráulica, volante F1 pequenininho, esse maluco aqui barbarizando naquelas curvas impossíveis… E a turma ria, não tínhamos mesmo noção do perigo, quanta irresponsabilidade…
Já disse aqui e repito: Não sei como estou vivo, tenho muita sorte mesmo…
Já lá na baixada, Guarujá, Praia do Tombo ou Pernambuco.
Passávamos o dia, só alegria.
Sol, mar, céu, sossego, juventude, amizades.
Na volta, balsa Guarujá-Santos.
No finalzinho da tarde, contornando o cais do Porto, aqueles oito malucos paravam na Rua General Camara.
Zona portuária, na época a maior Zona do Brasil.
Zona do Meretrício, claro. E com maiúsculas. As meninas merecem…Quem amou muito uma profissional sabe bem o que digo…
Repito: Realmente não sei como estou vivo…
Éramos uma geração feliz, entre o Tetrex e a AIDS, só alegria.
Sexo não matava, só doía.
Na volta, subida da Serra pela Anchieta, pra não pagar pedágio e barbarizar na subida.
As mesmas curvas da Estrada de Santos que Roberto Carlos tão bem descreveu…
O carro inclinava tanto que a turma fazia pendulo, como moto… Só loucura…
Pleno mes de julho, queimados de sol – a cada duas semanas era sempre o mesmo programa – todos ralados nas partes baixas, satisfeitos, cansados, felizes.
Ahhhh… Passei muito Expresso Luxo na subida, os Opalas Vermelhos eram meu sonho de consumo…
Mas não andavam junto com a gente, dentro do Galaxie Azul.
Eram motoristas responsáveis.
Eu, não.
Sou um péssimo exemplo, bem sei.
Mas não poderia deixar de contar aos amigos…
Belo relato. Quanto ao péssimo exemplo, reconhecer e corrigir é o suficiente, afinal, já cheguei a 74,5km/h de montain bike e não recomendo a ninguém que goste da vida fazer o mesmo. Ainda mais quando colocou tampões aerodinâmicos GTS transparentes (ou qualquer tampão) lindíssimos nas duas rodas!
Completando, qdo colocaram os aero willys na linha, saiu da empresa. Dizia que aquilo, não era carro. Os Opala, foram o auge da empresa. Acho que nem existe mais o serviço.
Caro Reginaldo, alguma vez vc desceu pela serra velha de DKW ???? eu tive essa experiência muitas vezes….kkkkkkkkkkkkkkkk
Romeu esgotou o assunto, os Fords e Mercurys não cheguei a vê-los, viajei com Aeros e Simcas quando era “office boy” no centro da cidade..kkkkkkkk
Filho da irmã da tua avó, é o que seu? primo?, tio?, bem, não importa.Esse primo/tio, era motorista da Zefir nessa época . Era uma tremenda bota, pelo que contavam os antigos da familia, mas tb, um terrível pé de cana. Ao que me lembro (tinha uns 12/14 anos), gostava de contar vantagem e fazia questão de dizer aos passageiros que transportava onde o tio Santo (esse nome é real) meu avô, havia morrido num acidente em 1927.( num dos saca rolhas que existem na estrada velha) só para tirar uma com o pessoal e observar o medo nos olhos deles.. Como o Romeu comentou (e o Ceregatti pode confirmar) a Descida tinha (tem) lugares que dão calafrio. Pena que está fechada.`´E um passeio deslumbrante.
Ainda existe?
O Expresso Luxo assim como o Expresso Zefir eram famosos nos anos 50/60 por fazerem o trajeto Sampa/Santos com segurança e rapidez.
Os motoristas eram sinonimos de grande habilidade e educação.
(Isso não nos pertence mais…)
Os carros eram Fords e Mercurys 1951, vermelhos com azul marinho do Expresso Luxo (lindos) e beje e preto da Zefir. Os Mercurys andavam muuuuuuiiitoooo!
As viagens feitas pela estrada velha (eu disse estrada velha, não Via Anchieta) que tinha um traçado maravilhoso, e uma paisagem inigualável, davam muito prazer e alguns” frios na barriga.”
Bem estreita, não tinha acostamento (que é isso?) muito menos guard rail (guarda o que???)
Já havia a opção da Anchieta inaugurada nos anos 50.
Posteriormente, com o inicio da industria brasileira, foram usados Simcas e Aero Willys (bolinha).
E depois os Opalas.
Panda, lembro bem dos Opalas, mas fico devendo as fotos.
Pensei que ele iría pedir coisa dificil, como por explo.: os Aero Willys bolinha, ou Simca Chambord do Expresso Luxo que partiam da Av.Ipiranga para a baixada.
Só me lembro que eram vermelhos…