Isso sim

SÃO PAULO (não dá para comparar) – Apenas reproduzo a mensagem fotográfica recebida ontem do Ararê Novaes, que além de artista de mão cheia para desenhos escreve bem pacas.

Expectativa…

DKWs e Malzonis aguardando a hora de alinhar para a formação do grid de largada para as 35 voltas do “V Circuito Automobilístico de Piracicaba”, ano de 1965, na avenida Armando de Salles Oliveira, também local da largada, só que do outro lado de onde as DKWs e Malzonis estão (mais ou menos onde está o Interlagos conversível e a Kombi). Público para esta corrida estimado em 50 mil pessoas, postadas ao longo do circuito, segundo matéria da revista “Autoesporte”. A corrida era dividida em Grupo I, vencida pelo Marinho com o Malzoni nº 10, e Grupo II, vencida pelo piloto da casa Walter Hahn Jr. com seu Simca nº 88. Teve também a participação de uma mulher, a paraguaia Graziela Fernandes com um Renault 1093 e que foi a atração da prova ganhando a simpatia do público (terminou em 9º no Grupo I e 8º no grupo II). Não sei de nenhum caso de atropelamento. Somente alguns sustos e prejuizos materiais, além de um ou outro cachorro suicida.

Um abraço

Ararê Novaes
Piracicaba/SP

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Flavio Gomes
Flavio Gomes
14 anos atrás

Bom dia Flavio,

Tudo bem?

Pàrabens pela materia, estou enviando uma mensagem para averiguar junto aos seus arquivos se poderiamos presentear meu pai Walter HAHN JUNIOR pelo grande piloto que ele foi, gostaria de enviar algumas mensagens a ele sempre de manhã

Ficaria Muito Agradecido.

Abraços
Frederico HAHN
FILHO DELE.

ADOREI SEU BLOG.

Cesar Costa
Cesar Costa
17 anos atrás

O melhor da foto é o Interlagos conversível….

Ney
Ney
17 anos atrás

Desculpem, Simca, é a grafia correta. Mal de vemagueiro…

Ney
Ney
17 anos atrás

Além da corrida de estreantes, que era geralmente do grupo I, a principal tinha carros do grupo III, (os Belcars, Sincas e Renaults de fábrica), GTs e protótipos, que era como corriam os Malzoni. A classificação era geral, mas cada categoria tinha a sua em separado.

Fabio
Fabio
17 anos atrás

Veloz H-P, legal vc. ter visto a corrida tbm, eu sou de SP e na época morava em Ribeirão Bonito, cidade prox. a Araraquara. Tinha 5 anos!!! e meu pai adorava corridas e tinha alguns amigos muito envolvidos com o esporte eram Wilson Fittipaldi, Mario Patti e o Aguinaldo de Goes. Ele sempre me levava junto e o mais impressionante é que eu me lembro apesar de ser bem pequeno na ocasião. Logo de pois desta prova (25/8/63) segundo o site do Peralta, assistimos os 500km onde o Barberis morreu, com o mesmo carro que o Landi venceu na cat. monopostos em Araraquara. É isso aí .
Abraço.

VELOZ-HP
VELOZ-HP
17 anos atrás

Fábio, eu não vi o acidente porque ele foi no lado oposto ao que eu estava.
Aconteceu no fim da Av. principal, aquela de pista dupla (não me lembro o nome), na entrada do contorno da praça da matriz, numa curva à direita de quase 90°.
A casa da minha tia ficava em frente a essa praça porém no lado oposto à igreja, contornando pela esquerda.
Vimos a confusão que se seguiu com a interrupção da prova, ambulância, invasão de pista e tudo o mais. A corrida reiniciou-se acho que quase uma hora depois.
Tinha 7 anos na época mas, eu me lembro muito bem…
Se você for de Araraquara diz ai como está sua cidade ?
Faz 38 anos da última vêz que por aí estive e só tenho ótimas recordações dessa bela cidade.
Claro que não reconhecerei mais nada pois deve ter mudado muito nesses anos todos.
Como curiosidade acho que vale comentar que naquela época minha família ia até aí de trem. Embarcávamos na Estação da Luz em São Paulo à noite no trem Pullman lá pelas 20:00 hs.
Já seguindo viagem, jantávamos no vagão restaurante uma comida deliciosa e dormíamos tranquilamente até os primeiros apitos da manhã dados pelo maquinista. Chegávamos à Estação Central de Araraquara, desembarcávamos e tomávamos o café da manhã no restaurante dela, ouvindo as histórias contadas pelo maquinista e camareiros do trem.
Era uma viagem deliciosa, segura e absurdamente charmosa comparada aos dias de hoje, onde até para se embarcar num avião as pessoas são tratadas como gado num curral.
E não entendem por que nós, os matuzas, sentimos tanta saudades dos tempos idos…

jovino
jovino
17 anos atrás

Lulalá, discordando de você, só para exemplificar: se você vai a um kartódromo assistir corridas tem um público bem pequenino para assistir as provas. Mas se você leva estas provas para o interior e faz corridas de rua a quantidade de público é simplesmente imensa. 50.000 pessoas em provas de rua na década de 60 e início de 70 nas ruas das grandes cidade, era normal e acompanhei isto aqui em Brasília durante alguns anos. A sensação de assistir provas com os carros passando ao seu lado é indescritível. Dê uma olhada na foto do post mais abaixo enviada pelo Ashcar onde você vê a curva do bacião da rodoviária aqui em Brasília para ter uma idéia do que era aquilo.

Jovino

Ararê Novaes
Ararê Novaes
17 anos atrás

Meu caro “molusco cefalópode alienado”

Lulalelé, essa “estimativa” (veja bem, ESTIMATIVA) de 50.000 (cinquenta mil) pessoas presentes ao longo do circuíto está na revista “Autoesporte” nº12, Outubro de 1965 com o título: “Na final Malzoni fêz trinca”. Consulte!!!

Um abraço

Ararê Novaes
Ararê Novaes
17 anos atrás

Tem razão Joaquim, eu que me enganei, era Divisão III e II.

Um abraço

Roberto Brandão
Roberto Brandão
17 anos atrás

Fábio,
O Joaquim não viu, mas eu vi, apesar dos 7 anos de idade. Estava com a trupe que seguiq a equipe de DKW do meu pai.

Flávio : Grandes memórias.

Pessoal,
As corridas de rua daquela época eram super aguaradadas pelas dificuldades, disputas e diversidade de marcas.
As fábricas investiam pesado, pois era o seu público consumidor potencial e, então, era interessantíssimo correr e vencer nessas cidades.
E o público afluía como louco.
Alguém reparou na calçada, ao lado do Gordini da Graziela, com o desenho semelhante ao de Copacabana?

joaquim
joaquim
17 anos atrás

Não, Fábio, infelizmente não tive esse prazer. Na época só tinha 10 anos e morava longe, muito longe. Abs.

Fabio
Fabio
17 anos atrás

Araraquara….
Para Joaquim e V-H-P: algum de voces assistiu Araraquara 1963, onde C. Landi venceu monopostos, Moco na estreantes e novatos, e o Antonio Carlos Escavone sofreu um acidente serissimo com um Interlagos prata??? Foi uma das primeiras corridas que assisti e num esqueci mais !!!!

joaquim
joaquim
17 anos atrás

Não quis ser descortês com o texto do Ararê, mas estranhei os Malzoni andando no Grupo 1 (este era dedicado praticamente a estreantes, com carros originais, quase sem nenhuma modificação). No Grupo II permitia-se algum trabalho nas peças móveis do motor, retirada de pára choques, etc. mas carburação original. Já no grupo III era um vale tudo: modificações no motor e cilindrada, alterações na carroceria, câmbio e numero e origem dos carburadores liberados. Era onde corriam os carros de fábrica.Mas vale o registro oportuno do Ararê.

VELOZ-HP
VELOZ-HP
17 anos atrás

Acrescentando mais um comentário ao que já disse o Joaquim-CPU, quando eu era garoto passava uma semana das férias de julho em Araraquara onde tinha uma prova dessas.
Assistíamos a corrida na cobertura da garagem da casa da minha tia e a cidade inteira parava para ver o evento.
50.000 pessoas deviam ter só nos 2 lados da avenida principal e outras 50 mil ao longo do circúito, fora telhados, janelas e portas ao longo dele.
Quem não viu nem pode imaginar o que era aquilo.
Stock Casca, ah, ah, ah, faz me rir.

Caíque.
Caíque.
17 anos atrás

Lulalelé,

A Stock e a Truck enchem hoje porque aquilo, em mais de 60% não ´´e publico pagante, e sim Claque, um tipo especial dew Claque, que ao invès das de Teatro e TV, são convidadas para ver o evento, mas para aparecer nas arquibancadas com as camisas e bonés de uma marca ou patrocinador, porque se quiserem que eles comprem ingressos será um fracasso de público e a Mamãe Globo tira o time de Campo e o reginaldo vai penar para arranjar Patrocínio para seu Anuário. A verdade as vezes machuca, mas não ofende.

Nick Bichinha
Nick Bichinha
17 anos atrás

Fla, meu lindo, bom dia e boa semana para você, meu queridão.
Para você e para todos os meus amados amigos deste blog.
Que legal o texto do Ararê e as imagens!
Recentemente, em minhas andanças pelo interior de São Paulo, estive em Pira e, como não sou de ferro, não resisti e fui fazer umas comprinhas no shopping.
E, para minha surpresa, essa linda dekinha nº 14 estava em exposição, atraindo grande número de admiradores.
Tirei fotinhos, lógico.
Você não fica contentinho em saber disso: O seu dileto Niquinho posando para clicks junto com DKW de tão magnifíca história?

Abraços do Nick (ouvindo Titãs – Bom Gosto, que vem bem a calhar para os coléricos blogueiros que atacaram o meu amado Fla no post Beleza é fundamental).

Ricardo Cunha
Ricardo Cunha
17 anos atrás

Resultados das duas corridas que fizeram parte do V Circuito de Piracicaba, disputado em 1965 :

Corrida Principal – Grupo III –

1 – Mario César de Camargo Filho – Malzoni GT
2 – Eduardo Scuracchio – Malzoni GT
3 – Francisco Lameirão – Malzoni GT
4 – Ludovino Perez Junior – Karmann-Ghia Porsche
5 – Antonio Carlos Porto Filho (Totó) – Renault 1093
6 – Frodoaldo Arouca (Volante 13) – DKW-Vemag
7 – Renato Ferro – Simca
8 – Lécio Marchini – Willys Interlagos
9 – Graziela Fernandes – Renault 1093
10 – Zoroastro Avon – Simca

Preliminar – Grupo II –

1 – Walter Hahn Junior – Simca
2 – Romeu Partezan – DKW-Vemag
3 – Jayme Rosenthal – DKW-Vemag
4 – Renato Ferro – Simca
5 – Lian Abreu Duarte – Renault 1093
6 – Eduardo Alarcon – FNM 2000
7 – José Augusto Santos – DKW-Vemag
8 – Graziela Fernandes – Renault 1093
9 – Angi Munhoz – Volkswagen 1300
10 – Luiz Carlos Fagundes – Simca

Esse Renault 1093 de número # 23 foi o pilotado pela Graziela Fernandes.

Fonte: Auto Esporte Número 12 – Outubro/1965

Ricardo Cunha

Luiz Eduardo
Luiz Eduardo
17 anos atrás

Pode ser saudosismo, mas acho que se hoje eu fosse um adolescente não seria apaixonado por carros e automobilismo como sou. Os carros e a atmosfera das fotos de antigamente passam uma emoção que não se vê hoje em dia. É uma pena.

joaquim
joaquim
17 anos atrás

FG,
Já lhe mandei umas fotos sobre esta prova, inclusive uma sequência onde a Graziela com seu 1093,desvia-se de outro Gordini desgovernado. É só procurar em vosso arquivo…

joaquim
joaquim
17 anos atrás

Lulalelé,
Pelo visto, você não teve a oportunidade de assistir a uma dessas provas no interior. Não é exagero, público de 40.000 ou 50.000 pessoas (cheguei a ver uma um BH, em volta do Mineirão com público estimado de 100.000 pessoas) era até comum nessas corridas. É importante lembrar que muita, mas muita gente vinha das cidades vizinhas a esses eventos que juntava o melhor das equipes de fábrica e dos pilotos locais. Portanto, não creio que haja exagero do nosso amigo Ararê. Sei que é difícil de acreditar nesta época em que mal se consegue colocar mil pessoas nas arquibancadas de uma prova nacional (no Paulista não se consegue nem cem…) e de arauibancadas lotadas por torcedores bancados por patrocinadores, como ocorre na Stock Car. Sds.

lulalelé
lulalelé
17 anos atrás

Ararê, tá tudo certinho…mas 50.000 pessoas assistindo esta prova penso que é um exagero….em 1965 50.000 pessoas em um evento só se fôsse chegada de seleção brasileira campeã do mundo…menos Ararê.