Lenda?
SÃO PAULO (se non è vero…) – No ar a última coluna Retrovisor de Roberto Brandão, uma misteriosa história dos anos 80…
Perfil
Jornalista, dublê de piloto, escritor e professor de Jornalismo. Por atuar em jornais, revistas, rádio, TV e internet, se encaixa no perfil do que se convencionou chamar de multimídia. “Um multimídia de araque”, diz ele. “Porque no fundo eu faço a mesma coisa em todo lugar: falo e escrevo.”
Saiba mais
Dois vídeos do que é o cara:
http://www.youtube.com/watch?v=f_6gPTb1Q70
http://www.youtube.com/watch?v=XuEcIOs1Joc
Se não me engano, esta coluna saiu no Estado no dia 30 ou 31/3/1996, eu tinha 11 anos de idade e me lembro até hoje, impossivel não lembrar
O Paul Roche (tio da Ellen) e o Piquet viviam pregando peça um no outro. Certa vez, treinando na Africa do Sul (onde tem montagem da BMW, e eles usavam carros da frota de cortesia local ), o Paul mandou colocar o esquicho do para-brisa embaixo do painel, voltado para os pés do Piquet, que era acionado quando ele ligava a seta, ou mexia em algum comando eletronico no carro. O Nelson encarou na boa. Nòa lembro a resposta dele pro Paul, mas lembro que ele aprontou alguma em Paul Ricard.
Robeto, bela coluna.
A história é verdadeira. Há vários anos, o Piquet mantinha uma coluna no Estadão e contou
uma história muito parecida (só não havia, na versão publicada, referências sobre o chapéu e
óculos com armação de baquelita).
Na história que ele contou, o motor da BMW era um motor de F1 amansado.
Belíssima história saída da ponta da pena do meu querido Brandão.
E só poderia ser com o Piquet, cara que curte a vida como ninguém…
Ao Daniel Médici :
Os demais blogueiros confirmaram a veracidade da lenda.
A história é muito boa e, caso não esteja enganado, o tal jornalista tornou-se muito amigo do Piquet, o que não impediu de sofrer uma das grandes molecagens do Nelson.
Ensinamento ,é claro!
Putz,Brandão.Fantastico!
O Piquet como já foi dito ,realmente passava aquela alegria de estar aproveitando ao maximo o que estivesse fazendo.
O mais incrivel é que ,até mesmo no hospital de Indianapolis ele andou aprontando, pensem bem, o cara estava quase perdendo o pé, lidando com a terrivel realidade de que sua profissão estava ali acabando ,e mesmo assim ,creio ,ainda passou aqueles dificeis dias ,da melhor maneira que estava a altura.
Acho que esta caracteristica do Piquet seja seu maior encinamento para nós.
Com a licença dos amigos e do Mestre Brandão (nos dois sentidos) vou adotar o mestre Brands: Se o Veloz não tivesse dado o testemunho dele, ainda assim faria sentido,por se tratar do mesmo Piquet que mijava ao lado do Williams (acho que era Williams) só para infernizar a vida dos mecânicos dizendo que havia um vazamento ali… Ou o Piquet, que uma vez numa disputa com o Mansell no Canadá, naquele retão que leva às entradas dos boxes, deu o lado de fora da curva para o Leão e, nas palavras do próprio Piquet, “o babaca veio”… Ele esperou o Mansell emparelhar, já quase no fim da reta, deu-lhe um totó na medida e o Mansell destruiu o carro (acho que era uma Williams) na grama. O cômico foi ver o Leão passando o recibo, na beira da pista, de punho fechado xingando o Piquet que passava na volta seguinte… Grande Piquet!
Não é à toa que sou fã do Piquet… só ele para fazer dessas traquinagens… os “bons moços” de hoje nem pensariam nisso… Grande Piquet!!!
E mais uma bela coluna, Brandão!
Nelson, o mestre!
opa, eu de novo.
Vi a entrevista que o Dú indicou aí em baixo.
Excelente!!! Recomendo mesmo:
http://www.youtube.com/watch?v=Ja-WGLSuDB8
Aqui em Belo Horizonte o Toninho da Matta já fez coisa parecida.
Ali na br 040, saída pro Rio (na altura da curva do ponteio) sempre tinha boyzinho tirando onda.
Pois tava lá o Toninho com o Cristiano e um sobrinho, ainda moleques, dando o maior sufoco na playboyzada na subida da BR.
Não sei se foi só dessa vez, não sei se a Caravan do Toninho era preparada, mas meu vizinho (sobrinho do Toninho) me falou que o legal mesmo era ver a cara do pessoal ao tomar o maior capote de um tiozonho numa caravan com dois moleques dentro…
No yotube postei uma entrevista que tinha gravada anos atrás do Nélson. É só digitar windflag no search. Sempre disse, ÉmerON, NélsON, AyrtON. O vídeo que tem no youtube do capacete de ouro, e o mais autêntico Piquet dando uma bola fora é de rolar de rir.
No mais, gostei muito da coluna. Só sinto pena por não haver confirmação da história…
Também sinto falta de uma época em que os pilotos eram sem-noção. Mas me contentava com a atuação deles na pista.
“É só falar do Piquet que vem alguns babacas meter o Senna no meio….
Coitados!”
Não sei se isso foi uma crítica velada aos sennistas, mas, pelo que eu vi, só dois comentários diziam respeito ao tema (Belair e Sergio Hingel), ambos de ‘piquetistas’ (o último chamando os fãs de Senna de ‘viúvas’).
Ao menos essa coluna comprova que o Piquet, tanto quanto o Senna, sabia cativar seus fãs através de uma certa ‘mitologia’. E mais uma vez os piquetistas fervorosos vão dormir tranquilos porque são grandes entendedores de automobilismo e não se deixam contaminar pela ‘parcialidade’ da imprensa, como as ‘viúvas’.
O candango/carioca tava desenvolvendo o M5!!!!!!
Vindo do Piquet? Apostaria toda a minha grana, sem dúvida…
É só falar do Piquet que vem alguns babacas meter o Senna no meio….
Coitados!
Isso mesmo, Mestre Brands.
Os caras estavam lá na F1 por prazer e diversão, pelo menos a maioria deles…
Hoje, além de asséptica, essa F1 ficou tensa demais, séria demais, chata demais.
Ninguem mais ri, os caras somem pra dentro dos boxes, tudo que é pane é hidráulica, um saco.
Profissionalismo não é sinonimo de caretice e de cara feia.
Depois dizem que a gente é nostálgico…
Haja maluquice e maluco…sinal de que a BMW era das tinhosa…
Quanto a kombosa-cosworth quem que vai contar a história?
De tanto acordar na madrugada acordado pelos berros das 1100cc brincando aqui nas voltas, que entendi o Veloz…
Causos deliciosos, o homem simplesmente ama uma boa disputa roda a roda, como muitos de nós!
…è bene trovatto!
PIQUET É PIQUET , o resto é choro de viúva.
Pronto, cheguei em casa e agora vou contar mais alguns detalhes dessa história.
O Nelson me contou também que ele costumava ficar num daqueles estacionamentos na beira da estrada (vicinal WTR-56…qualquer coisa) num ponto onde era o final de uma longa curva e início de uma reta maior ainda. Lá, dava para vêr os carros que vinham de longe e então escolher a “vítima”.
Como era essa escolha ? Primeiro pelo carro, é lógico, depois pela atitude do motorista dele. Se vinha calmamente naquele trecho tão veloz e com uma curva de alta deliciosa, então não adiantava provocar pois o cara não era do ramo, só curtia andar com um ótimo carro. Mas, se o cabra vinha “fincado” e dando farol em todo mundo, pronto, a vítima seria ele. Simples assim.
Notem bem, o Nelson fazia essas coisas já bi-campeão do mundo, estou falando dos anos de 1983/84/85.
Tem também outra história parecida acontecida muitos anos depois, onde ele estava com o Chaveiro, mais conhecido como Pupo, cujo nome é Roberto Moreno, e os dois psicopatas agora à bordo de uma McLaren F1 também preparada pelo Roche & Quadrilha Maluca, barbarizavam com todos os pleiboyzinhos que encontravam pelas cercanias de Monte Carlo.
Aí a coisa era mais braba pois as estradas são estreitas e cheias de curvas. Seus oponentes, é claro, viviam levando “buchas” descomunais. Alguns acidentes graves com eles (os oponentes) depois, e os dois psicopatas foram convidados pela Casa Real dos Grimaldi a maneirarem na bagunça.
E por aí vai.
Tem outras histórias legais no mar com lanchas e outras no ar com jatos e helicópteros. Dariam um livro enorme e engraçadíssimo. Pouca gente iria acreditar que se trataria do Piquet. Só quem o conhece iria crer.
Uma das coisas que eu gostaria de vêr, seria o Piquet e o Pace juntos numa balada dessas. Nem Deus acreditaria que eles seriam seus filhos.
O Pace também era uma figurassa e adorava aprontar uma dessas, além de pilotar tanto quanto o Piquet.
Já imaginaram essa dupla junta ?
Jesus me guarde.
Só para completar o meu comentário, essa BMW foi preparada pessoalmente pelo Paul Roche que era o chefão da fábrica nos motores de competição, e ele teva ajuda dos engenheiros da Bosch na parte de gerenciamento eletrônico da usina.
Praticamente toda a equipe de engenheiros de motores da F1 da época prepararam o carro, com o Roche coordenando tudo.
Até hoje são todos amigos e se conversam periodicamente.
É mole ou quer mais ?
Grande Nérso. Esse é macho.
Que epoca boa………..
Em relaçao ao fusca do Piquet, ele recentemente refez todo o motor aqui no RS, mais precisamente em Canoas na Dacar Racing, com o Daniel(preparador do Mitschubish que hoje anda na Endurance), é um porsche 3.0, turbo, injeçao Motec….
Inclusive o piquet visitou algumas vezes a oficina.
Sim senhor, isso é verdade e eu assino embaixo e dou fé pois foi-me dito pessoalmente pelo Piquet e confirmado pela Silvia ao seu lado, na época sua esposa, que participou de várias dessas curtições, só parando de ir junto quando ficou grávida do seu filho Nelson Angelo.
Eles me contaram essas e outras histórias tendo o Emerson e Wilson Fittipaldi junto a nós com suas esposas Maria Helena e Suzi e mais a minha namorada, quando morei em uma ilha em Angra dos Reis e eles passaram uns dias por lá.
Portanto são 7 testemunhas auditivas e oculares do testemunho da história.
O dia que o Nérso começar a falar tudo o que sabe, penas irão voar…
Brandão,
Parabéns pelo magnífico texto.
1GT,
Sobre o motor do Fusca do Piquet, pelo que sei é um motor VW Tipo 4, portanto de 4 cilindros, igual ao que equipa os Porsche 914-4 (VW), com cilindrada aumentada para 2900 ou 3000 cm3, preparado por um ex-mecânico da Brabham. Aqui no Rio, o Lauro B., irmão de um famosíssimo cantor, tem um fusca equipado com um motor desses com cilindrada aumentada que anda mais que notícia ruim.
considerando a qualidade discutivel dos pilotos em atividade, se o filho tiver 20% do pai, nós estaremos bem servidos de piloto.
Mais uma vez:
AVE PIQUET !!!!!!
Spergio Barros:
O livro do Piquet está esgotado faz tempo. Já revirei um montão de sebos procurando e não encontro.
Se voce tiver e puder emprestar eu xerocopio e te devolvo. Vale a pena. E moramos na mesma cidade, fica mais fácil ainda. E, se alguém souber onde tem, POR FAVOR avisem que vou correndo buscar.
A Kombi batatinha com motor cosworth entre-eixos também é uma estória danada de boa, mas quem poderia confirmar a veracidade? Sobre a bmw do Piquet, eu acredito que seja verdade, imagino ele cruzando as super estradas da Alemanha a velocidades proibitivas para simples mortais….para o simples cidadão alemão, cruzar a Alemanha o dia todo a velocidades acima dos 200km/h é exercício normal, doce rotina, não é a toa que são os melhores e mais exigentes motoristas do mundo (após os nórdicos no gelo, claro), mas cruzar acima de 280 o negócio é para profissionais do volante mesmo.
Será que o Nelsinho tem o mesmo espirito?
O fuscão do Piquet andou recebendo uns upgrades aqui em Porto Alegre…várias peças em fibra de carbono e gerenciamento pro monstrinho de 3 litros e 6 canecos…
Essa idéia de assustar playboy vem de longe…hehe
A propósito: ele ainda deve ter em Brasília, um fusca com motor Porsche 3 litros, com teto rebaixado e tudo que tem direito.
Na recuperação do acidente de Indianápolis, ele só usava este carro.
Agora pense bem: imagina se o Piquet só andava pianinho num foguetinho desses nas expressas do DF…… vai ver que lá também tem um velhinho de chapéu com pé pesado que apavora a molecada tunada….rs
É bem provável que seja verdade, afinal o Piquet tem MUITA, MUITA moral mesmo com o pessoal com quem trabalhou, inclusive Ford, BMW, Honda ……
E coincide com a época em que a Divisão M ganhou força e se estabeleceu dentro da montadora e o Piquet ajudava no desenvolvimento dos motores BMW turbo de 1.300 cc de 1.050 HP.
Quem quiser se deliciar mais, tem o livro do Piquet, acho que se chama “Me lembro bem”…. vale a pena.
Agora, lenda por lenda, também tenho uma que os matusas podem comentar melhor:
-> a KOMBI BATATINHA, dos irmãos Fittipaldi. Quem contou foi o Silvio Zampol.
Não conto o resto, vai numa linha parecida com a história do Piquet.
Boa Brandão!
O Piquet é %!@$&@# Não tem igual. Eu comecei a gostar de F1 na época que ele corria. Minha prima que também gosta de F1 era fã dele… e ele tem várias histórias dessas.
E quem nao sente falta desses tempos? F1 p/ toda uma geracao ( pelo menos a minha ,q e’ do Piquet) era mecanica, carros,corridas, e como consequencia mulheres,mulheres ,boa vida…99,9 % dos sonhadores como eu nao conseguiram nem chegar perto de serem pilotos de competicao, e eu me contentei com o pouquinho do que consegui do resto acima, mas sempre tinha um Piquet p/ nos “representar” nesse sonho, “ele” era o piloto, nao o Brasil,sil,sil…, sem hipocrisia de levantar bandeirinhas choramingando, e os outros golpes baratos de RP. Para encerrar rimando , VIVA PIQUET…
Se for verdade, é um %!@$&@#muleque essa piquet… é igual aquela piada do porsche rebocando um dkw…
Muito bom!!! Eu adoro estas colunas do Roberto Brandão, sem dúvida as melhores do Grande Prêmio.
ótima lembrança , Brandão. sei de um história semelhante, postada na Road&Track : um preparador da Alemanha “vestia” um Golf mkI com a mecânica do 928, e ainda turbinava a encrenca; ele adorava pedir passagem pros donos de 930 “slant nose” a mais de 300 km/h . E por falar em molecagem ( e liberdade), procurem no’www.estadao.com.br noticia em que um deputado do parlamento europeu quer proibir carros que atinjam mais de 162 mph para “reduzir o efeito estufa” . Se ele parar de soltar bufa e ruminar menos, é capaz de ajudar mais com a redução do aquecimento global. Politicalha existe em toda parte (politico + canalha).
Brandão, eu conheço essa história e acrescento que o Piquet dizia que era muito divertido pq os bólidos se ‘ achavam’ até ter na cola a BMW pedindo passagem e, passando…Sendo verdade ou mentira, não importa pq só de imaginar um evento desse tipo, se tem a dimensão desse incrível piloto de F1, que, quando não tinha o que fazer, nem nenhuma beldade pra namorar, saia para as estradas azarando os tais. Essa história ele contou na coluna “eu me lembro” que era publicada no estadão em idos tempos…Grande Piquet….
Abraço Brands.
Good times…