Nota zero, dona Volkswagen
SÃO PAULO (coisa mais ridícula) – Reproduzo recorte da revista “Notícias da Oficina”, publicação da Volkswagen:
E, abaixo, a cartinha que meu brother vemagueiro Flávio Coral Godoy mandou à indigitada montadora:
REVISTA NOTÍCIAS DA OFICINA – VOLKSWAGEN DO BRASIL
Prezados Senhores:
Escrevo para manifestar minha indignação com a matéria publicada na revista NOTÍCIAS DA OFICINA, edição de nº 228 de julho/agosto de 2007, coluna denominada “Um minuto”, na página 7, a qual retransmito abaixo, com meus comentários entre parênteses.
“O PRIMEIRO CARRO BRASILEIRO”
Teste sua memória: qual foi o primeiro automóvel em série produzido no Brasil? Acertou quem disse DKV (DKW), que saiu às ruas em 15 de novembro de 1957 (19 de novembro de 1956). Era um carrinho feio (gosto não podemos questionar. Particularmente, achava muito bonito, funcional e com personalidade, ao contrário das opções que temos hoje em dia, em que os fabricantes tentam imitar uns aos outros), que mais parecia um carro de padeiro (o fato de parecer um carro de padeiro denota a peculiaridade de ter sido criado um utilitário, assim como a Parati, Spacefox, Kombi, etc. Não foi por coincidência que foi batizado de Camioneta Universal DKW, que posteriormente foi chamada de Vemaguet. Além do mais, carro de padeiro soa como uma descabida alusão pejorativa e preconceituosa contra os profissionais). Não havia muitas alternativas quanto à cor da pintura nem do estofamento (realmente não havia muitas opções de cores, mas seguramente bem mais do que as imposições que as montadoras nos fazem com o preto, branco ou cinza prata com suas variantes. O primeiro DKW tinha duas opções de cor para o estofamento, já a linha VW atual…). Mas a perua andava bem e surpreendia pelo desempenho e economia. O motor era de dois tempos e três cilindros, com tração dianteira. Apenas 900 cm³ e 40CV.
Saudações.
Flávio Godoy Moreira
PS: Segue anexada uma foto do primeiro automóvel fabricado no Brasil, que talvez sirva para compor o parco acervo da Volkswagen, pois a foto apresentada na matéria não é do nosso DKW, e sim de um primo alemão, o AUTO UNION 1000 Coupé de Luxe 1958.
Só me resta aplaudir. E dizer que a ignorância que grassa na imprensa é assustadora.
Infelizmente, a maioria das empresas que tem jornais internos entrega a publicação a jornalistas aptos a escrever (bobagens) sobre qualquer assunto. Ou seja, por uma questão de economia, o infeliz precisa escrever sobre assuntos que não domina. Faz uma pesquisinha básica e manda imprimir. Na maioria das vezes, os erros não são percebidos, pois o público-alvo entedne menos ainda do assunto. E quando aparece um leitor que entende do assunto, não se importam muito com o fato, pois dificilmente a crítica deste leitor chegará aos leitores do jornal.
Uma pena!
Dear Friends,
Greetings!
Mais que óbvio, irei aproveitar o ensejo para dizer que outras montadoras também não se preocupam com o passado ou, melhor dizendo, com a herança esportiva. Vide o caso da Ford Motor Company Brasil: em que pese um de seus diretores, Mr. Edsel Bryant Ford II — bisneto do fundador Henry Ford –, ser apaixonado por corridas e sempre declarar em comunicados no site oficial da empresa a importância de cuidar da memória esportiva da empresa, é complicado verificar que a diretoria brasileira da montadora NÃO faz nada neste sentido. E digo isto baseado no fato de que o website oficial da montadora em nosso país – http://www.ford.com.br – NÃO possui nada a respeito. Por outro lado, nos Estados Unidos da América, o aficionado e admirador da empresa (e, claro, jornalistas e demais interessados) tem a disposição uma homepage oficial dedicada ao assunto – http://www.fordracing.com .
Não é de hoje que tento oferecer à Ford Motor Company Brasil um completo trabalho de resgate histórico com resultados de TODAS as corridas nas quais um carro e/ou monoposto com motor Ford venceu provas em ‘terras brasilis’ – incluindo sugestões para a criação de uma página em português para o assunto “Ford Motor Company Brasil e o automobilismo brasileiro”. NUNCA recebi resposta.
Diferente tratamento, suponho, eu teria se fosse filho do Jorge Gerdau ou do Abílio Diniz. Infelizmente, sou obrigado a concordar com frase do personagem Gordon Gekko (Michael Douglas in ‘Wall Streett’): “o dinheiro é tudo na vida”.
Regards,
Paulo “McCoy” Lava
Jornalista & pesquisador de Automobilismo.
(E, claro, dono no ÚNICO arquivo com resultados de TODAS as corridas da F-Ford; Brasileiro de Marcas & Pilotos; Copa Fiesta; Pick Up Racing…)
Quem não tem passado não vai ter futuro! No meu tempo de Audi existia um jornal interno e a minha participação eram os artigos sobre antigos.Um belo dia de raiva resolvi não participar mais quando descobri que ninguem se interessava sobre aquelas velharias nas fotos amareladas.Afinal para que ficar sabendo que em 1937 a Auto Union veio participar da corrida da Gavea?
É inaceitavel que hoje em dia, com toda facilidade da Internet, alguem ainda possa escrever uma coluna falando tantas besteiras.
Apenas 15 minutos de pesquisa, e o energumeno que escreveu aquilo, poderia passar sem essa.
Tambem, esperar o que de uma publicação que só sabe fazer ôba ôba sobre a Volkswagen e as suas Concessionarias?
Parabéns pela resposta. Parabéns também pela matéria. parabéns ao gomes pela dica. parabéns para o Godoy. parabéns à DKW. Parabéns aos compradores das peruas DKW.
Para a Volkswagen : “Uhh..se Fud…Uhh…se Fud…Uhh…se Fud…
Parabéns pela carta!
Esse é o reflexo de nosso país sem memória.
abs
Complementando…
Vamos preservar a nossa história – Antigomobilismo também`É CULTURA !
Até justificável que o Jornalista desse um escorregão como esse. Inaceotável numa publicação editada pela montadora que absorveu aquela fábrica de veículos (e olha que são só 40 anos). Vamos preservar a nossa história –
Considerando que vc esteve num evento na USP, sua última frase soa como um desabafo àquilo que vc deve ter ouvido por lá. Ao contrario do que muitos comentaram, considero a pergunta discretamente encaminhada ao Castilho, apesar de jocosa, extremamente perniciosa, pois se valoriza o put.eiro Brasil em detrimento do que temos de bom. . Realmente estamos mal servidos de jornalistas, politicos, comentaristas, e uma extensa lista de “istas”…E, como dizem, se ão deu na Globo, não aconteceu…que sina a nossa. putz !
FG,
Não se podia esperar algo diferente dos arrogantes e preconceituosos alemães da VW. Eles demoraram anos para perceber que o mercado, por exemplo, demandava uma caminhonete com 4 portas. Quantos anos se passaram para eles lançarem a Parati 4 portas ? Eles ainda tem a presunção de achar que sabem o que é bom para o consumidor. Não entenderam que o fabricante tem que fazer o que o consumidor quer e não é mais o consumidor que se adapta ao que é fabricado. Por isso eles passaram ao 3o. lugar da indústria automobilística no Brasil.
Aí Gomes,
Vc poderia inovar na Superclassic fazendo como Tom Walkinshaw: colocar stations para correr. Já pensou num #96 Vemaguet?
Ao Flávio Godoy: parabéns pela resposta. Tomara que caia na cabeça do ser preconceituoso e ignorante que escreveu esse texto cheio de erros.
Tempestade em copo d’agua, revolta sim pois o desconhecimento é grande pela maioria das pessoas, um pouco mais de cuidado na pesquisa e o individuo (a) não escreveria tanta besteira….mas coincidentemente aqui na minha cidade o padeiro tinha uma dessas.
O padeiro que mora perto de casa comprou um FOX – aquele carro lindo da VW! É tão bonito que fica estacionado em frente à padaria, ocupando a vaga que poderia ser de um cliente. Detalhe: ele não é português!
-Adoro Fusca, Karmann Guia, Kombi e outras coisas do gênero.
Porém não compro um VW da nova safra nem fod…o.
A marca acabou com este mix ‘cacaca’!
Coisa boa só importada! E pelo preço que vem compro de outras marcas…. JUST IT!
Puro desconhecimento histórico. Deve ter sido um pobre estagiário a quem deram a missão: “enche essa coluninha aí com umas curiosidades do mundo do automóvel…”.
E outra questão: Romi-Isetta por acaso era motocicleta?
O ovinho de Fenemê tem quatro rodas, volante, alavanca de marcha, leva placa de automóvel e começou a ser fabricado em 30 de junho de 1956. Seu lançamento oficial em setembro daquele mesmo ano, dois meses antes do primeiro DKW nacional ser produzido.
Parabéns ao vemagueiro que mandou a cartinha. Eu não teria ânimo ou paciência para tal.
…sempre tem um que sabe mais. Humildade é ( ou seria, para o redator ) tudo.
Feio é a mãe de quem escreveu.
A Falta de ÉTICA Profissional, impera em todas as classes profissionais .
1. Provavelmente o boosta de jornalista que escreveu isso, deve ser um daqueles almofadinhas que nunca sujou a mão. O FG, o Saloma, alguém deve conhecer o babaca.
2. Se o padeiro da minha padoca tivesse um desse, seria idolatrado.
A Volkswagen fala isso porque o carro não era fabricado por eles. Queria ver se fosse o Fusca.
hoje em dia tá uma vergonha, jornalista que acha é piloto, correndo com carro de 50 cavalos, falando de lada….ta f o d a mesmo.
Só queria entender como era um carro de padeiro ? e como era um carro de quitandeiro, de vendeiro, de médico, de advogado, de deputado e por aí vai, porque, pelo jeito, nessa época (eu tinha 10 anos de idade), devia ter uma quantidade imensa de modelos disponíveis né não? Ou eu era muito alienado em minha pequena idade ou vivia em outro planeta pq as ruas estavam sempre meio vazias………
Que notícia lamentável essa. Aplausos ao amigo que desancou esse pasquim de 5ª categoria.
Realmente incrível. Não só a VW, como todas as montadoras aqui instaladas não têm o mínimo respeito à infirmação e com os consumidores.
esta é a importancia que as montadoras tem pela memoria de seus produtos.
não esperem nada delas.
A ignorancia que grassa na imprensa não é assustadora, é MUITO assustadora, e perigosa
Carro de padeiro.
Só eu ri quando li isso?
È por essas e outras que leio e visito diariamente o blig do FG, alem de conhecer muito, tem amigos que tb conhecem do assunto.
http://www.rfactorcentral.com/detail.cfm?ID=Lada
esse vai ser o mod favorito do Gomes no jogo rFactor… =P
Parece resultado de pesquisa por telefone, que o esperto colunista do “um minuto” deve ter feito em menos de 30s…
A Volkswagem não sabe quando o primeiro carro, um DKW, foi fabricado no Brasil mas com certeza sabe quando o último DKW foi fabricado. Boa matéria Flávio.
Sem tirar o mérito da VW mas isso é coisa de agência de publicidade, que tem no dono o “criativo” e um Corolla na garagem e um estudante de jornalismo só pra dizer que faz…
O MKT da VW não conferiu.
O publicitário que chefia esse departamento, que tem um Land Rover na garagem deve ter achado graça e mandou publicar!!!
Quanto mais profissional achamos que estamos, mais imbecil vemos que existe no mercado.
Ainda bem que não trabalho mais com essa turma…
Parei de ler quando escreveram DKV, com ´´V´´. Já sabia que eles não sabiam do que estavam falando.
Abraços.
Ótima resposta!!!! Aplausos!!!!