Ladaland (segunda)

SÃO PAULO (ele voltou!) – Já andava bastante preocupado com famoso blogueiro que havia se mudado para o Quirguistão, onde passou a vender salsichas, ou salames, se bem me lembro. Felizmente ele e sua noiva, nascida em Montreal, mandaram notícias hoje.

Kamarada Gomes, como é gloriosa a vida quirguiz! Nossas plantações de bacon e costelinhas têm nos proporcionado uma prosperidade que só mesmo aqui, distante das hipotecas americanas e das futilidades ocidentais, é possível experimentar. Pudemos tirar uma semana de férias! Claro que imediatamente pegamos a estrada, mui bem pavimentada, e fomos acampar no Tadjiquistão. É verdade que nossa prosperidade econômica por vezes é constrangedora, pois percebemos que temos mais posses do que nossos compatriotas. Assim, dividimos a barraca com outra família, que nos acompanhou na viagem. Devo dizer, a bem da verdade, que sobrou espaço. Poderíamos ter convidado o vizinho da fazenda ao lado, mas farei isso em nossa próxima viagem. Viagens, aliás, serão nosso próximo negócio. Montamos um roteiro cultural e aqueles que se interessarem podem nos escrever. Até a volta! Leandrov Alfonsov & consorte.

Li o roteiro com atenção e creio que é uma ótima opção de férias. Vou pedir mais informações.

Subscribe
Notify of
guest

16 Comentários
Newest
Oldest Most Voted
Inline Feedbacks
View all comments
Engate
Engate
16 anos atrás

Isso é um banheiro químico?

VELOZ-HP
VELOZ-HP
16 anos atrás

Caro sr. Gil,
acredito muito mais nas minhas primeiras impressões sobre tudo na vida. Nunca me furtei delas e, nunca elas me decepcionaram.
Obviamente não tenho nada contra povo nenhum em qualquer lugar do mundo. O que acontece com eles de bom ou de ruim, são por eles mesmos provocados.
Naveguei pelo rio Japurá, que nasce na Cordilheira dos Andes na Colômbia com o nome de rio Apaporis e desagua no rio Solimões, afluente do rio Amazonas.
Entre o rio Japurá e Negro existe uma das maiores minas de ferro-niquel do mundo. São infinitos bilhões de dinheiros que enriqueceriam a economia do nosso país e geraria empregos sólidos e verdadeiros por gerações. Tudo num sistema moderníssimo e não degradante do meio ambiente.
Mas, parece que o povo daí prefere queimar toda a floresta para gerar pasto para animais, sem antes, é claro, vender a madeira nobre cortada e levada por esses mesmos rios ao comércio clandestino.
Sem contar que Manaus, cujo destino lógico e glorioso teria sido o de maior polo mundial de pesquisa e desenvolvimento de fármacos do mundo, tornou-se na verdade um Paraguai melhorado.
Toda a propalada riqueza do Norte foi extraida da floresta nos mais variados ciclos comerciais da nossa história. Normalmente foram todos predatórios e enriqueceram muito pouca gente. Parece que querem continuar com isso, mesmo que a sorte grande bata à suas portas.
Em São Luis no Maranhão, estamos ampliando a Refinaria Alumar de extração de bauxita. Montamos lá um escritório para o Greenpeace acompanhar todo o processo. Veja bem, convidamos o Greenpeace, não fomos “intimados” por ninguém a isso. Eles aprovaram todos os métodos e os tomaram como exemplo para o mundo. Afora isso tudo, a região está sofrendo uma melhora tremenda em todos os sentidos para a população local. Hospitais, postos de saude, delegacias, repartições públicas, super-mercados, postos de combustiveis, gás de cozinha, energia elétrica, geladeira, micro-ondas, DVD, enfim, a vida e o conforto dela chegou de verdade para muita gente que antes só sonhava com isso. Muitos nordestinos já não sonham mais em viver debaixo de uma ponte ao lado do esgoto aqui em São Paulo. Podem sonhar em ficar na sua terra e vê-la progredir para seus ascendentes.
É isso que queremos também para lugares perdidos e inóspitos do Amazonas e Pará.
Mas parece que os “territórios” indígenas, suas serrarias destrutivas e comunidades estrangeiras invasoras, caem mais ao gosto popular daí..

gil
gil
16 anos atrás

Caro senhor Veloz HP,
Definitivamente o sol da Amazonia não te fez bem.
Primeiro, águas escuras são do Rio Negro, que faz confluência com o Amazonas, este sim de águas barrentas – próximo a Manaus.
Manaus acima, no sentido Amazônia Peruana, o rio passa a se chamar Solimões.
Se algum manauara te falou que nesta época é inverno, estava de gozação pois nesta época é praticamente fim do verão amazônico, marcado por muito calor e chuvas intermitentes ao cair da tarde. Espere de janeiro a março para vivenciar o inverno (falei inverno, e não inferno) amazônico.
Por fim, uma das grandes vantagens das viagens é vivenciar uma realidade diferente daquelas a que estamos habituados e, por mais que demoremos em determinado local, tudo aquilo que presenciamos nada mais é do que uma ínfima parte da realidade daquele local e povo.
Qualquer tentativa apressada de emitir opinião definitiva sobre povos e locais somente demonstra nossa incapacidade de absorver a realidade cotidiana como ela é e a pouca disposição de conviver com hábitos e costumes diferentes dos nossos.
Cumprimentos amazônicos.

VELOZ-HP
VELOZ-HP
16 anos atrás

Bem amigos da Rede Gomes, boa noite.
Desculpem-me o atraso mas, estive o fim de semana inteiro junto à minha garota num hotel fazenda em São Roque-São Paulo que, comparado a esse pombal de urubus soviéticos da foto, é um paraiso de 15 estrelas.
Essa excrescência tumórica malígna, entretanto, me faz lembrar o nosso país, pois não.
O Brasil vive numa cápsula suspensa no tempo, imune a qualquer fluido dos estranjas. Somos impermeáveis à grandeza. No Brasil simplismente não se tem conhecimento do empirismo. Somos escolásticos, sem o sabermos. Pensamos com valores prefixados e imutáveis. A inanidade da nossa opinião pública mostra que o Brasil continua presa potencial de ditaduras. Herdamos a desconfiança do português e o amor do francês à burocracia.
O fato de a capital ter sido transferida para aquele monstrengo totalitário que é Brasília diluiu bastante a influência da imprensa, já que em Brasília só agora começa a aparecer imprensa séria. Tenho certeza de que se a capital não fosse Brasília o regime militar não teria durado 20 anos e o Rio não teria virado a “Cidade Pavorosa” de hoje. O bafo quente de um jornal de manhã cedo faz maravilhas pela moral pública.
Brasília foi uma idéia bem-intencionada desastrosa. Criar uma capital no centro do país que atraísse para lá atividade econômica. Atraiu miseráveis e burocratas. Eu sei, custaria muito desmontar aqueles prédios todos. Mas não seria necessário. Poderia se relegalizar o jogo e fazer de Brasília a Las Vegas do Centro do Brasil. Seria um final feliz para todos.
Isso também me fêz lembrar o rumo Norte de Brasília, Pará e Amazonas, para onde fui a semana passada à trabalho.
Vários projetos de mineração estão em andamento por lá. Tudo moderno, com prejuizos mínimos à mãe natureza. Mas já aparecem os nauseabundos que não querem trabalho, querem o “Bolsa Família” para viver de esmolas sem fazer nada. Invocam o “dano ambiental”.
Qual dano ? corri o Amazonas numa barca. Escuro, sinistro. Há sucos deliciosos, mas tudo apodrecia no calor e umidade. Um amazonense me disse que aquilo era inverno, que no verão era só botar 2 ovos na calçada que eles seriam fritos em segundos. Não há país que tenha enriquecido sem se abastecer de sua natureza. A questão é de medida, de valor comparativo. a Amazônia, natureza morta, é um dos credos da religião secular do nosso tempo, a ecologia. Mas, só acredito em primeiras impressões. Vi a Amazônia e me ocorreu : em se plantando, tudo apodrece. Com todos os tesouros anunciados, é o que ainda sinto na boca do estômago.
Lembro-me então, dos norte-americanos, com sua timidez extrovertida de pessoas que não se conhecem bem, t %!$&#desse país, em que as crianças ouvem dia e noite das mães que devem ser desembaraçadas, fazer sua presença sentida. Esse comando não vai bem com timidez. A pessoa soa falsa. É por isso que americano tem fama de hipócrita barulhento na europa. Injusto. É barulhento e cafona.
Ví um grupo deles almoçando num reustaurante em Belém. Muitas mesas só com homens, gente entre 30 e 40 anos, fazendo um barulho dos diabos. É o excesso de energia deles. Têm de despejar de alguma forma. é por isso, em última análise, que vão à guerra e tanta gente se mata nas escolas por lá. Excesso de energia. E cafonice também.
Cafonice de pobre, porém, tem outra kara e ela está bem representada nessa foto, onde se percebe que não há limites para a expressão das neuroses konfusas humanas, seja aonde for, tendo ou não o dinheiro que se puder. Quanto sofrimento fingido de felicidade.
Mas há uma coisa muito bela nesse tormento todo, a amizade. As amizades mais profundas vêm desse sofrimento a dois, ou a três. Nunca dissemos nada de importante, mas criamos uma ponte emocional, subterrânea, com amigos da infância, que, em geral, sobrevivem às intempéries e à corrosão do tempo. Até mesmo à corrosão do ferro da Cortina de Ferro.
A luta kontinua, a luta kontinua…

SÉRGIO HINGEL
SÉRGIO HINGEL
16 anos atrás

É um cemitério de Ladas ?

Belair
Belair
16 anos atrás

Isso aí é a “liteira”soviética, para transportar membros do Politburo..

vitão
vitão
16 anos atrás

1-achei chique a penthouse do Agapov. Onde será que ele colocou a piscina ?
2- na linha do “aqui se faz, aqui se paga” : os mongóis foram tão insanos e cruéis na sua dominação, que o Todo Poderoso os condenou a andar de Lada. A cavalo chegaram na Europa; de Lada não chegam nem ao saque da cidade vizinha. Deve ser por isso que deixaram de ser nômades; o carro não anda! Triste fim de uma cultura guerreira.

Thiago Pereira
Thiago Pereira
16 anos atrás

Já estou quase convencido em me mudar para o Quadjiquistão.

Irving
Irving
16 anos atrás

O adesivo com a letra A, de Alfonsov, não deixa dúvidas quanto a procedência e veracidade da foto.
Parabéns pelo achado, camarada Gomes.

Romeu
Romeu
16 anos atrás

Um jeitinho russo de morar na “cobertura”…

mcarth
mcarth
16 anos atrás

sei não.. mas essa placa tinha a bandeira dos EUA..

Pedro Jungbluth
Pedro Jungbluth
16 anos atrás

Pô, isso é uma cbarraca de jipeiros, fica em cima do carro para caso anoiteça em algum atoleiro, não precisa montar, basta abrir que já tem a barraca. Lógico que esse modelo é bem tosco.
Mas a placa é malvadona.

Dú
16 anos atrás

/O chefe dos correios de Leh e vários Ladakhis budistas nos contaram que/ Tô rolando de rir. A agência tem cada roteiro de viagem de fazer inveja ao Amyr Klink.

Rogério Magalhães
Rogério Magalhães
16 anos atrás

Não pude resistir a soltar a frase aqui no silêncio da sala:

– Que por.ra é essa???? hahahahahahahahaha…

Parece aquelas sapateiras que têm por aí, em tamanho família, claro… vai ver é uma versão russa ladística do encontro mineiro, hehehehe…

---
---
16 anos atrás

Esse azulzinho é invocado,ein?

bafo
bafo
16 anos atrás

Ladaland forever !