Saudades das Mil Milhas
SÃO PAULO (fazer o quê?) – No ar a coluna Warm Up de hoje, sobre as velhas Mil Milhas. Nem o troféu da Bardahl tem mais…
Perfil
Jornalista, dublê de piloto, escritor e professor de Jornalismo. Por atuar em jornais, revistas, rádio, TV e internet, se encaixa no perfil do que se convencionou chamar de multimídia. “Um multimídia de araque”, diz ele. “Porque no fundo eu faço a mesma coisa em todo lugar: falo e escrevo.”
Saiba mais
Mil MIlhas Brasil???
Pilotos estrangeiros, carros estrangeiros, disputando um campeonato estrangeiro!!
Ah! Mas pilotos brasileiros também participam.
Só que os brasileiro não participam do campeonato, não concorrem à nada, correm pela paixão apenas.
Nada contra, acho que é ótimo termos provas internacionais, mas Mil MIlhas, a mais tradiciuonal prova brasileira, não devia ter seu nome maculado desse jeito, devia sim ser para carros brasileiros (carros, não bolhas) e protótipos brasileiros. Já a Le Mans Serie devia ter sua prova com esse mesmo nome, Le Mans Série – Brasil e com mais ou menos 1000 Km. que é o que eles correm na Europa.
E continuam anunciando na Rádio Band News a partiipação do Porsche 917….
O esporte a motor cada vez mais deixa de ser popular e se torna elitizado. Isso impede o surgimento de novos pilotos e amantes do esporte por estas bandas.
Acarloz
É bom saber que existem pessoas que comungam do mesmo sentimento, o ideal seria uma mobilização de todas elas e talvez assim o sonho fosse possível.
Abço.
Alves/Coxa campeão ainda não
Saindo debaixo de nossos narizes percebemos quanto o automobilismo em geral é destratado. Em que pese a paixão que nos movimenta em todos os cantos do país, reconheço também que os problemas na pista de Curitiba ocorrem pela sua super utilização em contrapartida a péssima manutenção.
Quem andou lá sabe, por exemplo que entre as curvas do S do final da reta (ultra ondulada) tem um…bueiro.
Abço
Quem tá precisando de uma reforma assim é aqui em Curitiba..o piso está péssimo, o final do retão a coisa está muito feia…
Esse trofeu é lindo, e ficava exposto do lado de fora dos box enquanto a corrida acontecia. Isto quando o box era em outro lugar bem mais à esquerda de quem olha pro retão. Após a primeira reforma do autódromo houve a mudança e foi construido no local atual.
Flávio, lamentar a perda das 1.000 Milhas para que ela se torne uma prova da ALMS é a mesma coisa se perdessemos uma prova de F3 para poder receber a F1. O nome disso é evolução e deveríamos agradecer a esta nova prova e não lamenta-la. Saudosismo é bom, legal nas conversas mantidas nos farnéis, mas não cabem mais no mundo capitalista em que vivemos. Interlagos custa um monte de dinheiro para o contribuinte todo ano e não vale a pena termos apenas uma corrida importante por ano, deixando o resto da temporado daquele Templo, relegado a stocks bolhas e corridas de DKW e Fissores. Com certeza os organizadores podem bolar uma outra prova – que tal 999 ou 1001 Milhas de Interlagos – para que o pessoal possa tirar os Mavericks e Aldees das garagens no início do ano.
Paulo Aidar
Você não viajou, seria perfeitamente possível, desde que houvesse vontade, competência, e mais uma lista de qualidades e requisitos que nem adianta enumerar, pois hoje não existem.
Como podemos sonhar com coisas assim, se nem corridas conseguem organizar direito?
Interlagos tem potencial para ser um dos circuitos mais ilustres de todos os tempos, bastava investir pensando dessa forma, mas infelizmente para nós, os sonhadores, isso nunca irá acontecer.
Abç.
Para a volta dos bons tempos o principal será restaurar o traçado antigo.
E por conta de custos e adequações poderia ser realizado por etapas por exemplo. Sobraram pouco mais de 3.000 da pista antiga não é ? Então que se começasse restaurando e criando variantes na pista nova para o trecho a ser restaurado, dando inclusive chance de dois ou tres novos traçados, diversificando as competições.
Viajei !!!
É, tem um lado triste mesmo, mas em Janeiro teremos um tal de GP Cidade de São Paulo – 6 horas de interlagos, que apesar de organizado pela mesma currióla, deve resgatar um pouco do espírito da antiga prova.
Abçs.
Cacilda: agora vamos ficar contra as corridas?
Nada contra as velhas MilMilhas (aliás, só louco para pensar contra elas).
Mas preservar o nome e não correr com os carros de LeMans no Brasil…
É purismo demais.
Estou feliz porque vai ter cheiro de gasolina esse fim de semana.
Muitas corridas e campeonatos que fizeram fama espalhadas pelo mundo acabaram, cada uma pelos mais diferentes motivos ,Mille Miglia e Copa da Tasmânia são dois exemplos.
Na atual mil milhas bem diferente é verdade esta uma tentativa valida para quem gosta de automobilismo ver de perto o que tem de melhor no mundo em provas de resistencia.Com certeza ainda haverá erros e só o tempo dirá se a atual forma vai dar certo.
Mas que se dane o nome ,será que não tem espaço para o novo?
Será que não daria certo voltar a fazer uma corrida em janeiro ,mesmo com outro nome ,usando os carros que temos por aqui, afinal na nossa corrida sempre reuniu as mais variadas categorias sem preconceito ,temos os GT3 ,copa Porsche,Maserati ,Stock Car ,o Spyder ,o MCR e o Tubarão.
Para mim que gosto de corridas ,quanto mais provas melhor.
Pera aí…até a taça sumiu? Não está na estante de ninguém? Inacreditável.!
Romeu:
Assino e endosso td o que vc escreveu.
Por que uma coisa substitui a outra?
Não poderiam ter chamado de “Interlagos LMS”, com 1000 km, e deixado as Mil Milhas no formato popular de sempre?
E em épocas diferentes?
Pra que uma coisa matar a outra? Faltou espaço?
Difícil acreditar…
Mataram a “nossa” Mil Milhas.
Essa que aí está, não é a aquela que tive o prazer de ver a largada em 1956 com 8 anos de idade.
Não é a mesma que vi Chico Landi ganhar pilotando um JK.
Não é a Mil Milhas das Carreteras do Sul, dos DKWs, das Alfa Romeo, dos Simcas…
Dos protótipos, dos mecanicos, das oficinas de bairro, das boquetas de porco, das Concessionarias, dos novos pilotos, e dos velhinhos tambem.
Do grid bagunçado, varias categorias, porem numeroso.
Dos barrancos do Autódromo lotados, dos churrascos, das bebedeiras.
A Mil Milhas de hoje, com seus 23 carros modernosos, vão correr para quem?
Volto a pergunta que fiz o ano passado:
Precisavam mexer com as Mil Milhas?
Será que vai lotar????
Finalmente leio um artigo sensato, confirmando o que ja se previa há algum tempo. Mataram as Mil Milhas, com todo seu charme, história, lembranças, celeiro de idéias, motivação para inventar, construir, experimentar, curtir, debater, mostrar, participar, acelerar. Nosso nivel de carros e protótipos vinha ganhando muito nos ultimos anos… Agora, tudo isso é passado. Só nos resta assistir. Não que essa prova de nível mundial não seja bem-vinda ao nosso país, pelo contrário, é uma maravilha, tomara que continue. Mas será que precisavam matar as Mil Milhas, a “nossa” Mil Milhas? Não creio. Poderia ser 1000 Km de Interlagos de LMES, que não mudaria nada.
Enfim, uma pena… mataram as Mil Milhas
Fizeram com as Mil Milhas o mesmo que o senna fez com a pista de INTERLAGOS, transformada de pista em circuito de autorama..
conhecedor..
Concordo que dará saudades da largada noturna; dos pilotos de um lado e os carros d ooutro, dos churrascos; dos acampamentos; da neblina e do sol. Deve ser realmente fantástico amanhecer num autódromo. Tiro pela viagem que eu fiz de ônibus para Salvador, vendo o amanhecer na estrada com o sol nascendo devagar junto com o ar da manhã não tem preço.
Mas em relação aos carros, acho que melhorou muito. A maioria dos carros que corriam antigamente, nós víamos nas ruas, tínhamos um contato diário. Esses de hoje são super carros que nós não temos contato, a não ser num autódromo ou no Salão do Automóvel em SP. São carros que já nascem com “alma” para as corridas e é isso que nos faz ir aos autódromos.
o tempo passa o tempo voa
Flávio…
Com certeza sentiremos saudades daqueles tempos, mas é um caminho que acho importante para o automobilismo brasileiro. Depois da morte das formulas e as provas de turismo se resumindo a uma categoria as mil milhas parecem ser uma ilha de virtude nesse mar de fracasso que virou nosso automobilismo. Torcer para que a GT3 ganhe algum espaço ou alguma montadora se interesse em fazer formulas no Brasil novamente. Até lá, o melhor que pode acontecer é o “fim”da prova mais tradicional do nosso automobilismo.
Tive a honra de participar das edições de 2002 e de 2004, ambas na categoria IV, reservada aos carros equipados com motores de 2 litros, e posso dizer que é uma experiência inesquecível. Guardo recordações que jamais se apagarão da minha memória.
Agora a prova está fora de cogitação para os pobres mortais, então,quem sabe, uma prova de 1000 Km da FASP (!?) em janeiro…