O INÍCIO DE TUDO

SÃO PAULO (por que parou?) – A grande aventura das corridas de longa duração em circuitos fechados com a criação das Mil Milhas em 1956. É esse o tema da coluna Retrovisor de Roberto Brandão. Que vem bem a calhar nestes dias em que não sabemos como será a próxima edição da corrida, já que a Le Mans Series não vem mais.

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Virgo
Virgo
16 anos atrás

Mestre Brandão,
lendo sua coluna, me lembrei moleque ainda, habitante da periferia (bom, isso pelo menos não mudou ainda) um dia indo de carona com um vizinho (que tinha uma amante teúda e manteúda, Da. Hortência nossa vizinha) fanático por carros. Seu Carlos era o nome dele. O Patrão ia gostar dele com certeza porque o cidadão tinha um Fissore, estalando de novo.
Num belo domingo, vem o convite. O “seu” Carlos botou todo mundo no FIssore (a amante, o filho da amante e a Nenezinha de 2 anos – Cristina acho – filha dos dois) e lá fomos para Interlagos. Não entendia nada o que estava acontecendo, mas lembro perfeitamente bem como o “seu” Carlos vibrava, descrevendo carros e pilotos, a amante mal entendendo o que ele falava, fingindo compartilhar do entusiasmo do “seu” homem. Eu imagino tenha sido alguma das edições de corridas de longa duração que o Brandão cita. Lembro perfeitamente bem da carretera do Camilo descendo o retão (estávamos no que hoje se chama arquibancada A).
Alguma coisa deve ter me infectado desde então, porque aquele menino continua apaixonado por esportes a motor e pelo nosso desfigurado autódromo.
Grande Mestre Brands! Seu artigo me fez viajar legal.

Abraço no amigo.

Ricardo Sarmento
Ricardo Sarmento
16 anos atrás

Pessoal, aproveitando a deixa, posso divulgar a comunidade que estu montando? Mil Milhas de Interlagos. Tó começando agora, ainda to tentando divulgá-la. Deem uma olhada!

abraços!!!

Mr.Ioso
Mr.Ioso
16 anos atrás

O Roberto Brandão, parece politico, fala e não diz nada.
Pelo jeito, nunca viu uma carreteira de perto.. ´Só em foto… acorda

Claudio Peschke
Claudio Peschke
16 anos atrás

Tudo está voltando, até o Ford GT. Tudo tem o seu remake. Até agora ninguém lembrou das 24 Horas de Interlagos feita para carros estritamente de série e nacionais. E a Mecânica Nacional? As Mil Milhas não podem ser estritamente BRASILEIRAS?

Romeu
Romeu
16 anos atrás

Parabens Brands, um belo resumo da prova mais tradicional do Brasil.
Lembrando que o velho Barão, saiu de Sampa e foi bater na porta dos corredores gauchos com o projeto das Mil Milhas embaixo do braço.
Eles compraram a idéia e vieram com tudo.
Eu estava lá nesse 24 de Novembro.
Porisso não aceito, não me conformo e me revolto com o que foi feito com as Mil Milhas BRASILEIRAS.
Nosso povo não liga para tradição, e passa por cima de tudo.
Depois pegam um avião e vão bater palmas para as luzinhas da torre Eiffel.
Se tivessem um pouco mais de decencia, as Mil Milhas deveriam ter sido tombadas pelo patrimonio histórico. E intocavel.
Quando começou a história da “nova fase” da prova eu avisei: Já acabaram com o Autódromo de Interlagos, com o Centauro Motor Clube, e vão acabar tambem com as Mil Milhas. Lamentavel.

Roberto Brandão
Roberto Brandão
16 anos atrás

Agradeço a todos os comentários elogiosos.
É importante relembrar o quâo difícil foi a caminhada, pois não tínhamos nem auto-peças por aqui.
Iko, completando : as primeiras edições das Mil Milhas (se não estou enganado, as primeiras quatro) foram vencidas pelas carreteiras do Sul, em especial da famosa equipe Galgos Brancos dos irmãos Andreatta.
Isso só acirrou os ânimos entre gaúchos e paulistas, aqueles com carreteiras e estes com mecânica nacional e, depois, carros de fábrica.
Esta rivalidade no automobilismo estende-se até os dias de hoje, onde há um verdadeiro e bem disputado campeonato gaúcho, enquanto São Paulo vive das glórias de sediar as principais etapas de corridas nacionais e internacionais.
Mas, naqueles tempos, paulistas temiam os gaúchos e vice-versa.
Ainda farei uma coluna sobre este assunto.

Belair
Belair
16 anos atrás

Gostoso ler gente que escreve bem, né não?

Ike Nodari
Ike Nodari
16 anos atrás

Uma vez conversando com um sehor (não me recordo o nome) sobre automobilismo, este me contou uma história que eu achei muito interessante. Sobre o pessoal que saía aqui do sul para correr lá em São Paulo. Como ele é mecânico podemos dar crédito a sua história. Contava ele que o pessoal fazia o motor bem justinho e iam rodandlo até São Paulo. Quando chefgavam lá o motor já estava devidamente amaciado e ajustado para descer a lenha. Bravos guerreiros, lendas que escreveram parte da história do automobilismo tupiniquim. Quanto a coluna do Brandão o que poderia eu comentar, já que o mesmo foi ao ãmago da questão. Abraços

reginaldo Nat rock
reginaldo Nat rock
16 anos atrás

Eita:
Eu tava ‘troncho’ de vontade de comentar, afinal, moleque ainda, fui levado para lá, desde a 2ª edição, e, assistir aquilo ao vivo, por varios anos seguidos, tem a ver com minha paixão pelos antigos, especialmente.
Aquelas carreteiras, montadas, no puro martelo, as combinações mecanicas, a inventividade dos mecas e pilotos, pô !! só tirando o chapéu e ajoelhando no milho, para reverencia-los.

Grande amigo Roberto Brandão, que foi buscar essa história ‘debaixo’ do baú.

E posteriormente o período em que as fábricas entraram para valer na competição, quem poderia esperar a repercussão?. Tinha gente que mal acabava uma edição, já ficava maquinando o que fazer para a próxima!!!!.

Não é saudosismo pessoal, é simplesmente lembrar de uma época em que tive o privilégio de acompanhar bem de perto.

Espero, sinceramente que consigam, de alguma forma, manter a legenda das “MIl MIlhas” no Templo,

Valeu Brandão, obrigado Flavio!