PEQUENAS JÓIAS (7)

SÃO PAULO (e vai ser fora de SP) – Seguindo com as incríveis miniaturas da Automodelli homenageando os grandes pilotos brasileiros.

Vejam a Simca. Notem o detalhe das correias de couro. Vejam o número 44. E agora respondam? Quem era o piloto? Fácil demais, não dou dois comentários para acertarem…

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José Luiz
José Luiz
16 anos atrás

Somente quem conviveu com o Ciro, trabalhou com ele, recebeu aulas de técnicas de pilotagem e teve o carro preparado conforme as suas dicas, pôde conhecer a pessoa e a tocada extremamente técnica dele.
Não é Comendadore?
Meu pai na GM e eu como piloto e curioso acompanhamos e sentimo-nos honrados da convivência e amizade do Ciro.

Antonio Seabra
Antonio Seabra
16 anos atrás

Mr. ioso,

Sem discussão, mas fazer não é facil qualquer bobeada voce roda. E como voce mesmo disse, é preciso delicadeza. E braço.

Eu vi o Cyro andando: nunca tive a impressão de brutalidade, e sim de uma tocada forte, como carro na mão.

Como eu nunca andei dentro do carro, com ele guindo, não posso garantir. Mas, de fora, não passava a impressão de ser bruto com o carro

antonio seabra
antonio seabra
16 anos atrás

Mr. Ioso,

Sem contestação, mas, para fazer isto, voce tem que ser rápido de reflexos (mentalize a sequencia de ações e veja, se demorar voce perde velocidade demais, e acaba completando a ação já a 10 por hora) e ter habilidade para manter a trajetoria (não tem ABS e nem controle de tração). Qualquer bobeada voce roda. E, como voce mesmo disse, tem de ser delicado,,,

Eu vi o Cyro andando, diversas vezes, e nunca me passou a impressão de brutalidade, mas de uma tocada forte e precisa. Como eu nunca andei DENTRO do carro, com ele, pode ser que eu esteja enganado. Pelo visual de fora, acho pouco provavel.

Quanto a entender de automobilismo, sempre tem alguem que entende mais do que os outros. Acho que nós estamos aqui pra somar os nossos conhecimentos e dividir as nossas memorias e paixões. Tirando a observação inicial, um pouco belicosa, o teu post foi oportuno, e somou.

Obrigado

Antonio

Bianchini
Bianchini
16 anos atrás

A Automodelli vai se tornar a Franklin Mint nacional, trabalho impecável. Quanto às críticas feitas ao Ciro Cayres, realmente o povo brasileiro é muito tranqüilo: vá na Itália falar mal do Enzo Ferrari ou do Gilles Villeneuve… Aquí uma atitude comparável passa batido.

Ike Nodari
Ike Nodari
16 anos atrás

Como tudo já foi devidamente esclarecido pelos meus colegas comentaristas do blog, basta relatar a beleza de se ver uma SIMCA de verdade destilando todo o seu veneno. Em Joaçaba (interior de SC) tinha e ainda tem um circuito de terra e la pelos idos anos 60/70 haviam muitas corridas. Meu sempre nos levou para vê-las. E lá desfilavam elegantemente e bravamente grandes carros, entre eles este belo exemplar da indústria automobilística francesa. Por lá passaram DKWs, Gordinis, Ingterlagos, vários tipos de protótipos, Pumas, Corcéis, etc. Era muito bom. Mas o ronco da SIMCA era demais. Abraços

Mr. Ioso
Mr. Ioso
16 anos atrás

Ao Antonio Seabra

È, vcs precisam aprender alguma coisa sobre automóveis…
Isso é a coisa mais fácil..
Vou ensinar, mas não tentem fazer em casa.
Vc vem com o carro a mais ou menos 40 50 kls por hora.
Ai vc puxa o freio de mão, que vai parar as rodas trazeiras, embora o carro continue indo para frente.
O que acontece é que o cardan já naõ manda movimento para o cambio, que está parado. è so engatar uma marcha a ré e soltar a embreagem com delicadeza…
Fácil né?
Automobilismo é técnica..naõ coragem

Faisque
Faisque
16 anos atrás

SIMCA = Sociéte Industrielle de Mécanique et Carrosserie Automobile.
Quero meu pirulito, OK!!!

reginaldo Nat rock
reginaldo Nat rock
16 anos atrás

Eita Cirão..esse é outro que sabia das coisas. Alias, o que tinha de neguinho (coloquialmente colocado), que sabia das coisas nessa época é um assombro. Quem viu, viu…
Essa miniatura está espetacular…

Antonio Seabra
Antonio Seabra
16 anos atrás

Vou contar uma estoria que li numa 4 rodas velha: o Cyro, quando piloto de testes da GM, fazia um teste com o Opala, para verificar a resistencia do conjunto caixa-embreagem. Neste teste, vinha rodando para frente, e engatava a ré. Com o carro ainda rodando para frente, tirava o pé da embregaem e fazia as rodas trazeiras girar para tras, mantendo o deslocamento em linha reta. O teste era repetido diversas vezes, até que, por volta dos 40/45 km/h alguma coisa quebrava. Daí o conjunto era retirado e enviado para a engeharia, para avaliação.

Bom eu, nunca assisti, apenas li a respeito. Mas, se tem um minimo de verdade nisto, há que ter braço, sensibilidade mecanica e…leveza para fazer isto. Se for com brutalidade, quebra na primeira tentativa !!!! Fico com o que o Ceregatti falou.

Mr. Ioso
Mr. Ioso
16 anos atrás

Ao Ceregatti
Discordo de vc.
Era um dos caras mais brutos que existiram para guiar..
Essa Simca era completamente fora do regulamento,,, o estofamento só tinha o plástico, muitas chapas eram finissimas de aluminio, tanto que eles não deixavam ninguem encostar no carro, pois amassava todo.
Tirando isso o Cirão era uma figura…

Claudio Ceregatti
Claudio Ceregatti
16 anos atrás

Cheguei tarde, já disseram de cara.
Ciro Cayres, Grande Mestre.
Repetindo o de sempre: Uma das pessoas mais generosas que conheci.
Um gentleman, verdadeiro mito que se estende até hoje.
Dono de uma técnica de pilotagem eficientíssima, de uma leveza atroz.
Esse sabia tudo, e fez questão de partilhar com que o conheceu, eu inclusive.
Sempre dava todas as dicas, nunca economizava nas aulas. Não escondia nada.
Grande Ciro, Grande Mestre.
Saudades sinceras e todo o meu respeito.

ronaldo nazar
ronaldo nazar
16 anos atrás

Foi a Simca do grande Ciro Cayres.E de quebra trazia o Jaime Silva para as provas mais longas.

Qto ao livro que o amigo Diario da Corte falou Interlagos Um sonho de velocidade, comprei tb e gostei. Mas tem uma falha grave pra mim. Não tem uma única foto do famosíssimo Bino Mark II ou do Porsche 908 Hollywood do Luis Pereira Bueno. E pra mim tb o Luisinho merecia um capítulo a parte por tudo o que ele fez no automobilismo , principalmente em Interlagos.

jose ferreira da sil
jose ferreira da sil
16 anos atrás

Flávio, alguns numeros do automobilismo brasileiro ficaram devidamente registrados nas memorias dos aficionados pelo esporte. O 44 de Ciro Cayres foi um deles. E o 45 do saudoso Marivaldo Fernandes? continue com testes da especie. Abracos

Pé de Chumbo
Pé de Chumbo
16 anos atrás

Um pirulito sabor tutti-frutti pra quem disser o que quer dizer “SIMCA”…

Ingo Hofmann
Ingo Hofmann
16 anos atrás

Simca nº 44. Isto significa apenas uma única coisa. Ciro Caires é o piloto.

renato pastro
renato pastro
16 anos atrás

piloto: cyro caires

Ricardo Cunha
Ricardo Cunha
16 anos atrás

Flavio:

Essas miniaturas da Automodelli são muito bem feitas, dá vontade de comprar todas. Os detalhes são perfeitos.

O Simca número 44 era pilotado pelo grande Ciro Cayres.

Um abraço.

Ricardo Cunha

Flavio
Flavio
16 anos atrás

Cyro Caires e Jayme Silva.

Faisque
Faisque
16 anos atrás

Ciro Caires !!!!

Carlos Bragatto
Carlos Bragatto
16 anos atrás

Breno Fornari?

(chute forte)

Romeu
Romeu
16 anos atrás

O grande, o mestre, o professor, o recordista de Interlagos por muitos e muitos anos, Ciro Cayres foi o piloto que mais andou com esse Simca.
Dividiu a pilotagrem alguma vezes em corrida longas, com Jayme Silva ou com Luiz F. (Toco) Martins.
Mas esse carro tem a cara, o carisma e a marca resgistrada do grande Ciro.
Inesquecível. Quem viu, viu.

Leonardo
Leonardo
16 anos atrás

Ciro Cayres

VELOZ-HP
VELOZ-HP
16 anos atrás

Bem, amigos da Rede Gomes, boa tarde.
Bem, eu iria comentar sobre o super-piloto que pilotava com arte & valentia esse belíssomo carro Simca, mas, deixo isso para o meu amigo Commendadore Don Cláudio Ceregatti porque, creio, sobre esse assunto ele tem muito mais a nos ensinar. Conheceu o mestre de perto, ao vivo e a cores.
Aproveitando os assuntos históricos, acabo de chegar da minha livraria favorita onde fui, de novo, buscar o “monte” da semana. Dessa vez chegaram as revistas importadas de moto. Na 4a. feira passada ao retornar de viagem peguei o “monte” da semana, só que de carros. Então, vamos lá :

Diário da Corte
1-) Começo as dicas de leitura com um livro espetacular : “Interlagos – Um sonho de Velocidade” do Moraes Eggers. São 142 pgs. de puro deleite histórico do melhor e mais bonito autódromo da América do Sul. Ricamente ilustrado com fotos sensacionais, conta todo o processo de criação do Templo em ordem cronológica com relatos das melhores corridas, depoimentos de pilotos, mecânicos e chefes de equipe, além de contar as histórias dos maiores pilotos brasileiros e também, indiretamente, contar a história do Brasil daqueles tempos. Papel couché de altíssima qualidade e fotos enormes, a maioria branco e preto, além do texto ser bilíngue, português / inglês. Pelo amor de Deus, todos por aqui que se dizem apaixonados por carros e corridas brasileiras tem de ter esse livro na sua cabeceira.
2-) Outro livro, “Romi-Isetta, o Pequeno Pioneiro” de Américo Emílio Romi Neto, conta a história completa do primeiro carro fabricado no Brasil (apesar das controvérsias) , que saiu da Itália para o mundo. São 143 pgs. de um mergulho profundo na história social do Brasil e do mundo, efusivamente ilustrado com centenas de fotos de época. Todo o texto, arquivo e fotos foram cedidos pela Indústrias Romi S.A. e foram belissimamente organizados para a confecção dessa bíblia sobre a pequena caranga. Tem de tudo, a fábrica, a cidade, as competições e até cinema onde a “bola de FNM”, como o meu avô a chamava, apareceu. Aliás, na minha família aconteceu um caso engraçado com a Romi. Quando a minha mãe formou-se na faculdade, o meu avô deu a ela de presente uma Romi-Isetta nas cores vermelha e branca 0 Km. Minha mãe agradeceu a gentileza mas recusou-se perenptóriamente a sair com o carro. Ele ficou por meses no fundo da garagem da casa dela até que foi trocado por um Mercury. Perguntei a ela por que fez isso, e a resposta foi que ela não considerava aquilo um automóvel, além de considerá-lo extremamente perigoso pois, era uma “bola de FNM”, como o próprio pai a apelidara.
3-) A primeira revista que indico é a inglesa Motor Sport, cujo destaque para mim é a longa entrevista com Roy Salvadori, contemporâneo e adversário dos maiores pilotos da história nos anos 50 e início dos 60 como Fângio, Stirling Moss, Mike Hawthorn, Phil Hill, Graham Hill, Jim Clark, Carrol Shelby, etc. , enfrentando-os tanto na F1 quanto nos esporte protótipos.
Nas páginas de classificados vocês poderão comprar, caso se interessem, o Ford GT40 e o Lister Storm que foram do Alcides Diniz, o Fittipaldi F5A que foi do Emerson Fittipaldi ou o March 761 que foi do Alex Dias Ribeiro. Caso queiram algo mais caro, o Porsche 956 Rothmans que foi do Dereck Bell e Stefan Bellof, também pode ser adquirido. Aceitam-se todos os cartões de crédito…
4-) A outra revista inglesa que recomendo é a Octane, cujo destaque para mim é a recriação de um carro espetacular, o Healey SR de 1968. Construido pela fábrica para correr em Le Mans, foi uma tentativa dela de alavancar as vendas dos seus carros urbanos, que andavam em baixa. Nada como um bom desempenho nessa corrida para elevar a moral e as vendas. Motor Rover V8 3.5, câmbio do Renault 30, muito alumínio e magnésio nas suspensões, carroceria muito parecida com a Lola T-70 e pilotado com competência por John Harris e Roger Enever que eram pilotos da casa, a coisa não deu muito certo no resultado final, mas, enquanto andou, impressionou a todos. Isso valeu muito, afinal.
Outro destaque, já que falei em Le Mans, é o Porsche do Steve McQueen. Mas não é o 917, e sim o 911, aquele que aparece logo no início do filme quando ele chega na cidade e fica paquerando a viuva do amigo que morreu no acidente do ano anterior, que está saindo de uma floricultura, lembram ? Pois é, aquele era o carro pessoal dele e está preciosamente conservado e imaculado como na época. Grande Steve, piloto de carros, motos e com um ótimo gosto para carros, motos e mulheres. Esse é dos meus.
Para quem gosta, tem também a história completa do Lotus Spirit. Todos os modelos com fotos e especificações. Não sou muito chegado nesse carro, mas sei que por aqui há uma legião de fãs dele. Na seção de classificados tem duas Lotus que gosto, uma Lotus 19 com motor 2.5 e uma Elan 26R ex Bob Jane, com toda a documentação histórica das corridas. Não são caras, por sinal.
5-) A outra revista é a francesa Rétro Viseur, que nos contempla com a magnífica história da magnífica série DB da Aston Martin. Duvido que exista por aqui alguém que adore corridas e não goste dos Aston Martim. É impossivel. Seria como alguém que goste de mulher (como eu), dizer que não gostaria de ter a Sophia Loren nos seus melhores dias, compartilhando sua cama e seu amor. São 28 pgs. fabulosas com fotos atuais e de época de toda essa série inesquecivel da Aston. Carros impecáveis, restaurados à micr.oscópio com depoimentos de pilotos e mecânicos que foram felizes e sabiam, naqueles anos 50/60.
Falei antes da Lotus, e nessa revista tem outra Elite S2 1962 que é uma maravilha. Motor Coventry Climax 1.2, 85 CV e peso total de somente 590 Kg. Esse acelera, e muito.
6-) Por último, outro livro, só que agora é de aviação : “Heróis dos Céus”, a iconografia do 1o. Grupo de Aviação de Caça na campanha da Itália na II Guerra, os famosos “Senta a Pua” da FAB. São 304 pgs. absurdamente ilustradas com fotos exclusivas que nunca tinha fisto antes, tiradas por todos os integrantes que participaram do conflito e compiladas maravilhosamente para a confecção do livro. Papel couché de classe, capa dura, e relatos imprecionantes dos pilotos. Quem gosta de aviação, como eu, tem de ter esse livrão na sua casa.

Bem, eu teria mais revistas para comentar, mas, acho que quase ninguém leria tudo, então vou voltar para minha leitura. Amanhã, se quiserem, comentarei as revistas de moto.
“Ademã que vou de leve”, como dizia aquele turco metido a colunista social, mas que fazia um estrago dos diabos quando falava mal de alguém.

Rodolpho
Rodolpho
16 anos atrás

o 44 , com esse número só pode ser o Ciro Cayres