A GRANDE RETA (2)

GUARUJÁ (solta a pena) – Para que nosso Comendador Ceregatti se esbalde, outra visão da maior das retas. A prova: 500 Km de Interlagos, 1966. A foto é do Raul Pasqualin. O Karmann-Ghia eu sei de quem é, mas não digo.

500int66raulpasqualin

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Fernando
Fernando
14 anos atrás

Me disseram ter alguém aqui que diz que fazia a 1 de pé embaixo.
Pode perguntar pra piloto,físico,qualquer um.De Maverick V8,há mais ou menos 200km/h não dá.Esse tal ‘águia’ piloto de Gol tá mentindo feio.
Eu pago pra ver se tiver uma testemunha disso!

Lipe
Lipe
14 anos atrás

Billy
Esse casa tá viajando na maioneze . ele não fazia de pé embaixo nem com 4 cilindros . E tem mais uma , néssa corrida ajudei um amigo no box que correu de Passat e choveu a corrida toda . Só conheço um cara pra fazer a 1 e 2 de pé em baixo com Maverick V8 no molhado . EEEEEEU rsrsrsrsrs
Abs pro6

Billy
Billy
14 anos atrás

A Um e a Dois de pé embaixo de Maverick V8 ??????

Essa eu queria ver , Porque todos que eu ví , nenhum fez . Só para citar alguns ruim de roda : Môco , Luizinho , Jayme Silva , Bird Clemente , Marinho Amaral , Arthur Bragantini , Paulo Gomes , Tucano , entre outros .

Esse é de outro planeta mesmo . Dá licença … kkkk

Fernando
Fernando
14 anos atrás

É brincadeira falar dos perigos que a antiga pista de Interlagos, poderia causar a Formula 1 atual………….

Então porque o Circuito de Monaco ainda existe?

Pablo
Pablo
14 anos atrás

Subida do café é papo furado, Celso Barbéris morreu na subida do box.
O trecho exato onde ele subiu no barranco com o Bianco-JK, capotou e morreu, nem é mais utilizado e na epoca nunca foi chamado de café.

Luiz Evandro Águia
Luiz Evandro Águia
14 anos atrás

Bela foto..- saudades “master ” dessa
época .- eu corri muito nesses 8 Kms maravilhosos.. – era o Ciricuito mais seletivo do mundo.,,quem,pilotava bem em Intelagos.. -poderia ser competitivo em qqr circuito do mundo ……o grande desafio era completar a curva 1 e a 2 de pé em baixo e com Maverick V 8 – eu consegui fazer varias vezes nas 25 horas de Intelagos de 1975..meu “Team mate ” foi o saudoso Dante Di Camillo.. Finaliazamos a prova em 6o na geral.- alguem teria os resultados oficiais desta 25 horas>? abraço e Feliz 2010..Luiz Evandro Águia

Bianchini
Bianchini
14 anos atrás

Meu pai às vezes ía assistir às corridas em Interlagos do barranco próximo à placa de 100 metros para a freada da 3… ele voltava para casa extasiado! Acho que, se ele não tivesse morrido em 1978, se mataria de desgosto quando fizeram essa reforma que matou o traçado antigo.

Antonio Luiz Siqueira
Antonio Luiz Siqueira
14 anos atrás

Nasci em 1962 no Pari, perto do clube da Portuguesa mas mais perto ainda da rua das Olarias…..pertinho da mecânica aonde meu avô levava os carros para serem consertados. Por motivos óbvios comecei a frequentar o autódromo muito cedo….várias vezes fui de ônibus ver treino de pneu de F1….passava lá horas. Como muitos outros aqui tenho saudades……bons tempos, mas vou buscar na memória o que me lembro, se estiver enganado me corrigam.
Me lembro quando das primeiras corridas de F 1 e das “reformas” que se faziam na pista. Me lembro de Interlagos se mantendo aos trancos e barrancos nesta época. Me lembro de quando a corrida foi para Jacarepagua e me lembro de como Interlagos ficou na época.
Algum de voces poderia imaginar o que teria acontecido se a F 1 não tivesse voltado para Interlagos? Teriamos pista ou um condomínio da CDHU?
Lógico que mutilaram, mas quem pode assegurar que foi a pior hipótese?
Apoio qualquer movimento que tenha como objetivo restaurar o antigo traçado, mas a razão me enche de ceticismo……somos poucos. Me preocupo com Interlagos e torço sinceramente que se mantenha, mesmo do jeito que está.

Ricardo
Ricardo
14 anos atrás

Romeu
Como disse , o engano foi seu . Em uma entrevista do Camilo na revista Motor 3 de Setembro de 1986 ele disse .

O carro ficou pronto para estrear na Mil Milhas de 1957, mas o resultado foi uma tristeza:

“Eu estava liderando quando entreguei o carro ao Djalma Pessolato, meu parceiro de pilotagem nessa prova, e grande amigo. Ele completou umas três voltas quando apareceu um cavalo entre as Curvas Um e Dois. Para desviar, Djalma acabou batendo, morreu. Senti demais essa perda”.

Romeu
Romeu
Reply to  Ricardo
14 anos atrás

Ricardo, voce tem razão, o acidente do Celso foi na subida do Café, ou subida dos antigos boxes.
E o Pessolato se acidentou entre a um e a dois, vindo a capotar no talude que separava a dois, da curva do sol, que ficava abaixo.

Ricardo
Ricardo
14 anos atrás

Romeu
Posso estar enganado em relação ao acidente do

Djalma , mas acho que não , se não foi ele foi outrro com carretera . Vou procurar saber .
Mas sem dúvida nenhuma , você se enganou no local do acidente do Celso , que foi na subida do box nos 500 Kms de 63 .
Abs

Roberto Costa
Roberto Costa
14 anos atrás

“Pilito” é PILOTO escrito em computador estranho!

Roberto Costa
Roberto Costa
14 anos atrás

Mas, afinal, que era mesmo o pilito do KG?

Ricardo
Ricardo
Reply to  Roberto Costa
14 anos atrás

Roberto
Está no segundo comentário , é o Marivaldo Fernades .

Eduardo Britto
Eduardo Britto
14 anos atrás

Uma visão incomum do autódromo, de uma parte da cidade à qual não sou afeito (por diversas razões, ao longo da vida que fará 47 anos amanhã, nunca fui a Interlagos). Fotos maravilhosas assim merecem um poster. Valeu pela publicação! Ótimo ano a todos!!

vitão
vitão
14 anos atrás

Ceraga, simplesmente lindo ! e lembrando que certa vez ,o Rato, já na F-1, dise que o jeito certo de fazer a 1 e a 2 era com os testículos no lugar nas amigdalas, afinal são tantas emoções. Realmente quem gosta de automobilismo , e mais , quem pilota com a alma ( cujo número tem sido reduzido, substituido por esses robocops transfigurados de pilotos) é uma raça diferente.

Luciano Gonçalves
Luciano Gonçalves
14 anos atrás

Mas os F1 não faziam esse traçado com uma só tangência…vejam só esse vídeo, de 1980:

http://www.youtube.com/watch?v=p7JrQ4YGVFE

Dia desses eu estava no kartódromo, e então fui até a cerca, exatamente nesse ponto, e fiquei admirando a Curva 2…Nesse dia tinha acabado de acontecer uma etapa da Estoque, e o retão estava servindo de estacionamento de ônibus….

Enquanto isso, a F1 anda nos tilkódromos…so sad…

Antonio Seabra
Antonio Seabra
Reply to  Luciano Gonçalves
14 anos atrás

Luciano, não era uma só tangencia, era uma só curva, Veja as marcas do traçado no chao, no proprio video que voce menciona.

Antonio

Raul Pasqualin
Raul Pasqualin
14 anos atrás

Prezado Ceregati,
Li todos os seus comentários e não resta a menor duvida de que são carregados de paixão.
Somos de um tempo que infelizmente não volta mais, bem como seria um absurdo hoje aceitar um circuito clandestino no Morumbi ou mesmo o “Mônaco” do Sumaré, e tantas outras coisas que fazíamos na clandestinidade. Foi, acabou.
Da mesma, maneira chorar pelo antigo traçado de Interlagos é hoje também um absurdo.
Curvas com sobrelevação, falta de áreas de escape, difícil e distante acesso para resgates também são coisas do passado.
Ta bom, eu também não teria sacrificado as curvas 1 e 2, mas mesmo o nosso Interlagos sendo hoje muito seguro, ainda temos pontos muito perigosos como a curva do café e a reta curva na entrada dos boxes. Acredito que o Mundial de Motovelocidade não vem pra cá exatamente devido a esses pontos. Não foi por ali que aquele menino da Stock Light morreu?
Dava pra gente imaginar nos anos 60 e 70 que ficaríamos na F1 sem acidentes fatais durante tantos anos? Será que correríamos o risco de assistir novamente a tantos acidentes nesses pontos da antiga pista? Para não falar de tantos outros, eu estava lá nos acidentes do Paolo Tognochi (Yamaha TZ 350) e do Rolando Nardi (argentino de Berta).
Talvez com uma super reforma, gastando morros de dinheiro, poderiamos retomar o antigo circuito de uma forma menos perigosa. A pergunta é, valeria o preço hoje?
Para mim pessoalmente, as curvas 1 e 2, o retão, o paredão da 3, Ferradura, Sol e Sargento, fazem parte de um passado muito bonito e que o tempo ainda emoldurou em forma de lenda.
O automobilismo hoje é muito mais generoso com os seus pilotos do que foi naquele tempo. Pagasse um preço alto por isso? Sim, a falta dessas curvas é uma parte desse “preço”, mas a segurança deve prevalecer ao romantismo.

Antonio Seabra
Antonio Seabra
Reply to  Raul Pasqualin
14 anos atrás

Desculpe Pasqualin, mas eu discordo, e acho que valeira pagar qualquer preço pra ter exatamente este trecho de volta, da 1 ao Sargento. Se nao dá pra F1, paciencia, daria para carros mais lentos, categorias menores. E nao se perdia o traçado.
Alem do mais, se voce lembrar, em 73 o Peterson bateu forte na 2 (perdeu pressão aerodinamica ao entrar no vacuo do Emerson, os doissde Lotus 72) e não aconteceu nada. Em 77 fez-se uma pilha de F1 na 3 e não aconteceu nada.

Em contrapartida, cade a area de escape na Tamburello ? E nas 2 de Lesmo ? e ninguém vai acabar com Monza nem com Imola…

Outra coisa a parte superelevada de Moza não é usada a anos, mas ninguém deixa derrubar,,porque é historica. E olha que já tentaram.

E assim segue o bonde, ninguem vai acabar com a Eau Rouge, embora ela seja perigosissima ! Ve lá se os argentinos deixaram acabar com o Curvon, do autodromo de B. Aires???? (Ceregatti: esta sim era a mais rapida do mundo naquela epoca, uns 20 km/h mais rapida que a 1 e 2, cerca de 280 km/h no contorno dela !!!!)
Então, eu acho que o velho traçado deveria sim ser preservado, nem que tivesse que despropriar algumas areas pra criar areas de escape.! $$$ pra isto, é só buscar junto a patrocinadores, as fabricas de carros, a Petrobras, etc. Falta é vontade politica, falta interesse.

Em vez disto, o que eu vejo é que, se nós não cuidarmos, algum dia ainda vão acabar com Interlagos pra fazer alguma coisa “mais importante”, naquele espaço (nas palavras de algum politico, como fizeram no Rio)

Antonio

Neanderthal
Neanderthal
Reply to  Raul Pasqualin
14 anos atrás

E na F1 houve a panca do Alonso no Café, nessa década que termina, e as Sauber perdendo asas traseiras ao final da reta dos boxes nos treinos, e desisitindo do GP antes da prova, na década de noventa.

Saloma
Saloma
14 anos atrás

Coloca nas tags…KG Porsche, Marivaldo Fernandes…

Dú
14 anos atrás

FG, suspende a até dia 4 de janeiro as fotos do Raul, senão o Ceréga vai dar trabalho. O Homem surtou geral.
Coloca ai se vai ter alguma categoria monosposto em 2010, se o Miltinho vai casar, se o retão tinha 968 metros e os outros 7.000 era da pista. Mas nada de provocar o Ceréga!

Claudio Ceregatti
Claudio Ceregatti
Reply to 
14 anos atrás

Dú, voce não vale.
Eu te odiarei para sempre, depois que não me avisou que Luiz Pereira Bueno ia andar em Interlagos.
Como já disse aqui um monte de vezes, até o último dos seus dias:
“Voce me deve essa”.
E a cerveja proibida de fim de tarde nos boxes é por sua conta.
Maluco!
E “Maluco tem Ímã!” Por isso que te odeio.

Ary Leber
Ary Leber
14 anos atrás

É Ceregatti,
“A gente era feliz e sabia”
Ary Leber

João Carlos S. Bevilacqua
João Carlos S. Bevilacqua
14 anos atrás

Claudio… e o morrinho na entrada da ferradura, justo no início da primeira tangência, quando você espetava uma ou duas pra baixo? O frio na barriga voltava e você ficava de olho onde o “bruto” escorregava pra ver se havia coincidência com o início da segunda tangência… vira e mexe a trazeira escorregava pra grama no final deste trecho… e toca trabalho braçal pra trazer o “menino” de volta..

Neanderthal
Neanderthal
14 anos atrás

Pelo que o Ceregatti disse do ponto de vista da primeira foto (da 1 e da 2) dessa prova, esta agora deve ter sido tirada com o fotógrafo no mesmo lugar, girando o corpo sem se deslocar.
Se por acaso houver um fotograma do trecho entre as duas fotos, talvez desse para se fazer um composite – uma colagem das três fotos alinhando a pista e a paisagem.

Muito legal ver a linha da melhor trajetória na saída da 2 , o que faz pensar se não era feita quase toda por fora, a tangência mesmo sendo dentro da 1; e quanto de poeira ficava onde não se percorria.
Quando comecei a ir ao Templo não havia mais eucaliptos ali nesse ponto e já tinha o kartódromo.

Claudio Ceregatti
Claudio Ceregatti
14 anos atrás

A Novela, parte 2:

Não resisto, ô vício danado, você me paga, FG.
Literalmente.
O café, o churrasco de ovelha, os cigarros, o charuto, a água com gás, até a manicure que vai ter que consertar minhas unhas, de tanto que teclo aqui por culpa tua.
Canalha!
E ainda te enfio um segundo inteirinho de brinde, você sabe bem onde e quando… Me aguarde.

Agora só grudado na foto:
Sabem essa rampa pronunciada, o tal do releve, que acompanha a inclinação do asfalto até sumir da foto?
Pois está lá até hoje.
Repararam que a foto foi tirada de um plano mais alto, que tudo está “lá pra baixo”?
Pelo mesmo motivo, vejam que na foto o tal plano inclinado vem até os pés do fotógrafo.
Entenderam bem o quão inclinadas eram as curvas 1 e 2?
Pois informo aos incautos que a curva 3 era ainda mais inclinada, verdadeira rampa de decolagem, prontinha para jogar os carrinhos e seus infelizes pilotos (que viravam passageiros do inferno) lá pra perto do Jabaquara, mortinho e em pedacinhos bem pequenininhos para facilitar o transporte.

E aquela multidão irresponsável que assistia as corridas bem onde podiam voar os intrépidos pilotos e suas máquinas maravilhosas?
Pois estão até bem longe, coisa aí de uns 5 ou 10 metros da borda externa do asfalto.
Vejam qualquer foto de corrida de rua da época para sentir o que era estar de fato “de cara pro crime”.
Pois Interlagos era acolhedor assim. Um milhão de metros quadrados de deserto, onde se circulava livremente, atravessando a pista (morreu mais de um assim) e tirando fotos maravilhosas como essa para a posteridade.
Estão vendo os cabras ali do lado de dentro da curva?
Pois tenham a certeza que atravessaram a pista para chegar ali, ou acham que iam ordenadamente pela porta de entrada, pagavam seu ingresso numa fila indiana e chegavam antes para ver melhor?
O caramba, atravessavam mesmo.
Eu passeava por ali e sumia do grupo, andava quilômetros e quilômetros por horas, escolhendo os melhores lugares, esticando o pescoço a centímetros dos carros, em tudo que é canto desse lugar que adoro.
Estão vendo unzinho em cima do barranquinho, do lado de dentro?
Se tropeçar num formigueiro cai na pista mas… E daí?

Reparem que logo após a faixa de asfalto escura, do lado de dentro da curva, bem onde começa a reta tem um rebaixo, quase no mesmo nível da pista.
Pois exatamente nesse ponto, o Mestre Anísio Campos, num treino andando de Simca perdeu a traseira, veio para dentro e se enfiou por ali como se fosse a porta de uma garagem.
Estão vendo a reta oposta à esquerda da foto?
Pois foi parar quase ali. O carro voou, focinhou de frente no mato e na terra, o vidro dianteiro voou, ele estava sem cinto, foi cuspido para fora como um boneco, o carro deu um capotão e caiu por cima dele.
Quem tirou o Gênio de lá foram Ciro Cayres e Jayme Silva, que estranharam que ele não passou na frente dos boxes mais ou menos no tempo que devia, “ouviram o silencio” do redor, sentaram num Simca de rua de apoio da equipe que treinava e o acharam pelas marcas de pneu no asfalto.
Quem inventou essa falácia?
Se é fato ou mito, ouvi da boca do próprio no evento que participamos juntos em São Paulo, vejam em http://www.tedxsaopaulo.com.br
Incrível é que exatamente quando me contava esse causo, tocou o telefone e era nosso amigo Milton Pecegueiro Rubinho, Meca da LF que me informava, eufórico, que tinha sido admitido na área de Power Train da GM, junto do meu velho amigo Wilson Bibo, para trabalhar nos dinamômetros. Bem lá no Portão 9, onde Ciro Cayres desenvolveu aquele Opala #44 mágico e o tonto aqui tava enfiado por lá.
Tem dedo meu nessa indicação do Milton?
Claro que tem. Mas o cara entrou por mérito próprio, começa dia 18 de Janeiro próximo. Não é lindo?
Mais lindo ainda é que o Milton recebeu as lições de pista que o Mestre Ciro me passou, que passei para ele numa madrugada ilegal, que por sua vez exerceu pela primeira vez numa prova de regularidade e de cara foi para o pódio, terceiro lugar.
Quem deu o troféu fui eu, fiz questão, deixaram.
Gostaria de informar que em verdade foi o Ciro, que começou essa história maravilhosa em algum lugar por aí nessa foto.
E que se completou no telefonema que recebi, no exato instante.
Não é só a vida que é mágica. Os cenários que amamos, as pessoas com quem convivemos também.
E os espíritos da velocidade rondam cada trecho do Templo, vibram em cada curva, em cada reta, em cada ponto desse lugar que adoro.
O céu dos pilotos é aí.
Sei bem.

Clauke
Clauke
Reply to  Claudio Ceregatti
14 anos atrás

Caro Ceregatti (meu xará)
Parabéns pelo texto memorialístico que me emocionou já que sou teu contemprâneo e vivi está época no “Templo”. Tempos antes desta foto o Wilsinho Fitipalldi provou a rampa de decolagem da curva 3 com a Berlineta da Willys, só não foi parar no Jabaquara porque a cerca de arame o segurou.

Claudio Ceregatti
Claudio Ceregatti
14 anos atrás

FG, FG…
Vou processá-lo por assédio moral, assim não vale, assim não dá. Esqueceu que tenho que ganhar a vida e trabalhar?
Pois então que paga as contas de uma certa viagem que faremos é você, pronto.
Está eleito meu “pagador de contas oficial”, afinal…
Não vou ter bala nem pra tomar café, de tanto que gasto o teclado aqui.
Então fica assim: “Pobrema teu, mano. Eu gastcho, ôce banca, feitcho?”

Então vai lá mais uma novelinha:

Obviamente, retão de Interlagos.
Saída da curva 2, aquela mesma que aparece de frente no post abaixo “Enigma do Dia”, presente de Natal de 25/12/2009 às 12:40 Hs.
Desse angulo da foto – felicíssimo instantâneo de Raul Pasqualin – dá pra ver bem o que são 900 metros de descida. A reta some lá na frente, a perspectiva dá a real dimensão do quão comprida era (ainda é, claro) essa reta.
Lá na frente, mas tão longe que se perde na imagem da foto, a reta literalmente “sumia da sua frente”.
A fantástica curva 3, que ainda está lá inteirinha para deleite de um ou outro mentiroso (mentirinha, mentirinha…), era tão pronunciada, num raio tão curto fechando a mais de 90 graus e numa descida tão absurda que você descia a reta com a impressão que ia dar de cara com o muro que tinha lá, que a reta infinita (passava rápido paca) acabava em coisa alguma.
Pois imaginem chegar já nesse ponto de cano cheio, depois de entrar penduradinho no último fio a milhão na curva 1 (que ainda é um dos dois pontos mais velozes de Interlagos), hoje pouco antes do S do Senna.
No lugar de frear, dar uma levantadinha mínima no pé (sem lembrar que tinha mãe, claro. Se lembrasse, o pé levantava sozinho, estranho….).
Então contornava a curva 1 já em descida, depois uma retinha e chegava nesse ponto da foto com o motor já quase no limite de giros e na última marcha…
Aí descia esse retaço de quase 1 kilometro e dava de cara com a “parede” da inclinação da curva 3 e tome mais descida até a curva 4…

Outro dia recebi um post com uma foto linda de um carro de rally no limite do absurdo, com os dizeres:
“Racing: Because soccer requires just one ball”
Precisa traduzir?

Pois esse trecho de Interlagos, o anel externo e suas alegrias ilustram claramente que sentar num carro de corrida faz com que o buraco seja mais embaixo…
Pra falar o português claro, tem que ter culhão pra encarar um trecho assim, com qualquer carro, de qualquer jeito, em qualquer época. Imaginem no molhado a sensação, então…
De dentro do carro, naquele desconforto delicioso do piloto num lugar apertado, quente, desconfortável, barulhento, duro, perigoso, veloz e no limite do bom senso, o bicho pega legal. Não dá tempo de raciocinar, é instinto puro. Aquele buraquinho fedido por onde sai cocô trava, as bolinhas de dentro do saquinho escrotal se mexem, as mãos seguram tensas no volante, a boca seca e a respiração fica apressada.
Pra mim, puro prazer.
Essa busca do limite dentro de si próprio faz toda a diferença. Se é rápido ou devagar, se escorrega ou prega, se balança ou trava não faz a menor diferença. O que importa é sorrir dentro do capacete, em meio a essa ebulição de sentimentos, sensações e limites absolutos, nunca alcançados ou sequer alcançáveis.
Danem-se, quero mais é acelerar em busca de mim mesmo, perdido por ali em algum lugar entre a zebra e o guard-rail.
Quando a gente chegava na aproximação da curva 1, que era “apenas” o preâmbulo para essa sucessão de prazeres na sequência, o coração sempre batia mais apressado.
Por melhor que estivesse o carro, por mais feliz que você estivesse dentro do capacete, por melhor que fosse o seu dia. Ele sempre melhorava, só pela busca do limite.
Todo mundo sabia que começava aí o trecho de fato veloz, onde tudo (voce, o carro, a pista e o tal culhãozinho que encolhia) iam entrar no paraíso da velocidade pura, andar pertíssimo do limite absoluto, onde um erro podia custar a tua vida, ou então machucar bastante aquele corpinho que prezávamos tanto, fora o prejuízo da panca num gás desse.

Essa foto em preto e branco me diz muito mais do que aparenta a quem nunca esteve lá.
Sempre digo que o melhor divã de analista que existe é um banco de carro (pode até ser de corrida) numa pista a caminho do infinito (qualquer uma).
Interlagos, o Templo Sagrado, o meu Playground só pode exercer sobre mim esse fascínio enlouquecedor.
O que a maioria vê na foto é mato, carro, asfalto e nostalgia.
Eu e muitos outros que tiveram esse privilégio vêem Paz, Luz, Vida e Alegria.

Dú
14 anos atrás

Geraldo, esse vídeo do Émerson é café c/ leite.
Aqui tem uns… http://interlagosantigo.blogspot.com/

GERALDO CASSELLI JÚNIOR
GERALDO CASSELLI JÚNIOR
Reply to 
14 anos atrás

O que deve ter de filme “enterrado” por aí não deve ser brincadeira …. A da inauguração já vi na versão mais curta “1940” , os outros ainda são novidade pra mim . É preciso incorporar um “Sherlock” pra encontrar mais material por aí !

GERALDO CASSELLI JÚNIOR
GERALDO CASSELLI JÚNIOR
14 anos atrás

Pra quem não viu , um dos raros registros de uma volta completa no Verdadeiro Interlagos…. http://www.youtube.com/watch?v=BZVaew_FbCQ

Fernando Kesnault
Fernando Kesnault
14 anos atrás

Flávio, aproveitando o embalo dá uma “chegadinha” neste site (sítio) “www.motorsportinangola.blogspot.com/” que trata sobre o automobilismo em Angola e Moçambique com fotos antigas e artigo do Jan Balder qdo. correu em 1972 as 6 horas de Nova Lisboa (Huambo hoje em dia). É legal.

Fernando Kesnault
Fernando Kesnault
14 anos atrás

Sem dúvida o melhor traçado de um circuito em todo o mundo, não há outro igual, devemos nos reportar e reivindicar o antigo traçado e olha….deveriam ter conservado as arvores, fizessem um tratamento nelas, sei lá. Como era lindo este autodrómo e os bocós cairam na conversa dos gringos….

Rick Lucas
Rick Lucas
14 anos atrás

Marivaldo? Wilsinho? Acho que é um desses dois aí no KG/P.

Ricardo Piva
Ricardo Piva
14 anos atrás

A foto, excetuando-se o carro, possui um “q” de Nurburgring anos 30.

Ricardo Bigliazzi
Ricardo Bigliazzi
14 anos atrás

Esse traçado foi o berço de grandes pilotos… uma época de valentes!!

O papo chega até ser ufanista, mas o antigo Interlagos possuia uma mistica identica aos historicos traçados da Europa.

Segue o jogo… só nos resta rezar para que o que sobrou seja mantido em bom estado.

Abraços

Imperador

Ricardo Bigliazzi
Ricardo Bigliazzi
Reply to  Ricardo Bigliazzi
14 anos atrás

engraçado o “guard-rail” bem macio que podemos ver na foto…

Luiz
Luiz
14 anos atrás

A curva 2, a mãe de todas as curvas. depois o retão um senhor reta.Deviam recuperar essa parte pelo menos, a pista atual está muito curta não acham?

Dú
14 anos atrás

FG, judia mesmo do Ceréga!
Na última do Paulista, após as provas, o Rodrigo Ruiz e Eu fomos até o retão, tirar umas fotos para justamente um post que o Luizinho vai fazer contanto da curva 3, ( hj. ela está assim http://tinyurl.com/ykdl6xd )

E falando da grande reta, um acidente que o Luizinho “voou” do carro justamente ai depois da 2. http://tinyurl.com/o75da8

GERALDO CASSELLI JÚNIOR
GERALDO CASSELLI JÚNIOR
14 anos atrás

Olha o Karmann-Ghia , olha a “2” , olha o Retão , olha os pinheiros , olha a “galera” , olha como era lindo ….

regi nat rock
regi nat rock
14 anos atrás

Já que o Ceregatti é até o padrinho das corujas e sabe quem plantou os eucaliptos, lanço um quizz.
Falam em 900 mts de extensão,
mas não é bem assim segundo outras fontes que afirmam ser 860mts, e eu acredito nesta última.
Quem está certo?

ô meu Deus do céu dos pilotos.
Ela tá lá inteirona e não usam,
Que desperdício…

vitão
vitão
Reply to  regi nat rock
14 anos atrás

eu acho é que 800 e alguma coisa, não sei se exatamente 860, mas é po qí…

Claudio Ceregatti
Claudio Ceregatti
Reply to  regi nat rock
14 anos atrás

Responde à pergunta dos Ilustres:

Pelo Google Earth, de tangencia da curva 1 a tangencia da curva 2, medida exatamente pelo centro da pista.
Ou apenas o trecho de asfalto absolutamente reto:
922 metros

Pelo Google Earth, medida pela parte do retão do lado “de dentro” da reta, até tangenciar as bordas externas das curvas 2 e 3:
1.103 metros

Alessandro
Alessandro
14 anos atrás

é do Fábio Narigudo Seixas

Julio Cesar Gaudioso
Julio Cesar Gaudioso
14 anos atrás

Sair embalado da curva dois e chegar no bacião da três com o giro no máximo, deveria ser tesão em dose extra, pois o piloto tinha um LONGO tempo para sentir a adrenalina invadindo cada parte do corpo, sabendo (vendo) a curva fechada que o aguardava lá em baixo…

Cleverson
Cleverson
14 anos atrás

Engraçado, ao ler o post percebi que o primeiro nome de carro que meu filho falou na vida foi Karmann-Ghia.

Eudemar
Eudemar
14 anos atrás

Já que não quer revelar o nome do piloto do karmann-guia, espero que alguém revele seu nome, pois estas do inicio de interlagos eu não tive o privilégio de acompanhar.
Somente comecei a curtir corridas, quando ELA, passou a transmitir, e dai em diante vibrei com as vitórias do emerson, do wilsinho, do pacce, do piquet e segue em frente!

Eudemar
Eudemar
14 anos atrás

Foi uma pena terem mutilado uma pista como esta, cheia de emoção a cada curva, e tinha que ser bom piloto, para vencer numa pista como esta, cheia de detalhes, que só os bons, conseguiam descobri-las e vencerem!
Tem um filme com o rei roberto carlos e erasmo, onde eles pilotam, e a cada volta, descobrem novos truques, pra baixarem seu tempo, e vencer a prova. Levava-se cerca de sete minutos?, com o pé no acelerador, para completar uma volta.

Romeu
Romeu
Reply to  Eudemar
14 anos atrás

Eudemar, a pista de Interlagos tinha originalmente 7.960 metros e por muitos anos o record de volta pertenceu ao piloto Ciro Cayres, com 3min37segundos, conseguido com uma Maserati 450S em meados dos anos 50.
Posteriormente (1964) o próprio Ciro baixou esse tempo pilotando um Simca Abarth.

Claudio Ceregatti
Claudio Ceregatti
Reply to  Eudemar
14 anos atrás

Lá vou eu, Romeu, de novo pitacar no teu pitaco…
É missão a Mestre Joca, com aquela memória “irritante”, mas…
O Ciro Cayres – meu Mestre e Mentor – foi recordista absoluto de Interlagos por 10 anos, de 1957 (quando nasci, é mole?) a 1967.
Li isso em algum lugar, talvez lá no Bandeira Quadriculada, do amigo Peralta.
A ver de fato, talvez mais um mito a ser desmistificado pelo Joaquim. Gostaria realmente de saber.
Mas seja por dez ou por seia anos, é um dado estatístico relevante, sob qualquer prisma.
E se bateu o recorde exatamente no ano em que nasci, ainda teve mais 18 anos pela frente para apurar ainda mais aquele talento que sobrava, e de me transmitir com sua generosidade e maturidade aquilo que sabia. E com extremo carinho, paciencia e atenção.
Ciro Cayres sabia tudo e mais um pouco, e jamais se desviou de nenhuma pergunta daquele moleque impertinente e arrogante – que era (sou!!) eu.
Ainda hoje com essas mesmas duas características, além da vergonha, que nasci sem.
Isso, ainda não aprendi.

Ricardo
Ricardo
Reply to  Eudemar
14 anos atrás

Romeo
O record do Ciro , quem quebrou foi o Emerson com o Fitti Porsche na classificação para a Mil Milhas de 1967 .

Lipe
Lipe
Reply to  Eudemar
13 anos atrás

Romeu
O Claudio está certo , o Ciro foi recordista de Interlagos de 1957 até 1967 quando o Emerson o superou nos treinos da Mil Milhas com o Fitti Porsche .

Ricardo
Ricardo
14 anos atrás

O KG é o do Marivaldo .
Exatamente nesse ponto , morreu o Djalma Pessolato , de carretera , acho que em 1959 .

Romeu
Romeu
Reply to  Ricardo
14 anos atrás

Ricardo, o Djalma Pessolato, hoje nome de uma das ruas que circundam o nosso Templo, o Autódromo José Carlos Pace, faleceu disputando as II Mil Milhas Brasileiras em 1957, após atropelar um cavalo, mas foi na curva do lago.
Nesse ponto da foto, um pouco mais para tras, faleceu o piloto Celso Lara Barbéris, durante a disputa dos 500 Quilometros de Interlagos, em 1963.

Claudio Ceregatti
Claudio Ceregatti
Reply to  Ricardo
14 anos atrás

Amigo Romeu, desculpe…
Celso Lara Barberis morreu na subida acima da curva da junçao original, naquele trecho íngreme antes do platô dos boxes originais (que ainda está lá, em parte).
Que hoje chamam de “subida do café” – sinceramente nunca tinha ouvido esse título antes da existencia da Internet, para mim sempre foi a “subida dos boxes”, em função da localização original.
Nas fotos do carro capotado, das poucas que existem e tem disponíveis na rede em P&B, aparece claramente lá embaixo a saída da curva da junção e a barrancaiada atrás.
Em uma delas aparece o Josias (ou Elias, realmente não sei), filhos mais velhos de um casal de evangélicos nossos vizinhos em São Bernardo do Campo, que também iam assistir as corridas no Templo no caminhão do Waltinho Thomé, “o tal que me desencaminhou”, me levando junto e deu no que deu…
Não tenho lembrança nenhuma desta prova, tinha apenas 6 anoos de idade, e até acho que só comecei a ir junto com o pessoal lá pelos 7, talvez 8 anos de idade.

Carlão
Carlão
14 anos atrás

…e tem gente que acha o traçado ATUAL do templo uma beleza… não viram nada …