CHEVETTINHO BRAVO
SÃO PAULO (tome poeira) – Sou meio negligente com rali neste blog, reconheço. É uma modalidade deliciosa, cheia de heróis anônimos, aventuras inesquecíveis, histórias de solidariedade e superação. Isso no mundo inteiro, vale para qualquer provinha.
Mais de um blogueiro me mandou hoje, por alguma razão, o vídeo acima e este link aqui do Mundo Rally. Como aqui não tem dia ou hora para matar as saudades de outros tempos e fazer homenagens a quem merece, aí está.
O vídeo foi feito pela GM para o Salão do Automóvel, informa o VocêTubo. Celebra o título brasileiro de rali de 1984 pela dupla Sady Bordin (ativo até hoje, creio) e Tuca Cunha. O astro do filmete, porém, é o carro: um Chevette do Touring Rali Team (eu adorava o Touring Club; já fui sócio, mas não sei hoje como andam as coisas por lá), espalhando o pó pelas estradas do nosso país caboclo.
A narração do vídeo é do Leo Batista. Legal demais. Obrigado aos que mandaram a dica.
Boa tarde Flávio.
Como apaixonado e incentivador do rally, é uma ena ver uma talento como o do Sady desperdiçado. Conheci ele num curso de pilotagem em 2002 e acompanhei a parte final de sua carreira via internet. Nenhum piloto nacional teve a experiênia e os resultados do Sady.
Aproveitando sua “mea culpa” da falta de posts sobre rally, sou organizador da Copa Troller e tive o prazer de te conhecer e conversar um pouco contigo numa prova que realizamos em Caxambu-MG em 2006 em que vc participou com o jornalista Ricardo Lopes. Ainda continuo na Troller e hoje tenho um blog sobre rally: http://www.blogdodeco.com.br.
Apareça por lá.
Abraço.
DECO MUNIZ
p/informar a galera o motor era homologado pela fiao oleo passa pelo parafuso central com 100 unidades produzidas pela fabrica, era motor 1.6 chesette com cabecota do monza 1,600cc e nao do 1.800cc, a adaptacao nao era complicado, so uma adaptacao simplas p/lubrificar o cabecote,o oleo pqssava pelo parafuso do cabecote perto da cebolinha com um furo ;o distribuidor continuava o original,
MILTON este chevette com motor preparado na minha oficina infelizmente apos o campeonato foi devolvido p/GM que simplesmente o sucateou,se fosse hoje eu devolvia um sucatao e guardava o original.nao tiveram nem a curiosidade de ver como era,motor,suspencao etc…
Simplesmente o máximo o ‘grupo de apoio’ e sua Veraneio! Quase lembra os boxes da WRC…
Encontrei um resumo da carreira do Sady (pelo próprio):
http://www.bordin.net/fotos/automobilismo/automobilismo.htm
Aos 4:49 e aos 5:18, é a prova que o Chevette do video, não tinha qualquer semelhança com os “de rua”…
Tive 1 Chevette, e mais tarde 1 Chevy 500, ano 1992, e era só nublar o tempo que o maldito distribuidor suava que era 1 beleza…
Poça d’agua então, só por Deus…
Um Chevette original não passa por aquelas poças e sai andando sem alguém empurrar, de jeito nenhum.
O Sady me deu um curso de pilotagem faz uns 8 anos na pista de terra da Pirelli em Valinhos, o cara é um absurdo na terra, cansou de chutar lata no automobilismo e foi ser piloto. Mesmo ensinando uma galera sem experiencia e usando carros de rally cross country o cara foi o máximo. Além de tudo escreveu uns livros de auto-ajuda…o cara é hilário e muito gente boa. E foi o unico brasileiro a correr o mundial numa prova na NEVE!!!!
por onde andara este bravo chevettinho com 125 hp e outras coisitas mais…….essa é uma missão para Indiana Gomes,
Não se fazem mais carros e vídeos como antigamente.
Tive o prazer de ver o sady bordin acelerando no catarinense de terra…
Lindo demais…
FG, apenas ratificando o que o Caio escreveu: o Sady foi um dos maiores pilotos deste pais, mas extremamente injusticado por correr de rali e nao em autodromo (se fosse na Argentina, o Sady seria “deus” !) Ele criou a primeira escola de pilotagem de rali da America Latina (fui seu aluno – pilotando Chevette e Palio), mas por falta de apoio (midia inclusive), a coisa nao foi pra frente. Ainda dentro da comunidade dos ralis, tambem foi muito sacanenado (montadoras e patrocinio), pois apesar de ser simplesmente o melhor piloto brasileiro (sem comparacao !), ele nao fazia o jogo hipocrita e politico dos bastidores… Hoje ele e’ co-piloto de EMBRAER EMB-190 na TRIP LINHAS AEREAS… Ah… volta e meia jantamos juntos aqui em SJC. O cara e’ 10 como pessoa tambem !!!
O Sady andava muito mesmo, tanto de Chevete, como de Gol. Até hoje o record da subida da Graciosa é dele com um Gol. Pena que o Rally de velocidade está acabando no Brasil.
Bons tempos estes dos Chevetes e Gols.
Hoje o Sady é piloto de avião e trabalha na Trip Linhas Aéreas. Deve andar fazendo uns pêndulos no ar.
Abraços, Caio
PS: esse carrinho eu queria saber que fim teve…
…e eu trabalho, hoje, exatamente no local que saiam os mistos quentes, inclusive o motor desse chevette aií… que vida dura…
Vc merece garoto!!!!!!!!!
E eu estou no berço do rally…..alias,chegaram uns carrinhos lá com um tal de AWC,dupla embreagem….acho que vc irá gostar…..heheheheh
Devia ter a suspensão bem mais alta que a original, ou ter pelo menos uns 3 peito de aço pra proteger o cárter (é assim que escreve isso?) pois os Chevettes são baixos pra caramba….
Eu e meu pai tivemos 5 no total 79 marrom metálico lindo com os faróis redondos ainda na frente e com os charmosíssemos difusores de ar redondos no painel ;o) depois um vermelho 83, um campagne 86, depois que dei PT num voyage voltamos pra um 82 e por ultimo tive um 92.
Como alguém aí já comentou eu tbém saia rapidinho depois da chuva pra ir sambar a traseira do chevette numa curva de paralelepípedos que tinha perto de casa….qdo ia pro interior então torcia pra chover a tarde só pra andar no barro ….a tração traseira era mesmo show….bons tempos.
Só quem viu o Sady Bordin correndo de Opala nas pistas de Terra de Santa Catarina e do Paraná sabe o ‘monstro’ que esse gaúcho nascido em Passo Fundo (alô, Paulo Trevisan!) é ao volante.
Em São Bento do Sul (SC) ele quase matou mais de 12 mil pessoas do coração, fazendo praticamente todas as curvas em pêndulos de 90 graus.
Tô com os pêlos do corpo e a alma arrepiados só de lembrar. O cara era demais, um gênio do volante!
O Blogueiro Eric lembrou bem ! O motor era o famoso “Misto Quente”, bloco de Chevette e cabeçote do Monza., o mesmo usado no Brasileiro de Marcas.
E tem mais…em 1984 era o protótipo de lançamento dos amortecedores HG Nakata pressurizados a gás….testaram no Chevettão aí….
Meu primo trabalhava lá e arrumou para meu pai a preço de custo na época um jogo para colocar no Monza…o carro ficava infinitamente melhor!!!
Este video é que fez o Kimi mudar de ideia. Tudo bem que andar no limite com um formula 1 não é para qualquer um.Mas andar nesta velocidaede, sem areas de escape e num monobloco de aço não é para qualquer um.Assista e confira.http://www.youtube.com/watch?v=-R7ws741KpE&feature=PlayList&p=AD7796D7D8245653&playnext=1&playnext_from=PL&index=51
“Me engana que eu gosto!”. Senscionais o Chevette e o piloto, mas esta estória (com “e” mesmo!) de mostrar o carro preparado competindo e depois o modelo de fábrica, como se fossem os mesmo carros (não é só a GM que faz isto, como bem sabemos) é uma baboseira! É claro que poucos irão acreditar que aquele pacato sedanzinho tem o mesmo desempenho do carro preparado para rally, mas sempre existirão alguns ingênuos…
A GM ao menos teve a decência de deixar claro que o carro tinha diversas modificações em relação ao modelo original, embora tenham omitido a “mexida” no cabeçote!
Gomes, motor 1600, tração traseira… isto não lembra um carro que você tão bem conhece? Eu já perguntei, e volto a fazê-lo: você não tem vontade de correr em rallies com um Laika? Deve ser muuuuuito bom!!!
Aos que não lembram, o Sadi tb é um excelente pianista.
O Sady Bordin foi o melhor piloto de rally do Brasil, a Chevrolet deve muito a ele. Foi responsável pela unica vitoria da marca numa etapa do mundial (na argentina), com um Chevette como este preparado pelo, não tenho certeza pelo Segantini. O próprio Paulo Lemos, provavelmente o melhor piloto fora o Sady contou uma vez que ele estava na sua oficina quando um cara magrinho, franzino pediu para acompanhá-lo em seu treino. Naquela época as equipes fechavam as estradas e treinavam o dia inteiro. O Paulo permitiu é claro, educado e gentil como sempre e estava andando com um carro preparado de fábrica enquanto o Sady de Chevetinho, começando a guiar no campeonato paranaense. No dia seguinte conforme marcado foram os dois para a estrada. O Paulo se complicou, o tal Chevetinho apareceu no espelho retrovisor colado no seu carro o dia inteiro… não deu um segundo de folga…foi aí que o pessoal viu que o Sady era O CARA!!!
O vídeo é breguíssimo, mas o chevettinho de Sady Bordin/Tuca Cunha era fera mesmo. Aliás, ô carrinho bom prá andar na terra. Equilibrado, tração traseira, centro de gravidade baixo… era só acelerar que o bichinho saía de traseira que era uma beleza nas curvas… aliás, a GM explorava muito essa característica dos Chevettes nos comercias de tv da época.
Se eu procurar no meu baú, vou encontrar uam revista Motor 3 com o teste desse Chevette aí que arrepiou no brasilerio de Rali na déada de 80. Além da engenhoca do cabeçote misto quente (já explicado) lembro dos disco de freios ventilados. Na verdade, pegavam mangueiras sanfonadas de plástico e prendiam no spoiler para direcionar o ar para os discos de freio. Achei o máximo e até copiei a idéia no meu Passat de rali. Não sei se as mangueiras fizeram alguma diferença mas eu achava o máximo dizer que o meu carro tinha “freios ventilados”.
Sady fez coisas com o Chevette dele, o trecho da Graciosa tem ele como recordista, andou até na argentina e fez bonito com o Chevettao.
Acho que ele ainda da ulas de rally pra galera.
Sady é craque
Os “momentos nostalgia” do blog são meus favoritos. E é incrivel como o pessoal de Santa Catarina e Rio Grande do Sul prestigiam os ralis, tanto que ha até programas de tv regionais dedicados somente as provas “fora de estrada”.Talvez isso se deva ao fato de que alguns nomes fortes desse esporte tem suas origens nesses estados, como Édio Füchter.
Abraço FG!
O motor deste carro tinha o apelido de “misto quente”, justamente por ter o bloco do Chevette com o cabeçote do Monza. Era muito esquisito porque o coletor de descarga dava a volta por cima do cabeçote e descia pelo outro lado do motor. No cabeçote do Monza a descarga saia para o outro lado em relação ao cabeçote do Chevette, e isto causaria um conflito com a instalação do freio a vácuo original do Chevette. O Chevette assim preparado também perdia aquela caixa do sistema de ventilação interno porque exatamente no lugar dela ficava o distribuidor, que no cabeçote de Monza era acoplado diretamente no Comando de Válvulas. Com o motor longitudinal, esta “protuberância” que era o distribuidor entrava pelo lugar da tal caixa da ventilação interna.
Caramba, que complicação…
:-)
Flavio Gomes “Este e o Cara,” muito legal ja tive dois chevettes, pena não ver essas corridas de novo, Aqui em Campinas tinha uma corridas de gaiolas ,fuscas, fuscas baja, normais etc..”! Era em um terreno do Hotel Andorinhas tinha uns pegas legais pois as corridas eram em dia de chuva, quando não chovia molhavâo a pista Ficava um sabão, mais e ai que descobriamos os bons pilotos e descobriamos os BRASSÔES,
cara que d+ muito bons estes videos!!!!!
Valew a tarde!
Meu pai também era sócio remido e tentaram o mesmo golpe,banana neles.Mas um chevetinho 81sl marron ainda povoa minhas memórias pricipalmente no que diz respeito ao drifting.
Aqui em BH quando chovia , íamos para um ”circuito” de ruas de pedra no bairro das Mangabeiras o que era muito divertido.Havia um vigia em uma guarita numa desas ruas que no início ”horrorizava” com os carros vindo e ”atravessando” antes da curva mas depois chegou até a vibrar com as derrapagens.
Com tração traseira, dava um baile nos concorrentes…
o touring hoje é uma merda só. sou sócio remido – atenção eu escrevi REMIDO – a uns 20 anos ou bem mais, nem lembro, mas qualquer coisa que precise, tenho que pagar uma taxa. Mudaram o estatuto a uns 2 anos obrigando os Remidos a comparecerem $$$ mensalmente. Eles que vão a PQP. pois de parasitas querendo meu $$ suado, já estou até as tampas.
Qto ao video, muito legal . Esses malucos sabem o que fazem num poeirão. Saudades qdo eu fazia igual lá no Mato Grosso, Com carro de rua ou então no jipe willys, todo detonadíssimo só pelo prazer da farra. Graaaaandes proezas por lá. (o jipe é um caso a parte. morreu afogado dentro do rio Capitão Noronha, contribuinte do Rio Ronuro formador do Rio Xingú). Era um sertão brabo pacas. Uma curva mal feita, um salto torto e… direto pro rio. Está lá até hoje.
Sem ninguém pra encher o saco.
Flavio – tenho uma plaquinha do touring club, que era do meu pai, está nova, nunca foi usada. Lhe interessa? Caso positivo, me passe seu endereço que mando pelo correio
Muito bacana!!!!
Essa época os Chevetteras usavam bloco 1.6 original mas com cabeçote trabalhado de Monza,mais moderno….era a configuração de Marcas….
Boas épocas que as fábricas pagavam até salários aos pilotos oficiais….