MONZA
SÃO PAULO (outra era) – Hoje, dia 10, faz 49 anos que morreu Wolfgang Von Trips na Parabólica, em Monza. Sua Ferrari foi tocada pela Lotus de Jim Clark na segunda volta e voou sobre os espectadores. Onze morreram na hora. Mais quatro no hospital. Von Trips era um ídolo em seu país. Há quem diga que foi melhor que Schumacher, o melhor dos alemães na F-1. Também nesta semana, mais um aniversário de morte em Monza: em 1970, o austríaco (na verdade alemão nascido em Mainz, de pais austríacos) Jochen Rindt bateu na Parabólica e não resistiu aos ferimentos. Foi o primeiro e único campeão póstumo da história.
Monza matou muita gente.
Von Trips, Rindt, Ronnie Peterson, e outros tantos………
Pergunta:
Se tais acidentes ocorressem em nossa pobre república de
bananas?
No livro “A História de Jim Clark” de Bill Gavin, Bill conta “…Ao contrário da maioria das curvas existentes nos autódromos do mundo, a curva Parabólica, permite traçados de vários tipos devido à sua assimetria. Portanto, nela não existe realmente, o célebre direito de tomada certa, ou seja, numa curva à direita, o traçado certo é vir pala esquerda, tendo o piloto nesse traçado, o direito de tomar antes a curva …quando Von Trips se aproximava da Parabólica, vinha pelo lado direito da pista e Clark achando aque ele usaria um traçado mais fechado, colocou-se do lado esquerdo. Repentinamente, entretanto, Von Trips desviou para a esquerda, como se fosse tomar a curva do modo tradicional, o que ocasionou uma batida do nariz da Lotus nas rodas traseiras da Ferrari; logo em seguida os dois carros derraparam, Clark indo para o lado da grama e Von Trips para o alto do paredão, protegido por guard-rail, depois do qual estavam postados vários espectadores… que morreram instântaneamente assim como Von Trips, que foi colhido pela Ferrari que voltava para o meio da pista. Segundo Jim, Von Trips deve ter se esquecido ou mesmo não ter visto a Lotus atrás, concentrando-se apenas em alcançar as Ferraris vanguardeiras…” (Onde se lê “paredão” leia-se barranco mesmo). Clark não quis fazer comentários depois do acidente até sua morte para não prejudicar a imagem do amigo morto. Fazendo isso, Jim carregou uma cruz durante pelo menos uns três anos depois do acidente.
o jim nao caiu no chao como von trips nao?
Várzea total!!!! O que são aqueles espectadores ali na beira da pista???
O que estou achando estranho são os comentários da maioria aqui… “esses pilotos ganham muito bem pra isso mesmo, tem que se ferrar mesmo, é esporte de risco, etc, etc…”. Pô, o pessoal avaliza essa várzea dos anos 50 a 70! Tudo bem enaltecer os pilotos dessa época, concordo plenamente, mas criticar a segurança atual??? Ok, vários dos circuitos novos não proporcionam emoção, mas a culpa não é da segurança, a culpa é do traçado. A não ser que vcs queiram ver sangue mesmo e que isso seja o espetáculo…
Sobre o acidente do Von Trips, sempre ouvi falar que o Clark era tido como culpado, que isso, que aquilo… Por essas imagens, o Clark não teve culpa nenhuma, o Von Trips é que parece que esqueceu de olhar o retrovisor…
É como o Nelsinho Piquet e o Bruce Willis: a Alemanha é um país que não reconhece a cidadania alemã por nascer ali.
(off-topic)
FG, estava procurando informações sobre Monza e me deparei com uma boa foto histórica para o Cars and Girls:
http://i904.photobucket.com/albums/ac244/Albertiyu/saarinen.jpg
sabe precisar qdo e qual corrida foi isso?
Também morreu Ronnie Peterson em Monza, meu ídolo da fórmula 1. O acidente foi no dia 10 de setembro de 1978 e ele faleceu na madrugada do dia 11.
Por isso que não me canso de dizer que o Emerson foi o maior Piloto Brasileiro na F-1… mesmo no inicio da decada de 70 a F-1 era um negocio para valentes… muito velocidade e muito risco.
Dá dó de ver o corpo do Von Trips estendido no chão… impressiona o sujeito tentar pegar o corpo pelos braços (moidos) do piloto… podem reparar que ele não consegue uma boa “pegada”.
Cenas impressionantes.
Segue o jogo… e não se iludam meus Amigos… a F-1 ainda continua bem perigosa… e mais dia… menos dia a sorte não estará presente no autodromo… a mesma sorte que acompanho o Kubica no Canada.
Imperador
sem falar que ainda usavam o antigo traçado com o oval que ainda há em monza…sem falar que o título do Rindt veio com a 1ª vitória do Emerson em Waltkis Glan…
Um cara pra ser melhor que o Schumacher tem primeiro que ganhar oito títulos mundiais.
Ja parou para pensar que o Prost pode nao ter ganho 6 ou 7 titulos porque nao teve privilegio de primeiro piloto na Mclaren mesmo sendo bicampeao mundial pela equipe.
Senna chegou na Mclaren e o Prost era o recordista de vitoria e bicampeao mundial. Ele perdeu dois titulos com o Senna como piloto da Mclaren na qual ele podia pedir tratamento de primeiro piloto. Seriam faceis mais dois ou tres titulos e mais vitorias. 6 ou 7 titulos em fim.
Assim que se faz um Schumacher, com privilegios de primeiro piloto que muitos campeoes como Prost e Piquet nao tiveram.
hoje, no Globo Futebol (também conhecido como Globo Esporte), nos 30 segundos dedicados à F1:
“Massa escapou em uma curva.”
trata-se da lendária Curva Parabolica.
Aqui vou eu de novo. Concordo com um comentário anterior: alambrado de galinheiro o que tinha ali.
Interlagos final dos anos 50 e início dos anos 60. Acampávamos no interior do circuito e dávamos a volta completa à pé nas margens da pista. Atravessávamos várias vêzes. Para boas fotos amadoras íamos dentro do asfalto. Nas corridas de longa duração, en geral à noite saíamos de Vemaguet do acampamento, nos misturávamos aos carros competindo, comprávamos pão e linguiça e voltávamos ao acampamento, novamente embolados com a competição. Riscos, riscos e mais riscos e total ineficiência de organização ou policiamento. Acreditem e perguntem aos sessentões.
Este é o comentário número 50 deste assunto. Eu providenciei a saída da coincidência macabra de 49 comentários para 49 anos da tragédia.
Requiem
Eu não tenho mais dúvida alguma de que o grande alemão da F-1 seria o Stefan Bellof. Mas tá valendo, sem esse negócio de ficar santificando morto também. Schummy foi o cara e nada tira isso dele.
Na realidade morreram 72 pessoas em Monza: 38 espectadores, 32 pilotos, 1 mecânico e 1 bombeiro.
É exatamente por isso que as pistas Tilkianas são extremamente seguras e totalmente enfadonhas.
A categoria teria uma imagem horrorosa se este tipo de coisas ainda existissem. Quem iria querer patrocinar um esporte fatal?
Ganham bem é para se arriscarem e não para desfilarem mon ami…
Depois do Senna, ninguém mais morreu. E de lá pra cá, demorou-se um bom tempo para as pistas tilkianas entrarem em cena. A primeira, se eu não me engano, foi a da Malásia. Nesse ponto eu concordo é com o Flavio Gomes mesmo: queria ver mais corridas em Portugal, México, França, etc. Sem contar com a merda que fizeram com Hockenheim.
“Todo mundo que morre é melhor que o vivo Gomes, só que ninguém quer ficar no lugar do morto”
Wolfgang Alexander Albert Eduard Maximilian Reichsgraf Berghe von Trips
Dizem que no mesmo dia de sua morte ele iria pegar um avião junto com um ex-companheiro rumo aos Estados Unidos e o mesmo caiu e explodiu na Escócia. Trips em 61 ia para a quinta temporada na F1, apanhou muito nos 3 primeiros anos. Mas em seu país o esportista é eternamente lembrado, Trips tem até um museu e estátua na Alemanha! Curioso, Emerson Fittipaldi foi o único a fazer história pelo Brasil(foi o primeiro a ser campeão, um sonho muito longe na época), Emerson sequer tem nome em pista no Brasil, baita injustiça!!! Mas é como eu digo sempre, se não for assim não é Brasil(as famílias de Emerson, Piquet e Senna também não iam ser muito a favor a idéia de um museu, com tanta violência no país, com certeza as relíquias dos pilotos iam ser roubadas! Na época da morte do Senna roubaram até a placa no túmulo do piloto, nem a bandeira da estátua do Senna na capital em SP ficou para contar a história…Vexame total!
Estátua de Von Trips em Kerpen-Horrem http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Wolfgang_von_Trips.jpg
As posições de Trips na Formula 1, em termos de Formula 1 ficou muito longe do Schumacher.
14º em 57, 4 pontos(Campeão-Fangio,40 pontos)
11º em 58, 9 pontos(Campeão-Hawthorn,42 pontos)
23º em 59, 0 pontos(Campeão-J.Brabham,31 pontos)
7º em 60, 10 pontos(Campeão-J.Brabham,43 pontos)
2º em 61, 33 pontos(Campeão-P.Hill,34 pontos)
E em 61 A Ferrari dominou a temporada com P.Hill e Von Trips, a Ferrari tinha o melhor carro da temporada, Moss(Lotus) disputou “por fora” o título. Apenas os cinco melhores resultados durante a temporada eram somados na classificação final do campeonato.
Vencedores em 1961:
MON-Stirling Moss-Lotus
HOL-Von trips-Ferrari
BEL-Phil Hill-Ferrari
FRA-G.Baghetti-Ferrari
ING-Von trips-Ferrari
ALE-Stirling Moss-Lotus
ITA-Phil Hill-Ferrari
USA-Innes Ireland-Lotus
Mundial de pilotos em 1961:
1-Phil Hill,34 pontos(Campeão)
2-Von Trips,33
3-S. Moss,21
4-Dan Gurney,21
5-Richie Ginther,16
6-Innes Ireland, 12
7-Jim Clark, 11
o castelo da famíla dele foi convertido em uma fundação para perservaçã loda memória de von Trips e do automobilismo dos anos 50 e 60. A Motorsport de agosto tem uma reportagem bem legal.
Nooossaa!!
O que é isso!
Nunca tinha visto este acidente.
Imaginava que não houvesse nenhuma imagem deste acidente ou talvez fosse algo como as de Jochen Rindt, meio nubladas…
Impressiona muito!
Pena que não ter fones aqui.
Um monte de mortos espalhados na beira da pista e eles não pararam a corrida!
Era uma época bem Punk, mesmo!
Graças a Deus e aos esforços da antiga GPDA, as coisas estão melhores agora.
Von Trips era alto e uma das coisas mais chatas hoje em dia, é que pilotos altos não são muito bem aceitos na F1.
Webber é alto, mas deve fazer uma dieta de modelo dos anos 60 para se manter leve e entrar no cockpit.
Seria bom se o peso mínimo dos carros incluísse o do piloto.
Estes carros tinham o cheiro da morte, aceleravam muito como se nota no vídeo, mas tinham a constituição de uma casca de ovo.
Coisa de macho.
Sinistro.
Vale lembrar aqui no blog a trajetória do Jochen Rindt, seu brilhante campeonato de 70 e a importância dele na carreira do Emerson. Tudo haver com os quarenta anos da primeira vitória do Emerson que consolidou este título póstumo. Ambos pilotos excepcionais.
segundo Stewart , de quem era amigo, que decidiu lutar por mais segunrança de pois dos acidentes de Piers Courage e de Rindt, este último tocava muito, mas fazia as curvas com uma tangência meio esquisita.
Lamentável mesmo. Atualmente é impensável aquele amontoado de gente em pé na parte externa da curva de um circuito, embora situação semelhante se repete em muitos ralis do mundo até os dias de hoje.
Senti muito pela morte do Ronnie Peterson, que saiu de Monza consciente, gesticulando, e morreu no dia seguinte, de embolia.
Depois de ver estes F1 tão “arcaicos”, lembrei-me de dar uma de Rianov Albinov e enviar-lhe um link de um sitre com todos os f1 desde 1948 até hoje, com análises técnicas http://f1-images.de/index.htm decerto conhecerá, mas assim sempre fica…
Triste.Dos alemães sempre gostei de Rosemeyer e Wolffgang,tragicamente mortos muito cedo.Talvez na epoca ,fosse o unico que poderia fazer frente a Clark,seguramente ,um dos virtuoses da historia.
Aí Gomes, sobre o Jochen Rindt tá pra sair isso aqui:
http://www.youtube.com/watch?v=YP4Yh0OBz8o
parece que vai ser uma boa, não?
A lendária história do circuito de Monza
Fotos, mapas, histórias, etc ..
http://ultrapassagem.wordpress.com/2010/09/09/a-lendaria-historia-do-circuito-de-monza/
lista oficial de acidentes fatais em Monza
http://en.wikipedia.org/wiki/List_of_Autodromo_Nazionale_Monza_fatal_accidents
A lista é tão impressionante quanto o filme desse acidente.
De 1922 (o primeiro GP da Itália em Monza) a 1928, morreram um por ano, a não ser em 1925.
O que mais me impressiona é que a corrida continuou, mesmo durante o resgate dos acidentados.
E o Emerson, ao vencer o GP de Watkins Glen, garantiu o título póstumo de Rindt.
Quem matou Von Trips e a galera não foi Monza e sim o toque com Clark, assim como o Rindt foi uma barra de torção ou alguma coisa assim.
Sempre há um novo ponto de vista.
semi eixo, que ligava o disco de freio inboard a manga de eixo, ele se rompeu e destruiu a suspensão dianteira esquerda .
para certos, é mais fácil dizer que von trips foi melhor que schumacher do que senna…
É por isso que a competição tem que ser de pilotos e não de equipes. Por que no final do dia são eles que arriscaram suas vidas para ganhar corridas.
Expectador não é piloto para morrer assistindo corrida.
Mas o piloto quem que saber conviver com a morte na pista. É por isso que gostamos deles por que eles dirigem por que nós motoristas de rua prendemos a respiração em situações que eles vivem no dia a dia. É a habilidade deles.
Piquet gostava de dirigir em pistas de alta velocidade. Onde os homens se separam dos meninos por executar manobras que se derem errado podem lhe custar a vida.
A morte faz parte de toda atividade onde alguém decide assumir riscos. Parece que na Fórmula 1, ultra segura onde pilotos tem que pedir desculpas por soltar pum, eles esqueceram da morte como parte da vida das corridas.
Essa era a formula um antiga. Infelizmente, nessa época se morria, por falta de segurança. Mas nao venham falarm em imagens fortes, porque vemos coisas piores no dia a dia.
Esta é a parte triste do esporte. Assim como aconteceu com o japonês, moleque novo, perder a vida pelo esporte. Podem falar o que quiserem, mas os melhores pilotos são os da época passada, pois não tinham segurança nenhuma. Eles andavam com a cara e a coragem.
Nessa aí ,ameaçaram prender o Jim Clark em 1962 alegando culpa intencional no acidente.Pode ver toda a história nessa série que a BBC4 lançou a respeito da vida do Jim Clark(meu ídolo)Começa por esse link a seguirhttp:
//www.youtube.com/results?search_query=the+quiet+champion&aq=f
Hoje,dia 10,faz também 38 anos da vitória de Emerson e da conquista do primeiro campeonato,na mesma pista.
Um monte de mortos e os cavalos querendo correr. Bando de desajustados.
Flávio, se perguntar não ofende, a corrida ainda seguiu?
Foi em Monza, hoje, 10 de setembro, 38 anos atras que o Emerson foi campeão, não se esqueça disso….
http://pt.wikipedia.org/wiki/Grande_Pr%C3%AAmio_da_It%C3%A1lia_de_1972_%28F%C3%B3rmula_1%29
Hoje não…há 38 anos pô….
O mais impressionante é que a corrida não foi interrompida, e os pilotos não pararam para ajudar , mostra que naquela época os pilotos e dirigentes cag… e andavam para todos, o ego e individualismo desta corja sempre foi o mesmo.
Se nao me engano o aviao que ele ia pegar a noite p/ voltar p/ casa caiu e morreram todos a bordo. De qualquer forma seria o utimo dia dele.
Amanhã faz 32 anos da morte de Ronnie Peterson, na mesma pista de Monza.
Flavio , se nao me engano o acidente fatal do peterson foi tbm em um 10 de setembro. Em 1978. Peterson faleceu alguns dias depois no hospital. Mas estamos falando de um outro tempo no automobilismo. De uma outra monza. Desafiadora e perigosa. E de verdadeiros super-herois e homens que desafiavam a morte em um esporte que apaixonava. Ah que saudades dessa F1…. com riscos e desafios e que somente homens com habilidades e coragem unicas faziam parte. não essa molecada de hoje teleguiados por algum engenheiro nos boxes , e qdo chove mto largam atrás do safety-car ( Japão 2007 uma das maiores vergonhas da história da F1 , uma afronta com pilotos que já enfrentaram e pereceram no “RING” com fog e baixa visibilidade) , circuitos com areas de escape de asfalto e por aí vai. não vou nem mencionar a vergonheira que é a F1 atual com relação a ética e esportividade. abs e sou um fã seu incondicional.
Matou também Ronnie Peterson, na largada.
Dizem que foi culpa do Patrese, que não aliviou o pé, bateu no Hunt e fud…com tudo.
Ronnie Peterson tb morreu depois de um acidente lá, salvo engano.
Lembro vagamente da manchete de O Globo, no dia 6 de setembro de 1970. ” Morreu Rindt……..70″
Esse acidente do rindt não foi aquele que é por muitos o mais sinistro da história da F1?
ah não confundi, com tom pryce desculpe…
Amanha, dia 11, pode incluir na lista o fantástico Ronnie Peterson.
Monza 1978: R.I.P. Ronnie Peterson.
Essa maldita monza sempre ocorrendo no meu aniversário… poootz… qto a morte do trips eu ja sabia, mas o duro é ver todo ano monza no 10 set.
E, se não me engano, Saarinen também foi campeão póstumo.