RESCALDO
SÃO PAULO (tanto para ver…) – Foi bárbaro ir a Le Mans. E deu para dar uma passada em Paris, o que é sempre bom. E na avenida dos Campos Elíseos, algumas marcas de carros têm showrooms/lojas espetaculares, como a Mercedes, a Toyota, a Renault, a Citroën, a Peugeot, a Fiat… Aquela coisa de fidelizar a marca de verdade, vendendo produtos que contam a história da montadora, miniaturas, roupas, acessórios, livros, tudo que faz com que o sujeito que tem um carro se sinta orgulhoso dele. Ideia jamais aproveitada no Brasil pelos marqueteiros que acham mais fácil contratar artistas globais e cantores fajutos.
Abaixo, seis fotos selecionadas (e não reduzidas, sorry; sem paciência) que mostram um pouco isso. Num showroom da Fiat, estavam expostas a Ferrari que venceu o GP do Brasil de 1990 (com o troféu junto), a Alfa 33TT campeã mundial de 1975 e a Lancia campeã mundial de rali de 1983. Na Renault, o incrível Twizy, elétrico de 7 mil euros já à venda. na Citroën, o SM presidencial de 1970. Para quem tem Facebook, tem mais aqui.
Memória é tudo.
Ótimo!
“contratar artistas globais e cantores fajutos” …. rsrsrss .. sem dúvida!
Em minha opinião, as fotos estão com bom tamanho.
As de Le Mans ficaram de babar, naquele tamanho!
Nao gosto quando voce usa o termo barbaro. Parece o Amaury Jr. comentando.
A loja da Citroen, na Oscar Freire, em São Paulo, é justamente isso. Tirei uma foto junto do DS3 de Sebastien Loeb. Tá era uma réplica ,mas o carro é bonitão assim mesmo. E os livros importados que contam a história da marca também mereceram muitos minutos de atenção da minha parte.
Putz, babei Gomov! Eu que só vi uma Williams de perto, to cheio de ciumes!
A Lancia no show room me convenceria a comprar um Fiat. E o Citroën presidencial, que joia!
Verdade, FG. Mas faltou você mostrar aqui as fotos da Peugeot, a única fábrica francesa de carros de verdade.
Tá bom Gomes, mas quem entra nessas lojas dos Campos Elíseos é turista deslumbrado.
Os franceses nem ligam.
Jura? Você, que mora em Paris, nunca vai, então… Que pena.
Flávio,
A Citroën acabou de inaugurar na R. Oscar Freire um espaço totalmente inspirado naquele que ela tem na Champs Elysées. Vale a pena dar uma olhada!
Abraço!
Nem sabia disso. Mas não é concessionária?
Não é concessionária. É um espaço que pertence a Citroën mesmo. Lá não se vende carros, mas pode-se comprar miniaturas, livros com a história da marca, etc.
Flávio,
Com mais escusas de antemão pela chatice (como o companheiro Alexandre) Aquela Lancia é uma Delta HF, que foi campeã sim mas, 1991, o curioso é que olhando a foto, no mural ao lado consta as informações que você usou (campeã de 1983 e etc…) se referindo à Lancia 037 que é outro carro, tão espetacular quanto, completamente diferente.
Bem é só pra constar mesmo, talvez não seja o caso de corrigir seu texto.
Quanto as fotos… tive o privilégio de ir para Munique, Stuttgart e Salzburg ano passado e sei bem do que voce está falando. As lojas e showrooms de automóveis são simplesmente uma atração a parte dos carros… Carros históricos, modernos, protótipos, tudo ali para qualquer um olhar, apreciar, conhecer de perto e perceber o quanto a marca de fato valoriza seu trabalho. Nas 3 cidades que visitei, fui nas lojas, showrooms e museus das grandes marcas Alemãs e tive a mesma conclusão sua.
Abraços
Aqui não se investe porque brasileiro em geral é otário. Pro babaca que hoje compra um Cruze LTZ, o Monza Classic é carro de pedreiro.
Mas nem se pode exigir das montadoras. Brasileiro compra carro em quantidade, não qualidade. Aqui vale comprar um popular que não quebra, ou um médio da moda, ou uma picape, sempre preto/prata/branco “completo” (ar, dh, trio elétrico, som), “completão” (+ ABS e AB2), “completaço” (bancos com couro, rodas maiores, cromados, faróis de “milha”, ar digital ) e “completo de tudo” (???) – mas esse completo de tudo não vai ter partida remota, bancos ventilados, dentre outros equipamentos encontrados no vizinho…
Lá ano após ano os caras se esforçam para melhorar os carros, normalmente médios, que são os mais vendidos, com motores pequenos e econômicos, priorizando qualidade de construção e segurança, podendo-se personalizar o carro como quiser… Aqui, bem, vá a um estande da Hyundai e confira as “opções”.
Chegando ao ponto: que adianta a VW colocar em seu estande seus campeões de rally de velocidade e de marcas ou o F2 campeão sul-americano dos anos 80 se ninguém sabe quem é Matheis, Tedesco ou Friedrich? Vale, isso sim, colocar um Gol rebaixado com rodões e sonzão, fora os cromados – e isso vale para TODOS os carros. Aqui não há cultura automobilística, e sim alguns apaixonados que se matam para fuçar na internet para acompanhar a mítica 24 horas de Le Mans, já que NENHUMA das TV’s PAGAS tem a coragem de transmitir a prova… Se colocar uma Alfa dessas, é provável que as pessoas passem longe achando ridícula com as rodas pequenas e o visual de carro velho. É a nossa infeliz cultura.
fidelização de marca é algo que exige planejamento a longo prazo…
exige dedicação, criatividade, espirito de competição…
TUDO ISSO QUE O MARKETING BRASILEIRO NÃO TEM!
na boa, no meu ramo (Aviação) isso é feito desde o início, os fabricantes criaram uma rivalidade e cativaram pessoas ao redor disso. miniaturas, camisetas, bonés, posters etc…
a rivalidade Boeing VS Airbus é algo tão sério quanto a richa Senna VS M.Schumacher e sempre dá discução nos aeroportos e aeroclubes
bem como a richa Piper VS Beechcraft VS Cessna.
quem gosta de um não gosta do outro e defende isso até a morte…
em países sérios com um mercado altamente competitivo e consumidor que fica entediado facilmente os marketeiros precisam se atualizar o tempo todo, criar propagandas bacanas, investir em esporte, brinquedos, miniaturas, filmes. o investimento precisa ser feito para que quando o cara trocar de carro no ano que vem seja por um da mesma marca e mantenha a fidelidade…
no Brasil funciona assim, propagandas ridículas sem criatividade nenhuma, os mesmos atores sem sal, os mesmos dubladores/locutores, as mesmas cenas ridículas e as mesmas músicas idiotas de sempre. E isso é repetido por 10 ou 20 anos sem mudar nada!
Porque o consumidor não fica entediado facilmente como nos EUA e Europa, no Brasil o consumidor não gosta de ver algo novo, de ver algo que o faça querer sair de casa e comprar o produto no mesmo dia ou então de se sentir orgulhoso da marca que tem…
Aí dia desses eu olho na Veja (não tinha nada pra ler no consultório do dentista além disso)…
E me vejo uma propaganda da Boeing mostrando como o B737 é fodão…
Tá, motivo disso? Fidelizar o passageiro, fazê-lo acreditar que a empresa que tem um Boeing é a empresa mais competente. Isso puxa sardinha para o lado das empresas que tem o 737 e todo mundo sabe o que é um Boeing…
Falta criatividade no Marketing Brasileiro. Fazem anos de faculdade, gastam rios de dinheiro para se formarem e não apresentarem nada de novo?! Porra! Contratem um faxineiro que eu aposto que o humilde empregado vai ter uma idéia melhor!
Xará, interessante sua análise. Trabalho tb com marketing numa empresa do ramo alimentício e realmente os desafios tendem a isso mesmo. No mercado automobilístico, com certeza a competição com as marcas asiáticas tornou a urgência em fazer mais e mais campanhas sem conteúdo
kkkkk – não tinha nada mais interessante pra ler…
eu simplesmente acho que o marketing Brasileiro poderia ser mais agressivo e inovador. no sentido de competir mesmo.
veja bem. numa boa. você como consumidor se sente incentivado a comprar um produto anunciado na mídia no Brasil? eu não…
os anúncios precisam ser mais radicais, mais chamativos. as marcas precisam criar uma identidade real com o consumidor…
o consumidor daqui é muito quieto, mas lá fora ou a mídia inova ou fica de fora. o consumidor dos EUA é assim, se entediam tão facilmente que toda semana tem diferentes propagandas do mesmo carro. e tem umas que são realmente muito boas…
poxa. veja o quanto Boeing e Airbus investem em produtos relacionados ao Flight Simulator? quanto a McLaren e Ferrari investem em jogos? isso cria fãs e no futuro potenciais clientes…
Ih… Dirigi um Twizy hoje, aqui no Rio!
Gostei do brinquedinho.
Paris é sempre bom mesmo… como diz aquela música antiga: “I love Paris every moment”
Flávio,
Com escusas de antemão (?!) pela chatice, o Citroën presidencial é um SM, e não um DS.
Arrumado.
Perfeito, feito pelo coachbuilder Henri Chapron!
Deve ser uma experiência fantástica mesmo, o paraíso pra quem curte carro, velocidade, automobilismo e História! Muito legal você ter compartilhado esta experiência com os leitores, parabéns e que venham novas aventuras no futuro, quem sabe ano que vem umas 500 Milhas? Sei que você já foi, mas acho que uma ida novamente não prejudicaria ninguém! Outra idéia bacana é ir às 24 Horas de Daytona….a versão norte-americana de LeMans 24h. Esse é um evento de Endurance muito bacana!